segunda-feira, 9 de julho de 2007

7 - O Livro de Amós

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Amós

I. Introdução

O livro de Amós pertence ao Antigo Testamento da Bíblia. A profecia deste livro da Bíblia hebraica foi dirigida primariamente ao reino setentrional de Israel. Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente, durante os reinados de Jeroboão II e de Uzias, respectivamente reis de Israel e Judá, cujos reinados coincidiram entre 829 e cerca de 804 a.C. (Am 1:1)

Mas, por volta de 804 a.C. foi assentada por escrito, presumivelmente após o profeta voltar a Judá.


I I. Autor e data

A. Autor: Amós

Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, ou "burden" (peso).

Ele era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, a cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim chamados profetas escritores do séc. VIII aC. Os outros incluem Oséias a Israel e Miqueias e Isaias a Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele era um pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Apesar do seu histórico não-profissional, Amós foi chamado para entregar a mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel.

B. Data: entre 760 –750 aC

Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 aC), e Jeroboão II de Israel (793-753 aC). Seu ministério foi realizado entre 760 e 750 Ac e parece ter ocorrido em menos de dois anos.


I I I. Contexto histórico

A. Prosperidade económica mas Deus era esquecido

A metade do séc. VIII aC foi uma época de grande prosperidade tanto para Israel como para Judá. Sob o domínio de Jeroboão, Israel havia conquistado novamente o controle das rotas internacionais do comércio— a Rodovia do Rei, através da transjordânia, e o Caminho do Mar, através do vale de Jezreel e ao longo da planície da costa. De acordo com 2Rs 14.25, ele restaurou as fronteiras de Israel desde Lebo Hamate (ao norte) até o mar da Arabá (o mar Morto, ao sul).

Judá, sob o domínio de Uzias, reconquistou Elatae ( o porto marítimo de Ácaba) e expandiu-se para o sudeste às custas dos filisteus. Israel e Judá haviam atingido novos auges políticos e militares, mas a situação religiosa estava fraca o tempo todo.

B. A idolatria dominava exuberantemente

A idolatria estava exuberante; os ricos estavam vivendo na luxuria, enquanto os pobres estavam oprimidos; a imoralidade havia generalizado; e o sistema judicial estava corrompido. O povo interpretava sua prosperidade como um sinal da bênção de Deus sobre eles. A tarefa de Amós era entregar a mensagem de que Deus estava descontente com a nação.

B. O castigo tornou-se inevitável

A paciência de Deus esgotou-se e o castigo era inevitável. A nação seria destruída a menos que houvesse uma mudança no coração deles— uma mudança na qual acontecesse o que diz o texto:

“Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso” (5:24).

Infelizmente vemos que às vezes é em tempo de prosperidade que vem da benção de Deus, que o povo esquece-se de Deus e começa a viver uma vida pecaminosa e a sua religião passa a ser um ritual morto isento de contrição e piedade. Era o que estava a acontecer com o povo.


I V. O conteúdo do livro

A. Amós traz basicamente uma mensagem de julgamento.

"Um julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel".

O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado o seu concerto com Deus.

Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja contra Israel ou qualquer outra nação.

B. Deus governa o universo e as nações devem-lhe respeito

Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal.

Todas as nações estão sob seu controle.

Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus.

1. A 1ª secção 3.1-6.14

É uma série de três oráculos ou sermões direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio.

2. A 2ª secção 7.1-9.10

É uma série de cinco visões e julgamento, em duas das quais Deus se retira.

3. A 3ª secção 9:11-15

Amós promete restauração para Israel.


I V. O Espírito Santo em acção

A obra do Espírito S anto não é mencionada especificamente em Amós.

Mas, o processo da inspiração do profeta e a revelação da mensagem de Deus são geralmente atribuídos por outros profetas ao Espírito (Is 48.16; Ez 3.24; Mq 3.8).

"Como é o caso da maioria dos profetas, é quase impossível fazer uma distinção entre o Senhor Deus e o Seu Espírito Santo".

Amós não menciona o Espírito Santo em sua obra, mas aquelas acções atribuídas ao Espírito Santo por outros profetas, e no Novo Testamento estão presentes em Amós.


V. O esboço do livro de Amós

A. Introdução 1.1-2

B. Julgamento sobre as nações 1.3 –2.16

Damasco 1.3-5,

Gaza 1.6-8,

Tiro 1.9-10,

Edom 1.11-12,

Amom 1.13-15,

Moabe 2.1-3,

Judá 2.4-5,

Israel 2.6-16

C. Oráculos contra Israel 3.1– 6.14

Julgamento sobre o povo escolhido de Deus 3.1-15Julgamento de Deus sobre o povo insensíveis 4.1-13Julgamento sobre o impenitente povo de Deus 5.1-6.14

D. Visões de Julgamento 7.1-9.10

Visões de abrandamento 7.1-6,

Visões de rigidez 7.7-9.10

E. A restauração de Israel 9.11-15

A tenda de Davi levantada 9.11-12,

A terra e o povo restaurados e abençoados 9.13-15


V I. Mensagens sobre o livro de Amós pelo Viriato

Pode ver em baixo um esboço para uma mensagem.

A. A visão de Amós

O que viu e ouviu Amós? 1:1-2

1. Deus a clamar como um leão feroz contra o pecado das nações.

2. Luxuriantes pastagens secam, morrem, pastores lamentam-se

B. A profissão de Amós

O que fazia Amós? 7:14

Era apenas um pastor e trabalhador do campo.

C. O nome de Amós

O que significa o seu nome?

Significa “Burden” – peso que queima, que incomoda

D. A mensagem de Amós 

O que pregou Amós?

1. Denúncia do pecado  2:6, 3:10, 4:1

2. Pronuncia o julgamento de Deus sobre o pecado 1:3, 3:2-3, 4:12


Desenvolvimento de uma Mensagem desenvolvida pelo Viriato

A. A visão de Amós

O que viu e ouviu Amós? Amós 1:1-2

1. Amós vê Deus a bramar "como um leão" contra a sociedade

Amós 1:1 "Palavras que, em visão, vieram a Amós, que era entre os pastores de Tecoa, a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto"

Amós 1:2 "Ele disse: O SENHOR rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores estarão de luto, e secar-se-á o cimo do Carmelo"

Amos viu e ouviu Deus a clamar contra a sociedade, por estarem a viver no pecado – exploração da classe pobre, violência e em toda a corrupção social e religiosa O pecado era tão grande, que o clamor era tão forte “como o rugido de um leão feroz”

Deus dá esta visão a Amos, porque quer que Amos dê voz a este clamor. Amos é quem vai clamar como um leão feroz contra a nação de Israel e as outras nações.

Lição: Nós queremos ser a voz de Deus, que clama contra as injustiças que estão à nossa volta. Como Amos?

Amós podia ter dito a Deus que não se metia naquilo, que não era nada com ele … que não queria receber a retaliação do povo. que não se calou, clamou como um leão feroz.

E nós vamos ficar conformados, habituados, calados, mais, vamos coabitar, namorar como o pecado, com as injustiças … vamos dizer, afinal toda a gente faz, porquê que eu não faço também … ou toda a gente se cala, porquê que eu devo falar contra …

2. A profecia é seguida de devastação e destruição

Quando um profeta profetiza o julgamento de Deus sobre uma sociedade que vive em pecado, a sua profecia é seguida de devastação e destruição.

É isto que Amós vê na sua visão, que iria acontecer depois dele ir profetizar contra o pecado da Nação.

Amós 1:2 "O SENHOR rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores estarão de luto, e secar-se-á o cimo do Carmelo".

Algumas traduções dizem "As luxuriantes pastagens ..."

Mas a devastação não fica nos prados, atinge as casas, os palácios ganhos através da exploração de abuso dos pobres.

Já ouviram o leão a urrar, bramar? O quê que acontece à volta deles.

Quando Deus rugir como um leão … através do profeta, o que irá acontecer aos prados luxuriantes e às casas e aos palácios?

Exemplo na sociedade: Quando há um pecado, alguma coisa contra Deus … e Deus clama contra a sociedade, ou contra os homens que estão a fazer isto, o que irá acontecer a seguir?

"O seu rugido vai ser seguido de vão um julgamento de Deus" … alguma coisa irá acontecer da parte Deus à sua volta - figurada no livro de Amós por devastação e destruição.

Mas Deus clama, ruge através de quem? Da Igreja, dos seus servos, dos porfetas!

Se a Igreja clamasse da parte de Deus (profetizasse da parte de Deus), contra os homens que estão a cometer injustiças e a pecar contra Deus ou contra o seu semelhante, nós iríamos ver acontecer as mesmas coisas:

"devastação e destruição à nossa volta, julgamento de Deus contra os homens que estão a pecar voluntariamente contra ELE".

Os homens não se ficariam a rir como ficam tantas vezes! Nem Satanás!

B. A profissão de Amós

O que fazia Amós? Amós 7:14

1. Amós não vinha da família dos profetas, sacerdotes ou da da nobreza

Ele não vinha de famílias de profetas. Que eram boas famílias, alguns eram ricos ou da nobreza. Os profetas, normalmente eram filhos de sacerdotes ou de gente da classe alta, que podia estudar, conhecer as letras … não era uma pessoa qualquer …

Mas Amos, o que era? E em que se tornou ele?

"Será que para um crente, ser pastor, profeta, apóstolo, evangelista, ancião, diácono, pregador … precisa de vir de vir de famílias assim … ter grandes estudos … ter estudado numa Escola Bíblica?"

2. Qualquer crente, pode servir a Deus, não importa a profissão.

Pode ser uma pessoa que tenha uma profissão simples ou com mais nível académico?

E muitas vezes Deus chamar crentes para deixar a profissão, mesmo, deixa-os na sua profissão, mas chama-os para serem obreiro de Deus e terem uma função dentro dos ofícios dos 5 servos, que vemos em Efésios 4?

"A maior parte das pessoas que trabalham para Deus, num destes 5 ofícios da Igreja, são homens e mulheres que mantém a sua profissão …"

Podem ser boas profissões, académicas, ou simples, operários, camponeses, pescadores etc

O que é preciso é responder ao apelo de Deus, como fez Amós, um pastor e trabalhador de campo.

Não queremos responder o chamado de Deus … e dizer como Amós: … 7:14

Dar exemplos de pessoas que servem Deus, mantendo as suas profissões.

C. O nome de Amós

O que significa o nome de Amós?

Burden – peso "um peso que queima".

Ele sentia dentro dele um peso ao ver os mais ricos e mais fortes a explorarem os mais pobres e mais fracos – explorar, abusar e matar.

É por isso que ele está preparado para Deus chamá-lo … para Amós clamar como um leão feroz contra as injustiças …

D. A mensagem de Amós

O que pregou Amós?

1. Amós denuncia o pecado 2:1-16 - 3:9-10 - 4:1

Ele denuncia Perversão da justiça, suborno, escravidão, belas vivendas à custa do roubo e da pilhagem, esposas ricas incitam os maridos a roubar aos pobres,
e a esmagar os explorados.

2. Amós pronuncia o julgamento 1:1-15, 2:1-16, 3:2-3, 4:12

Há 4 expressões que representam o julgamento de Deus:

"Porei fogo, quebrarei, destruirei, matarei …"

Foi o que Amós viu na sua visão, e é o que irá acontecer quando ele começar a pregar, a dar voz ao clamor de Deus, Amós vai denunciar o pecado, pronunciar o julgamento e as pastagens vão secar-se, as pessoas vão lamentar-se.

Quando a voz do Senhor começar a clamar, através de Amos, como o bramido de um leão feroz desde o seu templo, Deus porá fogo, quebrará, destruirá e matará.


E. Conclusão e aplicação da mensagem

4:12 Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus

Prepara-te ó mundo!

Prepara-te ó Nação!

Prepara-te ó homem!

Prepara-te ó Igreja!


Prepara-te ó crente!



A mensagem do livro pode ser aplicada ao mundo, a uma Nação, a um homem, que viva longe de Deus e esteja a cometer os pecados denunciados neste livro. Por isso irão conhecer os castigos de Deus pronunciados na nesta mensagem, ou outros castigos, mais cedo ou mais tarde.

Mas pode também ser aplicada à Igreja ou a um crente, sempre que esta  esteja a viver no pecado, longe de Deus e cometendo os delitos que a nação de Israel estava a cometer, denunciados na mensagem de Amós.



Podemos fazer muitas aplicações a partir da mensagem deste livro e fazer um apelo ao arrependimento para que o castigo de Deus não caia, ou se já começou a cair, seja retirado.



O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:


6 - O Livro de Joel

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável para pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Joel

I. Introdução

O Livro de Joel faz parte do Antigo Testamento. Foi escrito pelo profeta Joel, um dos profetas menores. A sua datação atribuída é do ano 830 a.C., porém existem os que datam dos anos 775 a 725 a.C. ou de 500 a.C..

A mensagem do livro fala sobre o julgamento que Deus fará contra os inimigos de Israel e, de uma perspectiva escatológica, a vitória final do povo de Deus.

A passagem de Joel 2:28, 29 é citada por Simão Pedro no sermão de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:14-36. Sendo assim, Joel tem uma grande importância na teologia cristã.

Joel tem sido chamado de “o profeta do avivamento”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava.

O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. Estudando com interesse o livro de Joel, aprendemos muitas lições seremos exortados a abandonar o pecado e a viver mais perto de Deus.


I I. Autor e data

A. Autor: Joel

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu.

B. Data: 830 a.c.

Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.


I I. Contexto histórico e conteúdo

A. Joel alerta o povo e exorta-os ao arrependimento

Quando o profeta Joel pregou a sua mensagem, a situação económica em Israel era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual. Nas suass mensagens ele diz ao povo que esta praga de gafanhotos é um castigo de Deus,  por causa do pecado da Nação, e exorta o povo a arrependerem-se dos seus pecados, jejuando e quebrantando-se diante de Deus e a serem mais submissos às suas leis:

Joel 1:14 Promulgai um santo jejum, convocai uma Assembleia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do SENHOR, vosso Deus, e clamai ao SENHOR.

Esta exortação ao arrpendimento torna este livro muito actual, pois há uma grande necessidade dos crentes e das Igrejas abandonarem os seus pecados e voltarem-se quebrantados para Deus, se quiserem receber as suas bençãos e serem protegidos dos seus inimigos.

Joel também anuncia o Dia do Senhor e previne sob a iminência de um ataque militar que viria por parte de uma nação estrangeira e termina o livro com a preciosíssima mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo.

1. A praga dos gafanhotos

Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel diz que quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor, v. 4, haviam devastado a terra de Israel. O povo calou-se, em sinal de tristeza. Tudo secou e o campo nada produzia.

2. As lições da devastação

A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração, v. 3, porque se refere a um tempo de juízo do Senhor em que os prazeres da vida foram retirados e houve um lamento geral. Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras, v. 5, e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas, v. 7.

Por causa dessa miséria até os jovens choraram, v. 8. Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e desorientados, vv. 10, 11, porque o juízo veio através de um inimigo pequeno, mas em grande número e sábio, Pv 30: 27.

3. Reações à devassidão, 1: 10-14

Com a destruição das pastagens e das lavouras, até os sacerdotes lamentavam porque não havia nem elementos para os sacrifícios ao Senhor, v. 9. Assim como a calamidade era geral, o pecado também havia devastado todos os domínios da vida.

É nessa hora que diz o Senhor: “Lamentai, sacerdotes".

Quando a igreja experimenta flagelo de tal natureza, engolfada em confusões, pecados e enfermidades que devastam famílias após famílias, I Co 11: 30-32, o ensino bíblico para resolver tal situação é que ministros e povo retornem ao Senhor com a mesma sinceridade, intensidade, arrependimento e interesses descritos em Jl 1: 13-14 e 2: 12-17e Dt 4: 30-31.


I I I. O Dia do Senhor

A. Descrição de Dia do Senhor

O profeta descreve esse quadro terrível para preparar as pessoas sobre o que iria falar a respeito do “Dia do Senhor”, v. 15, que também virá como uma assolação. Percebe-se que Joel avista algo por trás dessa praga de gafanhotos; ele enxerga além dela, vê um dia de desolação em toda a terra.

O acontecimento pelo qual o povo chorava no momento era prefiguração de um outro dia de juízo: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo.

Um exército preparado contra Judá, 2: 1-11.

Joel anuncia que estava prestes a acontecer uma grande invasão militar. Compara isso a uma devastação pelos gafanhotos que haviam assolado a terra.

Ele pergunta: “Vocês já ouviram, em toda sua vida, em toda história do seu povo, alguma coisa igual?” A resposta ao v. 2 só teria que ser um enfático não!

B. O Julgamento final

Joel usa quase todo seu livro para falar sobre o Dia do Senhor, 2: 1, 11, 31; 3: 14; este será o julgamento final de Deus sobre todo mal e também o fim desta era.

Tal dia vai iniciar-se com o arrebatamento da Igreja, I Ts 4: 15-17; 5: 2; inclui os sete anos de tribulação, que é a última semana de Daniel, 9: 24-27, e culminará com o retorno de Cristo com sua Igreja para reinar sobre a terra, Ap 20: 1-6.

C. Um chamado ao arrependimento, 2: 12-17.

A catástrofe que acomete Israel nos tempos de Joel leva a nação, politicamente, ao caos. Mas essa intervenção divina é meramente ilustrativa.

Como o pior ainda está por vir, Deus levanta Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento, v. 13, e que este retorne humildemente ao Senhor, não com mãos vazias, mas com sacrifícios de pranto e lamentação genuínos, jejuns e súplicas pelas misericórdias de Deus, v. 12.

Para isso, deveriam proclamar uma assembléia solene, 2: 15-17. Ninguém deveria faltar; nada de desculpas, vv.15 e 16. E os sacerdotes iriam orar com todos, clamando: “Poupa o teu povo, oh, Senhor”, v. 17.


I V. Derramamento do Espírito Santo, 2:28-32.

Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois”, v. 28, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Atos cap 2 e 3 vemos que esta promessa é uma profecia sobre o derramamento do Espírito Santo que teve o seu início no dia do Pentecostes.

Mas analisando bem o texto de Joel 2:28-32, e outros textos da Bíblia, como por exemplo Oseias 3:5, veremos que essa promessa parece também abranger os últimos dias Israel. Segundo alguns eruditos, isto acontecerá logo a seguir ao arrebatamento da Igreja, iniciando-se com a grande tribulação, seguido do regresso de Cristo e o reinado de 1000 anos na terra.

Oseias 3:5  Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor ... no fim dos dias.

Compare, Is 2: 2 com At 2: 17. O tempo é enfático, no v. 29. Deus faz questão de repetir que tal se dará “naqueles dias”. Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel, Zc 11: 10; 13: 1, eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo.

Temos que notar que em Joel 2:28-32 o derramento do Espírito Santo vem ligado ao grande Dia do Senhor:

Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu, vv. 30-31. Mas Jerusalém e Sião permanecerão, v. 32, e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas).

Portanto a profecia de Joel 2:28-32 abrange o período que vai desde o início da Igreja no pentecostes, até à restauração da Nação de Israel no final dos dias.

Desta forma, o que aconteceu em At 2 foi o início do cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir: Is 32:15; 44:3,4; Ez 36:27,29; 37:14; 39:29. Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento até ao final, a fim de fazer a vontade do Senhor.


V. Pregação sobre Joel - do Viriato

 I. Introdução

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu. Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.

O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. Se o povo se arrependesse Deus iria terminar com as calamidades que tinha enviado sobre as terras – os gafanhotos, fogos e secas, e abençoa-los restituindo o que tinha sido destruido.

Joel foi chamado tambem “o profeta do avivamento” pois prometeu um derramento do Espírito sobre a terra, cujo o cumprimento final e completo deu-se no dia do Pentecostes.

A passagem de Joel 2:28, 29 é citada por Simão Pedro no sermão de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:14-36. Sendo assim, Joel tem uma grande importância na teologia cristã.

Ele utilizou o termo “O dia do Senhor está perto” para anunciar “um julgamento final” contra os inimigos de Deus, seguida da restauração do povo de Deus.

Nós não iremos falar do futuro, desses julgamento final, nem do derramamento do Espirito Santo, iremos concentrar-nos mais na situação do povo naquela altura, nas calamidades que estavam a cair sobre eles, por causa dos seus pecados, e no apelo ao arrpendimento, com promessa de restituição e restauração se houvesse arrependimento.


I I - A época em que Joel pregou

A.  A praga dos gafanhotos 1:1-5

Joel pregou a sua mensagens no meio de calamidades que estavam a acontecer. A situação econômica era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual.

Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel fala de quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor, v. 4, haviam devastado a terra de Israel.

Tudo secou e o campo nada produzia.

B. O estado emocional, social e económico 1:6-12

V3 A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração,

v7 Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras, v. 5, e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas, v. 7.

v8 Os jovens choram

V9 Os ministros de Deus clamam.

v10. Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e


Primeira aplicação para os nossos dias:

Calamidades que vemos à nossa volta, devido ao nosso afastamento de Deus. Neste livro de Joel nós vemos uma advertência para a nação de Israel, feita a mais de 2500 anos, quando a Nação foi consumida por uma grande praga de gafanhotos, por uma seca e por muitos incêndios. Deus permitiu que isto tivesse acontecido, porque o povo vivia no pecado e afastado das leis de Deus.

A nação de Israel vivia mergulhada na adoração aos ídolos pagãos, na opressão dos pobres, na busca incontrolada da riqueza e na prostituição.

Pensemos nas nações dos nossos dias, o seu estado emocional, moral, político e económico e as devastações naturais que têm afligido a terra nestas últimas décadas.

Mas, o que tem que acontecer? Por exemplo no caso de Portugal?

A Nação portuguesa tem que dobrar os seus joelhos e reconhecer o seu pecado: o culto aos santos e aos ídolos, o culto a Maria, o amor à feitiçaria, à astrologia e ao horóscopo; a entrega à prática da prostituição, do homosexualismo e da pedofolia; a avareza daqueles que ocupam altos cargos públicos, dos políticos, dos bispos e dos padres. 

Os seus sacerdotes, que muitas vezes são os piores de todos, homens viciosos e pecaminosos, tem que se arrepender e abandonar os seus pecados?

O quê que pode acontecer a uma Nação, se as pessoas não dobram os seus joelhos e reconhecem os seus pecado: o culto aos santos e aos ídolos, o culto a Maria, o amor à feitiçaria, à astrologia e ao horóscopo; a entrega à prática da prostituição, do homosexualismo e da pedofolia; a avareza daqueles que ocupam altos cargos públicos, dos políticos, dos bispos e dos padres e ainda por cima os crimes de sangue e contra a humanidade?

Precisamente o que aconteceu nos tempos de Joel, em que Deus permitiu que a nação de Israel fosse julgada através da praga dos gafanhotos e outros julgamentos.


I I I. A advertência sobre o Dia do Senhor

O Profeta descreve o quadro terrível sobre o dia do Senhor que viria como uma assolação 1: 15

Aquelas pragas que destruiam tudo e fizeram o povo chorar e lamentar-se prefiguravam um juízo final: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo chamado o Dia do Senhor.


I V - O chamado ao arrependimento 

A.  Como o pior ainda estava para vir - julgamentos maiores.

Deus levantou Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento, antes que fosse tarde demais. 1:13 e 2: 12-17.

B.  São todos convocados e exortados ao arrependimento  1:13-14

1. Mas o primeiro apelo é para os sacerdotes

2. Depois são os anciãos e a seguir o povo.

3. Ninguém devia faltar

C. O que é um verdadeiro arrependimento

1. No cap 1:13 Joel diz que os sacerdotes devem chorar e vestirem-se de saco.

2. No cap 2:12 ele continua a falar do arrependimento.


A Segunda aplicação para os nossos dias: 

Ministério sacerdotal de intercessão.

Vemos isto na figura dos sacerdotes que se colocavam entre Deus e o povo, para interceder pelo povo. De certo modo eles tomavam sobre os seus ombros todos os pecados do povo, ou seja, eles assumiam os pecados do povo, como sendo fazendo eles também parte deste pecados.

Podemos ler sobre Esdras, quando chorou, intercedendo pelos pecados do povo, assumindo-se ele próprio como culpado também diante de Deus.

Perguntar: Queremos ficar nesta posição?

Colocarmo-nos diante de Deus intercedendo pelo povo, pela nação, pela Igreja, mas assumindo que também somos culpados.


I V. Promessas de Deus caso haja um arrependimento do povo

1. Promessa de desistência 2:14

2.  Promessa de benção 2:14

3.  Promessa de restituição 2:24


V. A promessa do derramamento do Espírito

Derramamento do Espírito Santo, 2: 28-32. Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois”, v. 28, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Os 3: 5, veremos que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida.

Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu, vv. 30-31. Mas Jerusalém e Sião permanecerão, v. 32, e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas).

O que aconteceu em At 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir: Is 32: 15; 44: 3,4; Ez 36: 27,29; 37: 14; 39: 29.

Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento, a fim de fazer a vontade do Senho, mas isto só é possível se o povo estiver preparado para ouvir os apelos ao arrependimento vindos da parte de Deus, através dos seus servos enviados para este fim.


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm
 

Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:


5 - O Livro de Oseías

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.

O livro de Oseias

I. Autor, data e contexto                                                                                                                               
A. Autor: Oséias

Oséias cujo nome significa “salvação” ou “libertação”, foi escolhido por Deus para levar a mensagem ao povo, mensagem esta simbolizada pelo seu casamento com uma mulher que lhe seria infiel, em obediência à ordem de Deus:

Oseias 1: 2-3 "Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermédio de Oséias, então, o SENHOR lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR. 3 Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho".

A sensibilidade de Oseias em relação à condição do pecado de seus compatriotas e sua sensibilidade em relação ao coração amoroso de Deus, fizeram-no apto para realizar esse difícil ministério.

B. Data e contexto histórico

Data: Cerca de 750 aC

Oséias mostra a situação histórica de seu ministério durante a nomeação dos reis do Reino do Sul, de Judá (Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias), e o rei do Reino do Norte, Israel ( Jeroboão II), que reinou durante o período de sua profecia (1.1). Isso estabelece as datas de 755 aC a 715 aC.


1. Um sucesso aparente não trava um desastre inevitável

Embora todas as indicações quanto ao sucesso exterior parecessem positivas a Israel, existe um mal dentro da Nação, que a levará a um desastre inevitável.

O povo desse período regozijava-se na paz, abundância e prosperidade; mas a "anarquia" no interior da nação vinda de "um povo que não quer seguir mais as leis de Deus", trará o colapso político da nação em alguns curtos anos.

2. Por causa da anarquia a corrupção se instala na Nação

Oséias descreve as condições sociais características de seu tempo: líderes corruptos, vida familiar instável, imoralidade generalizada, ódio entre classes e pobreza. Embora as pessoas continuassem a manter uma forma de adoração, a idolatria era mais e mais aceite, e os sacerdotes estavam falhando na tarefa de guiar o povo nos caminhos da justiça.

Oséas 4:1-18 "Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus 2 O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. 3 Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem. 4 Todavia, ninguém contenda, ninguém repreenda; porque o teu povo é como os sacerdotes aos quais acusa. 5 Por isso, tropeçarás de dia, e o profeta contigo tropeçará de noite; e destruirei a tua mãe. 6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. 7 Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha. 8 Alimentam-se do pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente. 9 Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago das suas obras. 10 Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao SENHOR deixaram de adorar. 11 A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento. 12 O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus. 13 Sacrificam sobre o cimo dos montes e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; por isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram. 14 Não castigarei vossas filhas, que se prostituem, nem vossas noras, quando adulteram, porque os homens mesmos se retiram com as meretrizes e com as prostitutas cultuais sacrificam, pois o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição. 15 Ainda que tu, ó Israel, queres prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá; nem venhais a Gilgal e não subais a Bete-Áven, nem jureis, dizendo: Vive o SENHOR. 16 Como vaca rebelde, se rebelou Israel; será que o SENHOR o apascenta como a um cordeiro em vasta campina? 17 Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo. 18 Tendo acabado de beber, eles se entregam à prostituição; os seus príncipes amam apaixonadamente a desonra".


3. Deus oferece esperança no meio das trevas

Apesar das trevas desse tempo em toda a Nação, Oséias na sua mensagem de advertência oferece esperança para inspirar seu povo a voltar-se novamente para Deus.


I I. O conteúdo do livro

A. Um povo que precisa de ouvir falar do amor de Deus.

O Livro de Oséias diz respeito a um povo que tinha necessidade de ouvir sobre o amor de Deus. Deus falou com eles de uma maneira singular demonstrando o Seu amor por eles.

1. O povo pensava que o amor poderia ser comprado. v 8:9


a. O povo vivia em busca de uma gratificação errada do amor

Desta forma foi-se corrompendo  com os seus namorados v 2:5

b. O povo amou coisas abomináveis no lugar de Deus v 9:10

Em vez amar a Deus, o seu criador, o povo trocou esse amor pelo amor a todo o tipo de coisas abomináveis aos olhos de Deus.


2. Deus revela o amor a um povo que buscou objectos sem valor.

“Quando Israel era menino eu o amei" 11:1


a. Deus guiou-o com uma meiga disciplina

“atraí-os com cordas de amor” 11:4


b. O Seu amor persistiu, apesar do povo fugir e resistir a Deus

"Como te deixaria?" 11:8


3. A forma de Deus revelar o amor a um povo desviado e obstinado

Este era o problema, levar a mensagem de um Deus de amor a um povo que não estava inclinado a dar ouvidos e, provavelmente, não entender, caso ouvissem a mensagem. A solução de Deus era deixar o profeta ser o seu próprio sermão.

A vida marital do profeta se torna o sermão de Deus. Assim, Deus ordena a Oseías:


a. Casar-se com uma mulher impura, mulher de prostituições.

“vai toma uma mulher de prostituições” 1:2

"Para amar inteiramente, e dela ter filhos" 1:3

b. Ir atrás dela, e trazê-la de volta quando ela se desviasse.

“vai outra vez, ama uma mulher” 3:1

Em resumo, Oséias tinha de mostrar seu próprio amor a Gomer, para revelar ao povo desviado o tipo de amor fiel e compassivo que Deus tinha por Israel.


b. O significado dos três filhos que Oseias teve com a prostituta

Os três filhos que Oseias teve com a prostituta têm nomes simbólicos:


1.1. Simbolizam o a apostasia o afastamento do povo e o desagrado de Deus

 "Jezreel", o primeiro  era um rapaz e Deus disse para chamá-lo "Jezreel" que significa:

Oséias 1:4 "Disse-lhe o SENHOR: Põe-lhe o nome de Jezreel, porque, daqui a pouco, castigarei, pelo sangue de Jezreel, a casa de Jeú e farei cessar o reino da casa de Israel. 5 Naquele dia, quebrarei o arco de Israel no vale de Jezreel".

Este nome simboliza que que Deus vai "castigar" o seu povo por causa das suas prostituições. 

"LO-Ruama, o segundo é uma rapariga e Deus disse para chamá-la "LO-Ruama" que significa:

Oseias 1:6 "Tornou ela a conceber e deu à luz uma filha. Disse o SENHOR a Oséias: Põe-lhe o nome de LO-Ruama (que quer dizer - sem misericórdia), porque eu não mais tornarei misericórdia da casa de Israel, para lhe perdoar".

Este nome simboliza que Deus "não terá misericórida" de Israel por causa das suas prostituições. 

"Lo-Ami", o terceiro é um outro rapaz e Deus disse para chamá-lo de "Lo-Ami" que significa:

Oseias 1:8 "Depois de haver desmamado a Desfavorecida, concebeu e deu à luz um filho. 9 Disse o SENHOR a Oséias: Põe-lhe o nome de Lo-Ami (que quer dizer - Não Meu-Povo), porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus".

Este nome simboliza que Deus já "não considera Israel - como sendo o Seu Povo", por causa das suas prostituições.


1.2 Os nomes são mudados para simbolizar também o amor de Deus por Israel.

Deus ao pedir a Oseías para casar com uma prostituta, quer acima de tudo revelar o amor que tem por Israel apesar da Nação andar desviada. Por isso ao dar os nomes aos filhos de Oseias, depois de revelar a sua ira atrás desses nomes, e que não irá ter misericódia e perdoar Israel, Deus muda os nomes deles:

De Jezreel o rapaz, que significa: "que Deus vai castigar o seu povo" e de Lo-Ami o outro rapaz, que significa: "tu não és o meu povo", Deus muda pelo nome de Ami que significa: "tu és o meu povo" e que o povo dirá "tu és o meu Deus". Oseias 2:1 e 23

De LO-Ruama, a rapariga que significa: que Deus "não terá misericórida" de Israel por causa das suas prostituições, Deus muda pelo nome de Ruama que significa "que Deus agora terá misericórdia dela".Oseias 2:1 e 23

É por isso que Deus pede a Oseías para ir buscar a sua mulher de volta e perdoá-la, e Oseías obedeceu:

Oseias 3:1 "Disse-me o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas. 2 Comprei-a, pois, para mim por quinze peças de prata e um ômer e meio de cevada; 3 e lhe disse: tu esperarás por mim muitos dias; não te prostituirás, nem serás de outro homem; assim também eu esperarei por ti".

Deus já está a revelar que Ele vai fazer o mesmo com Israel, apesar de ter-se afastado de Deus, Deus irá buscá-la de volta e perdoá-la.

Oseias 1:10 "Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que se não pode medir, nem contar; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo. 11 Os filhos de Judá e os filhos de Israel se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra, porque grande será o dia de Jezreel".



I I I. Cristo é revelado no livro

Os escritores do NT descrevem Oséias como o responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo. Mateus vê em 11.1, uma profecia cumprida quando Jesus era bebé e foi literalmente levado e trazido do Egipto, um paralelo com a longa estadia de Israel no Egipto e o êxodo. ver Mateus 2.15

O Escritor de Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus 14.2.

Ver Hebreus 13:15 "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome".

Jesus cumpre a promessa de Oséias de que Alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da ressurreição.

Oseias 13:14 "Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição? Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum".

Ver 1 Coríntios 15.55. "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"

Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o Noivo e a igreja como a noiva correspondem à cerimónia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num permanente relacionamento com Israel 2.19,20.

Ver Efésios 5.25-32 "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito".

Jesus também, em pelo menos dois de seus sermões aos fariseus, tira seu texto de Oséias:

Quando questionado acerca da sua permanência no lar dos pecadores e cobradores de impostos, Jesus cita Oséias para mostrar que Deus não deseja apenas palavras vazias ou rituais desumanos, mas um cuidado genuíno e preocupação com mas pessoas.

Oseias 6:6 "Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos"

Ver Mateus 9.13 "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento]".

E, quando os fariseus acusam os discípulos de Jesus de violar o sábado, Jesus os defende lembrando que Deus coloca o interesse pelas necessidades humanas acima das formalidades religiosas.

Ver Mateus 12:7 "Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes".


V. O Espírito Santo é revelado no livro

O Livro de Oséias ensina duas notáveis lições a respeito do Espírito Santo:

A. É importante depender da presença do Espírito


1. Coisas negativas

As coisas negativas aparecem quando o Espírito Santo está longe de uma vida. Uma vez Oséias usa a frase “o espírito de luxúria”. 4:12, e outra vez, “ o espírito da prostituição” 5.4, e relata o que acontece como consequência de ser preenchido com um espírito impuro.


2. O espírito de luxúria

Como Paulo em Efésios, Oséias relaciona tal espírito com o vinho, que escraviza o coração. Esse espírito de luxúria também faz as pessoas se desvairem para falsos caminhos e falas adorações, em contraste com o Espírito Santo, que nos guia para caminhos verdadeiros e para a verdadeira adoração 4.11-13. Ver Efésios 5.17-21.


V I. O esboço geral do livro

Título: O amor de Deus e o apelo ao arrependimento ao povo infiel

I. A infedilidade do povo de Israel Oseias 1:1-3:5.
1. O Casamento de Oseias com Gomer 1:1-2.
2. O Adultério de Gomer 2:5.
3. Oseias torna a ir buscar a Gomer 3:1.
4. Oseias paga um preço por Gomer 3:2.
5. Gomer simboliza a infidelidade de Israel 3:5.

I I. O amor de Deus por Israel  Oseias 4:1 - 14:9
1. Os pecados do povo denunciados 4:1-19.
2. Deus retirou-se do povo até que se arrependam 5:1-15.
3. Ladrões, mentirosos e traidores 7:1.
4. O amor das riquezas leva à desonestidade 12:7.
5. Gilgal tornou-se num santuário idólatra 12:11.
6. O povo passou a adorar a Baal 13:1.
7. Deus pede para Israel tornar ao Senhor 14:1.
8. Promessa de restauração 14:4.

I I I. Aplicação da mensagem de Oseias aos crentes
1. O amor de Deus pelo seu povo.
2. O povo desviado rejeita o amor de Deus.
3. A restauração do povo de Deus

A mensagem principal do livro é a mensagem de um Deus de amor e de paciência a um povo desviado, pedindo-lhe o seu regresso. Deus está à espera do povo desviado, fazendo tudo para o seu regresso. Vemos também que apesar de Deus ter feito tudo pelo povo, este continua soberbo e rejeitando-o.



I V. Mensagem sobre o livro pelo Viriato

A. Contexto histórico

Oseias iniciou o ministério no ano 760 a.c., reinado do rei Jeroboão que continuou com os pecados dos reis anteriores, contribuindo para Israel se tornar apóstata: meretriz 9:1, adúltera 2:2 Deus enviou Elias, Eliseu e Amós para repreendê-los, mas eles continuaram a viver no pecado. Oseias anuncia que, apesar do seu desvio, Deus continua à espera deles.

B. Tema do livro

Descreve o casamento de Oseias com a prostituta Gomer, com quem Deus pede para ele casar 1:2-3 Oseias faz alusão à infidelidade da mulher que segue os seus amantes, comparando com a infidelidade de Israel que segue Baal e outros deuses. Oseias salienta que Deus está à espera do regresso de Israel e que virá o dia em que lhes dirá “Tu és o meu povo” e Israel dirá “Tu és o meu Deus” 2:23.

C. Palavras chaves.

A palavra chave do livro é “retornar”

2:7 Depois tornar-me-ei ao meu primeiro marido.

3:5 Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor Deus.

6:1 Vinde tornemos para o Senhor.

D. A mensagem do livro

Oseias obedece à ordem do Senhor e casa com Gomer que vinha de uma descendência de prostitutas, tornando-se infiel a Oseias. Este casamento infiel ilustra a relação entre Deus e o povo infiel. O esforço de Oseias na recuperação da esposa é uma ilustração do amor de Deus e dos métodos utilizados para trazer o povo infiel de volta.

1. É Deus quem dá o 1º passo para a reconciliação.

"Vai outra vez, ama uma mulher adúltera" 3:1

2. É Deus quem paga o preço do resgate.

"E comprei para mim por quinze peças de prata" 3:2


3. Deus contende com o povo desviado e infiel.

"Porque o Senhor tem uma contenda" 4:1


4. Deus mostra paciência e perseverança.

"Atrai-os com cordas de amor, recusam converter-se" 11:1-5


5. Deus faz apelo à conversão.

"Converte-te ó Israel" 12:6, 14:1


6. O amor de Deus é voluntário e incondicional.

"Eu voluntariamente os amarei" 14:4


7. É Deus quem sara (ou restaura).

"Eu sararei a sua perversão" 14:4


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


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