quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Eis o Homen disse Pilatos.

 AO FALAR DE JESUS!

Em Química, Ele converteu a água em vinho.


Em Biologia, Ele nasceu sem uma concepção normal.


Em Física, Ele desmentiu a lei da gravidade, andando sobre as
águas e subindo aos céus.


    Em Economia, Ele refutou a matemática ao alimentar
5000 pessoas com somente 
 cinco pães e dois peixes.


 Em Medicina, Ele curou os enfermos e os cegos sem
administrar nenhum medicamento.


  A História é contada antes DELE e depois DELE, 
Ele é o PRINCÍPIO e o FIM.

        
ELE Foi Chamado: 
Maravilhoso, Conselheiro, 
Príncipe da Paz, Deus Forte e Pai da Eternidade  

   Em Religião, Ele disse que ninguém vem ao
          Pai senão por Ele que é o único caminho.
      

Então... Quem é Ele? 
Ele é Jesus.O maior homem da história!


Ele não tinha servos, e chamavam-no Senhor, sem
estudos, e chamavam-no 
Mestre.


Ele não ganhou batalhas militares e, no entanto,
Ele conquistou o mundo.


Ele nunca cometeu nenhum delito e, no entanto, foi cruxificado.
 

Ele Foi Sepultado numa tumba e, no entanto Ele Vive!!!


              Gostaria de 
  conhecer o Senhor Jesus        como seu Salvador 
               e  Senhor?

Se sim, pode fazer esta Oração de entrega e conversão:

Senhor Deus...

Senhor Deus, eu reconheço que sou pecador e que por isso o Senhor Jesus veio morrer na cruz do calvário por mim e derramou o seu precioso sangue para me salvar.

Eu desejo receber o perdão que me ofereces e peço Senhor Jesus que me dês a Vida Eterna.

E que sejas o meu Salvador e Senhor. 

No nome precioso e santo de Jesus, Amém.

Se tomou uma decisão para Cristo, envie-me um email para eu orar por si.   

Memorize o versiculo em baixo:

João 3:16 Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna. 

Se gostou, passe esta mensagem a outros.

Este post foi feito com a ajuda dum post de Edilson Silva.
 

quinta-feira, 27 de maio de 2021

LIVRO DO APOCALIPSE

 Primeira Parte:


INTRODUÇÃO AO LIVRO DO APOCALIPSE


Eu acho que o meu comentário sobre o Apocalipse é um dos bons comentários que existem na língua portuguesa sobre este livro. Se conseguir dar uma olhadela rápida ao comentário é capaz de concordar comigo.

Mas devo dizer desde já que a razão principal que me levou a ter todo este trabalho, é porque eu acredito que a mensagem do Apocalipse não é para ser pregada quando o Apocalipse começar, é para ser pregada agora!

Durante os meus dois anos básicos em Teologia que foram feitos na Escola Bíblica de Genebra, em Cologny, eu tive o privilégio de estudar a fundo o livro do Apocalipse que vinha incluído na disciplina de Escatologia.

Tenho portanto mostrado muito interesse pelo estudo do livro do Apocalipse e posso dizer que durante os meus 33 anos de vida pastoral tenho procurado sempre enriquecer os meus conhecimentos sobre este livro e sobre Escatologia.

Escatologia é uma parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. Os meus estudos mais recentes sobre o livro do Apocalipse foram feitos com a ajuda do livro de John Mac Arthur “Because the time is near”.

Pode procurar na Net se quiser saber um pouco mais sobre JohnMacArthur e este livro Grace to You.

O tempo está próximo

O esquema principal deste comentário foi feito com a ajuda do esquema do livro “Because the time is near”, donde também retirei algumas ideias e comentários.

Mas o conteúdo geral deste meu Post é o resultado de muitos anos de estudo e investigação sobre Escatologia e o livro do Apocalipse.

A minha intenção é proporcionar um esquema geral do livro, dividido em três grandes divisões que, por sua vez, estão divididas em secções.

A partir deste esquema, pastores e professores da Bíblia que se identifiquem em linhas gerais com esta interpretação do Apocalipse, poderão preparar muitas mensagens e estudos.

John MacArthur - Grace to You

É claro que neste trabalho eu procuro dar acima de tudo a interpretação do livro do Apocalipse que eu acho mais correcta. 

Eu penso que há neste comentário matéria suficiente para dar um estudo biblico ou uma série de pregações nas Igrejas durante seis meses.

O leitor ao ler e estudar um pouco mais a fundo este livro, irá aos poucos ver que o livro do Apocalipse é como o final da sinfonia bíblica, juntando todos os temas da Bílbia numa conclusão entusiasmante.

Nota importante:

Que interpretação podemos dar a um livro que descreve "um animal com sete cabeças, dez chifres e que tem o corpo de um leopardo e os pés de um urso" Apocalipse 13:1-2?

E como podemos interpretar a imagem "como a do sangue a correr que chega ao freio de um cavalo" Apocalipse 14:20?

O Apocalipse tem tantas imagens e é tão simbólico que 12 pessoas a lerem, podem chegar a 12 interpretações diferentes.

É por esta razão que muitos cristãos pensam que o livro do Apocalipse é um livro muito simbólico e, desta forma, podem achar que não vale a pena perder muito tempo a estudar o livro, pois afinal o Apocalipse é simplesmente uma revelação simbólica do final dos tempos, sujeita a muitas interpretações.



Mas, o livro Apocalipse além de ter o propósito de revelar muito simbolicamente as coisas que vão acontecer no futuro, 1:1b "mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer, pretende em primeiro lugar revelar a pessoa de Jesus Cristo.

Cristo é revelado de forma mais literal, diferente do tema sobre o fim do mundo que é revelado de forma mais simbólica. 

E podemos afirmar que Apocalipse é a mais completa e magnificente revelação de Cristo e, é por isso, que o livro começa com Apocalipse 1:1 "a Revelação de Jesus Cristo".

Não há nenhum livro da Bíblia que revela tão claramente a Natureza, o Carácter e a obra Redentora de Cristo, como o livro do Apocalipse.

Além disso, não há também nenhum livro da Bíblia que revela como o Apocalipse, os problemas pelos quais a Igreja vai passar e os ataques do diabo e seus comparsas aos crentes antes e depois do arrebatamento da Igreja.

Vemos ainda no Apocalipse a partir do capítulo quatro: 

Revelação do combate do diabo para travar o estabelecimento do Reino Milenar de Cristo.

Revelação dos últimos acontecimentos ligados ao regresso de Cristo e ao estabelecimento do Seu Reino Milenar.

Revelação do julgamento final diante do grande Trono Branco.

Revelação dos novos céus e da nova terra e o futuro glorioso dos crentes.

E depois destas revelações o Apocalipse termina com algumas promessas, exortações e avisos muito importantes.

Vale a pena tirar tempo para estudar o livro que revela acontecimentos e factos ligados a esta Magnificente Revelação de Jesus Cristo.

Vamos ver agora as quatro escolas de interpretação do livro do Apocalipse:

A. As quatro escolas de interpretação do livro do Apocalipse

1. Preterista: Acredita que os acontecimentos do livro do Apocalipse foram cumpridos no ano 70 A.D com a destruição de Jerusalém pelos Romanos.

2. Historicista: Vêm o livro do Apocalipse como uma análise da história da Igreja, descrevendo diversos tempos históricos da perseguição e tribulação da Igreja.

3. Idealista: Interpreta Apocalipse de uma forma simbólica, como sendo uma não literal exposição da batalha entre Deus e as forças do mal.

4. Futurista: Entende que Apocalipse 4 a 22 profetiza acontecimentos futuros, focados especialmente no final da história humana. Esta forma de interpretar, é o resultado natural de uma leitura directa e literal do livro do Apocalipse.

