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segunda-feira, 9 de julho de 2007

11 - O Livro de Naum

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.


Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.


E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


Devido a todo este trabalho feito por mim, pastores e pregadores do Evangelho, poderão encontrar centenas de mensagens sobre os livros dos profetas.



O livro de Naum



I. Introdução

Naum foi o profeta enviado por Deus para predizer a ruína completa e destruição de Nínive. Este livro é uma profecia “contra Nínive”, capital do Império Assírio. Este livro bíblico foi escrito por Naum, o elcosita. (Na 1:1) O cumprimento histórico da profecia contra Nínive atesta a autenticidade do livro.


Algum tempo depois da cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma humilhante derrota no sétimo século AEC (3:8-10), escreveu-se o livro de Naum, completado antes da predita destruição de Nínive em 632 AEC. A agressividade militar dos assírios tornara Nínive uma “cidade de derramamento de sangue”. 3:1


O tratamento dos cativos de guerra era cruel e desumano. Alguns eram queimados ou esfolados vivos. Outros eram cegos ou se lhes cortavam o nariz, as orelhas ou os dedos. Frequentemente, os cativos eram conduzidos por cordões com ganchos que furavam o nariz ou os lábios.


Nínive merecia, deveras, ser destruída pela sua culpa de sangue. Jeová exige devoção exclusiva; embora seja vagaroso em irar-se, não deixa de punir quando isto é merecido. Jeová é um baluarte protector para os que confiam nele, mas exterminará os inimigos.



I I. O autor e a data


A. Autor: Naum


Naum cujo nome significa “confortador” ou “cheio de conforto”, é desconhecido, a não ser pelo breve título que inicia a sua profecia. Sua identificação como um “elcosita” não ajuda muito, visto que a localização da cidade de Elcose (Elcós) é incerta.


Carfanaum, uma cidade da Galiléia, tão proeminente no ministério de Jesus, significa “Aldeia de Naum”, e alguns têm especulado mas, sem prova concreta, que seu nome deriva do profeta.


Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.


B. Data: Pouco antes de 612 aC


Em Naum 3.8-10, o profeta narra o destino da cidade egípcia de Tebes, que foi destruída em 663 aC. A queda de Nínive, ao redor da qual todo o livro gira, aconteceu em 612 aC. A profecia de Naum deve ser datada entre esses dois acontecimento, visto que ele olha para trás para um e à frente para outro.


É mais provável que sua mensagem tenha sido entregue pouco antes da destruição de Nínive, talvez quando os inimigos da Assíria estavam colocando suas forças em ordem de batalha para o ataque final.



I I I. O contexto histórico e o conteúdo


A. Contexto histórico


O reino dos assírios havia sido uma nação próspera durante séculos, quando o profeta Naum entrou em cena. O seu território que mudou-se com o passar dos anos por causa das conquistas e derrotas dos seus governantes, localiza-se ao norte da Babilónia, entre e além dos rios Tigre e Eufrates. Documentos antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados.


A queda do império Assírio, cujo clímax foi a destruição da cidade de Nínive em 612 aC, é o assunto da profecia de Naum. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o pronunciamento do julgamento que Naum profetizou sobre a cidade.


Consequentemente, o profeta é judicial em seu estilo, incorporando antigos “oráculos de julgamento”. A linguagem é poética, vigorosa e figurada, sublinhando com intensidade este tema do julgamento com o qual Naum se identifica.


B. O Conteúdo do livro


O livro de Naum focaliza-se num único interesse: "na queda da cidade de Nínive".


As três secções principais, correspondentes aos três capítulos que abrangem a profecia:



1. A primeira secção

Descreve o grande poder de Deus e como aquele poder que opera em forma de protecção para o justo, mas de julgamento para o ímpio. Naum 1:1-15


Embora Deus não seja rápido em julgar pois é um Deus paciente e misericordioso, a sua paciência tem limites e vem o dia que Ele tem que julgar 1:2-3


A terra toda está sob o seu controle; e, quando ele se zanga e aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele 1:1-8.


Na condição aflitiva em que se encontrava, diante dos inimigos, Judá podia facilmente duvidar da bondade de Deus e até mesmo questionar os juízes de Deus em relação aos inimigos do Seu povo. Mas a predição do juízo sobre Nínive traz uma mensagem de consolação para Judá, Deus afinal julga os ímpios 1:12-15


2. A segunda secção:


Descreve principalmente a destruição de Nínive Naum 2:1-13.


Tentativas de defender a cidade contra seus atacantes serão em vão, porque o Senhor já decretou a queda de Nínive e a ascensão de Judá 2:1-7.


As portas do rio se abrirão, inundando a cidade e varrendo todos os poderosos, e o palácio se derreterá 2:6.


O povo de Nínive será levado cativo 2:7.


Outros fugirão com terror 2:8.


Os tesouros preciosos serão saqueados 2:9.


Toda a força e autoconfiança se consumirão 2:10.


O covil do leão poderoso será desolado, porque “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos” 2:11-13.


3. A terceira secção:


É o final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel, mas é um julgamento justificado pois Nínive era uma “cidade ensanguentada”, culpada por espalhar muito sangue inocente entre as nações que dominava. Naum 3:1-19


Era uma cidade conhecida pela mentira, falsidade, rapina e devassidão. Tudo isto era uma ofensa a Deus; portanto, seu veredicto de julgamento era inevitável 3:1-7.


O profeta faz uma comparação com Nô-Amom, uma cidade egípcia que sofreu a queda, apesar de numerosos aliados e fortes defesas. 3:8-10


Nínive, como Nô-Amom, não pode escapar ao julgamento divino. As tropas se espalharão, o povo serão como mulheres, o fogo consumirá tudo 3:11-15


Os negociantes e os líderes sucumbirão e o povo fugirá 3:16-18.


Não há cura para Nínive, todas as vítimas que foram impiedosamente abusadas baterão as palmas pelo seu julgamento 3:19.



I I I. O Espírito Santo em acção


Não há nenhuma referência específica sobre o Espírito Santo.


Todavia, a obra do Espírito age na produção da profecia e na direcção dos acontecimentos descritos no livro


O cabeçalho do livro descreve-o como a “visão de Naum" Naum 1:1


O Espírito Santo funciona aqui como o Revelador, Aquele que revela esta drama a Naum sobre a crueldade da cidade de Nínive, e comunica a mensagem do Senhor que ele está encarregado de pronunciar a título de julgamento..


O Espírito Santo também funciona como o grande instigador da queda de Nínive. Os inimigos, dentre eles os filhos da Babilónia, os medos e os citas, juntam suas forças contra os assírios e saqueiam a cidade. Deus usa agentes humanos para executar seu julgamento, mas atrás disso tudo está a obra do seu Espírito, instigando, impelindo e punindo de acordo com a vontade de Deus.


Pela obra do Espírito Santo, o Senhor convocou suas tropas e as levou para a batalha vitoriosa.




I V. A conclusão

A grande lição teológica de Naum é a "direcção de Deus na história". Os impérios humano podem ser cruéis, mas vem o dia em que Deus os julgará.


Apesar dos crentes saberem que não podemos construir uma sociedade cristã justa e perfeita neste mundo, isto não deve levar os crentes a desistirem de lutar pela justiça social, embora seja um facto que o mundo está nas mãos de ímpios. O mundo jaz no Maligno. I João 5.19.


"No entanto, apesar dos ímpios governarem o mundo, e apesar das suas declarações pomposas, e muitas vezes contra Deus, Ele retomará o que é Seu, aniquilando o poder do Mal".


Quando aprouve a Deus, muitas Nações antigas e modernas chegaram ao seu fim, por causa do excesso da sua maldade. E hoje é ainda a mesma coisa.


Daniel 2.20-21: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos”.


Deus é o Senhor da história. Ele nunca perdeu nem nunca perderá o domínio da história.


Tudo decorre segundo o seu tempo e plano redentor. Eventualmente ele pode demorar em seu juízo sobre alguns homens e nações impiedosas, "mas por fim, será a Sua vontade a prevalecer".


Esta profecia de Naum devia servir de advertência para os incrédulos. Mas para nós, é uma promessa que há um Deus que governa o mundo e pune o mal. Há um Deus que sabe quem são os adversários do Seu Reino e os pune no momento certo. Por isto, confiemos no poder de um Deus que conduz a história e que a faz caminhar para onde ele deseja.



V. O esboço de Naum


Título do livro: "O veredicto de Deus"


I. O veredicto de Deus sobre Nínive 1.1-15


1. O zelo de Deus 1.2-6


2. A bondade de Deus 1.7


3. O julgamento de Nínive 1.8-14


4. A alegria de Judá 1.15


I I. A profecia sobre a destruição de Nínive 2:1-13


1. A vingança de Deus 2.1-13


2. Destruição de Nínive 2.1-12


3. A declaração do Senhor 2.13


I I I. A vitória de Deus sobre Nínive 3.1-19

1. Os pecados de Nínive 3.1-4

2. O cerco de Nínive 3.5-18

3. A celebração sobre Nínive 3.19


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm
 

Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: