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segunda-feira, 9 de julho de 2007

10 - O Livro de Miqueias

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para facilitar os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.



O livro de Miqueias


I. Introdução

Miquéias (em Portugal: Miqueias) é um nome que vem de uma palavra hebraica que significa "Quem é como Yahweh?". O nome do autor do livro de Miquéias aparece na septuaginta como Michaías. A Vulgata Latina diz Michaeas. Ele foi um profeta do século VIII a.C. morador de Morasti-Gat, na Shefelá em Judá, talvez tenha sido um líder (ancião, heb. zaqen) da comunidade. Atuou em Judá no período de Jotão, Acaz e Ezequias.

O livro, escrito em Hebraico, é de dificil leitura, pois o texto encontra-se corrompido, para tanto os tradutores da Bíblia utilizam-se de guias como as versões em língua grega, síria e copta.

 A. A macro-estrutura do livro é composta por quatro partes:

1 - Teofania e Acusação contra pecados concretos 1-3

2 - Salvação - O futuro Reino de Javé em Sião 4-5

3 - Julgamento de Javé contra o povo 6.1-7.7

4 - Liturgia Final 7.8-20


I I. O autor e a data

A. Autor: Miqueias

Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII aC. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações” no objectivo das sua profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi, também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte.

Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de 32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.

O Nome de Miquéias, pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”. Miquéias era tão sincero e completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi lembrada e citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).

B. Data: entre 704 e 696 aC

Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 aC), Acaz (731-716 aC), e Ezequias (716-686 aC). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 aC), uma data entre 704 e 696 aC parece ser provável.


I I I. O contexto histórico e o conteúdo

A. Contexto histórico

No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor 1.5.

Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá estava prestes a cair, a não ser que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.

B. O Conteúdo:


1. O Livro de Miqueias é uma profecia sobre Deus

Esta profecia não tem concorrente no que respeita ao perdão dos pecados e na compaixão de Deus pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém o concerto com Abraão e seus descendentes.

Vemos salientado no livro sobre Deus:

O louvor ao Senhor (2.9).

A face do Senhor (3.4).

Os caminhos do Senhor (4.2).

Os pensamentos do Senhor (4.12).

A força do Senhor (5.4).

A excelência do nome do Senhor caracterizada.(5.4)

O furor do Senhor contra todas as formas de rebelião moral (5.15;7.18).

A justiça do Senhor (6.5; 7.9).

A ira do Senhor (7.9)


2. O Senhor aparece como testemunha contra o povo

Na abertura do livro, o Senhor aparece desde o templo da sua Santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O factor mais notável na forma do Senhor manejar a sua causa é a profundidade com que Ele apresenta a sua contenda (6.2), ao ponto de querer sentar-se à mesa do réu e deixando o seu povo levar qualquer queixa que tenha quanto ao modo como o Senhor Deus os tenha tratado (6.3). Além disso, Deus se apresenta como advogado de defesa de todo aquele que verdadeiramente se arrepender (7.9)

Ainda a Babilônia não era um poder mundial que podia permanecer independente do poder da Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como um julgamento de Deus contra a rebelião do seu povo contra Ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13).

Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, Miqueias estende a esperança para um restante (um resto) que irá ser restaurado, seja desse cativeiro, seja um restante que será espiritualmente restaurado ( podia estar a referir-se à igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). Miqueias profetiza que o Senhor libertará um restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)


3. Miquéias censurou a liderança da nação

A liderança da nação é censurada por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de Deus revela que as suas atitudes e acções em relação ao seu povo, uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), compaixão, que, uma vez, já redimiu a Israel do Egito (6.4), irá também redimir Judá da Babilônia (4.10). A Sua fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada em cada nova geração.

Essa mensagem está focalizada num única pergunta central para toda a profecia:

“Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e que re esqueces da rebelião do restante da tua herança?” (7.18).

A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar. A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivos a Deus.

A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo a glória da sua graça a ser manifestada em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento que devia dar esperança ao seu povo.



I I I. Cristo encontra-se revelado

A. As profecias sobre Cristo fazem o Livro de Miquéias

Fazem luzir uma esperança e encorajamento para o povo de Deus. O livro se inicia com uma grandiosa exposição da vinda do Senhor (1.3-5). As profecias posteriores afirmarão o aspecto pessoal da sua chegada em tempo histórico. Mas a disposição de Deus para descer e agir no meio de tudo é estabelecida desde o princípio.

B. 1ª profecia messiânica ocorre numa cena de pastor de ovelhas.

1. Um restante seria reunido como ovelhas num curral

Depois da terra deles ter sido corrompida e destruída, um restante dos cativos seria reunidos como ovelhas num curral. Então, alguém quebraria o cercado e os levaria para fora da porta, em direcção à liberdade. (2.12-13). E esse alguém é o seu “rei e Senhor”.

O episódio completo harmoniza-se belamente com a proclamação de Jesus acerca da liberdade aos cativos (Lc 4.18), enquanto, na verdade, liberta os cativos espirituais e físicos.


2. Uma das profecias mais famosas sobre o Messias de Israel

Miqueias 5.2 é uma das mais famosas profecias de todo o AT sobre o nascimento e a vinda do Messias: "E tu, Belém Efrata, de ti me sairá o que será Senhor em Israel""

Ela autentica a profecia bíblica como “a Palavra do Senhor” (1.1; 2.7; 4.2). A expressão “a Palavra” do Senhor (4.2) é um título aplicável a Cristo (Jo 1.1; Ap 19.13). A profecia de Mq 5.2 é, explicitamente messiânica “Senhor em Israel” e especifica seu lugar de "nascimento em Belém", num tempo quando Belém era pouco conhecida. Suas palavras foram pronunciadas muitos séculos antes do acontecimento.

Outra característica dessa profecia é que ela não pode se referir a apenas qualquer líder que possa ter sua origem em Belém. Cristo é o único a quem ela pode se referir, porque ela iguala o Senhor com o Eterno: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Esta profecia confirma tanto a humanidade quanto a divindade do Messias de um modo sublime.


3. Miqueias profetiza a condição de Pastor do Messias

A profecia de Mq 5:4-5 afirma a condição de pastor de Messias “apascentará o povo”, sua unção “na força do Senhor”, sua divindade “na excelência do nome do Senhor” e sua humanidade “seu Deus”, seu domínio universal “porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra” e a sua posição como líder de um reino de paz “E este será a nossa paz”.


4. O climax da profecia de Miqueias é a expiação do Messias

O climax da profecia (7:18-19), mais o versículo final (7.:0), apesar de não incluir o nome do Messias, definitivamente refere-se a ele. Na expressão da misericórdia e compaixão divinas, ele é Aquele que “subjugará as nossas iniqüidade”, lançando-as nas profundezas do mar para que Deus possa perdoar os pecados e trocar o pecado pela verdade.



I V. O Espírito Santo encontra-se revelado

Uma referência singular ao Espirito Santo ocorre no contraste feito por Miqueias da autoridade que está por trás de seu ministério com aquela dos profetas falsos de seus dias. Enquanto outros homens eram feitos corajosos pelos tóxicos para fabricar contos na forma de profecias, o verdadeiro poder, a força e justiça que estão por trás da mensagem de Miqueias vieram da sua unção pela “força do Espírito do Senhor” (3.8).


V. O esboço do livro

Tema: Quem é como o Senhor?

I. A dramática vinda do Senhor em Julgamento 1.1-2.13

1. Sobre as cidades capitais de Samaria e Jerusalém 1.1-9

2. Sobre as cidades localizadas a sudoeste de Jerusalém 1.10-16

3. Sobre os crimes que trazem ocupação estrangeira 2.1-11

4. Sobre todos, exceto um restante liberto pelo Senhor 2.12-13

I I. A condenação dos líderes feita pelo Senhor 3.1-12

1. Sobre os líderes que consomem o povo 3.1-4

2. Sobre os profetas, exceto Miquéias 3.5-8

3. Sobre os oficiais: chefes, sacerdotes e profetas 3.9-12

I I I. A vinda do reino universal de Deus 4.1-5.15

1. Atracção de todas as nações pelo nome do Senhor 4.1-5

2. Compaixão sobre o povo dependente e rejeitado 4.6-13

3. O lugar de nascimento e a administração do Messias 5.1-6

4. A restauração de um restante num lugar sem ídolos 5.7-15

I V. Deus apresenta a sua defesa e a sua contenda 6.1-7.6

1. O Seu cuidado redentor na sua história 6.1-5

2. As Suas expectativas para uma reação apropriada 6.6-8

3. O Seu fundamento para o julgamento do ímpio 6.9-7.6

V. A salvação de Deus é a esperança do povo 7.7-20

1. Apesar do julgamento temporário 7.7-9

2. Apesar dos inimigos do povo 7.10—17

3. Por causa da sua incomparável compaixão 7.18-20


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: