Moçâmedes a Welwitschia do deserto
do deserto do Namibe na Namíbia.
Fazemos justiça se a chamarmos "a princesa do Namibe".
Podem ter uma ideia por este postal como é linda a cidade de Moçâmedes.
O Edificio em cima é o Tribunal e esta linda avenida deve ter cerca de 1,5 km de comprimento terminando no campo de futebol que fica mesmo de frente para o Tribunal, no final da avenida.
Neste post irei mostrar algumas fotos e dar algumas informações sobre amigos de Moçâmedes e encontros entre os Moçâmedenses.
Enviem-me fotos, informações ou notícias que gostaria de ver publicado nest post.
Obrigado, viriato latinhas
Poema de Neco Mangericão - http://www.mocamedes-saudade.blogspot.co.uk/
MOÇÂMEDES
NAMIBE
NAMIBE
Deixem que vos mostre a minha terra,
na sua imensidão, na sua grandeza,
na espectacularidade impar da beleza
da vida sã e primitiva que ela encerra...
Vejam como é belo ali viver,
naquele meio puro e selvagem,
na maravilha daquela paisagem
naquele meio puro e selvagem,
na maravilha daquela paisagem
razão do meu orgulho de lá nascer...
PRIMEIRO - Encontro em 2013 nas Caldas da Rainha:
Fotos enviadas pela Eduarda Figueiredo
Vera Freitas, Ana Malha, Elizabete Malha,
Isabel Campos e Eduarda Figueiredo
Foto enviada pelo Helder Canhoto
Helder - terceiro a contar da esquerda, ele
enviou-me a lista em baixo.
Godinho, Júlio Pinto, Helder, Kalu (BeiraGrande), Nestor,
Calhaço, Travassos, Álvaro Batista e Silhéu.
Encontrei as fotos em baixo sobre o Encontro nas Caldas 2013.
Se o dono de estas fotos não se importar que fiquem
publicadas, será que me poderia dar o endereço?
SEGUNDO - Almoço de Natal dos moçâmedenses, Lumiar em 2012
TERCEIRO - Encontro dos Moçâmedenses em Cascais em 1991
É a Riquita! E quem são os outros à volta dela?
Reconhecem alguns amigos nas 2 fotos em baixo?
QUARTO - Fotos enviadas pela Eduarda Figueiredo:
Escola Comercial e Industrial de Moçâmedes
Escola Comercial e Industrial de Moçâmedes
Alunas da Escola comercial e Industrial de Moçâmedes
Campeonato da Mocidade Portuguesa em Madrid - 1964
QUINTO - Recorte e fotos enviadas pelo Helder Canhoto:
Podem ver o Zezinho, o 3º a contar da esquerda. Ele era mais do que um irmão para mim e os meus irmãos, Nito, Nita, Beto, Angelino e Mandoca.
A nossa escola e cidade foi abalada pelo falecimento do Zezinho aos 17 anos de idade. Ele era filho do Zé e da Felicidade Pinto, que já faleceram também.
Em baixo, outros grandes jogadores de futebol, como o Cordeiro, por exemplo.
Em cima: Custódio, Veríssimo, Fragata, Moreira, Edgar (Benguela),
Viriato, Helder (chupa caca) Nelinho, Rui Proença.
Viriato, Helder (chupa caca) Nelinho, Rui Proença.
Em baixo: Filipe Mascarenhas, Angelino, Helder, Cordeiro, Telmo,
Fernandinho, Tomás Margarido.
Foto da seleção da Escola
Em cima: Freitas, Fernando, Correia, Monteiro, (?), Helder, Bitakaia, Sá.Em baixo: Maia, Viriato, António Cruz, João Batista, Henrique, Mário. |
Em cima: Castro, (?), Cláudio, Brucks, Mário Graona, Virgílio e Travassos.
Em baixo: Custódio, Kalu, (?), Calhaços, Soares (?), (? ) e Granadeiro.
SEXTO - Futebol e basquetebol Moçâmedense:
1957 - Seleção Moçamedense de Juniores confrontou Seleção do Lubango
De pé - Chibante (massagista), Amável, Briguidé, Fernando Castro e Carrapito Peyroteo.
Em baixo - F.Batista, Sampaio, Ferreirim, Nito e Calo.
Observação feita pelo Fernando Castro, que me enviou esta foto: Por erro digitaram como Seleção de Futebol de Salão os Magriços, mas na verdade são o grupo que jogava no Sporting e que foram convocados para defrontarem a Seleção do Lubango. Se não estou errado, foi a 4 Agosto de 1957 e vencemos por 3-0.
O meu irmão está mesmo no centro em baixo ... ele era um estiloso e queria estar sempre no centro das atenções .. não é Angelino? |
Reconhecem o Bitakaia e o Chipalhaia, na foto em baixo?
Que alguém me envie os nomes dos outros que
eu conheço tão bem, mas ... e os nomes!?
Basquetebol do Sport Moçâmedes e Benfica 1966
Em Março 1966 na deslocação a Nova Lisboa (Huambo).
Em cima: Emídio Sena, Eduardo Abreu, Elísio, Fragata, Ginho Chalupa e Orlando Gomes (treinador)
Em baixo: Carlos Alberto, Calita Maria Inácio, Rui Vieira e Messias.
Em baixo: Carlos Alberto, Calita Maria Inácio, Rui Vieira e Messias.
SÉTIMO - Estas fotos foram enviadas pelo Abreu:
Goldfinger: Ratola, Matos, Bento César e o Abreu é o quarto
a contar do lado direito com o microfone a cantar.
Faltam os dois Borda Dàgua, o Albertino
e o Mário Chouriço
O Abreu a cantar e podem ver o falecido Ludgério Peleira
O Abreu encontrou o post sobre o meu pai e na semana passada, enviou-me logo um email, pedindo o meu telefone e na sexta feira 10 de Maio de 2013 telefonou-me e falamos mais de 1 hora ao telefone.
Falei com o Fragata e a Raquel ao telefone em 6 Agosto 2013. A Raquel é uma das filhas dos meus queridos falecidos tio João Latinhas e Mena.
NONO - Fotos enviadas pelo Hernâni Nunes:
Mocidade Portuguesa
Hernâni de cócoras, no meio dos dois guardas redes |
O Hernâni de pé, é o 3º a contar da direita |
Estas fotos foram tiradas do site em baixo:
http://www.flickr.com/photos/mocamedes_desporto/show/
Neste site pode ver fotos de muitos amigos e amigas ligados ao Desporto Moçâmedense, jogadores, treinadores, dirigentes e muitos espectadores.
DÉCIMO - Deixo em baixo um comentário que foi feito pelo Adé num email que me enviou em 2 de Novembro de 2013.
From: Arménio Alberto (ade.sjm@hotmail.com) Sent: 02 November 2013 19:41:19
Eu chamo-me Adé, joguei no Sporting de Moçâmedes, de 1960/1963, até ir para a tropa e depois para Lisboa para o Sporting C de Portugal. Na altura em que o seu pai era treinador de uma extraordinária equipa do Sport Moçâmedes e Benfica, onde jogavam os irmãos Beto e Zezé Sousa, o Emilio e tantos outros!
Eu nasci em Porto Alexandre e tive o prazer de ter visto o seu pai jogar: Era um central com uma colocação fabulosa que quase não corria porque as bolas iam ter com ele pela sua extraordinária colocação. Jogava sempre a dar ordens aos colegas, orientando no terreno os seus colegas do Sporting Clube de Moçâmedes e acabou por ser treinador do Benfica durante muitas épocas.
Um abraço, Arménio Alberto - Adé
Esta foto incrível foi enviada pelo Adé
Angola x Moçambique nos Coqueiros
Angola x Moçambique nos Coqueiros
De joelhos, podemos ver o Gavino à esquerda e o Adé à direita.
Em baixo, mais algumas fotos enviadas pelo Adé:
Foto da família do Adé
Em cima: Cláudia, Sandra e Miguel
Em baixo: Adé, Isabel, Carla e Fábio
Jogadores famosos nestas 2 fotos!
Vale a pena ver mais fotos em baixo que o Adé enviou. São únicas!
Basta clicar em baixo:
Basta clicar em baixo:
DÉCIMO PRIMEIRO - Fotos que me foram enviadas pelo Camona (Carlos Santos)
Encontro em 2009 nas Caldas da Rainha
Paula Pita, Luisa e Camona
Silhéu, Camona, Briguidé e Fernando Brazão
Camona, Silhéu, Calu e Fernando Brazão
Pita, Tonas e Camona
Calu, Orlando, Briguidé e Vitor
DÉCIMO SEGUNDO - Um post no meu blogue que fiz sobre o meu pai:
Roberto Latinhas de Moçâmedes
Neste post pode encontrar uma lista no ponto 14. de quase todos os sites e blogues ligados com Moçâmedes sobre amigos, encontros, cultura e desporto.
Envie notícias e fotos que eu possa publicar neste post, obrigado!
Viriato "Latinhas"
viriato-martins@hotmail.com
DÉCIMO TERCEIRO - Fotos de Moçâmedes, com justiça chamada a Princesa do Namibe, que nos fazem sentir uma mistura de alegria e de tristeza!
Vista da cidade e da baía de Moçâmedes
Praia de Moçâmedes
O Farol de Moçâmedes
A Ponte de Moçâmedes donde
dávamos os nossos mergulhos
Edifícios de Moçâmedes
Lindas paisagens de Moçâmedes
Welwitschia Miráblis do deserto
do Namibe na Namíbia.
Um dos animais mais meigos do mundo:
A Gazela de Moçâmedes
As fotos em cima foram tiradas do blogue:
As Fotos em baixo foram enviados pelo Fernando Castro
O Fernando e os irmãos Manecas e Toninho Castro, já falecidos, e irmãs, eram vizinhos dos Latinhas na rua das hortas e representaram o Sporting Clube de Moçâmedes, onde eu fui atleta durante muitos anos, até deixar Moçâmedes.
O video em baixo foi também enviado pelo Fernando Castro:
15/05/2014= Caro Viriato:
Por curiosidade e para relembrares, junto email recebido com apresentação de vários "comestiveis" que sempre abundaram no mar da nossa amada terra.
Abração e BOM fim SEMANA ...... Luis FernandoCASTRO
DÉCIMO QUARTO
As Fotos em baixo foram enviadas pelo Carlos Amorim
Excursão de Finalistas
Escola Comercial e Industrial de Moçâmedes - 1970 ou 1971?
O motorista em frente e o Verissimo ao lado, atrás do Veríssimo
o Carlos Amorim e o Nelson Rodrigues.
Sentado e de chapéu, o Antnónio Cruz. Mas vemos ainda de
pé o Sousa, Vanderkelen e o Zacaré etc
Balau, Carlos Amorom e o Carlos Veríssimo, no Lobito 1971(?)
( ? ), Jacaré, Carlos Veríssimo e Carlos Amorim
Em cima deve ser o Nóbrega ?
Em cima deve ser o Nóbrega ?
DÉCIMO QUINTO - Familias de Moçâmedes, Namibe, Angola
Os meus pais - Angelina e Roberto Latinhas
Viriato e Beto
2 Fotos tiradas em 14 de Abril de 2014 |
Tirei esta foto com o meu irmão Beto em Armação de Pêra, onde eles vivem desde que chegaram de Angola. |
Família do Adé
Em cima: Cláudia, Sandra e Miguel
Em baixo: Adé, Isabel, Carla e Fábio
Paula Pita, Luisa e Camona
Encontro em 2009 nas Caldas da Rainha
Silhéu, Camona, Briguidé e Fernando Brazão
As fotos em baixo foram tiradas do blog princesa do namibe:
Familia Carrilho
DÉCIMO SEXTO -Fotos de alguns dos meus familiares
Vou começar pela família do meu avô latinhas que teve 15 filhos:
Família do meu pai Roberto Latinhas, o filho mais novo do avô Latinhas:
O meu pai era um grande Futebolista
Seleção de Moçâmedes contra o Benfica Sport Lisboa - 1950 Roberto Latinhas com o lenço na cabeça! |
O Latinhas à direita, deu mais este campeonato ao Benfica - 196 |
Foto da minha mãe Angelina - 1976
Alzira (mãe da Rosa Couto), Angelina e Isaura Latinhas
Angelina e Roberto Latinhas - 1976
Os meus pais - Angelina e Roberto Latinhas |
O meu irmão Nito é o guarda redes
O meu irmão Angelino também era um grande futebolitsta
Juniores do Sporting de Moçâmedes - campeões de Angola
O Angelino está em baixo é o 4º a partir da esquerda
Angelino e viriato nas suas macacadas |
Viriato no juramento de Bandeira em Nova Lisboa
Viriato a dar salto mortal por cima do Jeep |
Três quadros pintados pelo meu irmão Mandoca
Passei em Armação de Pêra para dar um abraço
ao meu irmão Beto que já não via há 5 anos
Em 8 de Abril de 2014
Viriato e Janet em 1985
Casamos e a Janet veio viver para Portugal em 1985 até 2007 |
Portimão 1986 - Janet estava à espera do Pedro, sente-se um pouco cansada Nascimento do nosso 1º filho - O Pedro
Viriato e Janet em 1992 em Vila Real |
Vivemos desde 1992 até 2006 em Vila Real Pedro, André, Ricardo e Joana (falta o Filipe) |
Foto da minha família - Vila Real 2003 |
Pedro, Filipe, Viriato, Joana, Janet, André e Ricardo |
Casamento do meu filho Pedro e da inês
Inglaterra 24/04/2010
Família do Viriato Latinhas: André, Joana, Pedro, Inês,
Viriato, Janet, Filipe e Ricardo
Janet e Filipe no Algarve - Rogil - 2009
Helena (mãe da Inês), Janet, Inês, Pedro e Filipe |
Filipe e Pedro no Algarve, Rogil - 2009 |
Envie notícias e fotos que eu possa publicar neste post, obrigado!
Viriato "Latinhas"
viriato-martins@hotmail.com
Família do Antonio Latinhas, um dos filhos mais velhos do avô Latinhas:
O tio António era casado com a Judite, tiveram 4 filhos e 2 filhas. A tia Judite em 2013 ainda está viva com 99 anos.
Família do Calita Martins que vive em Estremoz.
O Calita era o mais novo dos irmãos (2013)
Calita e Guida com a netinha |
A Lídia, filha do Calita, com a filhinha |
Calita e a netinha |
Guida, tia Judite, Calita, Edgar, Lídia e a Luisa |
A Luisa é esposa do Albano (o Guinhas) filho da tia Judite que são os pais do Edgar que podem ver em cima ao lado do Calita, fotógrafo muito conhecido que vive em Londres.
Encontra na Net muitos sites que falam de Edgar Martins fotógrafo Londres:
A tia Judite é a mãe do Calita que podem ver na foto em baixo e da
Maria à direita nesta foto. Ela tem 99 anos e nesta foto já
deve ter 100 anos ou estar muito perto? (Abril 2014)
Calita Martins |
Eu e o meu primo Calita éramos muito amigos, de facto éramos como irmãos, pois sendo quase da mesma idade nascemos e fomos criados na mesma casa do nosso avô Latinhas.
Leston, um primo nosso também, filho de uma filha
do avô Latinhas, que casou com o Leston.
Fernando e Pequenó |
Cristina - filha do Fernando e Pequenó |
Cristina - filha do Fernando e Pequenó |
Miguel - marido da Cristina |
A netinha do Fernando e Pequenó |
DÉCIMO SÉTIMO - Poemas sobre o Namibe e Angola.
Para lembrar o Namibe e Angola e sentir saudades, de outra forma.
Autor do poema em baixo: Eduardo Brazão-Filho
ÁFRICA MINHA CANTORA
Guitarra, que estás tocando ?
Não vês a cor do luar ?
Não vês a cor do Sertão ?
Não vês a erma magia
Romântica Tentação
Desta Angola que nos criou
E nos toca o coração.
Repara a ganga infiltrando
Em selvagem natureza
O feiticeiro espeldor;
Ouve o cantar das viuvinhas,
Dos chacais ouve os latidos;
Vê o clarão das queimadas
E o romper das madrugadas
Em quadros belos... perdidos...
Guitarra, que estás tocando
Nesta noite de luar ?
Não vês para além das chamas
As mucaias a gingar ?
Olha as sombras africanas
Bricando sob o palmar...
Ouve o rugir do leão
Ouve o chorar duma hiena
E verás quão bem pequena
É tua voz no Sertão !
E quando vires o manto
Do grande Zaire entre as relvas...
Pára guitarra teu canto
E deixa cantar as Selvas
Autor do poema em baixo : José António Teixeira
ROMAGEM
MEU SER ORGULHOSO EXIBE
A SAUDADE QUE O ASSOLA:
SAUDADE DO MEU NAMIBE,
SAUDADE DA MINHA ANGOLA.
1
Quero ver Namibe, Huila,
Onde o meu passado mora,
Numa romagem tranquila
Ir por essa Angola fora
Do mar à fronteira Leste,
Da fronteira Leste ao mar,
Por chanas, serras agrestes,
Minha saudade adoçar
Nos sabores divinais,
Nas majestosas miragens,
Nos sons ledos, celestiais,
Nos odores, nas paisagens.
2
Ouvir silvar a garrôa,
A calema marulhar,
Apanhar cacimbo à-toa,
No Vento-Leste abrasar;
Botar colar de missanga,
Pulseira de couro usar,
Vestir panos, vestir tanga,
Sandália de pneu calçar;
Queimar-me ao Sol nas anharas,
Molhar-me à chuva nas chanas,
Sentir gelar-me na cara
À noite o ar da savana.
3
Jogar o balde e, puxando,
Tirar água da cacimba,
Deixar na sanga, pingando,
Beber, fresca, da muringa;
Ir de chata ao alto mar,
Machimbombo em rota longa,
Camangas ir garimpar,
Fazer venda na kandonga;
Ir de ginga p’los muceques,
Dar pé num forro de arromba,
Entre cafekos, moleques,
Dar semba ao som de um kizomba;
Ouvir guizos de chingange,
Cazumbis sentir no ar,
Ouvir trinar o kissange,
Gemendo a puíta soar.
4
Pegar saltão no deserto,
Aranhuço no capim,
Ver um olongo de perto,
De longe a onça ou afim;
Botar pedra na chifuta
P’ra chirikuata caçar,
Pôr visgo em galho de fruta
Bico-de-Lacre pegar;
Pôr rede p’ra Papa-Areia,
Armar laço ao garajau,
Ver no fogo que se ateia
O haraquiri do lacrau
5
Sentir no corpo, qual forno,
Palúdica tremideira,
Ter do makulo o transtorno,
Da bitacaia a coceira;
Sentir o ardente prurido
Do ferrão do marimbondo,
O ruborizar dorido
Da picada do kissonde.
6
Comer maboque, pitanga,
Sape-sape, fruta pinha,
Anona, abacate e manga,
Cola e mandioca em farinha;
Comer múkua, tamarindo,
E tabaibo, e miramgôlo,
Beber bulunga e, convindo,
De caxipembe um bom golo;
Pegar milho e fazer fuba,
Tirar do dendem o azeite,
Comer doce de jinguba,
Do coco sugar o leite;
Fazer fogueira no chão,
Na brasa mulamba assar,
Comer com funje ou pirão
E jindungo de abrasar;
Comer guibulo gostoso,
Mucunza, ginguinga rica,
Um gulungo saboroso,
Uma pesada cangica;
Comer mukeca e fartar-me,
Em muamba me empanturrar,
De muzonguê lambuzar-me
Com farofa a acompanhar;
De peixes comer a zaza,
De carapau o bufete,
Chôco seco assar na brasa,
Saborear o mufete;
Comer matete adoçada,
Pirão frito, tapioca,
Beber Cuca acompanhada
De salgadinha macoca;
P’ra terminar numa boa,
Por sobremesa sublime,
Um dionjo ou dinhangoa,
Quitando ou, talvez, mahime.
7
De recordações liberto,
De sabores satisfeito,
No ar puro do deserto
Revitalizar o peito
E partir com ar solene
Nessa viagem tão linda
Que ligue a foz do Cunene
Ao Chiloango, em Cabinda.
Ver os Tigres, ver o Pinda,
Ter o Iona na retina,
S. João do Sul e, ainda,
O Coroca e Ponta Albina;
Transpor do Namibe as dunas
P’ra ver Tômbua, a cidade,
Recordar naus e escunas
Do Cabo Negro a saudade;
Admirar tômbua, a planta,
Espreguiçando ao deserto.
E a cidade-mãe que encanta
Qual milagre em céu aberto.
8
Ver florir as oliveiras
No meio do areal,
Pender cachos das videiras
Nesse Namibe infernal;
Sentir do mar as aragens,
Desde o Saco ao Pau-do-Sul,
Ir à Praia das Miragens,
Praia Amélia e Praia Azul;
Ir ao Cabo Submarino,
A Santa Rita, ao Quipola,
Torre-Tombo onde, menino,
Brinquei, cresci, fui à escola;
Ir às ostras na Lucira,
Ao burrié no Farol,
Secar choco em bruto ou tiras
No Chapéu Armado, ao Sol;
No Canjeque pescar mero,
Nas Furnas rever as grutas,
Beber das águas do Bero,
Ir às Hortas roubar fruta;
Ir ao Pico do Azevedo,
Olhar o Morro Maluco,
Ver a Bibala e, sem medo,
Aventurar-me p’lo Bruco.
9
Subir a Chela de dia
Pela Leba, essa obra-prima,
Enquanto o olhar se extasia
Na paisagem, serra a cima;
Sentir Lubango defronte
Pelos perfumes que exala,
Ir à Senhora do Monte,
À fenda da Tundavala;
Olhar a terra fecunda,
Ver a beleza da muíla,
Ver Humpata, ir à Mapunda,
Chibia, Kipungo e Huila;
Ir a Hoque e Capelongo,
Ver as minas no Cassinga,
Ir a Ondjiva e Menongue,
A Nriquinha e Mavinga.
10
Do Lumbala ao Cazombo ir,
Por Luau Luena ver,
Passar Munhango e seguir
P’ra Kamacupa rever;
Passar Wama, ir ao Andulo,
No Kuito ver a embala,
Ao Huambo dar um pulo,
Ir mais p’ra Sul na Kaala;
De Caconda ir ver o mar
Entre Lobito e Benguela,
Na Restinga descansar,
Ver Cavaco e Catumbela;
De Sumbe à Cela subir
Para à Gabela descer,
Ir à Quibala e partir
P'ra Calulo à vista ter.
11
Dondo e Massangano olhar
E por Muxima passando
Seguir em frente e buscar
Catete e Ndalatando;
Ir a Malanje e Saurimo,
Embrenhar-me em densas matas,
Rever Cacolo e Luachimo,
Lucala e as cataratas;
Caungulo descobrir,
Ver Uíge, Sanza Pombo,
Kuango, Dambe, e prosseguir
Até Maquela do Zombo;
Ir de Mbanza a Cabinda,
Ver do Zaire a foz tão bela,
Nzeto, Quimbambe e, ainda,
Quiteche e Camabatela,
Por Nambuangongo passar,
Ir a Quibaxi e Caxito,
No Cacuaco findar
Este deambular bonito.
PORQUE PERTO, JUNTO AO MAR,
JÁ LUANDA SE PRESSENTE,
DA PÁTRIA NATAL ALTAR,
DESTA SAUDADE SEMENTE.
De: José António Teixeira
Hino a Moçâmedes Impresso no n. 56 da colecção de 1884,
do Jornal de Moçâmedes, referente a 4 de Agosto daquele ano.
Filha sou dos céus da Europa
Na Lusa terra eu nasci:
Por mãos amigas colhida,
Fui depois plantada aqui.
E, inda nesta zona ardente,
Onde é fogo a terra e o céu
A pobre flor de outros climas
Seu viço a cor não perdeu
Ao triste que, nestas plagas
Chora o lar e os céus d'além...
- Se o lacera a febre ardente.
Vida aqui pedir-me, vem.
É que o perfume saudável.
Que em meus pátrios céus bebi,
Em lindos vales da Europa,
Transforma os erros daqui.
O meu hálito fagueiro
Leva, com grato frescor
À alma -esperança e sorrisos,
Ao corpo - alento e vigor.
Assim, pois, da Europa filha,
Inda aqui sob estes céus.
Flori, cresce e frutifica
A flor bendita de Deus!
ass) Furtado d' Antas
Na Lusa terra eu nasci:
Por mãos amigas colhida,
Fui depois plantada aqui.
E, inda nesta zona ardente,
Onde é fogo a terra e o céu
A pobre flor de outros climas
Seu viço a cor não perdeu
Ao triste que, nestas plagas
Chora o lar e os céus d'além...
- Se o lacera a febre ardente.
Vida aqui pedir-me, vem.
É que o perfume saudável.
Que em meus pátrios céus bebi,
Em lindos vales da Europa,
Transforma os erros daqui.
O meu hálito fagueiro
Leva, com grato frescor
À alma -esperança e sorrisos,
Ao corpo - alento e vigor.
Assim, pois, da Europa filha,
Inda aqui sob estes céus.
Flori, cresce e frutifica
A flor bendita de Deus!
ass) Furtado d' Antas
Autor do Poema em baixo:
António Aniceto Monteiro CERTEZAS
Vejo as nuvens do céu
os sonhos da minha infância
claridades azuladas
na infinita distância.
Vejo no céu estas nuvens
Brancas, negras, azuladas
que se esfuman num momento
e deformam sem cessar.
Os sonhos da minha infância
Mortos no céu para sempre?
Na infinita distância
Os vazios transparentes.
Azuis, roxos, encarnados
que se turvam num instante
e deformam sem cessar.
Claridades azuladas
Vivas no céu
desde sempre.
Tenho os pés postos no chão
e firmados com vigor
Nos sonhos da minha infância.
Não são sonhos são certezas
que só encontro na Terra!
Claridades azuladas
de transparente constância.
Não estou parado no tempo
Não tenho os olhos fechados!
Na infinita distância
Claridades azuladas
Não são sonhos são certezas
Que só encontro na Terra.
(exilado político, Matemático, filho de Moçâmedes, 1959)
DÉCIMO OITAVO: História da Cidade do Namibe (Moçâmedes)
Posted on 9 de Fevereiro de 2014por jjfilipe
Namibe (anteriormente Moçâmedes) designa uma cidade e um município, capital da província do Namibe, em Angola.
O município tem 8 916 km² e cerca de 530 mil habitantes . É limitado a Norte pelo município de Baía Farta, a Este pelos municípios de Camucuio, Bibala e Virei, a Sul pelo município de Tômbua e a Oeste pelo Oceano Atlântico e é constituído pelas comunas deNamibe, Lucira e Bentiaba.
A cidade foi fundada em 1840 e, até 1985, teve o nome de «Moçâmedes». É o terceiro maior porto de Angola, depois de Luanda e Lobito. É também o terminal do caminho-de-ferro de Moçâmedes. A região, maioritariamente desértica, com clima fresco e seco, alberga a Welwitschia mirabilis, uma espécie vegetal endémica.
Dos diversos bairros periféricos, o mais extenso é o «Cinco de Abril», que surgiu em consequência das cheias do dia 5 de Abril de 2001. Na sua maior parte, os populares perderam os entes queridos e os haveres, tendo os sobreviventes sido encaminhados para a área antes desértica.
A cidade é uma das mais bem planeadas de Angola e é a única das capitais Angolanas com características diferentes pois está localizada em meio ao deserto, mar e as savanas. A cidade é a segunda potência de pescado na província ficando atrás somente da cidade do Tombua.
O Aeroporto Yuri Gargarin – Namibe é o aeroporto que serve a cidade e é também o principal e maior da província.
A cidade é uma das mais procuradas pelos turistas e foi também destino de descanso e lazer do primeiro presidente Angolano Agostinho Neto. Das capitais Angolanas entre outras cidades africanas, a cidade do Namibe é a mais próxima da Ilha de Santa Helena.
Em 2013 a cidade sediou em conjunto com a cidade de Luanda o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, o primeiro do género em África.
Pode aceder a outros posts meus em baixo:
1. Roberto Latinhas de Moçâmedes Angola
2. FOTOS SOBRE A CIDADE DE MOÇÂMEDES
3. José Fragata - Entrevista na RTP1
Envie notícias e fotos que eu possa publicar neste post, obrigado!
Viriato "Latinhas"
viriato-martins@hotmail.com