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domingo, 8 de julho de 2007

4 - O Livro de Daniel

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


 O livro de Daniel

 O Livro de Daniel é um livro do Antigo Testamento, cujo título é derivado do nome de seu autor. Alguns trechos são escritos em hebraico e a maioria em aramaico. Contém ainda uma linguagem conhecida pelos estudiosos bíblicos como sendo "apocalíptica", que é uma linguagem com símbolos vivos para representar alguém ou algum evento futuro. Contém basicamente seis histórias de Daniel e seus amigos judeus na corte de Nabucodonosor e quatro profecias, únicas em estilo no Antigo Testamento.


I. O autor e a data

A. O Autor do livro: Daniel

Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 aC, para a Babilônia, onde viveu mais de sessentas anos. Possivelmente ele era de uma família da classe alta de Jerusalém. Isaias e Ezequias (Isaías 39.6-7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos descendentes da família real.

Isaías 39.6 "Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR. 7 Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia. 8 Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias".

Inicialmente, Daniel serviu como estagiário na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se conselheiro de reis estrangeiros.

A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mt 24.15.

Mateus 24:14 "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. 15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), 16 então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes";

O nome Daniel significa “Deus é meu juiz”. Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram fortemente essa verdade na vida de Daniel.

B. A Data do livro

Final do séc. VI a.C

Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Rs 24.14). A data do cativeiro de Daniel costumeiramente aceita é de 605 a.C. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida.

II Reis 24:13 "Levou dali todos os tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei; e, segundo tinha dito o SENHOR, cortou em pedaços todos os utensílios de ouro que fizera Salomão, rei de Israel, para o templo do SENHOR. 14 Transportou a toda a Jerusalém, todos os príncipes, todos os homens valentes, todos os artífices e ferreiros, ao todo dez mil; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra. 15 Transferiu também a Joaquim para a Babilônia; a mãe do rei, as mulheres deste, seus oficiais e os homens principais da terra, ele os levou cativos de Jerusalém à Babilônia".


I I. O contexto histórico do livro

Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 a.C, os tesouros do palácio de Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.

Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo.

Por causa de sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus forma selecionados para o programa de treinamento (1.4).

Daniel 1:3 "Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres 4 jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus. 5 Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos quais assistiriam diante do rei".

Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).

Daniel 6:1 "Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; 2 e sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas dessem conta, para que o rei não sofresse dano. 3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino".



I I I. O conteúdo do Livro de Daniel

A. O propósito

O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.

B. Divisões principais

Daniel compõe-se de três partes principais:


1. Introdução à pessoa de Daniel Cap 1

2. Os testes decisivos Caps 2-7

3. As visões de Daniel Caps 8-12

Na 1ª e 2ª parte vemos uma série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos futuros. Na 3º parte, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia.          


Ainda a 2ª parte sobre os testes decisivos dizem muito  dizem respeito ao carácter de Daniel e ao desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética. Muitos aspectos de profecias relacionadas com "os fins dos tempos" dependem da compreensão deste livro. 

C.  O livro de Daniel mencionado no Novo Testamento


1. Os discursos de Jesus em Mateus

Que vemos relatados em Mateus 24; 25

Nestes discursos Jesus incluie profecias feitas por Daniel


2. Revelações dadas a Paulo 

Vemos que há revelações dadas ao apóstolo Paulo que encontram perfeita harmonia e coesão em Daniel

Ver Romanos 11; 2 Tessalonicenses 2.


3. Daniel e o o livro do Apocalipse 

Daniel é companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.

Embora a interpretação de Daniel, como também Apocalipse, seja feita de maneira bastante diversificada, para muitos o enfoque nas "dispensações" tornou-se bastante aceito por muitos teólogos.


4. Daniel é a chave para compreensão de profecias

Pois ajudam a desvendar os mistérios de assuntos como o Anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições futuras e juízos.

5. As profecias de Daniel

Segundo Daniel, as profecias não cumpridas giram em torno de dois eixos principais:

1.1 O destino futuro da cidade de Jerusalém;

1.2 O destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais 9.24

Daniel 9:22 "Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido. 23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão. 24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26 Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. 27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele "

Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos, Babilônia e Medo– Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-4.37); Belsazar (5.1-31); Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).


I V. Jesus Cristo revelado em Daniel

A. O homem que apareceu na fornalha ardente

A primeira vez que se vê Cristo é na figura do “quarto” (homem) ao lado de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo (3.25). Os três permaneceram fiéis ao seu Deus; agora, Deus permanece fiel a eles no fogo do julgamento e livra-os, inclusive do “cheiro de fogo” (3.27).

Daniel 3:25 "Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses. 26 Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo. 27 Ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei e viram que o fogo não teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles"

B. O homem que descia nas nuvens

Outra referência a Cristo se encontra na visão da noite de Daniel (7.13). Ele descreve “que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem”, referindo-se à segunda vinda de Cristo.

Daniel 7:13 "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído"

C. O homem vestido de linho

Outra visão de Cristo, se acha em 10.5-6, onde a descrição de Jesus é bastante idêntica à de João em Ap 1.13-16.

Daniel 10:5 "levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz; 6 o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente.

Apocalipse 1:13 "e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. 14 A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15 os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. 16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força".


V. A Acção do Espírito Santo revelada

O Espírito Santo nunca anuncia a sua presença em Daniel, mas ele está nitidamente em acção. A habilidade de Daniel e dos outros hebreus de interpretarem sonhos se devia ao poder do Espírito Santo. As profecias, tanto as que se aplicavam ao local quanto ao futuro, indicam discernimento sobrenatural dado a Daniel pelo Espírito Santo.


V I. O Esboço do Livro de Daniel

 I. As convicções religiosas de Deus, Daniel 1.1-21

1. O exílio de Judá 1.1-2. 2.

2. decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21

I I. O primeiro sonho de Nabucodonosor, Daniel 2.1-49

1. O sonho esquecido 2.1-28.

2. A revelação e a interpretação do sonho 2.29-45.

3. Daniel é honrado através de promoção 2.46-49.

I I I. A libertação da fornalha de fogo, Daniel 3.1-30.

1. Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7.

2. A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18.

3. Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25.

4. O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30.

I V. O segundo sonho de Nabucodonosor, Daniel 4.1-37.

1. O sonho de Nabucodonosor 4.1-37.

2. A Interpretação da Daniel 4.19-27.

3. O cumprimento do sonho 4.28-33.

4. A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37.

V. A festa blasfema de Belsazar, Daniel 5.1-31

1. A escrita manual na parede 5.1-9.

2. A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31.

V I. Daniel na cova dos leões, Daniel 6.1-28.

1. Complô contra Daniel 6.1-9.

2. Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17.

3. Daniel é libertado 6.18-28.

V I I. A primeira visão de Daniel, Daniel 7.1-28.

1. O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14.

2. A Interpretação de Daniel 7.15-28.

V I I I. A segunda visão de Daniel, Daniel 8.1-27.

1. O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14.

2. A interpretação de Gabriel 8.15-27.

I X. A profecia das setentas semana, Daniel 9.1-17

1. A oração de Daniel 9.1-19.

2. A Visão da Daniel 9.20-27.

X. A visão final de Daniel, Daniel 10.1-12.13

1. A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9.

2. A visita de um anjo 10.10-21.

3. Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45.

4. O tempo da tribulação 12.1-13.


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: