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terça-feira, 26 de junho de 2007

5 - A ideia do Universo

A Fé Cristã vista do ponto vista filosófico e racional

Introdução geral


Abram nos Assuntos os 12 posts ligados com Este Tema sobre Religião e Filosofia, que especifico em baixo:

1. A Religião e a Filosofia

2 - A Religião

3 - O Conhecimento

4 - A ideia de Deus

5 - A ideia do Universo

6 - A ideia do Homem

7 - A ideia do Bem e do Mal

8 - A ideia de Deus e o Mundo

9 - A Ideia de Deus e do Homem

10/11 - Os Milagres e o Além

12 - Assuntos controversos

Eu fiz este trabalho a pensar em todos aqueles que se interessam pela filosofia, religião e as ciências em geral. 


O livro toca em muitas esferas da realidade e procura determinar aquilo que o cristianismo, a religião, a filosofia e a ciência dizem da realidade que podemos ver e da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos.


Embora muitos estudiosos agarrem-se à ideia de que somos seres racionais, quando no entanto pensamos na pesquisa da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos,  nós temos que incluir também o coração e não só a mente na busca dessa realidade sobrenatural.


Ninguém pode ter uma compreensão global da vida e do mundo só pelo uso do seu intelecto – ou razão. 


Afinal de contas a razão só nos permite conceber e compreender o mundo e a vida através da nossa própria perspectiva racional e cultural e de uma forma muito parcial.


É por essa razão que é errado dizer que nós somos unicamente seres racionais, pois além dos nossos pensamentos nós temos também sentimentos, emoções, impulsos e as crenças profundas que existem dentro da nossa alma.


Não se pode reduzir a nossa actividade cognitiva, assim como as nossas pesquisas filosóficas e religiosas unicamente à esfera do nosso raciocíno, ignorando o nosso lado sentimental e emocional e a faculdade que temos de crer num mundo sobrenatural que ultrapassa a esfera do racional e do natural.


Nós só podemos ter uma compreensão global da existência e dos relacionamentos humanos, se compreendermos que temos que envolver não somente o raciocínio, mas também o nosso coração nessa pesquisa/processo.


O raciocínio pode ser a sede dos nossos pensamentos, mas o coração é a sede dos nossos sentimentos, emoções, impulsos e crenças.


Por essa razão, neste trabalho, eu irei falar das três grandes actividades do ser humano na procura da compreensão global da existência, que são: o pensamento, o sentimento e a crença. Irei tentar mostrar que estas actividades não se contradizem, mas antes se completam. 


Claro que ao querer mostrar que o cristianismo é uma fé que “sente e crê”, irei salientar também que o cristianismo é uma fé  que “pensa”. É por isso que o título deste trabalho é A fé cristã vista do ponto vista filosófico e racional.


Neste livro eu procuro também dar uma explicação para questões misteriosas que estão ligadas com o nosso mundo natural, com a revelação bíblica e com o campo filosófico.


Vale a pena ler sobre a abordagem que faço acerca de alguns temas misteriosos relacionados com o universo, o homem e com Deus.



Capítulo 5 –A ideia do universo


I. As ideias filosóficas sobre o universo

A. Idealismo e Realismo
B. Dualismo
C. Monismo
E. Pluralismo
F. Materialismo.
G. Novo conflito – realismo e idealismo

I I. A idade e o tamanho do universo

A. A idade do universo
B. O tamanho do universo
C. O formato do universo



I. As ideias filosóficas sobre o universo


Nem a Religião nem o Teísmo têm ideias específicas acerca da natureza física do Universo. Estas ideias pertencem mais à esfera da Ciência. As questões em que a Religião e o Teísmo estão mais interessadas são acerca da natureza e o carácter de Deus, a criação do mundo e o relacionamento de Deus com o homem.

A religião não possui nenhumas razões particulares para protestar sobre as teorias científicas acerca de um “universo em expansão” ou de um “universo em regressão ou desgaste”, ou da teoria do "Big Bang", ou da teoria que fala no desaparecimento do homem sobre o planeta ou outras teorias científicas.


Tomando isto em conta, vamos falar um pouco sobre as ideias teístas e religiosas do universo, que ocuparam o pensamento filosófico durante muitas centenas de anos e que têm ainda hoje alguma relevância.


As ideias que se seguem são complicadas para quem não está muito dentro das questões filosóficas.


Por essa razão, se não quiser ler o "ponto A", passe logo para o "ponto B". A idade e o tamanho do universo


Das teorias faladas neste capítulo, a teoria do teísmo só é totalmente oposta à teoria do materialismo, porque o materialismo nega qualquer existência que não seja material, atirando fora todos os valores espirituais, enquanto o teísmo acredita numa força superior absoluta que nos domina.


A. Idealismo e realismo


Aqueles que defendem o "Idealismo", não ficam perturbados com profecias sobre o fim do mundo, pois eles acreditam na supremacia da mente e a mente nunca poderá desaparecer da existência, não importa quaisquer que sejam as catástrofes físicas que aconteçam no nosso planeta.


"De outro lado, se o Universo é a oficina de Deus onde os seus propósitos são criados, o estado último do universo, qualquer que venha a ser, não afecta os propósitos divinos".


Das duas teorias, "o realismo e o idealismo", que pretendem relacionar a ligação mente/matéria, o realismo é dualístico, acreditando também no pensamento, fazendo assim um pequeno gesto ao Idealismo, "mas opõe-se à ideia de que a primeira essência do universo é mental e não física".


Ou seja o realismo não acredita num estado mental da essência da realidade.


No realismo, a ideia do pensamento e da matéria, é visto somente como sendo dois aspectos de uma só realidade - física.


O idealismo pode ter uma vertente pluralista mas ao defender que toda a realidade é mental, torna-se qualitativamente monista.


B. Dualismo


O "Dualismo" existiu primeiro em forma religiosa antes de existir na sua forma filosófica. "Por essa razão vemos que muitos povos defenderam desde o início a ideia do bem e do mal".


Citamos, por exemplo, a doutrina do Antigo Testamento que já faz referência a Deus e ao diabo, e que é uma doutrina original, não tendo surgido da influência de nenhuma filosofia antiga.


Com o tempo surgiram teorias filosóficas que ensinaram um dualismo, ou seja, uma distinção entre a matéria e a alma. Os pensadores gregos, Platão, Aristóteles manifestaram uma grande tendência dualista.


Surgiu então o "dualismo filosófico".


"O monismo" pode ser muito atraente mas, na verdade, nós vemos dualismo em tudo: verdadeiro/falso; mente/matéria; vida/morte; homem/mulher; céu/inferno; Deus/diabo.


Descartes, o pioneiro da filosofia moderna, dividiu a realidade em “extensão” e “pensamento”, um Dualismo que os seus sucessores nunca conseguiram reconciliar.


Nós vivemos num universo onde não podemos escapar às rígidas concepções dualistas, que existe não só na teoria, mas que são largamente aceites, pelos homens, de todas as culturas que povoam o nosso planeta.


C. Monismo


O Monismo tem tantas dificuldades como o Dualismo, mas a grande diferença é que, pelo menos, o dualismo é aceite pela “fé animal”. Ou seja, a maior parte dos homens acredita na "dualidade do universo".


O monismo acredita que a realidade é constituída por uma só coisa. Chama-se a este monismo: "monismo qualitativo".


O materialismo é um tipo de monismo qualitativo, ou seja, acredita que só existe a matéria.


Mas há o monismo que acredita que há só um único ser. Este monismo chama-se: "monismo numérico".


Os "monistas pluralistas", embora acreditanto que a realidade é só mental, ensinam que há diversas mentes no universo e não só uma única mente absoluta.


Os idealistas são monistas, pois acreditam que o corpo e a mente são a mesma coisa.

O primeiro - o corpo, emerge do segundo - a mente.

Apesar da filosofia não se contentar com a explicação da teoria dualista do universo; também não encontra a sua solução na teoria monista, que apesar de ter uma grande base psicológica, "tem muita falta de lógica humana".


A força do monismo é a reivindicação filosófica que quanto mais perto nós chegarmos da última realidade física, mais conscientes nós estaremos de que esta realidade conforma-se à realidade do pensamento.


Vemos que as experiências científicas de carácter atómico/nuclear e o conhecimento das leis da conservação da energia, quanto mais se aproximam da sua última realidade, mais se aproximam também de uma realidade extra-natural ou supra-racional.


Mas embora isto seja verdade, não quer dizer que tudo seja só pensamento.


Do ponto de vista psicológico, o monismo é bastante manifesto, mas, no mundo, o dualismo aparece em todo o lugar. Nós vivemos num universo dualista. Por essa razão, por muitas evidências que tenha o monismo, não podemos fazer disto uma teoria para o universo, devido às evidências dualistas desse mesmo universo.


O Cristianismo tem aspectos dualistas: "fala de Deus, o ser necessário self-existent, e a criação, o produto temporal e finito da actividade criadora de Deus".


Deus é apresentado como sendo espiritual, e a criação é apresentada como sendo material. Sobre o homem, o Cristianismo ensina o Dualismo corpo-alma.


No entanto, é muito difícil traçar a fronteira entre a natureza do corpo e da alma, assim como entre e a natureza da alma e do espírito.


O homem possui uma alma humana, com uma virtualidade mais complexa e muito superior à alma do animal.


A Bíblia chama espírito a esta faculdade da alma humana. Mas há teólogos cristãos que preferem compartimentar e falar da alma e do espírito. Só que isto cria alguns problemas metafísicos, pois parece que falam de uma outra “substância” além do corpo e da alma.


Por essa razão, a nível filosófico, é melhor dividir o homem em duas partes – corpo e alma – e considerar que o espírito é a faculdade espiritual da alma, que diferencia a alma do homem da alma do animal, que afinal revela que o homem é um ser que tem uma alma inteligente, consciente e imortal, criada à imagem e semelhança de Deus.


D. Plurarismo


O Plurarismo compartilha com o Dualismo a rejeição do ponto cardinal do monismo, que afirma que a realidade só tem uma natureza, embora em aparência pareça ter muitas.


Há o pluralismo espiritual cujo mais radical, o de Leibniz, defende um mundo composto de mónados. "


Esta multiplicidade de mónados é composta de átomos não materiais, sendo a alma o supremo mónado do corpo e Deus é o mais básico mónado".


No entanto este tipo de pluralismo não aceita a noção de unidade, que o monismo defende. Eles acreditam que o mundo é uma mistura de um e de muitos, que podem estar conjugados ou não.


"Para o monismo a unidade é o último facto e é para aí que tudo se encaminha", enquanto que para o pluralismo esta ideia é idealista e não real, porque o último facto é a diversidade conjugada ou não é nesta direcção que o mundo caminha.


Mas o pluralismo tem clamores religiosos também. É o caso de Ward, que diz que aqueles que pensam que o mundo é “um como base de muitos” tratam o mundo como se tudo fosse feito por e para Glória de Deus.


Aqueles que pensam que o mundo é uma conjugação de um com muitos, vêm Deus como uma necessária adjunção de tudo.


No entanto Ward embora acreditasse que inexplicavelmente “um é a base de muitos”, enfatizou de tal forma "muitos" que tornou-se um pluralista.


E. Materialismo


O Materialismo não é nada mais do que o ingénuo realismo do garbo filosófico. O materialismo é bastante antigo. Já foi ensinado antigamente na Índia, Grécia, China etc.


"Com o aparecimento do Cristianismo o materialismo foi posto de parte e só reviveu nos tempos de Hobbes".


Mais tarde a doutrina foi popularizada por diversos pensadores, como La Mettrie e Von Holbach, e foi estimulada pela revolução francesa. A seguir floresceu na Alemanha através dos escritos de Buchner e outros. "Depois das descobertas de Darwin o materialismo veio como uma inundação" e, Flint, chamou a isto o mais prevalente e formidável tipo de doutrina anti-teísta.


Mas, pouco a pouco, as novas concepções de energia e das teorias moleculares enfraqueceu as teorias do materialismo medieval e clássico. Sofreu uma nova derrota com o aparecimento da teoria da relatividade que destrói muitas das ideias do aparecimento e da formação da matéria nos seus diversos tipos e categorias.


Nunca nenhum materialista explicou o que ele quer dizer, ao formular que a sua teoria é verdadeira. A verdade não é uma propriedade da matéria. Porque as sensações e os pensamentos que nós adquirimos, não podem ser explicadas a partir de equações físicas e químicas.


Não significa nada o que materialista diz sobre os nossos pensamentos e sensações, porque ele não consegue explicá-los lógica e correctamente a partir da sua teoria. É verdade que ele pode dizer que a sua teoria é necessária para explicar o universo, mas ele não pode inteligentemente chamar à sua teoria verdade, "até que ele consiga, através da mesma teoria explicar todo a fenomenologia psicológica, sensorial, religiosa/espiritual e moral que existe no nosso mundo".


Muitos têm jogado a consciência fora da psicologia, dizendo que a consciência não consegue ser explicada materialmente, pois é supérflua as explicações que os moralistas ou cristãos dão sobre a consciência.


Bem, pode ser supérflua para alguém que talvez não queira nem consiga associá-la à melhoria do comportamento humano, "mas que a consciência existe, ninguém pode negar". É lógico que é um fenómeno, que tem de ser explicado à luz das ciências da vida e não à luz das ciências físico/químicas.


Para o teísta, e o cristão, a consciência não têm nada de supérfluo, mas é uma peça fundamental no comportamento humano. Não se pode jogar fora fenómenos, só porque não podem ser explicados pela teoria que seguimos.


Aliás, esta atitude é anti-científica. Uma ciência absolutista que nega todos os fenómenos defendidos pelas ciências da vida, é uma ciência sem consciência e insensata e que se contradiz a si mesmo, pois o espírito que motiva a verdadeira ciência - é o espírito da investigação.


"Hoje, os métodos modernos de investigação científica, incluem já no seu processo, o estudo da subjectividade, sensibilidade, impulsos, motivações, emoções e crenças, ligados aos fenómenos da natureza e do mundo".


Desta forma, a ciência sabe que há muitos fenómenos medidos e sentidos, que não conseguem ser explicados pelas leis da física, deixando subentender que terão que ser explicados pelas ciências da vida.


Além disto, se esse fenómenos têm tido um impacto na história, mudando e moldando os acontecimentos, como também as mentalidades e os costumes, deviam ser dignos de investigação.


Damos como exemplo, "a crença em Deus e na vida além da morte", mantida por biliões de pessoas, têm tido uma influência tremenda na forma como os homens têm organizado a sua vida e a vida cultural das suas sociedades?


Lord Balfour disse que: nós já sabemos bastante sobre a matéria, para que não caiamos mais numa teoria materialista da realidade.


F. Novo conflito – realismo e idealismo


As recentes descobertas sobre a natureza e a constituição do Universo, "levantaram de novo o antigo conflito entre realismo e idealismo"

.
O homem comum nunca duvida da realidade do universo material. Ele só conhece a linguagem dos sólidos. Utiliza as expressões: "impressão, sentimento, aspiração, abstracto, consciência, subconsciente, referindo-se ao processo mental originário das funções da matéria".

Mas estas ideias realistas ficaram sempre consideradas como um mistério e nunca foram filosoficamente substanciadas. Berkeley (1684-1753) disse: a existência do mundo material depende da mente. Ele admitiu que o universo não existe por si próprio, mas simplesmente pela mente de Deus.


Não há dúvidas que existe um o exterior, mas existe também a mente que o apreende.


"Por exemplo, a rosa tem cheiro, mas se o nariz não tivesse algumas membranas a pessoa não cheiraria nada". O mesmo se passa com a cor apreendida. Existe um processo em nosso cérebro pelo qual a nossa mente apreende e sente a realidade.


Há muitas coisas que parecem não pertencer ao objecto mas à mente que o apreende.

O mesmo se passa com as relações de espaço, tempo, semelhança, grau, etc que são apreendidas, comparadas e classificadas pela a mente.

Portanto, parece que a existência da matéria depende em parte da existência do pensamento.


Muitos dizem que a matéria existe antes da mente. Esta objecção existe por causa da dificuldade em aceitar que a mente existe antes da matéria. No entanto, a mente pode produzir em seu écran todas as características dos objectos do mundo exterior, sem os ter visualizado. É o caso dos sonhos, alucinações, imaginações, fantasias etc.


É claro que podem dizer que isto só diz respeito a um processo de reprodução que a mente faz da matéria já visualizada.


Será? E, então, um cego não pensa, nem sonha? E o que visualiza um cego em seus pensamentos e sonhos? O vazio, o escuro, o nada, ou objectos e características da realidade?


"Vemos que a mente pode produzir efeitos materiais sem causas materiais. Há mesmo doenças curadas através do processo mental que actua sobre o processo material".


Um facto fica e é que: a matéria existe simplesmente porque a mente pensa nisto. Dizer que existe independentemente da mente, não altera o facto de que muitas das suas aparentes propriedades, estão processadas na mente, ou seja, pertencem à mente.


Se o realismo é verdade, então o poeta estava errado quando declamou a sua poesia dizendo: a flor nasceu para espraiar o seu cheiro no ar. "O cheiro da flor existe porque existe o processo do cheiro na mente".


Por isso, Berkeley definiu a essência da matéria nestas palavras: "esse est percipi", que significa: para ser tem que ser apreendido.


No entanto, embora nós tenhamos que admitir que existe um grandioso e misterioso relacionamento entre o pensamento e a matéria, não podemos concordar que: a natureza só existe na sua relação com o pensamento ou só existe no pensamento, como o idealista pensa para deitar abaixo o realista.


"O Cristianismo ensina que as coisas existem independentemente do nosso pensamento"!


A diferença entre o cristianismo e a filosofia, é que ensina que Deus equipou o pensamento humano com processos necessários para poder apreender o universo envolvente.


No entanto, o cristianismo concorda que o pensamento existe antes da matéria. Mas estamos a falar do pensamento de Deus. Deus é o arquitecto de tudo o que existe. Deus é espírito, e o seu pensamento divino planeou toda a criação.


A Bíblia afirma que aquilo que existe não foi criado a partir daquilo que aparenta, mas foi criado pela Palavra de Deus. Hebreus 11:3. "Aliás, segundo a Bíblia a matéria aparece do nada segundo uma ordem da Palavra de Deus". Deus disse: "haja luz, e houve luz". Génesis 1:3.


Foi Deus que criou as misteriosas propriedades da matéria e do pensamento do homem, que tornou possível o relacionamento harmonioso no processo: o objecto e a percepção mental do objecto.


"A investigação filosófica, científica e religiosa testemunham deste processo, em que vemos quatro coisas":


1 - O pensamento parece independente e o seu processo é composto de uma misteriosa função preceptora da realidade.


2 - A matéria parece independente e o seu processo é composto de uma misteriosa função de produtora de propriedades que facilitam a sua percepção pela mente.


3 - Há uma perfeita conexão entre o objecto apreendido e a mente que apreende, devido às suas misteriosas funções e propriedades. Talvez não fosse errado dizer que o objecto tem propriedades físicas e limitadas e a mente tem funções ilimitadas devido às suas características imateriais.


4 - Parece existir uma base self-existent, necessária e independente, que dá origem às realidades, o material e o mental. Porque se uma não criou a outra, mas são totalmente independentes, donde vem a sua proveniência? Vêm certamente de uma base independente e necessária que criou ambos – o material e o mental.


Podia-se refutar e dizer: as duas realidades, matéria e pensamento existiram sempre, não foram criadas por um Deus. Então, neste caso, o homem é Deus! Um deus, com letra pequena, pois não criou nada. No fundo, é assim que pensam os panteístas, que Deus é uma amálgama de tudo.


Desta forma, o pensamento e a matéria formam uma só realidade, e caímos num monismo rígido.


Felizmente que a realidade nega esta teoria.


Como conclusão, ambos, o realismo e o idealismo pecam por caírem num monismo rígido e incompatível com a explicação da realidade exterior que têm marcas de um Dualismo - "Deus e Criação", e dum Teísmo - "Deus absoluto, self -existent independente e necessário".


Se acreditarmos na independência entre a mente e a matéria, Deus torna-se com toda a evidência e coerência o Ser necessário, self-existent, independente e criador dessas duas realidades.




I I. A idade, o tamanho e o formato do universo 

No capítulo anterior falamos muito da natureza do Universo. Não há dúvidas que as ideias teístas sobre o universo distinguem idealismo e realismo, ou seja, defendem uma distinção entre o pensamento e a matéria. Além disso defendem um dualismo no Universo: bem/mal, vida/morte, corpo/alma etc.

De certo modo o cristianismo concorda com estas ideias teístas.


A grande diferença entre o cristianismo e o teísmo é a clareza com que o cristianismo apresenta as relações entre: o pensamento e a matéria, Deus e a natureza, Deus e o homem, Deus e o diabo, a vida e a morte.


O cristianismo além de não amalgamar estas coisas, define cada uma de maneira muito específica.


"Por essa razão, encontramos na Bíblia ideias muito claras sobre Deus, o universo, o homem, o diabo, a vida, a morte, o pensamento e a matéria" etc.


Mas passemos agora para um tema apaixonante que é a idade, o tamanho e o formato do Universo.



A. A idade do universo

A Ciência estima que a idade do Universo possa situar-se entre 10 e 20 mil milhões de anos.


1 milhão: 1.000 x 1000 = 1.000.000

15 milhões: 15.000 x 1000 = 15.000.000
15 mil milhões: 15.000.000 x 1000 = 15.000.000.000

"Se buscarmos um valor intermédio, o universo teria cerca de 16 biliões de anos, segundo o que pensam muitos cientistas".


Há teorias que falam de cerca de 90 mil milhões de anos, e há mesmo quem estime o diâmetro do universo de 156 mil milhões de anos de luz.


90 mil milhões: 90.000.000 x 1000= 90.000.000.000


156 mil milhões: 156.000.000 x 1000= 156.000.000.000


Porém, observações muito recentes do "telescópio espacial Hubble" têm provocado grande agitação no seio da comunidade científica por esta querer sugerir uma idade para o Universo, compreendida entre 8 e 12 mil milhões de anos.


E porquê?


Porque esta idade é claramente inferior à idade das estrelas mais velhas da Via Láctea. É claro que não é possível admitir que o Universo seja mais novo que as suas estrelas.


Todos nós sabemos que, o grande problema da Ciência, é que conforme aparecem aparelhos mais sofisticados, estes acabam por detectar novos dados que comprometem os dados antigos.


Isto seja com a idade do universo, com o seu tamanho ou o seu formato!!!


"Por exemplo, a Ciência, na sua epopeia de descoberta do Universo, quando pensava ter encontrado o astro maior, surgiu um outro astro maior, e quando pensava ter encontrado o corpo mais pequeno, surgiu um outro corpo mais pequeno".


Por essa razão, a ideia de que o Universo deve ter cerca de 15 biliões de anos, (ou 90 biliões como pensam outros) é um dado sujeito a alteração.


Mas tenha o Universo 15 biliões, ou 15 triliões de anos, o que é isto em relação à eternidade?


E leva-nos sempre à mesma pergunta: o que existia antes destes 15 biliões ou triliões de anos?



1. teoria do Big Bang

Por exemplo, muitas cientistas continuam a defender a teoria do Big Bang. Dizem que o tempo e o espaço surgiram a partir do Big Bang. Mas, dizem muito pouco sobre o que pode ter provocado o Big Bang, ou o que existia antes do "Baaang"!


Mas o homem como tem uma costela filosófica e religiosa por natureza - não é só um animal político ou social – quer respostas imediatas. O homem não aceita uma resposta como, por exemplo, dão muitos cientistas que acreditam no Big Bang:


Não vale a pena pensar agora naquilo que existia antes do Big Bang “daqui a alguns milhares de anos com o avanço da Ciência nós iremos compreender melhor as origens do mundo e da vida”.


O homem considera inválida, do ponto de vista filosófico e religioso, uma resposta como esta.


O homem, no fundo, sabe que é possível ter uma interpretação global da existência e precisa de tê-la já nesta vida. Se o Big Bang existiu, o homem quer saber agora o que existia antes.


2. Peguntas que as pessoas comuns fazem sobre o universo


Podemos ler em baixo, algumas perguntas muito comuns que as pessoas fazem sobre o universo e as respostas muito vagas dadas por cientistas.


Perguntas comuns:



1ª Pergunta:

"O que existia antes de algo existir? Ou melhor, o que existia antes do tempo e do espaço começar"?



2ª Pergunta:

"Foi Deus que fez o universo aparecer? E quem criou Deus? E o que fazia Deus antes de criar o universo?"



3ª Pergunta:

"Se o Big Bang foi o começo de tudo, antes disso era tudo negro? Os acontecimentos estavam parados no tempo, até que BAAANG! E tudo começou?"



4ª Pergunta:

"Mas, se não havia nada, de onde vieram as primeiras partículas de matéria que originaram o Big Bang?"


Surgiram por MAGIA????


Vamos ver em baixo as respostas vagas dada por cientistas:



1ª resposta dada por um cientista:

A resposta às perguntas de cima, estão para além da nossa compreensão. Mas, talvez daqui a alguns milhares de anos, com o avanço da tecnologia poderemos responder a estas perguntas. Mas, até lá, isso irá permanecer um mistério, por muito que possamos especular e pensar sobre o assunto. É isto que a vida tem de bom... os mistérios, as coisas inexplicáveis. Porque são elas que nos dão força, coragem e vontade de continuar a pesquisar, e encontrar soluções e aprender cada vez mais.


"É de facto uma resposta bonita, mas que foge à interrogação filosófica, procurando escapar, escondendo-se debaixo de um conceito cientista muito vago".


2ª resposta dada por um outro cientista:


Têm que usar a imaginação para encontrar resposta a estas perguntas. Por exemplo, pense que neste preciso momento o universo está a expandir-se. Depois imagine que conseguimos parar o tempo. Melhor ainda... vamos fazê-lo voltar para trás!! Voltando aproximadamente 16.000 Bilhões de anos, ou mais, as Galáxias todas estavam juntas, fundidas umas às outras, "confinadas num único ponto". A "potência" contida nesse ponto era tanta, que BAAANG!


"E a energia libertada pelo BigBang ainda hoje faz com que o universo se expanda".


"Esta resposta não responde a nenhuma das perguntas acima feitas. E, pelos vistos, o dono tem pouca imaginação."


Portanto, embora possamos não ter muito conhecimento nesta matéria científica, e acreditarmos que seja possível o universo estar a expandir-se a partir de um ponto, a grande questão continua, o que é que deu origem ao Big Bang?


A idade do universo calculado pelos cientistas, coloca a ciência entre a espada e a parede. Pois a ciência revela assim que acredita que o mundo material teve um início. E isto leva inevitavelmente à pergunta: o que existia antes desse início, a 16 biliões atrás, na altura em que os cientistas pensam que o universo teve o seu início?



3. A Bíblia não dá qualquer ideia sobre a idade, tamanho e formato do universo.

A Bíblia não nos dá qualquer ideia sobre a idade, tamanho e formato do universo ou sobre o processo orgânico da criação.


Diz somente: “no princípio criou Deus”.


Mas, neste pequeno verso, a Bíblia responde às perguntas que vimos em cima. Era Deus que existia antes do universo e tudo o mais que possa existir. Se quisermos, podemos dizer: “era Deus que existia antes do Big Bang”, e, se o Big Bang aconteceu, “Deus foi o causador do Big Bang!”


Reparem, antes do Big Bang, não havia nada do nosso universo. O universo foi criado espontaneamente por Deus a partir do nada. Se existiu o Big Bang, foi Deus que criou a massa, confinou-a num ponto, e Baaangg!


Não sabemos como, em quanto tempo, nem conhecemos o processo que Deus utilizou, mas sabemos que tudo aconteceu debaixo do Seu plano criador.



4. Se assim foi "quem criou Deus?"

Mas, fica a pergunta: "quem criou Deus?"


Isto é pergunta que não se pode fazer, pois se Deus existe, Ele tem que ser o ser independente, necessário, suficiente, eterno e ilimitado. É assim que a Bíblia e a filosofia teísta o apresentam e é por isso que Ele é chamado ”Deus".


A questão que a idade do universo coloca aos cristãos é: Deus esteve parado toda a eternidade, antes de criar o nosso universo? ou Deus é um criador eterno?


Se aceitarmos que Deus é um criador eterno, teremos que ter uma ideia muito mais abrangente e maior de tudo aquilo que Deus já criou durante a Suas eternidades.


Para terminar a ideia da idade do universo, o autor deste trabalho, analisando esta ideia do ponto vista exclusivamente filosófico e religioso, acha que o universo tem muito mais idade do que aquela que a ciência estima, ou que nós possamos imaginar!


"O que leva o autor a ter esta ideia é o tamanho do universo que iremos ver a seguir".


B. O tamanho do universo


O autor acha que nem de perto, nem de longe, os cientistas já chegaram a uma conclusão sobre o tamanho do universo ou entraram em contacto com todos os corpos – galáxias - que povoam todo o Universo.


O autor acha que conforme os cientistas forem entrando em contacto com novas esferas do Universo, com novos aglomerados de corpos celestes, isto alterará de certeza a concepção que têm do tamanho do universo, quem sabe do seu aparecimento, da sua idade e do seu formato.


Nós vimos na ideia de Deus, que Ele é eterno, a Bíblia fala de eternidades, e com certeza Deus é um Deus criador desde sempre. Falei da sua criação, como sendo feita através de actos criadores e não de um único e exclusivo acto criador. Deus criou, está a criar e irá continuar a criar. Deus é um Criador eterno.


Se analisarmos as existências criadas por Deus, incluindo a criação do nosso universo, à luz do que está referido no parágrafo anterior, teremos que concluir que as coisas criadas por Deus durante as suas eternidades através de actos criadores têm de certo modo no seu Todo um tamanho infinito, embora não existam antes de Deus, pois tudo foi criado por ELE e para ELE.


Romanos 11:33 "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!"


Mas neste capítulo não estamos a falar de toda a criação feita por Deus durante as suas eternidades, mas somente da criação do nosso universo, de que já foi dito é um universo finito.



1. A pergunta de Arquitas sobre a sua lança

Falando sobre o nosso Universo, a única criação que nos é tangível e comprensível, tem havido diversas teorias, mas a pergunta feita por Arquitas pensador antigo que viver no século IV a.c "o que aconteceria se alguém chegasse à borda do universo e atirasse uma lança?", continua sem uma resposta muito concreta.


Os cientistas, com as novas descobertas, estão ficando cada vez mais entre a espada e a parede pois todas as teorias filosóficas e científicas apontam para um universo finito. O nosso Universo não é infinito!!!


Embora seja dificil imaginar um Universo que acaba algures na existência, pois estamos limitado pelas nossas noções finitas de espaço e de tempo, teremos de ser confrontados com a pergunta de Arquitas, e procurar saber para onde iria a sua lança se fosse lançada da borda (ou final) do Universo!!!



2. A resposta de Pietro Ubaldi a Arquitas

Ubaldi, em 1932, avançou com a tese da "Grande síntese", procurando responder à pergunta de Arquitas que afinal é a nossa também: "o que existe para além do limites onde o nosso universo acaba?"


A filosofia de Ubaldi deixa de novo sem resposta a pergunta de Arquitas, pois Ubaldi embora esclarecedor criou uma teoria um pouco confusa.


É esclarecadora porque na "Grande Síntese" Pietro Ubaldi afirma categoricamente que o espaço tem um fim, o, que, pouco a pouco, está-se tornando a opinião de grande parte dos cientistas e filósofos, que não acreditam mais num universo infinito.

Pietro diz: "No sentido espacial, o nosso universo estelar, considerado isoladamente, é um sistema finito; é imenso, mas pode ser medido, e tudo que se pode medir é finito".

Mas a confusão começa quando ele tenta explicar o ponto de encontro entre o finito e o infinito. Ele diz: "Se me perguntais onde termina o espaço, eu vos respondo: num ponto em que o "onde" se transforma no "quando".

Ubaldi fala assim, pois ele acredita na curvatura do Universo, por essa razão ele diz que a lança de Arquitas retornaria ao seu ponto de partida, depois de 200 bilhões de anos. Mas, ao mesmo tempo, como ele acredita que a curvatura do universo não é perfeitamente fechada, mas se abre por imposição da lei do devenir, gerando uma espiral aberta, onde deveria existir uma esfera, o ponto não se fechará nele mesmo, existindo uma caminhada aberta e feita de transformismo evolutivo, a substância constitutiva da lança evoluirá e se transubstanciará sendo reabsorvida pelo universo contíguo e superior ao nosso.

De certo modo ele acredita na "contiguidade" do nosso universo que naquele ponto da curvatura se transforma num outro universo ou se encontra com um outro universo. Portanto a lança então terminará sua viagem num outro Universo dimensional.

"Ubaldi está a utilizar a lança como um símbolo de toda a existência criada que nós conhecemos, que ele acredita que ao morrer, será reabsorvida e transubstanciada pelo universo contíguo e superior ao nosso, que ele acha que é o que a Bíblia chama de Reino de Deus".

Ubaldi afirma que o espaço é uma bolha que se expande, que igualmente teve sua origem e tem seu limite, e que na curvatura do Universo se dá o encontro entre o finito e o infinito, mas que nesse "ponto de encontro", ou "redemoinho" como ele chama, não pode ser compreendido, nem explicado pela razão humana.

A "Grande síntese" ensina que o universo é constituido por unidades colectivas que formam aglomerados (galáxias), que por sua vez estão dentro de aglomerados maiores (grupo de galáxias) que se encontram dentro de autênticos arquipélagos galácticos, que por sua vez estão dentro de super-aglomerados de arquipélagos galácticos.

Mas será que as unidades colectivas terminam nos super-aglomerados? Ou toda essa imensidão super-galáctica seria apenas um ínfimo componente de um outro universo ainda muito maior, e assim sucessivamente?

Onde termina esta organização de unidades coletivas?

Qual o limite para o infinito?

Onde estancaremos nessa viagem da imaginação?

Ubaldi acha que podemos caminhar do mundo subatômico para o mundo astronômico, e imaginá-lo o mais grande possível, mas a nossa razão é inadequada para estabelecer-lhe limites, pois o que virá depois, ou o que vem antes dele nos escapa totalmente à compreensão. No entanto, por maior que o possamos imaginar, Ubaldi afirma que o nosso universo é finito. Mas, segundo ele, a nossa mente se perde nos "intricados redemoinhos" onde o nosso espaço e tempo finito, por mais grande que seja, faz fronteira com o infinito e a eternidade.

Na "Grande Síntese" ele diz que as unidades coletivas que constituem o universo, não são unidades estanques mas também não progridem infinita e linearmente em ambas as direções. Elas desaparecem em um nível para ressurgir em outro, de modo que, aos nossos olhos e pela nossa razão não podemos identificar a sua perfeita continuidade.

Sem dúvidas que ele é esclarecedor em muitos aspectos, a confusão chega quando ele fala na contiguidade do nosso universo, ou da fronteira do nosso universo com outras dimensões, como vemos explicado em baixo:

Para Ubaldi, os limites do Universo, são conceptuais e não espaciais ou temporais, criando a lei interessante dos limites dimensionais, formulada pela Grande Síntese, lei esta que, em outras palavras, poderia ser assim anunciada: as dimensões não são unidades absolutas, mas limitadas ao universo em que se manifestam e se transmutam em outras unidades dimensionais, à medida que conforme a substância vai evoluindo, faz evoluir as manifestações do universo.

Embora Ubaldi, fale de Deus, da dimensão divina, e consiga dar algumas explicações para a pergunta de Arquitas e contrariar o paradoxo de Olbers, a sua explicação sobre o universo evoluindo e transmutando para outras dimensões é muito confusa continuam e complexa, ficando assim a pergunta de Arquitas sem resposta.

C. O formato do universo

Além das teorias filosóficas, há muitas teorias científicas sobre o formato do universo, e há cientistas que dizem que o nosso universo é capaz de ter um formato "dodecahedron" ou seja é um polígono com 12 faces onde o espaço se enrola sobre si mesmo, ficando parecido com um "donut" com três dimensões.

Falam portanto de um polígono com 12 faces, mas, um polígono tridimensional. Desta forma, as 12 faces são te tal forma contíguas que se sairmos de um lado entramos num outro lado do polígono.

Se o universo tiver este forato, quase que podemos atestar que "a lança de Arquitas ao ser lançada não sai de dentro do universo, pois ao sair de um lado entra no outro."

A fraqueza das teorias científicas estão no facto de procurarem explicar pela razão e pelos aparelhos científicas questões ligadas com a idade, o tamanho do universo, os seus limites e possíveis universos ou dimensões contíguas.

A razão só consegue raciocinar dentro dos limites estabelecidos pelas unidades de tempo e espaço. Tudo o mais, quaisquer outras dimensões escapa ao controle da razão, a razão não consegue atingir e compreender.

Como é que a razão consegue compreender que o universo termina algures e não há mais nada, nem espaço, nem corpos? Ou, então, se houver alguma outra coisa contígua ao nosso universo, o que é? Ou se houver outra dimensão, como é?

Como é que os aparelhos conseguem medir e determinar estas coisas?

Não podemos esquecer também que a criação e a vida, tem um lado sobrenatural. Não podemos esquecer que com as novas descobertas na área da eletrodinâmica, surgiu a teoria quântica que revolucionou as teorias físicas actuais de espaço e tempo.

Não que entrem em contradição com as teorias antigas. Mas revelam que as teorias antigas a partir de um certo estado da mátéria já não conseguem medir a mesma com os seus padrões e medidas tradicionais.

Ou seja, por exemplo, no caso das células humanas e outras células, o comportamento das partículas mais pequeninas das células já não podem ser medidas pelas medidas da física clássica. 

quinta-feira, 21 de junho de 2007

1. A Religião e a Filosofia

A fé cristã vista do ponto vista filosófico e racional

Introdução geral

Abram nos Assuntos os 12 posts ligados com Este Tema sobre Religião e Filosofia, que especifico em baixo:

1. A Religião e a Filosofia

2 - A Religião

3 - O Conhecimento

4 - A ideia de Deus

5 - A ideia do Universo

6 - A ideia do Homem

7 - A ideia do Bem e do Mal

8 - A ideia de Deus e o Mundo

9 - A Ideia de Deus e do Homem

10/11 - Os Milagres e o Além

12 - Assuntos controversos

Não é para lerem, muito longo. É somente caso queiram dar uma olhadela rápida a um destes 12 assuntos.

Eu fiz este trabalho a pensar em todos aqueles que se interessam pela filosofia, religião e as ciências em geral. 

O livro toca em muitas esferas da realidade e procura determinar aquilo que o cristianismo, a religião, a filosofia e a ciência dizem da realidade que podemos ver e da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos.


Embora muitos estudiosos agarrem-se à ideia de que somos seres racionais, quando no entanto pensamos na pesquisa da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos,  nós temos que incluir também o coração e não só a mente na busca dessa realidade sobrenatural.


Ninguém pode ter uma compreensão global da vida e do mundo só pelo uso do seu intelecto – ou razão. 


Afinal de contas a razão só nos permite conceber e compreender o mundo e a vida através da nossa própria perspectiva racional e cultural e de uma forma muito parcial.


É por essa razão que é errado dizer que nós somos unicamente seres racionais, pois além dos nossos pensamentos nós temos também sentimentos, emoções, impulsos e as crenças profundas que existem dentro da nossa alma.


Não se pode reduzir a nossa actividade cognitiva, assim como as nossas pesquisas filosóficas e religiosas unicamente à esfera do nosso raciocíno, ignorando o nosso lado sentimental e emocional e a faculdade que temos de crer num mundo sobrenatural que ultrapassa a esfera do racional e do natural.


Nós só podemos ter uma compreensão global da existência e dos relacionamentos humanos, se compreendermos que temos que envolver não somente o raciocínio, mas também o nosso coração nessa pesquisa e processo.


O raciocínio pode ser a sede dos nossos pensamentos, mas o coração é a sede dos nossos sentimentos, emoções, impulsos e crenças.


Por essa razão, neste trabalho, eu irei falar das três grandes actividades do ser humano na procura da compreensão global da existência, que são: 

O pensamento, o sentimento e a crença. 

Irei tentar mostrar que estas actividades não se contradizem, mas antes se completam. 

Claro que ao querer mostrar neste trabalho que o cristianismo é uma fé que “sente e crê”, irei salientar também que o cristianismo é uma fé  que “pensa”. 

É por isso que o título deste trabalho é A fé cristã vista do ponto vista filosófico e racional.

Neste livro eu procuro também dar uma explicação para questões misteriosas que estão ligadas com o nosso mundo natural, com a revelação bíblica e com o campo filosófico.


Vale a pena ler sobre a abordagem que faço acerca de alguns temas misteriosos relacionados com o universo, o homem e com Deus.


Capítulo 1 

A Religião e a Filosofia

I. A Definição de Filosofia

A. O homem é um ser filósofo e religioso por natureza
B. Os perigos da Filosofia
C. A definição de Filosofia

I I. A Relação entre Filosofia e o Cristianismo

A. As duas constantes da filosofia
B. A filosofia não devia ignorar o Cristianismo
C. As contradições da filosofia diante do Cristianismo
D. O Cristianismo é digno de consideração filosófica
E. O Cristianismo possui estatuto filosófico


I. A definição de Filosofia

A. O homem é um ser filósofo e religioso por natureza:

O homem é um filósofo por natureza pois começa a interrogar a vida e a construir uma forma de estar no mundo, logo desde a sua infância. Os homens procuram construir quase instintivamente uma concepção da realidade e da vida que satisfaça as suas questões e aspirações humanas e os ajude a confrontar as suas situações, incluindo a grande situação limite que é sem dúvidas a morte.


Por isso, até os povos mais primitivos e as pessoas mais analfabetas procuram construir um parecer da realidade segundo os referenciais que possuem.


Mas além de filósofo o homem é também um ser religioso por natureza. 

Se com a filosofia ele procura encontrar as primeiras causas para a existência da realidade que o envolve e um sentido de vida para a existência que gratuitamente recebeu; com a religião ele procura relacionar-se com o ser superior (Deus ou deuses) que criou e domina o mundo e que recompensa ou pune o homem segundo as suas acções.

O homem moderno pensava que com o entrar da ciência, da alta tecnologia e de ideologias carregadas de racionalismo, cientismo e ateísmo, a ideia de Deus iria desaparecer para sempre. 

No entanto, neste último século, assistimos a uma proliferação de seitas religiosas e a um aumento da astrologia, horóscopo, feitiçaria, bruxaria, espiritismo, espiritualismo, que dominam as nossas revistas, jornais e até os nossos programas televisivos.

A onda de religião e espiritualismo que paira no ar e que muitas vezes domina a ordem do dia, são uma prova que de facto o homem é um ser religioso por natureza.


A ciência com as suas promessas e a tecnologia com o comodismo e o consumismo que oferece, não foram capazes de responder às aspirações humanas mais profundas e às perguntas mais essenciais que o homem continua a fazer sobre o sentido da realidade e da vida. 

Assistimos, como nunca, a uma corrida louca de homens e mulheres em busca do religioso, do oculto e até do satanismo.

Os objectivos deste trabalho são os seguintes:


O primeiro é dar uma ideia acerca das relações que existem entre o cristianismo, a religião, a filosofia e a ciência.


O segundo é dar uma ideia sobre o facto da religião, pois ouve-se falar muito de religião, mas, às vezes, nem os estudantes de teologia sabem bem o que é religião.


O terceiro é mostrar que o cristianismo é uma religião credível do ponto vista histórico, científico e filosófico e que devia ser digno de estudo por parte dos outros campos de conhecimento.


B. Os perigos da Filosofia:


Mas antes de definir o que é filosofia, vejamos alguns perigos ligados à filosofia:


Todo o filósofo concorda que a filosofia torna-se perigosa quando deixa de se preocupar com a realidade e, em vez disso, não faz mais do que construir um sistema de raciocínios baseados puramente na ficção ou na imaginação do filósofo, seduzindo as pessoas a tirarem os pés da terra e a ficarem a viver somente nas nuvens. 

Para que isso não aconteça, a filosofia tem que preocupar-se com o mundo concreto dos factos históricos, culturais e científicos e não só com as ideias genéricas e identidades abstractas.

Além do perigo mencionado no parágrafo anterior, os filósofos também sabem que existe um outro perigo, muito comum, que é quando a filosofia se esquece que é somente uma interpretação parcelar da realidade e não a única e exclusiva descrição da realidade. 

Para a filosofia não cair nesse perigo, deve ter em conta as opiniões dos outros campos de estudo acerca da realidade, sejam as ciências exactas ou as ciências da vida.

Mas, ao falar dos perigos da filosofia, há também o perigo dos outros campos de conhecimento ignorarem a filosofia. Desde que a ciência apareceu, aumentou a tendência para eliminar a filosofia, atestando que a filosofia não é mais um campo de estudo necessário ou fiável. 

No entanto, não podemos cair neste erro, porque existe no mundo do conhecimento:

Campos de conhecimento sem dono, que sobre eles só podemos filosofar!


Campos cujo dono é a filosofia, ou seja, só a filosofar é que se consegue criar um conhecimento organizado e sistemático desses campos.


É importante reconhecer que o conhecimento obtido pela filosofia em determinados campos é necessário para enriquecer o conhecimento científico e das ciências da vida em geral, incluindo a religião.


É importante ter em consideração os perigos acima citados, ao tentarmos formar uma definição de filosofia, e também de ciência e de religião. Só assim poderemos construir uma concepção humilde, honesta e fiável do nosso parecer sobre o mundo e a vida.


C. A definição de Filosofia:


Vamos ver então a definição de filosofia. É uma definição minha, baseada em aspectos que já foram aceites universalmente e que se encontram expostos em trabalhos feitos sobre filosofia:



1. A origem da palavra "filosofia":

Esta palavra tem a sua origem na junção de duas palavras gregas philos, que significa o que busca, o que é amigo, e sophia, que significa sabedoria, saber, conhecimento.



2. A busca filosófica do saber:

O saber definido é a função da ciência, o saber dogmático é a função da teologia. A filosofia se empenha acima de tudo, através da busca de um saber que ajude o filósofo a ter uma compreensão total da realidade existente. 

A busca do saber das primeiras causas, dos fins últimos e da razão de ser das coisas é universalmente reconhecido como uma parte principal da vocação da filosofia.

É da filosofia que surge a grande pergunta que têm preocupado os filósofos:


Quem somos, donde vimos, para onde vamos?



3. A filosofia é uma interrogação sem fim sobre a totalidade do real:

A filosofia não é um dogma como a religião, nem um saber definido como a ciência. Para o filósofo, deixar de interrogar e de pôr as coisas em dúvidas é perder a razão de viver.



4. A filosofia não está preocupada pela aparência do real:

A tarefa da filosofia, desde que ela existe, não é preocupar-se pelo sentido da realidade tal como ela aparece, mas, sim, questionar-se sobre a realidade que existe para além das aparências.


5. Questões essenciais da interrogação filosófica:

a. Estará o mundo dividido em matéria e espírito, e, sendo assim, o que é o espírito e o que é a matéria?


b. Tem a alma energia independente ou está totalmente sujeita à matéria?


c. Tem o universo unidade ou fim?


d. Há leis universais e absolutas que regulam a natureza e a moral ou a moral é relativa ou utilitária?


e. É o homem uma pequena partícula de carvão, composto de areia e de água, ou é um ser humano/espiritual, imortal, criado à imagem de Deus?


f. Existe, de facto, a possibilidade do conhecimento?


g. Existe a possibilidade de se conhecer o que é verdadeiro e o que é falso?


A filosofia debruça-se sobre estas perguntas, procurando respostas, mas sem nunca abandonar a dúvida e a interrogação.


A ciência ignora o que interessa ao homem.


A ciência, filha emancipada da filosofia, surgiu mais tarde especializando-se numa esfera de saber definido, deixando de lado as questões que mais profundamente preocupam o homem. A ciência ignora o verdadeiro significado da vida que interessa ao ser humano.



h. A filosofia procura uma validade lógica formal:

Um outro aspecto que caracteriza o saber filosófico é a validade da lógica formal. A filosofia forma preposições sobre a realidade, cujos conceitos, juízos e raciocínios estão encadeados de uma forma rigorosamente lógica.


O pensamento possui instrumentos lógicos, que formam conceitos, que relacionados com outros conceitos formam juízos, que encadeados e relacionados formam raciocínios.


A validade da verdade de uma preposição é determinada, na filosofia, não pela matéria do raciocínio, mas se a forma dos juízos e dos raciocínios têm um encadeamento lógico.


Com todos estes dados chegamos à seguinte definição:


A filosofia é a busca do saber das primeiras causas, dos fins últimos, do sentido da existência, das verdades subjectivas ligadas ao mundo dos sentidos, pensamento, consciência, livre arbítrio, emoções e razão. 

A filosofia questiona-se sobre o que está para além das aparências. Na filosofia, o saber é procurado através da sensibilidade, da reflexão, da interrogação, da dúvida, mas principalmente através da razão.

A razão procura sintetizar toda a informação recolhida segundo os critérios da lógica formal. É por isso que a filosofia preocupa-se acima de tudo pela validade lógica formal da experiência, do pensamento e da linguagem, tentando racionalizar, desta forma, a experiência que temos com o mundo dos sentidos e com o mundo para além dos sentidos.


Além de tudo isto, a filosofia preocupa-se também com as questões práticas da realidade que precisam de uma solução imediata.



I I. A relação entre a Filosofia e o Cristianismo

  
A. As duas constantes da filosofia:

Vamos realçar as duas grandes constantes da filosofia, antes de falarmos da sua relação com o Cristianismo.



1. A filosofia deve manter a sua relação com a realidade:

Uma filosofia verdadeira é aquela que procura compreender a realidade e, desta forma, dar uma explicação verdadeira do ponto de vista da lógica formal, obedecendo aos critérios dos instrumentos lógicos do pensamento. 

Uma filosofia que perde a sua relação com a realidade, existe somente para dar liberdade ao filosofar vago e abstracto do filósofo, como se fosse um tubo de escape para as ideologias, incredulidade ou demagogias do filósofo.

Torna-se perigosa pois servirá como uma droga para levar aqueles que a seguirem para longe da realidade, para um mundo muitas vezes doentiamente utópico e alienatório.


A filosofia não deve existir para colocar as pessoas nas nuvens, mas, sim, para colocar os pés na terra e somente a cabeça por cima das nuvens. Se assim for a pessoa com os pés bem assentes na terra e a cabeça nas nuvens, poderá compreender melhor a realidade objectiva e subjectiva que está por debaixo e por cima das nuvens.



2. A filosofia é um campo de conhecimento da realidade, entre muitos outros campos:

O verdadeiro filósofo nunca perde de vista este aspecto. Aliás, podemos dizer o mesmo de um verdadeiro cientista e de um verdadeiro cristão. Deve haver um respeito recíproco entre os diversos campos, sejam os das ciências exactas, sejam os das ciências da vida.


Os três grandes campos que investigam o conhecimento da realidade são o filosófico, o religioso e o científico. 

Há ainda outros campos mais pequenos que além de procurarem a sua emancipação, criam muitas vezes autênticos paradigmas da realidade, como é o caso por exemplo da psicologia, ecologia e das ciências sociólogas. 

Estes campos também deviam reconhecer a sua esfera de acção e respeitar os outros campos, especialmente os maiores.

B. A filosofia não devia ignorar o cristianismo:


A filosofia e a ciência não deviam ignorar a assumpção do cristianismo em pretender dar uma explicação global da realidade.


Queiramos ou não o cristianismo tornou-se na maior religião do mundo! A Bíblia é o livro mais traduzido e vendido e tem sido lida por pessoas de todas as épocas, raças, classes sociais, ideologias e etnias.


Embora a esfera principal do cristianismo é de natureza espiritual, o cristianismo apresenta uma interpretação global da realidade que não pode ser ignorada pelos outros campos de conhecimento. Nós encontramos na Bíblia ideias do campo filosófico, científico, psicológico, ecológico e sociólogo. 

O cristianismo sendo também uma filosofia da vida, apresenta uma explicação global da realidade.

Sobre a natureza humana, a Bíblia ensina que o homem é possuidor de uma natureza tridimensional (corpo, alma e espírito). O homem vive, ao mesmo tempo, numa dimensão física, psíquica e espiritual.


A Bíblia dá uma visão holística (inteira) do homem. É por essa razão que o cristianismo é diferente às outras religiões, no sentido em que apresenta claramente o homem como um ser que possui um corpo, mas também alma e espírito.


A Bíblia trata também a existência como um todo, dando uma explicação global da origem, comportamento e finalidade da existência.


Além disso, a Bíblia revela o meio pelo qual o homem pode relacionar-se com a fonte de tudo, que é Deus. Revela que este relacionamento só é possível através da obra redentora de Cristo. Quando o homem coloca a fé em Cristo e recebe o perdão dos seus pecados é reconciliado com Deus. Rom 5:1-10


O Cristianismo é uma religião supra cultural que dá aos homens de todas as culturas uma interpretação global da existência. Os homens não se contentam com uma explicação parcial, pois só assim encontram um sentido para as suas vidas. 

No Cristianismo, os homens encontram respostas para grande parte das suas perguntas, dúvidas e problemas fundamentais.

No entanto, devemos deixar bem claro que a esfera fundamental do Cristianismo é religiosa. O âmago (the core) do Cristianismo é a mensagem da morte e da ressurreição de Cristo. A Bíblia foi escrita sobretudo para falar deste âmago da Fé cristã - Cristo morto e ressuscitado para salvar-nos dos nossos pecados. Mateus 1:21


Mas, paralelamente, a Bíblia revela ideias que estão ligadas ao contexto global da existência e à dimensão física, psíquica e espiritual do homem. Isto inclui, é claro, a esfera moral e social, assim como a esfera filosófica, científica e ecológica da realidade.


No entanto, o cristianismo não ignora os outros campos de conhecimento que estudam a realidade. Embora dê uma interpretação global da realidade, o Cristianismo só é especialista na esfera espiritual. 

Mas, além da esfera espiritual, os homens necessitam dos campos especializados nas outras esferas da realidade, para poderem compreender e melhorar a qualidade da vida.

A filosofia e a ciência não deve ignorar o parecer da Bíblia sobre a realidade e o cristão não deve ignorar também os outros campos de conhecimento.


C. As contradições da filosofia diante do cristianismo:


Os filósofos só acreditam como sendo real os valores coisificados da realidade e põem sempre em causa os valores afectivos e subjectivos. Eles acham que isto é fundamental para a sobrevivência da filosofia.


No entanto embora a filosofia fale de valores coisificados, ela tem ignorado os valores coisificados do Cristianismo. Vejamos alguns pontos em baixo que revelam esta contradição da filosofia.



1. O Cristianismo é constituído por valores coisificados:

Os factos, os valores, as obras estéticas em geral e os personagens históricos que constituíram o Cristianismo, além de possuírem um carácter inigualável, tiveram uma influência supra-cultural na história da humanidade, como nunca tiveram os factos, valores, obras estéticas e personagens de qualquer outra corrente de pensamento.


O cristianismo é composto de valores, factos, obras e personagens, coisificados, que estão materializados na história humana.


A historicidade do Deus da Bíblia e o impacto que tem tido nas sociedades é sem igual e provam que o Deus revelado na Bíblia e por Cristo é digno de atenção e estudo.



2. A filosofia quando cede a influências científicas sobre a evolução do homem, contradiz-se a si própria:

A filosofia de há uns anos para cá tem-se deixado influenciar pela ciência, tomando uma posição demasiadamente científica no que diz respeito à evolução da história da mente.


A análise filosófica da história da mente é hoje feita debaixo da influência da teoria da evolução. 

O homem é visto cada vez mais pelos filósofos como um ser em processo. Um ser inicialmente sem raciocínio que depois tornando-se bípede (passa a andar de pé), inventa o primeiro artefacto, descobre o fogo, e assim o pensamento vai aparecendo e evoluindo até que se torne verdadeiramente homo. dizem que o homem surgiu de uma sócio-genética em contínua evolução que acabou por lhe dar a capacidade de se tornar num homo sapiens, donde derivou o homem.

Antes disto, quando ainda não tinha cultura, não se podia chamar de homo sapiens.


Desta forma a filosofia que ataca os dogmas, acabou por integrar a hipótese do dogma da evolução no conteúdo da sua definição de homem, adulterando o pensamento filosófico que até aí só enaltecia a condição criativa do homem, como um ser único, e nunca derivado de outras condições anteriores.


Além disso, a filosofia, passou a ignorar por completo a filosofia das religiões, incluindo a filosofia cristã, que nem de perto, nem de longe, concordam com a teoria da evolução.


Se a filosofia quiser render-se às hipóteses científicas, aceitando que a filha ciência pelas novas descobertas, tornou-se mais inteligente do que a mãe filosofia, devia, pelo menos, dar um pouco mais crédito à ideologia cristã sobre o mundo.


O Cristianismo acreditando que Deus é o criador de tudo, não nega que Deus possa ter utilizado alguma evolução no seu processo criativo. 

Não uma evolução como aquela que é defendida na teoria de Darwin, que a vida surge por acaso da evolução de células que se tornando em microrganismos, vão evoluindo segundo uma selecção natural, dando lugar a organismos mais complexos.

Mas uma evolução no sentido em que a massa e a energia inicialmente criada por Deus, foi adquirindo contornos e propriedades através de etapas milenares pré-determinadas, criando as condições apropriadas para Deus através de novos actos criadores, criar a vida vegetal, animal e humana na terra.


Além disso, muitos cristãos acreditam que Deus criou primeiro, formas de vida vegetal e animal durante alguns milhões de anos, antes de criar as formas de vida vegetal e animal existentes. 

Ou seja, Deus criou animais e vegetação de grande porte, como os dinossauros e uma vegetação gigante, que serviram para a criação dos fósseis que as outras formas de vida mais pequenas iriam precisar para a sua subsistência.

A respeito do homem e da mulher, estes foram criados no final de todas as etapas da criação. O homem é o apogeu da criação. 

As etapas anteriores, no que diz respeito ao planeta terra, e tudo o que foi criado durante muitos milhões de anos, foram programadas por Deus afim de criar as condições de vida necessárias para criar o homem à sua imagem e semelhança, o guardião da sua criação terrena.

Portanto, muitos teólogos têm hoje uma interpretação de Génesis que se pode harmonizar perfeitamente com muitas das descobertas científicas.


Mas voltemos à história da mente. Nós temos que tomar em consideração todos os aspectos que contribuem para a formação da personalidade do homem, que são de ordem fisiológica, psicológica, social, moral e religiosa, para desta forma podermos manter um diálogo aberto com todas as teorias acerca do aparecimento e evolução histórica do homem.


Por exemplo, segundo a ortodoxia bíblica, nós vemos que Deus é apresentado como o criador do homem, dotando-o não só de raciocínio e de sentimentos e vontade, mas da sua própria imagem imago Dei.


Bem, eu não vou cair na armadilha de fazer já menção ao processo que eu acho que Deus utilizou para a criação do homem. 

É um assunto muito controverso e que precisa de longa discussão e apresentação de muitos argumentos. Talvez diga alguma coisa mais à frente.

O que eu estou a querer salientar é o facto de que as escrituras revelam que o imago Dei (imagem de Deus) existe no homem, desde o seu início. O homem é homem desde que foi criado.


Ou seja, quando Deus pegou naquelas duas formas de barro - vamos esquecer por um momento qual foi o processo que Deus utilizou - as duas formas de barro tornaram-se homem e mulher, criados à semelhança e imagem de Deus.


É por isso que a Bíblia revela logo nos primeiros capítulos do livro de Génesis, que Deus dotou o homem de certas capacidades desde o seu início.


a A linguagem. Deus dotou o homem do dom da linguagem, mal o acabou de formar. Génesis 2:23


b. A vida colectiva, já existe uma noção social, económica e política. Génesis 1 a 5.


c. O Trabalho, o homem é capaz de lavrar a terra e de protegê-la. 2:15


d. Exercício espontâneo e livre vontade. 2:16:17


e. A produção de instrumentos. 3:7; 4:21,22,


f. A construção de cidades 4:17


g. Casamento e a família. 2:21-25, 4:17


h. Uma ordem política 4:15, 23, 24,


i. A agricultura 4:3


j. Gado 4:20


l. A arte 4:21


m. A religião 4:1-7,26


Portanto, a capacidade inata da mente não evoluiu de um estado inferior para um estado superior. A mente possui desde o seu aparecimento capacidades inatas conferidas pelo o imago Dei dentro dele. Mas todos sabemos que estas capacidades do homem podem desenvolver-se, ou reduzirem-se (alienarem-se) ou mesmo corromperem-se, segundo o meio ambiente da cultura em que o homem está inserido.


A mente não surgiu ou evoluiu por causa da cultura, pois a cultura é que foi criada pela mente. 

Mas, por sua vez, a cultura pode contribuir para a mente se desenvolver e tornar-se ainda mais criativa. 

É claro que se a mente, embora todo o seu potencial genético inato, não estiver em contacto com o ambiente e a cultura, fica num estado primitivo.


3. A validade dos factos históricos dão credibilidade a Deus:

Pensemos em alguns elementos históricos que constituíram a história do Cristianismo: o Antigo Testamento, a Nação de Israel, os 10 mandamentos, personagens como Abraão, Moisés, Davi, Salomão e os profetas. 

E depois temos o Novo Testamento, Jesus Cristo, os apóstolos e a Igreja Cristã. É impossível negar o valor moral, social e espiritual ligados a estes elementos e personagens.

A evidência histórica dos factos que constituem o Cristianismo e a influência cultural a nível dos costumes, valores, artes, moral, psicologia, política e economia, ciências exactas atestam a credibilidade.



4. A coerência da Revelação Bíblica:

A coerência histórica e literária da Bíblia, tanto das suas origens, como da sua transmissão é também inegável. 

A mensagem bíblica tendo sido escrita por 44 autores diferentes, que viveram em lugares e culturas diferentes, durante um período de 2000 anos, apresenta uma unidade excepcional que testemunha da sua sobrenaturalidade.


5. Os pressupostos da ciência moderna têm as origens no Cristianismo:

A ciência assenta a sua investigação em pressupostos extraídos do Cristianismo, donde vem a ideia de um universo que é regido por leis regulares e susceptíveis de investigação.


6. A mensagem do Cristianismo é digna de estudo e consideração:


As doutrinas sobre a divindade de Cristo, a sua morte expiatória e a sua ressurreição (which is the core of the Bible) têm sido aceites por pessoas de todos os povos e etnias, como não acontece como nenhuma outra grande religião ou ideologia no mundo. Se fizermos uma comparação de percentagens em termos de crenças religiosas a nível mundial, vemos o seguinte :


a. 35 % das pessoas que vivem no planeta são nominalmente cristãos.


b. 8 % são Budistas.


c. 13 % são Hinduístas.


d. 18% são Muçulmanos, a maior parte na Ìndia, China e mundo Àrabe.


e. 25 % são secularistas ou ateístas.


Uma percentagem muita baixa, quando pensamos na influência que a comunicação e a educação estão tendo sobre as pessoas, colocando-as debaixo do efeito de uma grande propagação das correntes ideológicas ateístas e teorias científicas que, no século XX, procuram negar à toda a força a existência de uma realidade sobrenatural.


Estas estatísticas foram tiradas do livro “Intercessão Mundial” de Patrick Jonhstone (páginas 24-2).


Estas percentagens mostram-nos a supremacia do pensamento cristão sobre todas as outras grandes correntes de pensamento secular ou religioso.


Portanto a filosofia, devia considerar o Cristianismo como um campo, pelo menos, digno de estudo, em vez de ignorá-lo e às vezes até rebaixá-lo!


7. Campo aberto para Filosofar:

Dizendo isto, devo acrescentar que há muitas questões que a Bíblia não faz uma clara referência, ou não dá uma clara explicação, deixando um campo aberto para se poder filosofar, como por exemplo cito algumas questões em baixo:


a. Que razões morais Deus tem para permitir a existência do mal?

b. Qual  é a idade do nosso Universo?

c. Tem o nosso Universo limites?

d. Os dias da criação referidos na Bíblia são de 24 horas ou cada dia fala de uma etapa de milhares e milhares de anos?

e. Sendo Deus eterno, o nosso universo é tudo o que existe, ou Deus criou mais coisas ou universos, além dos anjos falados na Bíblia?

f. Existem outras formas de vida no nosso Universo ou noutras dimensões, além dos anjos falados na Bíblia?

g. Quando é que o diabo pecou e foi lançado por terra?

h. Havia na terra uma primeira criação - seres vivos e orgânicos - que foram destruidos pela queda do diabo e Deus regerenerou de novo a terra e fez uma nova criação, neste caso a nossa com os actuais seres vivos e orgânicos?

Poderia acrescentar mais algumas questões em que Deus não se pronuncia claramente, deixando de certo modo um campo aberto para se filosofar. 

Ao dizer isto, os cristãos não deveriam criar nenhuma Teologia sobre assuntos que a Bíblia não se refere claramente. 

O máximo que devemos fazer ao filosofar sobre estes e outros assuntos é criar teorias, que podem ou não serem verdadeiras.

D. O cristianimo é digno de consideração filosófica:


Portanto, será que a filosofia não devia analisar um pouco mais a perspectiva do cristianismo sobre quem somos, donde vimos e para onde vamos?


Vimos que segundo a ortodoxia bíblica o homem não se torna homo em função do aparecimento da cultura, mas o homem está dotado de uma capacidade criadora inata que o tornou criador da cultura e não a cultura a criadora dele.


Vimos que o homem possui desde o seu início, características afectivas, racionais, morais, sociais e religiosas idênticas em todas as épocas. A evolução social, a tecnologia e o desenvolvimento geral das ciências só contribuíram para desenvolver estas capacidades.


O homem foi criado para se desenvolver em contacto com o meio social. Se ele só beneficiasse do factor natureza e não do binómio natureza/cultura, ficaria reduzido a um animal, com a única vantagem de ser um animal racional.


Numa situação destas, ele nunca aprenderia uma língua apesar de possuir o dom da linguagem e comunicaria os seus sentimentos e pensamentos através de barulhos espontâneos (como fazem as crianças).


E se ele não cultivasse o seu imago Dei (a imagem de Deus) no contacto com o meio social e cultural, ele ficaria enclausurado nos seus instintos físicos. A sua alma (psíquico) e o seu espírito precisam de ser cultivados e educados.


Mas, vimos também que o meio ambiente, isto é a cultura, pode também alienar o homem e corromper a sua personalidade humana e consciência moral. 


É o que acontece quando a cultura não se submete às leis divinas reveladas nas escrituras sagradas.

É por isso que segundo a perspectiva cristã, o homem além de necessitar de ser cultivado e educado, precisa de se converter. A conversão é uma operação que só pode ser efectuado pelo Espírito Santo e que é chamada na Bíblia de regeneração, novo nascimento, conversão etc.


É pela falta desta operação do Espírito Santo que um homem apesar de ter uma boa educação e cultura, pode apresentar um comportamento moral bastante deficiente. 

É a conversão que permitirá que a elevação do comportamento moral do homem se aproxime do padrão de Deus definido na Bíblia, e o livre das más influências da sua cultura ou a da sua educação. João 3:3-7, I Pedro 1:3, I João 2:29, Tito 3:5.

Uma filosofia que não se deixe influenciar pelo cristianismo, corre o risco de cair numa concepção mecânica e determinista do pensamento, rebaixando o homem ao estatuto de um macaco que evoluiu em contacto com o meio ambiente.


O cristianismo mantém uma doutrina acerca da mente e do homem elevadíssima, digna de todas as considerações filosóficas. O cristianismo eleva o homem a um estatuto social de imago Dei.


E, segundo o cristianismo, se o homem converter-se a Cristo, é elevado a um estatuto superior que poderemos chamar de estatuto celestial, pois pela conversão o seu comportamento começa a adquirir características celestiais. 

É por essa razão que a Bíblia apresenta o crente como um cidadão celestial, que tem a sua cidade nos céus. A vida e o testemunho dos crentes são provas sobejas que o cristão possui uma cidadania celestial Hebreus 11:13-16, 13:14 ; Filipenses 3:20, Efésios 2:19

Se um filósofo tornar-se cristão, ele pode ajudar o cristianismo a desenvolver-se do ponto vista filosófico e mesmo científico e ajudar o cristianismo a relacionar-se como deve ser com os outros campos de conhecimento.


E. O cristianismo possui estatuto filosófico:


O cristianismo sendo essencialmente uma religião, reivindica no entanto para si o direito a filosofia. Não por ser um campo sem objecto como a filosofia, pois tem objectos muito claros: Deus, Jesus Cristo, a Bíblia e o Universo.


O cristianismo é uma filosofia no sentido em que os seus objectos Deus, Jesus Cristo, a Bíblia e o Universo criam no homem sentimentos de deslumbramento, espanto, admiração, indagação, adoração e conhecimento sem fim.


Todos os conhecimentos que os crentes poderão ter acerca de Deus, Jesus Cristo, a Bíblia e o Universo, nunca serão demais. São objectos que albergam um conhecimento exaustivo e misterioso, que se pode conhecer e interrogar sem fim.


Estes objectos possuem campos de conhecimentos que podem ser esquematizados por uma escola de pensamento filosófico, afim de poderem ser devidamente aprofundados.


Mas nunca poderemos filosofar ao ponto de colocar os dogmas fundamentais do Cristianismo em questão. 

Um verdadeiro filósofo encontrará no cristianismo autênticas delícias de pensamento que satisfarão a sua investigação filosófica. 

Uma coisa é investigar um objecto que nunca se conhece, outra é investigar um objecto que se conhece, mas que é misterioso, deslumbrante, infinito e maravilhoso.

Mas o filósofo poderá perguntar: temos provas válidas que os objectos do cristianismo são verdadeiros e fiáveis, para poderem ser devidamente investigados?


Vejamos o seguinte:


Se a preposição "Deus existe" é válida porque o curso formal do pensamento lógico não consegue negar a validade lógica dessa preposição, a filosofia não pode replicar sem mais nem menos, dizendo: o pensamento lógico pode revelar que Deus existe, mas não podemos deixar de pôr a sua existência em dúvida, porque senão acaba a filosofia e a razão de existir da humanidade.


A filosofia nunca perderá a razão de existir ao encontrar Deus, porque Deus é insondável. Em Deus a filosofia encontra um campo de estudo e de investigação infinito.


O mesmo podemos dizer de Jesus Cristo, da Bíblia e do Universo. São objectos maravilhosamente insondáveis! Tornar-se-iam as delícias de um filósofo como já foi dito.


"Se Deus existe" está certo, Deus deverá ser visto como um objecto filosófico pois nunca será possível compreender totalmente Deus pelos nossos sentidos, pela nossa razão ou mesmo pela nossa Fé.


Deus não tem uma natureza visível, material, matemática, química ou lógica. Deus é eterno e divino, e a sua natureza, atributos, juízos, caminhos, poder e sabedoria são uma fonte de Saber inesgotável. Romanos 11:33-36.


A ciência estuda o campo natural. A teologia estuda os dogmas sagrados revelados. A filosofia estuda o que está para além do natural e dos dogmas revelados. 


Mas nunca poderemos filosofar ao ponto de colocar os dogmas fundamentais do Cristianismo em questão. 

Há portanto, muito espaço para filósofos cristãos, além do estudo geral da filosofia, se dedicarem ao estudo de questões não dogmáticas ligadas com Deus, Jesus Cristo, a Bíblia, as origens, natureza e extensão do universo, o além, assim como questões muito práticas que fazem parte do dia a dia das pessoas de natureza psicológica, moral, educativa, social, política, económica e fisiológica que precisam de um estudo e de uma investigação séria do ponto vista cristão.


Nós vimos dois pontos nesta introdução:


I. Definição de filosofia

Onde procurei formar uma definição seguindo critérios universalmente aceites.



I I. Relação entre a filosofia e o Cristianismo

Onde vimos que a filosofia tendo sido muito influenciada pela ciência, entra em contradição consigo mesma e condena injustamente o Cristianismo. Vimos ainda que o Cristianismo possui também um estatuto de filosofia.


Alguns dos conhecimentos foram adquiridos através da leitura de alguns livros. Em baixo seguem o nome de alguns desses livros


Christianity in a Mechanistic Univers escrito por D.M.Mackay em 1965.


The Philosophical Approach to Religion escrito por Eric S. Water em 1933.

Christianity and Fhilosophy escrito por Keith E.Yandell

Intercessão Mundial escrito Patrick Jonhstone

Mas, embora este trabalho faça muitas referências ao conteúdo destas obras, a tese que eu defendo sobre as evidências históricas do cristianismo, a sua coerência com a vida e a realidade e o seu impacto sem ímpar sobre a nossa humanidade, é da minha autoria.


INDÍCE

Capítulo 1 INTRODUÇÃO
A Definição de Filosofia
O Cristianismo e a Filosofia

Capítulo 2 CRISTIANISMO E RELIGIÃO
As origens da Religião Definição de Religião
Religião a vida humana e seus interesses
Religião e Ciência Religião e Filosofia
Religião e Cultura
Religião e Revelação
Religião e Moralidade

Capítulo 3 OS CAMPOS DE CONHECIMENTO
O Campo da Filosofia
O Cristianismo e o conhecimento
A Natureza do conhecimento
O Conhecimento religioso

Capítulo 4 A IDEIA DE DEUS
Deus e a razão humana.
As primeiras perguntas. Provas teístas
Os Diversos argumentos
Natureza e atributos de Deus
Conceito moderno quasi-teísmo
É Deus inefável?
A natureza da experiência

Capítulo 5 A IDEIA DO UNIVERSO
Dualismo. Monismo. Pluralismo
Materialismo

Capítulo 6 A IDEIA DO HOMEM
Conversão do homem segundo o cristianismo
Relação do homem e a sociedade
A personalidade e o livre arbítrio

Capítulo 7 A IDEIA DO BOM
As teorias do bom

A IDEIA DO MAL
O mal o sofrimento e Deus
As preposições: o mal existe e Deus existe
Razões filosóficas válidas
Razões bíblicas válidas p/existência do mal

Capítulo 8 DEUS E O MUNDO
O panteísmo.
O deísmo
O monoteísmo

Capítulo 9 DEUS E O HOMEM
A concepção da teologia natural
A relação entre a razão e a revelação
Relação entre Deus e a humanidade
É Deus finito ou é infinito

Capítulo 10 OS MILAGRES E O ALÉM
Evidências para os milagres
A ressurreição de Cristo
O método do processo histórico
Algumas provas históricas que são
evidentes da ressurreição de Cristo.

Capítulo 11 A IDEIA DO ALÉM
As relações dos conhecimentos com a morte
O Cristianismo e a morte

Capítulo 12 ASSUNTOS CONTROVERSOS
A posição sobre diversos campos:
Aborto, eutanásia, sodomia, divórcio, bebé proveta, manipulação genética, clonagem, guerra, paz, terrorismo, globalismo.


FIM