Eu irei seguir a escola de interpretação Futurista, pois penso que é a Escola que dá a interpretação mais literal e provavelmente mais correcta do livro, isto com todo o respeito pelas outras Escolas de interpretação.

  Escreve as coisas que tens visto
e as que depois...
 

O livro do Apocalipse é o livro da Bíblia que apresenta o esboço mais detalhado sobre os acontecimentos finais dos últimos tempos. Vemos revelados no Apocalipse acontecimentos muito pormenorizados daquilo que irá acontecer no final da história humana.

Jesus aparece a João na ilha de Patmos e através de visões revela-lhe o que ele tem que escrever às sete Igrejas, que eram sete Igrejas da Ásia existentes naquela época, mas, ao mesmo tempo, muitos teólogos pensam que estas Igrejas representam diferentes etapas da história da Igreja de Cristo até ao arrebatamento da Igreja.

A Igreja será arrebatada antes dos julgamentos de Deus começarem a cair sobre a terra. No livro do Apocalipse os julgamentos começam a partir do capítulo 4 e vão até ao capítulo 22.

Nós vemos que depois de Jesus se dirigir às Igrejas João é arrebatado ao céu Apocalipse 4:1-2 onde, a seguir, ele teve algumas visões sobre os julgamentos de Deus sobre a terra.

Muitos teólogos acham que este arrebatamento de João, ligado a outros textos bíblicos que falam de arrebatamento, é uma anologia ao arrebatamento da Igreja, que irá acontecer antes dos julgamentos de Deus começarem a cair sobre a terra.

Estes julgamentos iniciam com a abertura dos sete selos, seguido das sete trombetas que começam a tocar quando o sétimo selo se abre e os julgamentos terminam com as sete taças da ira de Deus que começam a ser lançadas na terra quando a sétima trombeta começa a tocar.

Segundo muitos comentadores os textos em baixo muito conhecidos fazem referência ao arrebatamento que livrará a Igreja de passar por este tempo de julgamento, que começa com a abertura dos sete selos.

I Tessalonicenses 1:10 

“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra ira futura”. 

A Igreja está à espera de Jesus, como vemos também neste texto em baixo, que virá dos céus com trombeta de Deus para arrebatar os crentes, tanto os mortos como os vivos, e depois então virá o tempo da Tribulação em que Deus lançará os seus castigos sobre os homens ímpios e impenitentes e sobre o Diabo, a Besta e o Falso profeta.

estaremos sempre com o Senhor

I Tessalonicenses 4:13-17 

“13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. 15 Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. 16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

I Corintios 15:51-54  

51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; 52 Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.”

No texto em baixo vemos mencionado a destruição da Besta que vai aparecer e vemos mencionado também o julgamento de todos aqueles que não amaram a verdade, mas antes se deixaram enganar pela mentira e tiveram prazer na iniquidade.

Tudo isto acontecerá precisamente durante a Tribulação depois do arrebatamento da Igreja.

I I Tessalonicenses 2:1-12 

“1 Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, 2 Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. 3 Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4 O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. 5 Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6 E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; 8 E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9 A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, 10 E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11 E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; 12 Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”

Justos e verdadeiros são os 
teus julgamentos
...

No céu, João, viu o trono de Deus e milhares de anjos e santos à sua volta e vê o Leão de Judá, o único que é digno de abrir o Livro dos sete selos.

Ao abrirem-se os selos, João vê os julgamentos de Deus sobre a terra iniciarem e na abertura do sétimo selo ele viu sete anjos peparados para tocarem as sete trombetas e quando a sétima trombeta tocou ele viu os sete anjos com as sete taças da ira de Deus contendo os últimos julgamentos de Deus para serem lançados na terra.

Ao derramar a sétima taça João viu os acontecimentos ligados com a Grande Tribulação, quando satanás é vencido no céu e lançado por terra e juntamente com a Besta e o Falso Profeta vai fazer guerra aos santos e a Jesus Cristo.

Depois João viu o Senhor Jesus descendo dos céus acompanhado dos seus regimentos celestiais para vencer a Besta e o Falso Profeta, prender satanás durante 1000 anos e estabelecer o seu reino milenar na terra.

A seguir ao milênio, ele viu o juízo final do grande Trono Branco em que aqueles cujos os nomes não foram achados escritos no livro da vida, foram lançados no lago de fogo e finalmento ele viu os novos céus, a nova terra e a nova Jerusalém e ouviu as últimas palavras de conforto e aviso que estão escritas no final do livro do Apocalipse.

Milênio - 3 grandes escolas de interpretação:


B. As 3 Escolas de interpretação sobre o Milênio:

1. Pós-milenismo: Através da influência do Cristianismo a sociedade continuará a desenvolver-se até atingir um estado de completa paz e justiça na terra. Então são os crentes que trarão o milênio à terra. Cristo voltará depois de um período de paz e prosperidade tiver sido estabelecido na terra.

2. Pré-milenismo: O Milênio faz referência ao futuro reino físico que Cristo estabelecerá na terra quando do seu regresso, depois do Arrebatamento da Igreja e da Tribulação. O Reino que terá como capital Jerusalém durará mil anos, após qual este mundo será destruído e substituído pelos novos céus e a nova terra. 

Esta interpretação é a forma mais natural e literal de compreender Apocalipse 20 a 22.  

Todos os pré-milenistas acreditam que a Tribulação durará 7 anos e acreditam também que a partir da segunda metade, ou depois de três anos e meio, a Tribulação atinge o máximo e dá lugar à chamada Grande Tribulação ou Grande Aflição.

Mateus 24:21 

“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve, desde o principio do mundo até agora, nem tão pouco haverá”.

Mas uns acham que a Igreja será arrebatada antes da Tribulação, ou seja antes dos sete anos.

Outros acreditam que a Igreja estará na terra na primeira parte da Tribulação, e só será arrebatada antes da segunda parte a chamada Grande Tribulação.

3. Amilenismo: O Milênio não é um reino físico de mil anos estabelecido na terra. É antes um reino espiritual, fazendo referência ao reino de Cristo na vida e nos corações dos crentes durante o tempo da Igreja. 

Alguns amilenistas acreditam que este reino faz referência a um reino no céu, aonde os santos estão a reinar com Ele.

Mas todos rejeitam a noção de um reino físico milenar na terra.

Segunda Parte: 

AS TRÊS GRANDES DIVISÕES DO APOCALIPSE 

Irei a partir de agora fazer uma análise ao livro do Apocalipse, baseada na interpretação dada pela escola futurista, mas sem querer de maneira nenhuma rebaixar os outros cristãos que preferem seguir uma outra escola de interpretação.

O livro do Apocalipse pode ser dividido em três grandes divisões como iremos ver em baixo, salientadas por Jesus quando inicia o seu encontro com João.

Jesus destaca as três grandes divisões da revelação, dizendo a João “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão-de acontecer”. V 19

E nesta ordem de Jesus a João temos as três divisões principais do livro do Apocalipse:

I.  AS COISAS QUE TENS VISTO 1:1-20

II.  AS COISAS QUE SÃO  1 a 3:22

III.  AS QUE DEPOIS DESTAS HÃO-DE ACONTECER 4:1 - 22:21

Vamos então fazer o estudo do livro de Apocalipse utilizando como base estas três divisões do livro baseadas nas visões de João e que ele devia escrever segundo o que lhe foi dito por Jesus: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão-de acontecer”.

I. AS COISAS QUE TENS VISTO Apocalipse 1:1-20

A. Introdução ao assunto

Apocalipse 1:1-3 

1 "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; 2 O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. 3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”

Nesta introdução, entramos em contacto com o assunto do livro seguindo os seguintes pontos:

1. Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo.

Apocalipse 1:1-6, 13-20 “1 Revelação de Jesus Cristo”.

No capítulo 1 João diz que o livro de Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” e, depois, João começa a descrever o primeiro encontro que teve com Jesus, em que Jesus começa por apresentar a Sua Divindade:

dizendo v 8 “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim” e no v 17 “Eu sou o primeiro e o último”.


Em Apocalipse 22:13

“13 Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.”

Cristo se apresenta da mesma forma como sendo Deus.

Estes termos são utilizados unicamente para descrever Deus    Isaías 44:6 e 48:12.

A seguir, no v 18 Jesus diz: “E o que vivo e fui morto mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Desta forma, Jesus inicia a Sua Revelação apresentando as Suas credenciais divinas a João, revelando-se como o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último, termos que na Bíblia se aplicam somente a Deus. Jesus Cristo é Deus.

O livro é além disso, uma revelação sobre verdades muito significativas para a Igreja, avisando sobre o perigo de tolerar o pecado e exortando a Igreja a viver em santidade. 

Revela também o poder que Cristo e os crentes têm para vencer satanás.

Vemos que revela também os julgamentos de Deus durante o período da Grande Tribulação e o regresso glorioso de Cristo à terra para estabelecer o seu reino milenar.

Depois disto revela a vitória final de Cristo sobre toda a oposição humana e diabólica. 

O Apocalipse faz referência ao final da nossa história humana: revelando o sistema político que o mundo vai ter nos últimos tempos, o governo do Anti-Cristo, um Governo Globalista, e a batalha final do Armagedom e finalmente revela o grande trono branco no juizo final e os Novos Céus e a Nova Terra.

Mas, no meio desta revelação sobre verdades muito significativas que a Igreja deve conhecer e das coisas que irão acontecer no futuro, vemos a grande revelação ligada à Majestade e à Glória do nosso Senhor Jesus Cristo: 

A revelação da sua natureza e do seu carácter divino, a revelação da sua obra Redentora e da adoração contínua a volta do trono de Deus e a revelação do seu glorioso regresso quando como um relâmpago resplandecerá do céu e será visto tanto no ocidente como no oriente.

Mateus 24:27

 “27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem”.

2. Apocalipse é a revelação do futuro comunicado a João por visões através de anjos 

Apocalipse 1:1b-2 

1b a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; 2 O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”.

Jesus revela que enviou os seus anjos para revelar a João as coisas que irão acontecer no futuro, e nisto o livro do Apocalipse é único. A revelação do livro do Apocalipse envolve anjos tal como a revelação da lei dada a Moisés no monte Sinai (Atos 7:53, Gálatas 3:19, Hebreus 2:2).

Os anjos não só são enviados para revelar o futuro a João, mas tem um papel importante pois aparecem nas diversas cenas que o livro apresenta conforme a revelação do futuro se vai desenrolando.

A palavra “anjo” e “anjos” aparecem 71 vezes no livro do Apocalipse, servindo de base para um estudo sobre o ministério dos anjos que segundo a Bíblia são ministros de Deus enviados a servir a favor daqueles que se vão salvar. Hebreus 1:8-14, Salmos 91:11-12, Salmos 34:7, II Reis 6:15-18.

3. Bem-aventurança para os que "ouvem e guardam" as palavras desta profecia 

Apocalipse 1:3 

“3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Jesus deixa bem salientado que somente os que "ouvem" e "guardam" as palavras desta profecia serão Bem-aventurados.

Em Mateus 7:24-27 Jesus comparou o homem que ouve a Palavra mas não pratica (não guarda) ao homem louco que edificou a sua casa sobre a areia, e quando veio a chuva e as torrentes e os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, foi grande a sua queda.

Mas o homem que ouve a Palavra e pratica (e guarda) é comparado ao homem sábio que edificou a sua casa sobre a rocha e quando veio a chuva e as torrentes e os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, ela não caiu.

Notem bem o aviso "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”

É uma exortação a "ouvir" e a "guardar" os avisos desta profecia do Apocalipse. As chuvas, torrentes e ventos referidas em Mateus 7, podem aplicar-se, neste caso, às chuvas, torrentes, ventos, catástrofes e julgamentos anunciados "nesta profecia" do Apocalipse que terão o início com a abertura do primeiro selo e findarão com o derramamento da sétima taça da ira de Deus. 

Notem ainda como termina a exortação "porque o tempo está próximo.”

Estamos a chegar ao tempo dos julgamentos do Apocalipse. Daí a importância de não só "ouvirmos" mas "guardarmos" estes avisos e ensinarmos e pregarmos mais do que nunca sobre avisos solenes e exortar os homens a serem sábios e não somente "ouvir", mas a "guardar" também.

Eu disse no inicio que razão principal que me levou a ter todo este trabalho é porque eu acredito que a mensagem do Apocalipse não é para ser pregada quando o Apocalipse começar, é para ser pregada agora, fazendo um grande apelo para que os que "ouvem" estes avisos também os "guardem"!

"Fazer ouvidos de mercador" é uma atitude que até pode estar certa em certas situações para evitar confusões, contudo, em relação à Palavra de Deus não podemos tomar esta atitude.

Infelizmente muitos "farão ouvidos de mercador" e, por isso, não serão arrebatados. Mas, quem sabe, se alguns deles, judeus ou gentios, familiares ou amigos, quando compreenderem que estão a viver nos tempos da Grande Tribulação porque sendo loucos fizeram "ouvidos de mercador" e não foram salvos e arrebatados, lembrar-se-ão nessa altura dos nossos avisos e voltar-se-ão para Cristo e para Deus!?

A nossa pregação sobre os avisos do Apocalipse durante os dias da Igreja, antes do Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação, nunca será em vão.

Não devia ser esta a nossa esperança para muitos familiares e amigos a quem estamos a testemunhar e para quem estamos a orar, não esqueçamos isto "porque o tempo está próximo" e o Arrebatamento e a Grande Tribulação estão às portas!

Vamos ver as 7 Bem-Aventuranças do Apocalipse:



Apocalipse 1:3 

“3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo".

"porque o tempo está próximo", este termo "tempo" não se refere ao tempo do nosso relógio ou do nosso calendário, mas a estações ou eras.

A próxima "era" na história da redenção virá com a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. O regresso de Cristo tem sido sempre a grande esperança da Igreja.

O Senhor Jesus disse aos seus seguidores para esperarem com expectação pelo seu regresso, como vemos em Lucas 12:35-40. 

Os apóstolos Paulo, Pedro, Tiago e João todos eles disseram que o "tempo" do seu regresso está perto, Romanos 13:12, I Pedro 4:7, Tiago 5:7-9, I João 2:18.

Portanto, Bem-aventurados aqueles que lêm e guardam estas profecias acerca dos finais dos tempos e do seu regresso, porque o "tempo" do seu regresso está próximo.

As 7 Bem-aventuranças no Livro do Apocalipse:

1. Bem-aventurado aquele:

Apocalipse 1:3 

"Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas"

2. Bem-aventurado os mortos:

Apocalipse 14:13 

"Bem-aventurado os mortos que, desde agora, morrem no Senhor".

3. Bem-aventurado os que vigiam, pois venho como ladrão:

Apocalipse 16:15 

"Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas".

4. Bem-aventurados aqueles:

Apocalipse 19:9 

"Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro".

5. Bem-aventurado aquele:

Apocalipse 20:6 

"Bem -aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressureição".

6. Bem-aventurado aquele:

Apocalipse 22:7 

"Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro".

7. Bem-aventurado aqueles:

Apocalipse 22:14 

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas".

B. Apocalipse é a revelação do regresso de Cristo

Apocalipse 1:4-8 

4 João, às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue 6 E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. 7 Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. 8 Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

Nesta secção, vemos uma nova revelação, desta vez a falar mais precisamente do regresso de Cristo, seguido de bençãos e de uma dedicação desta mensagem às Igrejas da Ásia.

1. Dedicação às Igrejas da Ásia: 

Apocalipse 1:4 

4“João, às sete igrejas da província da Ásia.”

Quando chegarmos à segunda divisão do livro iremos ver Jesus a dirigir-se a estas Igrejas.

2. A Benção Trinitariana:

4“A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue”.

Nesta revelação vemos a trindade em acção:

4“daquele que é, que era e que há de vir” fala do Pai,

4“e dos sete espíritos” fala do Espírito Santo,

5“da parte de Jesus Cristo” fala do Filho.

3. Previsão da segunda vinda de Cristo:

Apocalipse 1:4 

4“daquele que é, que era e que há de vir”

Apocalipse 1:8 

8“que é, e que era, e que há de vir”

Nós vemos nestas duas expressões contidas nesta secção, uma previsão da segunda vinda de Cristo, o que é um dos objectivos principais da profecia.

4. Doxologia de exaltação a Jesus Cristo:

 A Ele sejam Glória e Poder para
para Sempre
...

Apocalipse 1:5-6 

“5 e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos lavou ou dos nossos pecados por meio do seu sangue 6 e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém”.

Nesta doxologia vemos exaltada completamente a Soberania e a obra redentora de Cristo e por isso a Ele devem ser dado glória e poder para todo o sempre.

a) Em primeiro lugar é exaltado pela Sua Soberania, por ser:

5“a Testemunha fiel”

5“o primogênito dentre os mortos”

5“o soberano dos reis da terra”

b) Em segundo lugar é exaltado pela Sua Obra Redentora: 

5 “Ele nos ama” 5 “e nos lavou dos nossos pecados por meio do seu sangue”

6 “e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai”

c) Em terceiro lugar é exaltado porque lhe pertencem a glória e o poder:

6 “A ele sejam glória e poder para todo o sempre”

C. Apocalipse é a revelação das coisas que irão acontecer no futuro

Apocalipse 1:1, 8, 17, 18, 19 

"1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo 8 sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso, 17 E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno, 19 Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”.

Jesus começou por revelar a João que as razões principais da profecia são a Revelação da sua divindade e da sua obra redentora e é a Revelação da sua segunda vinda e agora salienta que esta revelação da sua Pessoa, da sua obra e do seu regresso tem como objectivo revelar as coisas que brevemente devem acontecer, ou seja revelar as coisas que irão acontecer no futuro.

Quando entramos na terceira divisão que ocupa quase todo o livro, pois vai do capítulo 4 ao capítulo 22, Jesus continua a fazer menção da sua Pessoa, da sua Obra, da sua Glória, do seu Poder, da Adoração que lhe é devida e do seu Regresso e Reino Milena.

Mas o propósito desta terceira divisão é revelar o futuro: 

"as coisas que em breve irão acontecer" que é o assunto principal da terceira divisão e as que depois destas hão-de acontecer" Apocalipse 4:1 - 22:21

Nesta secção, Jesus apresenta mais algumas credenciais da sua divindade, apresentando-se como o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, e também como aquele que viveu e morreu pelos pecados, mas que ressuscitou e vive para todo o sempre.

Depois pede a João para escrever estas coisas e enviar às sete Igrejas da Ásia sobre as coisas que em breve irão acontecer.

1. A revelação de Jesus é para mostrar as coisas que irão acontecer no futuro.

"1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer."

Cristo ao revelar-se desta forma magnífica, como sendo Deus e Redentor e revelando o seu regresso, tem por obejctivo revelar as coisas que irão acontecer no futuro até aos final dos tempos.

2. Cristo faz declarações a Seu respeito que só a Deus pertencem: 

Eu sou o Alfa e o Ômega...

Apocalipse 1:8 

“8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”

Apocalipse 1:17-18 

“17 E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Nós vemos estas declarações sobre a Sua Divindade nestes versículos. Os termos nestes versículos são utilizados unicamente para descrever Deus como vemos em Isaías 44:6 e 48:12.

 Depois no v18 Jesus diz: “E o que vivo e fui morto mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e do inferno”. E esta é mais uma declaração que somente Deus pode fazer.

3. A revelação das coisas que vão acontecer no futuro 

Apocalipse 1:1,19 

“1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo 19 Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”

Juntamente com a revelação da Pessoa Divina de Cristo, a razão desta profecia é para revelar as coisas que irão acontecer no futuro, que segundo a escola de interpretação futurista que estamos a seguir diz respeito aos tempos que se seguem ao arrebatamento da Igreja, nomeadamente na altura da Tribulação, cuja segunda parte dá lugar à “grande aflição” referida em Mateus 24:21

O livro de Mateus 24:1-8 refere-se aos tempos antes do Arrebatamento, que a Bíblia chama de “príncipio das dores” que é um tempo de guerra entre as nações, cataclismos e sedução, que culmina com o arrebatamento da igreja, seguindo-se a Tribulação, que por sua vez dá lugar à “grande aflição” que é quando as últimas trombetas tocam e as taças da ira de Deus são lançadas sobre a terra.

Possivelmente Mateus 24:9-14 fala dos tempos que se seguem ao arrebatamento.

Mateus 24:15 “quando, pois virdes que a abominação da desolação que falou o profeta Daniel, está no lugar santo, quem lê atenda”. 

Parece que este v 15 de Mateus 24 dá início à “grande aflição” que é a segunda parte da Tribulação, três anos e meio, que vai começar precisamente “quando, pois virdes que a abominação da desolação que falou o profeta Daniel, está no lugar santo, quem lê atenda”.

4. Apresentação de Jesus na primeira visão

Apocalipse 1:13-20 

“13 E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 14 E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; 15 E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. 16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. 17 E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. 19 Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; 20 O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igreja”.

Neste texto vemos que Jesus Cristo é a personagem central deste livro.

Eu sou o primeiro e o último

Nós podemos ver a forma gloriosa, mas ao mesmo tempo aterrorizadora como Jesus se apresenta a João, de tal forma que João cai aos seus pés, como morto: “E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último”.

Vamos ver então que Jesus se apresenta a João, como sendo o nosso Deus – o Deus Filho, Santíssimo e Todo Poderoso, que um dia veio ao mundo, fazendo-se homem para nos salvar, mas voltará um dia com glória e poder para julgar o mundo?

13 “E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro”

14 “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo”

15 “E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas”

16 “E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece”

17 “E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; 

18 “Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém”.

18 “E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Depois desta apresentação Jesus diz a João para escrever v19 “as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer” .

Finalmente, Jesus revela que v20 “o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igreja”.

Jesus nesta sua apresentação continua a revelar a sua Divindade que já tinha começado a ser revelada quando Ele disse a João no v 8: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”. Agora no v 17 vemos mais um complemento: “Eu sou o primeiro e o último”.

Como podemos ler também:

Apocalipse 22:13 

13 "Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.”

Jesus Cristo revela-se no livro do Apocalipse como sendo o Deus todo Poderoso que foi enviado ao mundo pelo Pai para dar a sua vida pelos nossos pecados e nos oferecer a Vida Eterna, mas voltará a segunda vez, cheio de poder e glória para julgar todos aqueles que o rejeitaram.

Apocalipse 1:5b-6 

“5 e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.

5. As profecias de Mateus 24 e 25 são importantes: 

Estas profecias em Mateus são importantes para a compreensão do livro do Apocalipse em geral.

Aliás as profecias do Evangelho de Mateus capítulos 24 e 25, ajudam-nos a compreender melhor o livro do Apocalipse, juntamente com as profecias em Daniel e em I e I I Tessalonicenses sobre os finais dos tempos e a segunda vinda de Cristo.

Mateus 24:15-51 

“15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; 16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; 17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; 18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. 19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; 21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. 22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. 23 Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; 24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25 Eis que eu vo-lo tenho predito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. 29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. 31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. 32 Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. 33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. 35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. 36 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. 37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. 38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. 40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; 41 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. 42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. 43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. 44 Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. 47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. 48 Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; 49 E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, 50 Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, 5 is1 E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes”.

I I. E AS COISAS QUE SÃO Apocalipse 2:1-3:22

As 7 Igrejas da Àsia

Muitos eruditos bíblicos estão de acordo que nesta segunda divisão Jesus está a pedir a João para escrever as visões que estão ligadas a sete Igrejas na Àsia. Eram Igrejas que existiam na Àsia naquela época, mas, ao mesmo tempo, eles pensam que estas sete Igrejas representam sete tipos de Igrejas que irão existir através de toda a história da Igreja, alguns pensam mesmo que representam as sete etapas da Igreja durante a sua história terrena.

Se estiver certa esta opinião que as sete Igrejas representam "sete etapas" na história da Igreja na terra, então a Igreja de Éfeso – a Igreja com discernimento, mas fria e apática que perdeu o primeiro amor – fala da Igreja primitiva e da Igreja dos patriarcas, aquela que se seguiu logo à Igreja primitiva. E a Igreja de Laodiceia – a Igreja morna - fala da Igreja na sua etapa final antes do arrebatamento.

Desta forma, podemos estar a viver nos tempos da Igreja de Filadelfia (a Igreja antes da Igreja de Laodiciea), que tendo pouca força diante do mundo dominado pela alta tecnologia que formatou as sociedades modernas e o estilo e as doutrinas das Igrejas actuais que, por isso, se afastaram muito do estilo e das doutrinas da Biblia.

Mas, apesar disso, Jesus disse a esta Igreja:

3:8 “8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”.

Se a Igreja for fraca diante deste mundo, mas guardar a Palavra de Deus e continuar fiel a Cristo, seja qual for os tempos em que estamos a viver, Deus vai manter uma porta aberta diante da Igreja, como prometeu manter diante daquela Igreja.

As 7 Igrejas da Ásia

É possível que esta opinião possa estar certa, pois não podemos esquecer que a Igreja primitiva, a Igreja cheia do Espírito Santo, e cheia do primeiro amor, perdeu este primeiro amor mal os apóstolos morreram, como a Igreja de Éfeso.

E alguns textos bíblicos parecem apoiar a ideia de que a Igreja dos últimos tempos será uma Igreja – morna, como a Igreja de Laodiceia.

E, talvez, estejamos a viver nos tempos da Igreja de Filadélfia, pois somos fracos diante deste mundo muito influente por causa da alta tecnologia, utilizada na sua grande parte para propagar o mal.

Mas, é claro que embora eu esteja de acordo com esta opinião, eu sei que não passa de uma opinião.

O que podemos dizer ao certo é que Cristo está a dirigir-se àquelas sete Igrejas da Ásia e que nós podemos aprender alguma coisa  salientado por Cristo, sobre a Sua Pessoa e sobre os pontos fortes e as fraquezas destas Igrejas.

Nós vemos que as sete Igrejas da Àsia foram alertadas para o perigo de perderem o "primeiro amor" e de tolerarem também no meio delas as "doutrinas dos nicoilatas", as "doutrinas de Labão", as "doutrinas dos da sinagoga de Satanás" e as "doutrinas de "Jezabel" e foram alertadas também para outros erros e perigos que teriam que confrontar.

Iremos ver o significado de tudo para aquelas sete Igrejas da Àsia e para as Igrejas dos nossos dias. As Igrejas dos nossos dias também estão sendo confrontadas por muitos erros e perigos e por estas doutrinas que estão hoje disfarçadas noutras formas e procuram infiltrar-se nas Igrejas de Cristo e perveterem os ensinamentos bíblicos.

Iremos ver também que Cristo salienta alguns aspectos fortes dessas Igrejas, e muito especialmente das Igrejas de Smirna e de Filadélfia que não receberam nenhuma repreensão, e iremos aprender com isto.

É tudo isto que iremos ver a seguir, como Cristo se revelou e o que disse a cada uma destas Igrejas.

A. Cristo dirigi-se às sete Igrejas de forma sistemática.

1. Em primeiro lugar, Cristo apresenta a Sua Divindade 

Ao lermos o livro do Apocalipse nunca podemos perder de vista que este livro é a REVELAÇÃO de Jesus Cristo, da sua Pessoa, revelação da sua Obra e do seu Regresso. Jesus Cristo apresenta-se como o Filho de Deus, como sendo Ele mesmo Deus.

No que diz respeito à sua Pessoa, desde o início da revelação em Apocalipse 1:1 até ao final da revelação, Jesus Cristo vai desfolhando gradualmente as suas credenciais divinas.

Ele começa a revelação na primeira aparição a João e a partir de agora Ele vai apresentar mais algumas das suas credenciais divinas às sete Igrejas.

2. Em segundo lugar, Cristo revela o conhecimento que tem da Igreja

Ele diz que conhece cada Igreja, salientando aquilo que Ele conhece de cada Igreja, e iremos ver que todas as Igrejas são diferentes.

3. Em terceiro lugar, Cristo repreende a Igreja 

Ele repreende cada Igreja, por aquilo que é negativo que Ele conhece de cada Igreja. Mas há duas Igrejas que não recebem a repreensão do Senhor, a Igreja de Smirna e a Igreja de Filadélfia. As outras cinco Igrejas são severamente repreendidas

4. Em quarto lugar, Cristo faz um apelo ao arrependimento

As Igrejas de Smirna e Filadélfia que não recebem nenhuma repreensão, também não recebem nenhum apelo ao arrependimento. Mas as restantes cinco Igrejas todas recebem um apelo para arrependerem-se dos seus pecados.

5. Em quinto lugar, Cristo dirige uma Palavra de encorajamento

Todas as Igrejas são encorajadas a arrependerem-se e Cristo tomará isto em consideração, mas as Igreja de Smirna e Filadélfia recebem um encorajamento diferente, pois são encorajadas simplesmente a manter a sua fidelidade e perseverança.

6. Em sexto lugar, Cristo promete uma recompensa 

Todas as Igrejas recebem a promessa de que apesar dos seus pecados, ou pelo menos aqueles que dentro da Igreja ouvirem a voz de Cristo e abandonarem os seus pecados, serão recompensados, recompensa esta que é diferente para cada Igreja.

A recompensa prometida ás igrejas de Smirna e Filadélfia são apresentadas de forma completamente diferentes, pois não está sugerido que serão recompensados se abandonarem os pecado.

Mas à Igreja de Smirna, a Igreja Fiel, Jesus promete “Sê Fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

E à Igreja de Filadélfia, Jesus promete “guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.

Desta forma, Cristo dirigindo-se a cada uma das sete Igrejas, continuando a apresentar as suas credenciais divinas, revela-se a cada Igreja de acordo com a situação de cada Igreja, como iremos ver em baixo.

B. As cartas às 7 Igrejas 


1. Primeira carta à Igreja de Éfeso 

Apocalipse 2:1-7 

“1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: 2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. 3 E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. 4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. 5 Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. 6 Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”.

Tema: A Igreja de Éfeso - Igreja com discernimento, mas fria e apática.

os setes castiçais

a) Cristo apresenta da Sua Divindade:

“1 Isto diz aquele que tem na sua dextra as sete estrelas, que anda no meio dos setes castiçais”.

b) Cristo apresenta-se como o Senhor da Igreja:

Cristo descreve-se a Ele próprio como aquele que anda no meio dos sete castiçais, que representam estas sete Igrejas, que afinal são também um símbolo de todas as Igrejas, de todas as épocas que existirão até ao arrebatamento e ao regresso de Cristo. 

Cristo apresenta-se aqui como o Senhor Soberano da Igreja, o único que tem autoridade para examinar e dirigir-se à Igreja de Éfeso e a qualquer Igreja sempre que quiser.

As estrelas representam os líderes de cada Igreja, ou congregação local.

Cristo identifica-se às primeiras cinco Igrejas segundo a visão que João teve durante a sua primeira aparição, descrita em Apocalipse 1:9-20

À Igreja de Éfeso Cristo revela-se segundo a visão descrita em: 

Apocalipse 1:12-13 

“12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 13 E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro”.

c) Cristo revela o conhecimento que tem da Igreja: 

“2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. 3 E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste 6 Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaitas, as quais eu também odeio.”

Depois da sua apresentação e antes de repreender a Igreja, Cristo salienta alguns aspectos positivos da Igreja de Éfeso:

Em primeiro lugar 
era uma Igreja com obras, trabalhadora e paciente.

Em segundo lugar 
era uma Igreja que destestava os maus, que eram os pagãos que viviam nas trevas e que se opunham à Igreja.

Em terceiro lugar
 era uma Igreja que também tinha a coragem para denunciar os falsos apóstolos que procuravam influenciar os crentes com as suas mentiras.

Em quarto lugar
 além de ser uma Igreja trabalhadora e incansável, era uma Igreja que se opunha também às obras dos Nicolaitas.

Mas, quem eram os Nicolaitas, que o texto diz que os crentes de Éfeso odiavam as suas obras e Cristo disse "as quais eu também odeio?".


Os Nicolaitas, foram chamados assim, porque criaram uma heresia que se formou já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a Pureza da Doutrina de Cristo e seus Apóstolos.

A doutrina nicolaita concebeu a ideia de uma casta especial e superior na Igreja, ou seja, o chamado Clero.

Indo além, formou-se a ideia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. Há uma grande probabilidade de que estes nicolaitas, dos quais muito pouco se sabe, sejam os formadores do pensamento Católico Romano e, portanto, seus antecessores.

Portanto, não é bíblica a ideia de um clero dentro da Igreja, ainda por cima constituído por uma hierarquia em que os sacerdotes que estão no topo da hierarquia governam tudo, tanto o clero, como a Igreja.

A Bíblia fala no "sacerdócio de todos os crentes". Um sacerdote é aquele que tem o privilégio de entrar na presença de Deus. Pela morte e o derramamento do sangue de Cristo, os crentes foram feitos "sacerdotes para Deus", "pedras vivas", tendo por isso o privilégio de entrar na presença de Deus para apresentar louvores e petições a Deus.

Todos os crentes todos são também chamados a servir tanto nos cultos e actividades a Igreja, assim como na evangelização e missões, exercendo cada um a sua função no Corpo de Cristo.

Apocalipse 1:6 

"E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e pode para todo o sempre"

Apocalipse 5:10
 

"E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra."

1 Pedro 2:5
 

"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo".

A epístola aos Hebreus exorta aos cristãos como um todo a se aproximarem de Deus dentro do véu, no lugar santíssimo (Hebreus 10:19-22; 13:15-16). Como sacerdotes temos o direito de entrar no lugar santíssimo, lugar em que nenhum filho de Arão ou sacerdote podia entrar, excepto o Sumo Sacerdote de Israel, mas só de vez em quando.

Os nicolaitas foram aqueles que começaram a trazer para dentro da Igreja esta debilidade e confusão que fez o "sacerdócio dos crentes" ser usurpado por uma classe priviligiada de pessoas, algumas das quais nem sequer são salvas!

É verdade que a Igreja de Éfeso teve discernimeno e se opôs a estas ideias dos Nicolaitas, mas, infelizmente, a história mostra que estas ideias tomaram conta das Igrejas professantes, começando pela Igreja Católica que caiu no exagero de estabelecer o Papado.

Assim como as Igrejas protestantes que são governadas por uma hierarquia muito rígida e há muitas Igrejas Evangélicas que são governadas também a partir do topo por um grupo privilegiado de pessoas que manda e decide tudo.

d) Cristo repreende a Igreja: 

“4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”.

Apesar do seu labor e do seu discernimento, Cristo repreende a Igreja pois esta tornou-se fria e apática pois perdeu o primeiro amor.

A Igreja de Éfeso era do ponto vista doutrinário uma Igreja sólida, senão não teria repudiado os maus, denunciado os falsos apóstolos e se oposto à doutrina dos nicolaitas. Poderíamos dizer também que os líderes deviam ser homens experimentados e conhecedores da doutrina.

Não podemos esquecer que esta Igreja foi fundada e pastoreada por Paulo Atos 18:19 que os ensinou-os e admoestou-os durante três anos Atos 2:31 e lhes comunicou todo o conselho de Deus Atos 20:27. Recebeu uma epístola escrita por Paulo, era de facto uma Igreja doutorada na Palavra de Deus.

Foi também pastoreada por Timóteo e Tiquíco Efésios 6:21 e recebeu visitas de Apolo, Priscila e Àquilas. Atos 18:27.

Portanto, quanto à doutrina era uma Igreja ortodoxa e implacácel, mas Jesus lhes diz “lembra-te donde caíste”, ou seja, lembra-te daqueles tempos em que eras pastoreada e visitada por obreiros de grande craveira e conheceste momentos altos e áureos.

E Jesus acrescenta que eles cairam dessa posição, porque perderam o primeiro amor. Isto quer dizer que embora eles ainda mantivessem uma doutrina certa e eram intolerantes em relação à heresia, eles tornaram-se na prática uma Igreja fria e seca.

A Igreja de Éfeso nos ensina que a doutrina ensinada e praticada sem amor, esfria e mata a verdadeira espiritualidade. Não se pode, a “pretexto” de zelar pela verdade, desconsiderar o cultivo de uma espiritualidade banhada pelo amor de Deus.

A mensagem do Evangelho não só tem que mudar as “mentes” dos crentes, mas também os “corações”. Uma Ortodoxia bíblica correcta esclarece a "mentes" dos crentes, mas para poder também transformar a fundo o "coração" dos crentes, precisa de estar banhada pelo amor de Deus .

e) Cristo faz um apelo ao arrependimento, deixando um aviso:




5 Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras
obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”

Tomando o assunto muito a sério, Cristo diz a Igreja para dar os passos necessários a recobrar o primeiro amor.

Em primeiro lugar, Cristo diz à Igreja para lembrar-se onde esteve, quando ainda estava cheia do primeiro amor, donde gradualmente caíu.

Em segundo lugar, diz que a Igreja tem que arrepender-se deste pecado de ter deixado o seu primeiro amor, tendo posto afinal Deus em segundo ou terceiro lugar.

Em terceiro lugar, Cristo desafia a Igreja a voltar ao primeiro amor, praticando as suas primeiras obras quando precisamente estava cheia deste amor. 

Finalmente Cristo deixa um aviso:

v 5b "quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”

f) Cristo dirige uma Palavra de encorajamento:

“6 Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”

Como já vimos em cima os Nicolaitas, foram chamados assim, porque criaram uma heresia que se formou já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a Pureza da Doutrina de Cristo e seus Apóstolos.

Eles estavam, no final do séc. I, infiltrados nas igrejas de Cristo como podemos ver neste texto.

Evidentemente, este desejo de EXERCER PODER SOBRE O POVO, disseminou entre muitos homens de liderança nas igrejas, movidos pelo instinto carnal de DOMÍNIO, pela soberba e pela torpe ganância de posição e riquezas.

Especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornava-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores. 

Eis o porquê de mais tarde estabelecer-se Roma como o "centro da Igreja" e o "trono do Papa", como o maioral e chefe máximo do Catolicismo em Roma.

Sendo Roma a capital e o maior centro urbano de sua época, permitia a que seus pastores nutrissem uma imagem mais poderosa e importante que os demais. 

É claro que, com o apoio de Constantino (no começo do séc. IV) definitivamente o Bispo de Roma conquistou esta supremacia.

É possível que talvez não fora o Nicolaísmo, não existiria o erro de uma IGREJA UNIVERSAL, com sede em algum lugar. 

Nem mesmo a primeira Igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais.

Podemos ver em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho INDEPENDENTE num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada.

Observe-se, ainda, o próprio falar dos Apóstolos Pedro e Tiago (que estavam em Jerusalém e não em Roma), como não exercem eles domínio sobre a Igreja, mas servem como conselheiros junto a Ela e com o Espírito Santo (Atos 15:23,25 e 28).

g) Cristo promete uma recompensa:

 “7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”.

Cristo depois do apelo ao arrependimento, promete que os vencedores comerão da árvore da vida 2:5,7

A árvore da vida referida aqui, que estava no meio do jardim do Éden e que Adão e Eva não puderam comer Gênesis 3:23-24 é sem dúvidas uma imagem de Cristo. O que Cristo está a dizer aqui à Igreja de Éfeso é que aqueles que ouvirem o seu apelo e arrependerem-se serão vencedores e receberão a Vida Eterna.

2. Segunda carta à Igreja de Smirna 

Nada temas das coisas que hás de padecer
 
Apocalipse 2:8-11 

“8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu: 9 Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. 10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte

Tema: A Igreja de Smirna - Igreja perseguida e sofredora e sem repreensão.

a) Cristo apresenta a Sua Divindade: 

8 “Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu”. 

b) Cristo apresenta-se como o Deus infinito e imortal: 

O primeiro e o último é um título dado a Deus. Isaías 44:6, 48:12.

Desta forma Cristo está a declarar-se igual a Deus, e está apresenta-se como o Senhor que tendo tomado a forma humana, morreu, mas triunfou sobre a morte. Desta forma ele está a encorajar a Igreja sofredora de Smirna. Se eles morressem nas mãos dos seus perseguidores, diante deles está aquele que venceu a morte.

c) Cristo revela o conhecimento que tem da Igreja:

“9 Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. 10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias.”

Depois da sua apresentação, antes de salientar a fidelidade da Igreja, Cristo diz que conhece as obras e a tribulação e a pobreza pela qual a Igreja estava a passar e também por estarem a ser blasfemados por uns que se dizem judeus, mas que afinal são da “sinagoga de satanás”.

Afinal o que é a "sinagoga de satanás"?

Era certamente o grande problema daqueles dias, pois eram judeus que infilrados dentro da Igreja cristã queriam impôr as leis e os rituais antigos do Antigo Testamento que estavam estrictamente ligados ao culto e sacrificios baseado no sangue dos animais e na observação de festas e de certos dias. Deviam estar a ensinar também uma salvação pela observação da lei.

Mas a Bíblia diz que:

Romanos 10:4 

"Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê."

Efésios 2:15 

"aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças..."

Gálatas 5:4 

"de Cristo vos desligastes, vós que procurai-vos justificar pela lei, da graça decaíste".

A Bíblia diz que o verdadeiro judeu, não é aquele que fez a circuncisão da carne, mas a circuncisão do coração. Aqueles judeus, não conheciam a circuncisão do coração, por isso Cristo lhes diz "se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás".

Vemos no entanto que: 

Romanos 2:17-29, mostra que o erro destes "judeus" que fazem parte da "sinagoga de satanás", não era só impôr erradamente a lei aos outros como o meio para a salvação, o que é uma grande heresia, mas era impôr algo que eles próprios não observavam. Eles ensinavam a não roubar, mas roubavam, a não adulterar, mas adulteravam e assim sucessivamente.

Em suma os da "sinagoga de satanás", além de procurarem seduzir os outros, não praticavam o que pregavam.

Será que nós estamos a pregar uma Teologia da Salvação correcta baseada na Graça de Deus, ou estamos influenciados por doutrinas como estas da "sinagoga de satanás" e ensinar uma doutrina da salvação baseada em nossos méritos e obras?

Mas, supondo que a nossa Teologia da Salvação está correcta, ao contrário daqueles judeus que ensinavam a salvação pela lei, será que estamos a praticar aquilo que pregamos, ou nesse aspecto estamos a fazer a mesma coisa que eles, que não praticavam o que pregavam, pois diziam para não roubar, mas roubavam, para não adulterar, mas adulteravam?

Vemos que esta Igreja de Smirna era pressionada por todos os lados.

As 5 Igrejas em baixo foram feitas com a ajuda do site do Pr Josias Moura

https://josiasmoura.wordpress.com/2009/04/02/366/

3. Terceira carta à Igreja de Pérgamo 

A cidade ficava situada a beira de Caico, a cidade era famosa não somente pela biblioteca de duzentos mil volumes, mas também pelo magnífico templo ao deus Esculápio, a quem se atribuía a cura de doentes e a ressurreição dos mortos.Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”. Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer outra cidade de então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.”Tema: A Igreja de Pérgamo era a Igreja Mundana.
Qualidades:
– Sei as tuas obras.
– Retens o Meu Nome.
– Não negaste a minha fé.
– Antipas minha fiel testemunha foi morto entre vós.Defeitos:
– Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão.
– Tens os que seguem a doutrina dos nicolaítas.Conselhos:

– Arrepende-te.Conseqüências:
– Virei contra ti e batalharei com espada da minha boca.Recompensa:
- “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.”- O maná escondido: Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10).- Uma pedrinha branca com um nome novo escrito: Um nome novo, freqüentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus.

4. Quarta carta à Igreja de Tiatira. 

A rica cidade de Tiatira era conhecida como um centro comercial, no fértil vale do rio Lico. Era também, a cidade de Lídia, a qual, talvez tratando do seu ofício de vender púrpura (At.16), ouviu a pregação do apóstolo Paulo e foi salva. Não sabemos se foi ela quem levou o evangelho a Tiatira; o certo é que o Evangelho chegou até lá, e que havia uma próspera igreja na cidade.

Tema: A Igreja de Tiatira era uma Igreja corrupta e Papal.

Qualidades:

– Conheço a tua caridade (amor).
– Serviço, fé e paciência.
– Tuas últimas obras são mais que as primeiras.Defeitos:

– Toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
– Dei-lhe tempo para que se arrependesse e não se arrependeu.Consequências:

– Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação. Ferirei de morte os seus filhos.- O período desta igreja é o maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira igreja. A idolatria, o culto às relíquias e aos santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e muitos outros dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira doutrina foi sucumbida.Recompensas:
- Autoridade sobre as nações: Os cristãos perseguidos foram vítimas da maldade dos homens poderosos deste mundo, até do poder do governo. Mas os vencedores dominariam sobre as nações com o poder do Ungido de Deus. 

- Jesus daria aos fiéis o privilégio de participar deste vitorioso reino messiânico.- A estrela da manhã: Jesus é a estrela da manhã. Qual maior recompensa para o vencedor do que chegar ao eterno dia iluminado para sempre pela luz de Jesus?
5. Quinta carta à Igreja de Sardes. 

A cidade de Sardes era a antiga capital de Lídia, o império do célebre e rico Creso. A cidade, situada no sopé da montanha Tmolo, à beira do Pctolo, era famosa pelas suas riquezas e luxo. Conforme a tradição, Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o Evangelho sob a pregação do apóstolo João. Também foi a primeira a desviar-se da fé e uma das primeiras a virar ruínas.

Tema: A Igreja de Sardes era a Igreja morna.
Qualidades:
– Tens pessoas que não contaminaram seus vestidos; comigo andarão de branco.Defeitos:
– Tens nome de que vives, mas estás morto.– Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 

– Pode-se também entender como: “Não achei as obras completas”. Há grande inclinação para se começar várias obras, sem completar a que já começamos.Conseqüências:
– Se não vigiares, virei contra ti como um ladrão.Conselhos:
- Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. – (Ap. 3:2). 

– Aqui existe uma ordenança para consolidar os fracos na fé. – “que estão para morrer”. Quem sabe as obras imcompletas fossem dos mais fracos, que estavam morrendo na fé.- Arrepende-te.Promessas:
- Ao que vencer será vestido de vestes brancas. – As vestes brancas simbolizam a justiça.- De maneira nenhuma riscarei o seu nome do Livro da Vida. 

– O nome dos mortos não podem fazer parte do Livro da Vida, por isso este alerta para a “igreja morta”. 

- Confessarei o seu nome diante do Meu Pai. Referencia ao texto de Mateus 10:32 – (Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;)- Dentro da igreja morna, o Senhor levanta um grupo de vencedores. Estas promessas são para eles. – “Ao que vencer”.6. Sexta carta à Igreja da Filadélfia. 

A cidade de Filadélfia era uma cidade da Lídia, 40 quilômetros distante de Sardes, edificada por Atalo Filadélfio, rei de Pérgamo.


Tema: A Igreja da Filadélfia foi irreprensivel.
É possível uma igreja ser irrepreensível? A igreja de Esmirna e de Filadélfia eram. Das sete, são as únicas que o Senhor não tinha nenhuma repreensão.Qualidades:
– Guardaste a minha Palavra.
– Não negaste o Meu Nome.Promessas:
– Pus diante de ti uma porta aberta.
– Os da sinagoga de satanás virão e adorarão prostrados aos teus pés.
– Eu te guardarei da hora da tentação.
Recompensa:
- Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.
- Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus: As colunas de Filadélfia racharam e caíram em um terremoto algumas décadas antes, mas as colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas. As colunas não são de pedra; são colunas vivas e firmes. Jesus não fala somente de líderes nas igrejas (veja Gálatas 2:9), mas de todos os fiéis que vencem com ele. Os discípulos do Senhor são, ao mesmo tempo, pedras vivas e sacerdotes (1 Pedro 2:5-9).
- Daí jamais sairá: Os vencedores permanecerão no templo para sempre. Gozarão comunhão eterna com Deus.
- Gravarei…sobre ele: Várias descrições mostram a posição privilegiada do vencedor. Nomes gravados sugerem posse. O vencedor pertence a Deus. Ele faz parte do “povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9). 


- Ele também pertence à cidade de Deus, a nova Jerusalém. A nova Jerusalém é a noiva de Cristo (21:2). O vencedor faz parte da noiva, da igreja que pertence somente a Jesus. Ele recebe, também, o nome de Cristo. Jesus confessará abertamente os nomes dos seus servos (Mateus 10:32).7. Sétima carta à Igreja da Laodicéia. 

A cidade de 
Laodicéia era uma cidade sobre o rio Lico, famosa pelos amplos muros, e como Roma, edificada sobre sete montes. Parece que o apóstolo Paulo se esforçou para introduzir o Evangelho em Laodicéia, de onde escreveu uma epístola, acerca da qual se refere em Col. 4:16. 

A cidade foi destruída por um terremoto em 62 d.C. e reconstruída por seu próprio povo, o qual se orgulhava de o fazer sem pedir auxílio ao governo. Era uma das mais ricas cidades da Ásia, pois dos rebanhos de ovelhas daquela região produziam a excelente lã negra de altíssimo preço. Por isso os moradores de Laodicéia se achavam ricos e bem vestidos. 

Ali também era produzido um colírio valioso e único, procurado por todas as outras cidades da região e até outros países. Em sua carta, o Senhor Jesus ignora estes valores materiais e diz como vê aquele povo: “pobre, cego e nu”.

Tema: A Igreja da Laodicéia era uma Igreja chamada de apóstata.
Ao contrário da Igreja em Filadélfia que não houve nenhuma repreensão, a igreja em Laodicéia não recebeu nenhum elogio do Senhor. 


Esta igreja é chamada de apóstata, pois tem negado o seu Senhor através de suas atitudes mundanas.E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. – (Mt. 24:12)Defeitos:
– Nem és frio nem quente.Conseqüências:
– Vomitar-te-ei da minha boca (a água morna é usada para provocar vômito)– Eu repreendo e castigo todos quantos amo.Conselhos:
– Compres de mim ouro provado no fogo para que te enriqueças, vestidos brancos para que te vistas, e que unjas os teus olhos com colírio para que vejas.– Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir e abrir, entrarei.Recompensa:

- Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.- Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono: 

Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). 
- Apesar de vivermos nos dias da igreja morna, existe também a igreja fiel e irrepreensiva. É esta Igreja que o Senhor Jesus vem buscar. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga:

Conclusão das 7 Igrejas: 

Segundo os seguidores da Interpretação Futurista do Apocalipse: 

Que acreditam que Apocalipse 4 a 22 profetiza acontecimentos futuros, focados especialmente no final da história humana como acredita o Pr Josias Moura.

E acham que cada Igreja representa uma época das Igrejas todas que existiram durante a história humana e vão existir até ao Arrebatamento.

Cada Igreja pode respresentar as seguintes épocas da história humana:

1. A IGREJA EM ÉFESO – (Tempo na história: 30 – 100 d.C.)  
    A Igreja autêntica.

2. A IGREJA EM ESMIRNA – (Tempo na história – 100 a 313 d.C.) 
    A Igreja perseguida.
3. A IGREJA EM PÉRGAMO – (313 a 590 anos d.C.) 
    A igreja mundana.

4. A IGREJA DE TIATIRA – (590 a 1517 anos d.C.) 
    A igreja corrupta, papal.

5. A IGREJA EM SARDES – (1517 a 1730 anos d.C.) 
    A igreja morna.

6. A IGREJA EM FILADELFIA – (1730 d.C.) 
    A igreja irrepreensível.

7. A IGREJA EM LAODICÉIA – (1900 anos até a 2 ª volta de Cristo) 
    A igreja apóstata.

Claro que isto é um assunto muito subjectivo e é muito dificil de assegurarmos qual é das 4 a Interpretação do Apocalipse mais correcta.

A. As quatro escolas de interpretação do livro do Apocalipse

1. Preterista: Acredita que os acontecimentos do livro do Apocalipse foram cumpridos no ano 70 A.D com a destruição de Jerusalém pelos Romanos.

2. Historicista: Vêm o livro do Apocalipse como uma análise da história da Igreja, descrevendo diversos tempos históricos da perseguição e tribulação da Igreja.

3. Idealista: Interpreta Apocalipse de uma forma simbólica, como sendo uma não literal exposição da batalha entre Deus e as forças do mal.

4. Futurista: Entende que Apocalipse 4 a 22 profetiza acontecimentos futuros, focados especialmente no final da história humana. Esta forma de interpretar, é o resultado natural de uma leitura directa e literal do livro do Apocalipse.


Eu, pessoalmente, penso que é a Interpretação Futurista do Apocalipse, mas eu acho que somente no Final de Tudo e CRISTO voltar é que saberemos toda a verdade.


FINAL DO POST

Em baixo pode ver mais posts meus sobre o Apocalipse: