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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Credo Apostólico

CREDO  APOSTÓLICO  Séc. VI
e fontes bíblicas

Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Efés 3:9.
Criador do Céu e da Terra, 1 Cor 8:6.
e em Jesus Cristo, seu único Filho nosso Senhor, 1 João 2:22;  Mar 3:11.
que foi concebido pelo Poder do Espírito Santo,   
nasceu da virgem Maria, Lucas 1:35;   Mat 27:2.
padeceu sob Pôncio Pilatos,  
foi crucificado, morto e sepultado, Atos 2:23: 1 Cor 15:3.
desceu ao lugar dos mortos, Atos 2:31.
ressuscitou ao terceiro dia, 1 Cor 15:4.
subiu aos Céus  e está à
Direita de Deus Pai Todo-Poderoso, 1 Ped 3:22.
donde há de vir julgar os vivos e os mortos.      2 Tim 4:1
Creio no Espírito Santo,  João 14:26.
na Santa Igreja universal, Mat 16:18.
na comunhão dos Santos,  Ef 5 : 29,30.
na remição dos pecados,   Mat 26:28
na ressurreição da Carne,   1 Cor 15:13.
na Vida eterna.  Mat 25:46.


Já tentou aprender de memória este CREDO, que é costume chamar “Credo Apostólico  ?

Não é, nem deve ser, uma reza que se faz a Deus.

É uma declaração que afirma os pontos fundamentais da nossa Fé, e que convém relembrar.  Aprendê-lo de cór é também um bom exercício mental, para qualquer idade.

É um texto muito antigo. As grandes correntes do Cristianismo têm-no como base daquilo em que crêem.

Os cristãos dos primeiros tempos da Igreja estavam sujeitos a fortes desvios da sua Fé por influência e pressão de filosofias diversas.

Os Pastores e Líderes desses tempos acharam bem, trezentos anos depois de Jesus Cristo, elaborar este texto, a que chamaram CREDO ( que é a palavra, em latim, pela qual o texto começa, “Creio” = “Credo” ) e que tem permanecido até hoje!

Se decidir aprendê-lo de cor, não o faça como uma reza.   Faça-o como uma afirmação dos fundamentos bíblicos da sua Fé. 

Este post foi tirado do Blog ESCREVER de João Pinheiro que pode consultar em baixo:


sexta-feira, 29 de março de 2013

José Fragata - Entrevista na RTP1

Entrevista  da RTP1 a José Fragata no programa "Começar de Novo" de 14 de Fevereiro de  2O13. 

O Fragata narra de uma forma empolgante e emocionante a fuga de Moçâmedes no Silver Sky em 10 de Janeiro de 1976, que fez-se ao largo com 1600 pessoas a bordo e uma tripulação de 40 homens que não estava preparada para receber tanto "povo"!

Ordens emanadas para bordo fizeram o navio descolar-se para Walvys, e a partir daí as pessoas foram conduzidas a um campo de refugiados em Windoek. 


Em seguida, foram metidas num avião rumo a Portugal, de mãos vazias e coração desfeito.


Para ouvir a entrevista, clique em baixo:



Albertino Gomes o segundo à esquerda

Eu falei ao telefone com o Fragata e com a minha prima Raquel no dia 6 de Agosto de 2013. 



Em baixo, segue a lista de alguns habitantes de Moçâmedes que abandonaram a cidade neste navio (lista a completar...) por favor se conhecer mais alguém contacte-me:

viriato-martins@hotmail.com

Alberto dos Santos Ramos Neca
Albertina Rodrigues Martins Neca
Ahlers Alberto Martins Neca
Aguinaldo Matos (Banco de Angola) e genro   
Albertino Gomes
Amélia Maia
Angelo Nunes de Almeida e filho
Antonio Freitas
Antero de Quental
Artur Miranda Trindade e família
Carlos Quental
Correia (do talho)
Duarte Cardoso
Ervedosa
José Fragata (3 elementos da familia) 
Felício
Gabriela Cardoso
Henrique Minas e familiares
Irmãs Doroteias do Colégios Nossa Senhora de Fátima 
Jaime Custódio (Banco de Angola), e sogro
José Manuel Paulo Nascimento (Mantela)
José Joyce Chalupa e Dina Chalupa
Josefina Cordeiro
Jorge Maló de Almeida
José Santos (Zeca) do Banco de Angola
Laurindo Paradanta Marques Couto
Licinio
Luis Alberto Colmonero
Luis Edmundo Cordeiro (trabalhava no porto de Moçamedes)
Linda e mãe
Luis Alberto de Noronha Cardoso (professor Ginástica ECM)
Maria Augusto da Silva Lopes
Manuel Azevedo Osório
Mário de Sousa
Manuel Virginio Azevedo do Nascimento , Celeste Custódio Nascimento, Celeste de Freitas Custódio 
Maria Manuela Seixas Cardoso
Mario Augusto da Silva Lopes 
Mário Figueiredo
Mena dos Correios
Odete Maló de Almeida
Osório (Banco de Angola)
Padre Pinto Lobo
Palmira Quental
Paulo Quental
Virgilio Nunes de Almeida
Padre Dinis Lopes e seus pupilos da Casa dos Rapazes de Moçâmedes
Luis Edmundo Cordeiro (trabalhava no porto de Moçamedes)
Ilma dos Santos Cordeiro,
Fatima Cordeiro
Filomena Cordeiro
Antonio Freitas
Josefina Cordeiro.
Raúl Gomes
Suzete Martins Neca

http://princesa-do-namibe.blogspot.co.uk/2010/09/fuga-da-cidade-do-namibe-ex-mocamedes.html



Pode aceder a outros posts meus sobre Moçâmedes - Namibe:


Envie notícias e fotos que eu possa publicar, obrigado!

Viriato "Latinhas" 

viriato-martins@hotmail.com 



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Igreja Emergente e os quatro "p" do Papa

A ideia para o meu post Igreja Emergente e os quatros "P" do Papa Francisco, foi tirada do blog Escrever de João Pinheiro de Faro.

Se quiser pode entrar em baixo no Blog ESCREVER:


1. Blogue ESCREVER de João Pinheiro.


A Igreja Emergente dos nossos dias, coloca-nos diante de conceitos 'novos' que podem tornar a verdade em algo muito relativo, pois o mais importante é guardar um bom relacionamento com os outros.














Segundo  João Pinheiro, os cadernos da Escola Pastoral «les Cahiers de l'Ecole Pastorale, (2º trim. 2012) registam alguns tópicos ou "tendências" que lhe pareceram indispensável que os conheçamos.

Tópicos que nos falam das "tendências" actuais da Igreja Emergente:

a. A verdade não é algo objetivo.

b. Todas as opiniões são respeitáveis.

c. Não há valores universais. Cada pessoa estabelece os seus parâmetros.

d. A intenção é o mais importante. Mais do que a "ética".

e. Fazer algo de mal é menos mau do que denunciar alguém...

f. As "relações", isso é prioritário.


2. João Pinheiro termina salientando as "formas de estar".

Formas de "estar" da Igreja Emergente (ou tendendo para isto):

a. Igrejas centradas no desenvolvimento comunitário, como "missão".

b. Igrejas centradas na inovação litúrgica.

c. Igrejas centradas em Cristo e menos na doutrina, no Credo, etc.

d. Igrejas centradas na adaptação às Culturas, porque toda a interpretação das Escrituras está ligada a uma Cultura.

e. Igrejas ortopráxicas - vale sobretudo a experiência pessoal.

f. Igrejas holísticas, em que caiem as barreiras entre o sagrado e o secular.

g. Igrejas de teologia narrativa e não de dogmas.

h. Igrejas "café": informais, interativas, em que se come e bebe. Tipo hip- hop. O culto pode     decorrer num café público ou mesmo numa empresa, ou num cyber-café. Com filmes, literaturas não especialmente cristãs.

i. Igrejas em que o batismo é "desconstruído"...


3. Os quatro "P" do Papa Francisco













Segundo o que lemos no outro post de João Pinheiro no ESCREVER, o primeiro Papa jesuíta, o atual chefe do Catolicismo Romano põe em ação quatro "P", na opinião do Sociólogo Olivier Bobineda. 

Vale a pena ler no ESCREVER um pouco mais sobre os quatro "P" do Papa, pois estão de certo modo um pouco ligados a alguns conceitos da Igreja Emergente.

Proximidade, Princípios, Pragmatismo e Performance.


4. O que é a Igreja Emergente (por Viriato Martins)?

A Igreja Emergente começou a surgir praticamente nos finais do século passado e início do século 21, embora, do meu ponto de vista, seja um movimento cujas raízes já vêm dos anos 60. 

Gostaria de salientar em baixo alguns aspectos sobre a Igreja Emergente:

a. A Igreja Emergente é uma tendência ou movimento:

A Igreja Emergente é mais uma tendência ou movimento do que uma Igreja. É uma tendência ou movimento que está presente em muitas Igrejas prostestantes e evangélicas.

b. Caracterizado pela variedade e o debate:

Há três categorias dentro do movimento: Relevância, Reconstrucionismo e Revisionismo, estou a traduzir da língua inglesa: Relevants, Reconstructionists and Revisionists. 

A Relevância, vem de teólogos conservadores, mas que estão interessados em adaptar-se à cultura dos tempos. 

O Reconstrucionismo, vem de teologias que querem construir Igrejas completamente diferentes, com novas ideias e formatos, para melhor se adaptarem aos tempos.

O Revisionismo, vem de teólogos que questionam se as doutrinas evangélicas estão apropriadas ao mundo pós-modernista.

c. O Foco principal é que a Igreja deve mudar para a cultura dos tempos modernos. 

O pós-modernismo acha que a mensagem sólida do Evangelho é dogmática demais e arrogante. Por isso, os emergentes dizem que um Evangelho mais moderado tinha que ser inventado para ser aceite pelas massas dentro dessa geração mais jovem.

Aí está, a Igreja deve mudar para a cultura dos tempos modernos. As maneiras antigas devem ser descartadas, pois não são sensatas nem confiáveis, e criarem-se novas maneiras. 

d. A Ortodoxia deve ser generosa

A Igreja Emergente acha que  a Ortodoxia deve estar mais virada para os relacionamentos sociais e para a caridade e que é isto que conduzirá as pessoas à verdade, em vez de dar ênfase à pregação do Evangelho, e encaram com muita relutância a pregação sobre a perdição eterna dos pecadores impenitentes.

Eles consideram que os fundamentalistas apresentam as boas novas do Evangelho de uma forma muito agressiva.

e. O Ponto central que é Jesus é o que importa.

A Igreja Emergente opõe-se a que se coloquem limites que dividam as pessoas em duas categorias - crentes e descrentes, e que se estabeleçam critérios de membrazia em que os descrentes fiquem de fora.

Para eles, não se deve pôr limites, práticos ou doutrinais, pois o que interessa é o ponto central que é Jesus e que cada um se movimente em direção a este ponto central.

Qualquer pessoa, não importa em que ponto está é aceite como membro se estiver a movimentar-se em direção ao ponto central que é Jesus.

f. Evangelismo e Missão


Normalmente, colocam mais valor nas "boas obras" e na "acção social", do que na missão e no evangelismo. 


Aliás, para os emergentes as "boas obras" e a "acção social" são afinal o evangelismo e a missão. 


No entanto, apesar disso, devo salientar que uma parte dos emergentes incluiem completamente o ensino sobre Cristo e sua obra redendora na sua acção social e actividades ligadas à caridade.

g. "World View" e hermenêutica.


Muitos dentro da Igreja Emergente defendem que deve haver uma descontrução do dogma cristão. 


Por essa razão, os cristãos devem envolver-se no diálogo mais do que na pregação de uma mensagem pré-concebida. 

5. Conclusão por Viriato Martins 

Eu penso que algumas ideias da Igreja Emergente e alguns dos "P" do Papa Francisco, existem simplesmente para procurar aproximar o "fosso" entre as antigas e as novas gerações e épocas e levar a mensagem cristã com mais eficiência aos nossos dias.

A Igreja não pode perder a cruz















E acho que nós podemos utilizar algumas dessas ideias e intenções para a evangelização das diferentes culturas e grupos de indivíduos.

Eu sou apologista que devemos pôr em acção uma boa "Teologia de Contextualização" e não cair num excesso de "rigidez" que, por final, em vez de evangelizar ou edificar, acaba por afuguentar e mesmo matar.

Mas, defendo com "unhas e dentes", desculpem a expressão, que quando estamos a evangelizar, mesmo que seja de uma forma bem adaptada e contextualizada aos nossos tempos e às diversas culturas humanas:

Não podemos cair nos erros salientados pelo blogue ESCREVER, quer isto dizer que:


Não podemos relativar a "verdade".

Não podemos respeitar "opiniões" que devem ser denunciadas, no mínimo identificadas.

Não podemos ficar somente na "narrativa" e esquecer os "dogmas".

Não podemos esquecer o "credo" e a "ética" em favor dos "relacionamentos".

Nós podemos utilizar alguns conceitos e práticas da Igreja Emergente e dos quatro "P" do Papa, mas devemos repudiar  os conceitos que embora querendo ajudar-nos na aproximação das culturas e dos problemas humanos, procuram esconder, mesmo com boas intenções, uma parte fundamental do "credo" e da "ética" cristã.

E, muitas vezes, a parte do “credo” que se  esconde das pessoas faz parte do "ámago do Evangelho" que deve ser pregado ao homem.

A evangelização deve conter os seguintes ensinamentos, para ser bíblica e credível:

A Triunidade de Deus: 
Pai, Filho e Espírito Santo.

A Divindade Absoluta de Cristo, que é Deus Filho.

A morte e a ressureição de Cristo para a nossa salvação.

O pecado e o arrependimento do homem.

A fé exclusiva em Cristo para a nossa salvação. 

A vida eterna para os que crêm em Cristo. 

A perdição eterna para os que não crêm em Cristo.

A santificação do nosso corpo, alma e espírito.


O Corpo de Cristo expresso na Igreja Universal e na Igreja Local.

Estes e outros ensinamentos, devem ser conteúdos da evangelização e devem estar no centro de qualquer "formato", método", "estratégia" ou "teologia de contextualização" que utilizemos na evangelização do mundo.

Termino com esta pergunta?

Sim ou Não?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Como Não Ser Uma Vítima Do Abuso Espiritual,

I PARTE

DEFINIÇÃO: 

DO TERMO CARACTERÍSTICAS DO ABUSO ESPIRITUAL.


Abuso espiritual...

1. DEFINIÇÃO DO TERMO:

Abuso espiritual é o uso da posição de liderança ou do poder para seduzir, influenciar e manipular as pessoas a fim de alcançar interesses próprios. 

Os praticantes do abuso espiritual são muito hábeis para passar a impressão de que o que querem é do interesse de Deus e da sua obra quando, na realidade o que buscam é seu próprio interesse.

O evangelho "barato", pregado atualmente por algumas igrejas gerou um grande número de pastores, bispos, apóstolos e lideres que não medem consequências para alcançar seus objetivos. 


Esse mesmo estranho evangelho também permitiu a abertura de igrejas por pessoas totalmente despreparadas que se auto-intitularam pastores. Geralmente eles são oriundos de alguma igreja onde não tiveram oportunidade no ministério. Existem também os que estão interessadas apenas em conseguir recursos financeiros, e exercer poder.


E por último existem os que são servos de Deus sinceros, mas por não possuírem qualificação ou chamado para o cargo, são inseguros e essa insegurança é disfarçada por um autoritarismo exarcebado. O certo é que a maioria deles são danosos aos membros de sua congregação, gerando um grande número de pessoas feridas e decepcionadas com o evangelho.


2. CONVITE AO ABUSO:


As igrejas são constituídas num sistema hierárquico que consiste num verdadeiro convite ao abuso religioso. Esse tipo de regime autocrático centrado na figura carismática do pastor predomina nas igrejas mais novas, em especial nas pentecostais e neopentecostais surgidas nos últimos trinta anos. 

Claro que não podemos generalizar, pois nesse meio tempo também surgiram igrejas sérias, fundadas por homens de Deus, com único objetivo de pregar o verdadeiro evangelho e ganhar almas para o Reino de Deus.

O pastor Paulo Romeiro escreveu no livro "Decepcionados com a Graça": “Em termos de governo, o neopentecostalismo verticalizou a igreja. O líder forte no topo da pirâmide, que não presta contas a ninguém, que toma decisões sozinho em questões financeiras e doutrinárias, acaba tirando das pessoas a oportunidade de funcionarem como um corpo, como deve ser a igreja. 

Em tais circunstâncias, os abusos se multiplicam. Alguns líderes religiosos têm dificuldade de administrar o poder”.

Por ter uma organização mais democrática, com estabelecimento de conselhos e assembleias, as igrejas protestantes históricas são um pouco menos tentadas nessas áreas, embora não estejam imunes. 


3. CARACTERÍSTICAS ABUSO ESPIRITUAL:

Na maioria das vezes o abuso espiritual se origina por posições doutrinárias anti-bíblicas. Mas ele ocorre também porque os interesses pessoais de um líder, ainda que legítimos, são satisfeitos de maneira ilegítima.

Sistemas religiosos espiritualmente abusivos são comumente descritos como legalistas, controladores mentais, religiosamente viciadores, e autoritários. Apresenta as seguintes características:


Sou eu que mando!


4. LIDERANÇA AUTORITÁRIA: 

A característica mais evidente de um sistema religioso abusivo, ou de um líder abusivo, é a ênfase excessiva em sua autoridade. Normalmente o grupo se diz ter sido estabelecido diretamente por Deus, e, portanto, seus líderes se consideram como tendo o direito de comandar seus seguidores.

Em Mateus 23:1–2 Jesus disse que "na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus", uma posição de autoridade espiritual. Ainda que outros termos sejam usados, essa posição, nos grupos abusivos, é de poder, e não de autoridade moral.

Àqueles que se submetem incondicionalmente, são prometidas bênçãos espirituais. A eles é dito que devem se submeter completamente, sem o direito de questionar os líderes; se os líderes estiverem errados, isso é problema deles com Deus, e Deus ainda assim abençoará àqueles que se submetem incondicionalmente.


5. PROIBIÇÃO DE CRÍTICAS:


Feche o bico!

O sistema religioso, por não ser baseado na verdade, não pode permitir questionamentos, dissensões, ou discussões aberta sobre questões. A pessoa que questiona se torna o próprio problema, ao invés da questão que ela levanta.    

As resoluções sobre qualquer questão vêm diretamente do topo da hierarquia, que são passadas sem abertura para qualquer indagação. Qualquer tipo de questionamento é considerado como desafio à autoridade, ou rebelião.

O pensamento autônomo é desencorajado, sob a alegação de que ele leva à dúvida, que por sua vez é vista como sendo falta de fé em Deus e em seus líderes ungidos. Desse modo, os seguidores procuram controlar seus próprios pensamentos, por medo de que possam estar questionando Deus. 



II PARTE:

APARÊNCIA EXTERNA E ATITUDE DOS DOS PASTORES.


1. APARÊNCIA:

Tais lideranças procuram sempre manter uma aparência de santidade. A história do grupo ou organização geralmente é distorcida para dar a impressão de que têm um relacionamento especial com Deus.O caráter duvidoso de tais lideranças é negado ou encoberto para que sua autoridade não seja questionada, e para manter as aparências. 

Padrões legalistas de pensamento e comportamento, impossíveis de serem mantidos, são impostos aos membros.

O fracasso em manter tais padrões é usado como constante lembrete de que eles são inferiores aos líderes, e, portanto devem se submeter a eles. Apenas uma imagem positiva do grupo é apresentada àqueles que não fazem parte dele, porque a verdade sobre o sistema religioso abusivo seria obviamente rejeitada se fosse conhecida.

Os líderes, normalmente, mantêm segredos que não divulgam a suas congregações. Esse sigilo está baseado na desconfiança geral dos outros, porque o sistema é falso e não pode resistir a escrutínios.

2. DESIQUILÍBRIO:

Os grupos abusivos têm de se distinguir de todos os outros grupos religiosos para que possam alegar serem únicos e especiais para Deus.

Isso normalmente é feito através de uma ênfase exagerada em posições doutrinárias menos centrais, através de legalismo extremo, ou uso de métodos peculiares de interpretação bíblica.


Desiquilibrio!

Dessa forma, suas conclusões e crenças são exibidas como prova de que são únicos e especiais para Deus. Em Mateus 23, Jesus nos dá uma importante descrição dos líderes espirituais abusivos.

Em Gálatas, Paulo argumenta contra aqueles que queriam impor um cristianismo legalista, subvertendo a mensagem do evangelho. Jesus Cristo era Deus encarnado, a segunda Pessoa da Trindade, o Criador do universo, mas não usou essa autoridade para subjugar seus discípulos, para colocá-los sob o jugo de regras e regulamentos legalistas.

Nem tampouco Jesus procurava manter as aparências externas. Aos fariseus legalistas, Jesus aplicou as palavras de Isaías: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt. 15:9).

Jesus não era paranoico como os líderes abusivos, seu ministério era transparente ao publico (Jo.18:19–21), não tinha nada a esconder. Jesus não só criticou os líderes religiosos por suas doutrinas errôneas (Mt. 15:1–9; 23:1–39; etc.), mas também, quando criticado, ele não os silenciou, mas deu-lhes respostas bíblicas e racionais às suas objeções (Lc. 5:29–35; 7:36–47).

3. TUDO PELA VISÃO:

Líderes que cometem abusos contra os membros de sua igreja, geralmente estão obcecados por uma visão. Estão convencidos que receberam uma visão divina, e em nome dessa visão passam por cima de tudo e de todos.

Sigam e calem-se!

Quando o líder entende que recebeu uma visão de Deus para sua igreja, tudo passa a ter valor inferior. Tudo e todos na igreja devem ser direcionados para a visão do líder. Nada pode ser feito se estiver fora da visão. Quem não quer participar da visão começa a ser discriminado e colocado como rebelde. 

A mais importante missão da igreja, que é pregar o evangelho começa a ser colocado em segundo lugar. As pessoas que estão na igreja para receberem cuidados pastorais, vão sendo esquecidas.

Muitas vezes o líder está tão embevecido pela pressa de incutir na cabeça das pessoas a sua visão que nem nota que está ferindo pessoas. Começa a separar o “joio do trigo”. Quem aceita a visão é “trigo”, quem não aceita é “joio”, e passa a ser tratado diante de toda congregação como rebelde, desobediente e infiel. 

As humilhações em publico passam a acontecer naturalmente. Isso é feito para que outros não trilhem o mesmo caminho do “rebelde”. E assim muita gente se cala com medo das consequências ou por não ter coragem de desafiar o líder.

4. MEDO NOS MEMBROS:

Outro modo muito utilizado de abuso contra os membros de uma igreja é colocar o medo no coração das pessoas. O pastor começa a pregar coisas do tipo: “Se você não der o dizimo, Deus mandará o devorador, o gafanhoto para destruir o que é seu”; “A rebeldia é como pecado de feitiçaria” e outras coisas do gênero. 

O uso de versículos fora do contexto, neste caso são utilizados constantemente para validar as estranhas doutrinas da liderança.

Estou cheio de medo!

Ensinam que quando alguém comete um pecado está abrindo brechas para Satanás agir em sua vida, está dando “legalidade ao diabo”. Parece que qualquer deslize que se comete, é como se desse uma senha secreta para o diabo apropriar-se da pessoa e de seus bens. É uma doutrina esdrúxula que só serve para manter o seguidor cativo à igreja. 

Que Deus é esse que a qualquer pequeno erro de um filho seu, Ele o entrega a Satanás?

Também não tem base bíblica à atitude de alguns líderes que querem prender as pessoas na sua igreja com ameaças de saírem “debaixo de maldição” se mudar de igreja. Numa igreja saudável com um pastor equilibrado as pessoas podem mudar para outra igreja sempre que assim o desejarem. A pessoa é livre para servir a Deus onde se sentir melhor.

5. COBERTURA ESPIRITUAL:

Novas doutrinas difundidas pelo movimento neopentecostal, também colaboram para o crescimento dos excessos. Uma delas é o ensino sobre “cobertura espiritual”, que concede ao líder posição de autoridade e responsabilidade espiritual sobre todos os membros de sua igreja. 

Quem sair de sua cobertura fica sem defesas contra o inimigo, Deus sequer ouve suas orações.

O termo “Cobertura Espiritual” baseia-se em uma doutrina falsa, que nada mais é que abuso religioso. Não tem base bíblica. Nossa cobertura espiritual é o amor de Deus, que se estende sobre nós como um lençol. Como alguém humano e falível poderia ser cobertura espiritual? Não tem sustentação, é manipulação.

Numa igreja saudável, espiritual e emocionalmente equilibrada, todos os membros oram uns pelos outros, compartilham e dividem os “fardos” como manda a Bíblia (Gl 6.2). Não é apenas a oração do pastor que tem validade diante de Deus. Todos somos filhos, então todos estamos sob a cobertura de Deus.

6. O UNGIDO DO SENHOR:

O pastor Ed René Kivitz, comenta no livro "Feridos em Nome de Deus": “Outro meio de abuso é o conceito difundido de que o pastor é o “ungido do Senhor”. Este conceito é do Velho Testamento. 

Muitas igrejas evangélicas, especialmente as pentecostais e neopentecostais tratam sua liderança como eram tratados os profetas do passado, com reverencia intocável. Isso tudo é coisa do Velho Testamento. No Novo Testamento não há hierarquização, todos somos sacerdotes, somos nivelados. 

Há hierarquia no governo eclesiástico, ou seja, o pastor é autoridade sobre o membro no que diz respeito ao governo da igreja, mas não no que diz respeito à experiência pessoal com Deus. 

O pastor não é intermediário entre o rebanho e Deus, este papel pertence a Jesus, único mediador entre Deus e os homens. A única mediação que existe é a de Jesus Cristo. Está errada essa visão do Antigo Testamento de que o pastor é um oráculo profético. Isso não tem espaço no cristianismo”.


III PARTE:

TIPOS DE PASTORES QUE COMETEM ABUSOS.

Como já citamos no início desse estudo, existem vários tipos de pastores que cometem abusos. 

Vamos comentar aqui sobre os dois tipos mais comuns, citados no livro "Outra Espiritualidade", pela clareza como são definidos.

1. PASTORES-LOBOS: 



Cuidado com o lobo!

São lobos vestidos de pastores. São corrompidos, alguns conscientemente, outros sinceramente enganados. Mas corrompidos na alma, na mente e no coração. Corrompidos no entendimento da verdade, na relação do sagrado com o divino. São pastores de si mesmos. 

Homens que se utilizam da fé e do desespero alheios para alcançar seus próprios objetivos, servir seus próprios interesses que é: implementar sua visão particular, desenvolver seu projeto pessoal de poder. 

São homens que atuam no ramo da religião, no segmento evangélico, mas que estão absolutamente distantes do Evangelho de Jesus. 

Distantes de sua mensagem, de seu espírito, de seu caráter, de seus propósitos, de seus valores e de seus conteúdos mais profundos. São os grandes geradores de ovelhas feridas. São os maiores abusadores do rebanho.

2. PASTORES-OVELHAS: 


Estes são ovelhas vestidos de pastores. São cristãos sinceros e dedicados a obra de Deus, mas que jamais deveriam ter sido investidos da autoridade pastoral por não terem chamado para essa função. 

Homens que pretendem servir a Deus, e o fazem com integridade e sinceridade ao longo dos anos, mas que nunca foram separados pelo Espírito Santo, isto é o Espírito Santo jamais os constituiu pastores, foram colocados por decisão humana. Falta-lhes autoridade divina. Falta-lhes coração e alma de pastor. 

Falta-lhes entranhas de pastor. Receberam o cetro, receberam o titulo, mas não receberam o mais importante, a unção de Deus para o cargo. E essa não pode ser forjada, inventada ou manipulada. Seriam ótimos crentes, ótimos pregadores do evangelho, mas são péssimos pastores. 

Estes geralmente são inseguros e querendo mostrar sua autoridade, exageram e passam a dirigir a igreja ditatorialmente, não aceitam interferência em suas decisões. Não cometem abusos propositadamente.


IV PARTE:

AS VÍTIMAS DO ABUSO.

1. AS VÍTIMAS.

Os abusos espirituais continuam acontecendo e vai deixando atrás de si um enorme número de pessoas que não querem nem ouvir falar em igreja evangélica. Não é difícil encontrá-los. 

Alguns formaram comunidades na Internet para se ajudarem, e muitos estão sendo cuidados em consultórios de psicanálise. O abuso deixa marcas profundas. Traumas psicológicos, depressão e até doenças graves são relatadas pelas vitimas.

O abuso religioso é um assunto bem discutido em livros, revistas e internet, mas que ainda não está esgotado porque as coisas continuam acontecendo. Muitas publicações foram feitas com o intuito de alertar para esses males, mas infelizmente poucos são alcançados. 

Por isso neste espaço também queremos falar sobre o assunto, já que quanto mais avisos, mais pessoas podem ser alcançadas.

O abuso Espiritual tem um efeito devastador na vida das pessoas. Elas normalmente depositam um alto grau de confiança em seus líderes, os quais deveriam honrar e guardar tal confiança.

Quando essa confiança é traída, a ferida que se abre é muito grande, até mesmo a ponto da pessoa nunca mais poder confiar em líderes espirituais novamente, mesmo que eles sejam legítimos.






Além de desenvolverem medo e desilusão com relação a líderes religiosos, as vítimas de abuso espiritual muitas vezes têm dificuldade em confiar em Deus. Elas se perguntam, "como é que Deus pode ter permitido que isso acontecesse comigo? Tudo o que eu queria era amá-lo e servi-lo!"

Muitas vezes, essas pessoas desenvolvem grande rancor, que se não for tratado, pode estabelecer raízes de amargura e incredulidade com relação a tudo que seja espiritual.

Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Precisa entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. 

Ela deve procurar grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus.

2. TODOS PODEM SER VÍTIMAS

Por mais estranho que possa parecer, o abuso espiritual não acontece apenas contra pessoas simples e de baixo nível escolar. A verdade é que pessoas esclarecidas e de classe alta, são facilmente manipuladas e se tornam escravas de lideres maquiavélicos. 

As pessoas manipuladas deixam de usar a razão e passam a ouvir o coração. Quando se dão conta do que está acontecendo com elas geralmente já se encontram no fundo do poço. Já perderam quase tudo que tinham, já não tem mais amigos, se afastou dos familiares e muitos perderam esposa ou esposo. Tudo para servir integralmente a igreja (pastor).

V. PARTE:

COMO SE PREVINIR DO ABUSO ESPIRITUAL.

1. FIQUE ATENTO:

Existem algumas maneiras de identificar o abuso espiritual, mas não há uma regra básica, já que todos os dias são criadas novas técnicas de abordagem para “aprisionar” os incautos.

Cuidado com frases do tipo:
“Você ainda não recebeu nossa visão”;
“Isso é uma verdade espiritual que você ainda não tem condições de entender”;

“Abençoe-me e você será abençoado”;

“Não toque no Ungido do Senhor”.

Fique Atento e:


2. NÃO ACEITE NADA QUE NÃO POSSA SER QUESTIONADO: 

Preste atenção se o líder tem tendência de se autoelogiar.

Preste atenção se a “visão” da igreja é mais importante que as pessoas.

Seu pastor lhe causa medo? Ele ameaça os membros com revelações sobre sua vida pessoal? Vive dizendo que Deus lhe mostra tudo que acontece ou o que as pessoas fazem de errado?

Observe se seu pastor trata de maneira mais próxima os membros que tem uma posição financeira melhor.

Se é comum alguém ser escolhido para ser humilhado diante de todos.

3. N
ÃO IDOLATRE O SEU PASTOR: 


Pucha burro!

Por mais carismático que ele seja, trate-o apenas como pastor, respeitando-o como autoriade eclesiástica, mas nunca como um "deus" ou pessoa infalível.

Servir a Deus é maravilhoso, mas isso não quer dizer que você deva se separar dos amigos e da família por não serem crentes. Continue tendo amigos descrentes, continue com seus laços familiares. 

Ir à festa de família não o obriga a utilizar bebida alcoólica, muito menos participar de conversas inadequadas. Estando entre amigos e familiares descrentes você terá oportunidade de falar do evangelho para eles.

4. COMUNHÃO COM DEUS:

Faz parte da natureza humana a transferência de responsabilidade, mas a experiência espiritual não permite a transferência de responsabilidade. Ninguém se relaciona com Deus em nome de outro alguém, cada um se relaciona por si mesmo. 

Então, que cada cristão procure se relacionar com Deus, independente do que pensa alguém da liderança da igreja sobre suas orações. Se disserem que sua oração é “fraca” não chega ao céu, não se preocupe, quem está recebendo sua súplica é Deus. 

Você está orando em nome de Jesus e não de seu líder. Isto quer dizer que sua comunhão com Deus não pode ser medida pela liderança de sua igreja.

5. PASTOR PODE SER QUESTIONADO:


Acreditar que o pastor tem uma visão iluminada a respeito das verdades espirituais e que ele sempre conhece mais a Bíblia que todos na comunidade, é um erro de avaliação. Isso facilita a supremacia do pastor sobre todos. 

Tudo que ele diz se torna verdade. O líder passa a ser intocável. Quem tenta questioná-lo é tratado como endemoninhado, sem visão e “ovelha negra”. 




Não deve ser assim, o pastor pode e deve ser contestado quando está usando a Bíblia de maneira errada. O pastor pode e deve aceitar questionamentos e contestações dos membros, afinal todos fazem parte do corpo. Seria bom se o líder tivesse coragem de dizer que não tem resposta para todas as questões, reconhecesse que não é infalível. 

Pedro era uma das colunas da Igreja de Jerusalém. Paulo em comparação com ele era um “novato” no ministério, mas quando foi necessário o “novato” corrigiu a atitude do apostolo Pedro (Gl 2.11). 

O próprio Paulo elogiou os crentes de Beréia, porque examinavam as Escrituras confirmando se o que apóstolo ensinava era verdade (At 17.11).


CONCLUSÃO:

1. PASTORES NA PLENITUDE DO ESPÍRITO

Existem pastores sérios, homens de Deus e de alta confiança. O grande problema é identificá-los. Mas ore a Deus para que você na sua busca "tropece" em algum deles. São homens que parecem que romperam a linha que nivela os mortais. 

Pessoas equacionadas na alma, resolvidas, que vivem no patamar do que a Bíblia chama “plenitude do Espírito”, sendo essa plenitude não uma experiência eventual, mas uma qualidade que se consolidou. 

São homens que receberam do Espírito Santo o chamado para o pastorado. São homens com entranhas de pastor. Homens que sabem o valor de uma ovelha para o Reino de Deus. São confiáveis, com eles você pode tratar de qualquer assunto sem medo de que ele use seus problemas contra você.

2. PASTOR QUE RECONHECE SUAS LIMITAÇÕES


Pastor que reconhece que tem fragilidades, que trata suas emoções com delicadeza, que desabafa com seus auxiliares, que reconhece que pode falhar e não posa de semideus; não alimenta a dependência de pessoas do rebanho, mostrando a elas que o pastor é um ser humano e não um ser infalível, tem menos chances de cometer abusos.

3. RECEBENDO OS FERIDOS

Existem igrejas sérias que recebem esses feridos e tentam recuperá-los. É um trabalho árduo e complicado, já que estas pessoas estão desconfiadas de tudo e de todos, cheias de traumas e até doenças geradas pelo sofrimento a que foram submetidas. Só muito amor pelas almas é que movem essas igrejas a receberem esses irmãos, Deus irá recompensá-las devidamente por esse amor.



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J.Dias

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