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segunda-feira, 9 de julho de 2007

15 - O Livro de Zacarias

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Zacarias


I. Introdução

Autoria de Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se Lembra”. Ele foi um dos profetas pós–exílio, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu, ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa de reconstruir o templo Esdras 6.14. Ele era filho de Baraquias, filhos de Ido, umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os profetas do Antigo Testamento, dando referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.


I I. O autor e data

A. O autor: Zacarias

O autor é Zacarias. O ministério de Zacarias começou em 520 aC, dois meses depois de Ageu ter completado sua profecia. A visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta era ainda um jovem 2.4. Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480 aC, quando a Grécia substituiu a Pérsia como o grande poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram postas por escrito entre 520 e 475 aC.

B. A data: 520-475 aC

A data do livro - 520—475 aC


I I I. O contexto histórico e o conteúdo

A. O Contexto histórico:

Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 aC sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos. Cerca de cinquenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o altar e iniciaram a construção do templo. Todavia, bem depressa a apatia se estabeleceu à medida que eles foram cercados pela oposição dos vizinhos samaritanos, que "finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia para interromper a construção".

Durante cerca de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação com outras actividades. Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo.

Zacarias encorajou o povo de Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria num templo restaurado, numa cidade restaurada.                                                                                                                              
B. O Conteúdo do livro

O livro de Zacarias começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e voltar novamente para o seu Deus. O livro está repleto de referências de Zacarias à palavra do Senhor. O profeta não entrega a sua própria mensagem, mas, fielmente, ele proclama a mensagem dada por Deus. O povo é chamado para se arrepender da sua apatia e completar a tarefa que ainda não foi terminada - "a reconstrução do Templo".

1. As oito visões 1:7 - 6:8:

Deus, então, assegura ao povo o seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. Estas visões são transmitidas e traduzidas por um anjo a Zacarias. Estas visões anunciam de certa forma a vinda do Reino de Deus à terra, através de uma mediação sacerdotal perfeita 3:1-10, que faz referência à vinda do Messias “o meu servo, o Renovo, que tirará a iniquidade desta terra num dia 3:8-9”. O Messias virá com uma função dupla de sacerdote, mas também de rei tipificado por Zorobabel 4:1-13

Estas visões falam sobretudo da soberania de Deus que estando em controle de todas as coisas e acontecimentos vai estabelecer o Seu reino na terra e dos meios que Deus vai utilizar para atingir este objectivo.

a. A visão do homem e dos cavalos 1:7-17:

Lembra ao povo o cuidado de Deus e o seu ardente desejo de ver a reconstrução de Jerusalém que assistimos nos anos que se seguem debaixo das profecias de Ageu e Zacarias e da liderança de espiritual de Esdras e Josué e a liderança política de Zorobabel e Neemias. A terra entrará em descanso e ficará tranquila 1:11.

Tudo isto é uma profecia, ou prefiguração da vinda do Messias, pois é Ele próprio que estabelecerá o reino de Deus na terra.

b. A Visão dos quatros chifres e dos quatro ferreiros 1:18-21

Estes quatro chifres simbolizam as nações que dispersaram Israel e Judá. Os ferreiros simbolizam os libertadores, que podem referir-se aos construtores do Templo diante dos quais estes quatro poderes fugiram.

Trazem à memória o julgamento de Deus, anunciando o final da supremacia pagã sobre Israel. Mas a vitória do povo virá de uma forma pacífica, “não por força nem violência, mas pelo Espírito de Deus” Zacarias 4:6 através da reconstrução do Templo que é afinal o “Santuário de Deus” na terra.

A obra da dispersão do povo terminou, e agora não há nada que possa impedir o cumprimento do plano divino que é a restauração da cidade de Jerusalém e do povo de Israel. Mas é de Deus que virá esta restauração através de meios pacíficos, isto dizendo respeito à restauração imediata que será fectuada por Zorobabel, mas prefigurando também a "restauração final que será trazida pelo Messias quando ele estabelecer o Reino de Deus na terra, no final dos tempos".

c. A Visão do homem com um cordel de medir 2:1-13:

É a continuação das duas visões anteriores, e simbolizam a reconstrução da cidade e a restauração do povo de Deus. O cumprimento final desta profecia de restauração, será quando a cidade de Jerusalém for reconstruída no futuro e se tornar a metrópole de todo o mundo, isto é quando um dia o Messias vier a reinar na terra.

Esta visão obriga-nos a olhar a cidade apocalíptica de Jerusalém descrita como a cidade de Deus no livro de Apocalipse. Aí, e só nessa altura, Jerusalém será finalmente restaurada.

d. A visão do sumo sacerdote acusado pelo diabo e justificado por Deus 3:1-10:

Depois da promessa de um futuro glorioso para a cidade e para o povo de Deus, é apresentado o meio que Deus vai utilizar para cumprir os seus propósitos. Deus suscitará no futuro um sumo sacerdote, perfeito, prefigurado aqui por Josué.

Vemos que a visão seguinte revela o castiçal, que é um símbolo da Palavra poderosa de Deus, dada ao Seu povo para ser propagada como uma luz por toda a terra. Mas, antes disto acontecer o povo deve ser purificado e este é o tema da quarta visão, em que vemos a purificação de Josué. A reconstrução do Templo e a restauração da cidade.

Há um aspecto sacerdotal nesta quarta visão ligada ao sacerdócio universal de Cristo, em que Josué que é atacado por um poder satânico, e fica sujo dos pecados do povo, levando portanto sobre si os ataques do diabo e os pecados do povo, é justificado e defendido por Deus que repreendendo Satanás, e purifica Josué e o veste de vestes brancas, ou vestidos novos.

Josué que é colocado como um criminoso diante do Anjo do Senhor, com o advogado de acusação, Satanás, a acusá-lo de ter sobre ele a sua própria sujidade e a sujidade do povo, fala de Cristo que sendo Santo, é o Sumo Sacerdote perfeito que tomou sobre Ele o pecado de nós todos para efectuar uma eterna redenção.                                                                                                                                                   
e. A visão do castiçal revestido de ouro entre os vasos de azeite 4:1-14:

A quinta visão começa com uma pergunta “Que vês”, em que Zacarias responde dizendo o que vê, mas pergunta “O que é isto?” Ou o que significa isto?”

O anjo então explica a Zacarias esta visão, que como já referimos na quarta visão o castiçal, que é um candeeiro que alumia, é um símbolo da Palavra de Deus, que foi dada ao Seu povo para ser propagada como uma luz por toda a terra.

A reconstrução do Templo, e dos seus objectos, está ligada ao ministério do povo de Deus: que é ser uma luz espiritual em todo o mundo à sua volta. É esta a característica da Igreja, ser a luz do mundo.

As duas oliveiras falam da dupla função do Messias, a purificação que é obra do sacerdote, e a sua soberania real sobre a Nação. Jesus, o Messias, virá ao mundo como sacerdote e rei.

Em todas as visões vemos os dois poderes revelados:

O poder temporal representado pelos chefes civis e pelo próprio sumo sacerdote que no cap 6:9-15 lhe é colocado também uma coroa na cabeça para reinar junto com os outros escolhidos, prefigurando eles a função real e civil do Messias.

O poder espiritual representado pelo sumo sacerdote Josué e outros aspectos das visões, que prefiguram a função de purificação sacerdotal do Messias. Afinal a Sua missão redentora.

f. A visão do rolo que pronuncia julgamento contra o furto e contra o falso juramento 5:1-4:

As duas visões a seguir, a sexta e a sétima retomam naturalmente o tema da purificação do soberano sacrificador como vimos em 3:9b, que se torna o representante da Nação diante de Deus 3:4.

O rolo aqui parece representar as regras morais e religiosas da lei, o código divino, que faz referência à santidade de Deus. O rolo faz menção especialmente à maldição de Deus sobre dois pecados, o pecado do furto e do falso juramento.

Esta visão revela que Deus condena o pecado e vai limpar a terra da maldade.

g. A visão da mulher e o efa 5:5-11:

Esta mulher que está dentro do efa (barril) significa a impiedade a apostasia. Ela é repuxada pelo Anjo para dentro da efa e a tampa de chumbo é colocada sobre a mesma. A mulher é muitas vezes na Bíblia apresentada como um símbolo de desvio de Deus, de um povo que abandona Deus para se entregar aos prazeres e seduções deste mundo. A mulher simboliza adultério, prostituição e sedução.

A mulher a ser repuxada para dentro do efa Fala da santidade de Deus e da remoção da apostasia na terra.

h. A visão dos quatro carros 6:1-8:

Esta visão é semelhante à primeira e antecipa o capítulo 14. Estes quatro carros falam dos servidores de Deus que vão submeter as Nações debaixo do Seu poder.

Anunciam que o Senhor irá exercer a sua autoridade sobre a Terra e que todas as coisas serão submetidas à Sua vontade nos finais dos tempos, assunto que será desenvolvido no capítulo 14.

É uma visão que atesta o controle soberano de Deus sobre a Terra

i. A coroação do sumo sacerdote Josué como rei e sacerdote prefiguram o Reinado do Messias 6:9-15

As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado como rei e como sacerdote. Isso é um simbolismo poderoso da vinda do Messias.

j. O Jejum que não agrada a Deus caps caps 7- 8

Deus usa a questão sobre o jejum para reforçar a Sua ordem baseada na justiça e no juízo, para substituir meras as formalidades religiosas, como jejuar, beber, festejar, que não feitos para agradar a Deus.


 IV. Cristo é revelado na profecia

O livro de Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de todos os livros do Antigo Testamento. Os caps 9-14 sãos as secções mais citadas dos profetas nas narrativas dos Evangelhos. No apocalipse,
Zacarias é citado mais do que qualquer profeta, excepto Ezequiel.

Vemos a escatologia ou revelação das últimas coisas e da vinda do Messias 9 - 14

1. O Messias virá como o Servo do Senhor o Renovo 3.8.

2. Como o homem cujo nome é Renovo 6.12.

3. Como Rei e como sacerdote 6:13.

4. Virá como o verdadeiro Pastor 11.4-11.

5. Há um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por trinta moedas de prata 11.12-13.

6. A crucifixão do Messias 12:10.

7. Os sofrimentos do Messias 13:7.

8. A Segunda vinda do Messias 14.4.

9. Há duas referências a Cristo são de profundo significado.

A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é descrita com detalhes em 9:9, quatrocentos anos antes do acontecimento ver Mateus 21.4; Marcos 11.7-10.

Um dos versículos mais dramáticos das profecias é encontrado em 12.10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem trespassaram.” Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou a sua definitiva rejeição pela cada de Davi, a sua própria casa.


V. O Espírito Santo em acção

Zorobabel é confortado, e Deus o assegura do seguinte:

A. Que a reconstrução será feita pelo Espírito Santo:

A reconstrução do templo não será por força militar ou por proeza humana, mas pelo ministério do Espírito Santo.

B. O Espírito Santo removerá cada obstáculo que está no caminho:

Obstáculos que impedem a conclusão do templo de Deus. Um triste comentário em 7.12 recorda ao povo sua rebelião contra as palavras do Senhor pelos profetas. Essas palavras foram transmitidas pelo Espírito Santo.


V I. O esboço do livro

I. O chamado ao arrependimento 1.1-6

I I. As oito visões 1.7-6.15

1. O homem e os cavalos 1.7-17

2. Os quatro chifres e o ferreiro 1.18-21

3. O homem com um cordel de medir 2.1-13

4. O sumo sacerdote 3.1-10

5. O castiçal e o vaso de Azeite 4.1-14

6. O rolo voante 5.1-4

7. A mulher no meio do efa 5.5-11

8 Os quatro carros 6.1-8

I I I. A coroação do sumo sacerdote 6.9-15

I V. Ritual religioso ou arrependimento verdadeiro? 7.1-14

V. A restauração e triunfo de Sião 8.1-23

V I. A primeira profecia: O Messias rejeitado 9.1-11.17

V I I. A Segunda profecia: O Messias Reina 12.1-14.21


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: