segunda-feira, 9 de julho de 2007

13 - O Livro de Sofonias

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Sofonias


I. Introdução

Este livro das Escrituras Hebraicas contém a palavra de Deus por meio do seu profeta Sofonias. Foi nos dias do Rei Josias, de Judá 659-629 aC, que Sofonias realizou sua obra profética. Sofonias 1:1.

No 12.° ano do reinado de Josias, quando tinha uns 20 anos de idade, o rei começou uma extensa campanha contra a idolatria, e a partir do 18.° ano do seu governo até o seu término, seus súbditos “não se desviaram de seguir a Deus”. 2Crónicas 34:3-8, 33. Portanto, visto que o livro de Sofonias menciona a presença de sacerdotes de deuses estrangeiros, e a adoração de Baal e de corpos celestes em Judá, o tempo da sua composição pode ser razoavelmente colocado antes do começo das reformas de Josias, por volta de 648 aC. Sofonias1:4, 5.

Idolatria, violência e fraude proliferavam em Judá quando Sofonias começou a profetizar. Muitos diziam no coração: “Deus não fará o que é bom e não fará o que é mau.” (Sof 1:12) Mas a profecia de Sofonias tornou claro que Deus executaria vingança nos transgressores impenitentes. 1:32:3; 3:1-5.

Os julgamentos adversos de Deus recairiam não só sobre Judá e Jerusalém, mas também sobre outros povos os filisteus, os amonitas, os moabitas, os etíopes e os assírios. 2:4-15. A profecia de Sofonias deve ter sido especialmente confortante para os que se esforçavam a servir a Deus e que se devem ter sentido muito aflitos com as práticas detestáveis dos habitantes de Jerusalém, inclusive com seus corruptos príncipes, juízes e sacerdotes. Sofonias 3:1-7.

As pessoas justas devem ter aguardado a execução do julgamento divino nos iníquos, e evidentemente dirigem-se a elas as palavras: “‘Esperai-me a mim … até o dia em que eu me levantar para o despojo, pois a minha decisão judicial é ajuntar nações, para que eu reúna reinos, a fim de derramar sobre elas a minha indignação, toda a minha ira ardente. 3:8.

Por fim, Deus daria atenção favorável ao restante do seu povo, Israel, restabelecendo-o do cativeiro, e fazendo dele um nome e um louvor entre todos os outros povos. 3:10-20.



I I. O autor e a data

A. Autor: Sofonias

Foi Sofonias. O nome “Sofonias” significa “O Senhor escondeu”. Ele foi um profeta de Judá. Ele se identificou melhor do que qualquer outro dos profetas menores, remontando a sua linhagem quatro gerações até Ezequias, um bom rei que levou o povo de volta a Deus durante o tempo do profeta Isaías. Sofonias foi contemporâneo do rei Josias e seu parente distante, havendo uma possibilidade que tivessem sido amigos.

A intimidade de emoção bom como a familiaridade de lugar, quando Sofonias escreve a respeito de Jerusalém 1.10-11, indicam que ele havia crescido lá. De acordo com o arranjo das Escrituras hebraicas, Sofonias foi o último profeta a escrever antes do cativeiro.

B. A Data: 630 aC.

Data: Cerca de 630 aC. Sofonias dá o período de tempo geral do seu escrito como sendo “nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá” 1.1, cerca de 640 a 609 aC. O auge da reforma de Josias foi nos anos 620. Visto que a queda de Nínive em 612 aC ainda não havia acontecido 2.13,15, a maioria dos estudiosos estabelece a data dos escritos entre 630 3 627 aC. Seus contemporâneos incluem Jeremias e Naum.


I I I. O contexto histórico e o conteúdo

A. Contexto histórico

Aproximadamente 100 anos antes dessa profecia, o Reino do Norte, Israel. havia sido derrotado pela Assíria. O povo foi levado cativo, e a terra foi colonizada mais uma vez por estrangeiros. Sob o reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, eram pago tributos para evitar que a Assíria invadisse o Reino do Sul.

A aliança com a Assíria não somente afectou Judá politicamente , mas também as práticas religiosas, sociais e morais da Assíria influenciaram Judá. No entanto foi dada protecção oficial foi a Judá para manter as suas artes mágicas, adivinhados e encantadores. A religião astral se tornou tão popular, que o rei Manassés , construiu altares para adoração do sol, lua , estrelas, signos do zodíaco e todos os astros dos céu, à entrada da Casa do Senhor 2 Reis 23.11.

A adoração da deusa mãe da Assíria se tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá Jeremias 7.18. Todavia à medida que o jovem Josias foi tomando conta das rédeas do governo, a ameaça assíria foi diminuindo. O golpe final ao seu poder veio com uma revolta de uma Babilónia em ascensão, que resultou, finalmente, na destruição de Nínive.

B. O Conteúdo do Livro

Sofonias considerava o desenvolvimento político de Israel, Judá e de todas as nações circunvizinhas de uma perspectiva que ensinava que Deus estava envolvido em todos os assuntos da história.

Falando como um oráculo de Deus, ele entende que Deus usa os governos estrangeiros para levar o julgamento sobre o povo escolhido, devido à sua rebelião. Sofonias vive apavorado com o fato que vendo a vida que as tribos do Norte estavam a fazer, mergulhados no pecado e na astrologia, o povo de Judá ainda mantinha a absurda noção de que Deus era incapaz de fazer bem ou mal 1.12.

Os escritos de Sofonias tem três componentes:


1. Pronunciamento de um julgamento específico

Que afinal condizia com o julgamento universal do pecado, em que Deus não abre excepções, quem pecar deverá ser julgado, mesmo o Seu povo.


2. Um apelo ao arrependimento

Sofonias apela ao arrependimento Porque Deus é justo, mas também é misericordioso e deseja perdoar o povo


3. Promessa que os restantes que fizeram de Deus o seu refúgio, serão salvos

“Mas deixarei no meio de ti um … remanescente … não haverá quem os espante” 3:12-13


I V. Cristo é revelado no livro

O significado do nome de Sofonias “ O Senhor encobriu” conduz ao ministério de Jesus. A verdade da Páscoa no Egipto, onde aqueles que foram encobertos pela marca de sangue nas portas foram protegidos do anjo da morte, é repetida na promessa de 2.3, onde aqueles mansos da Terra que preservaram a justiça de Deus serão encoberto no Dia da ira do Senhor.

Colossences 3.2-3 explica esse aspecto do ministério de Cristo: “Pensai nas coisas que são de cima e não na que são terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. “

O regozijo sobre um restante que será salvo 3.12-17 está relacionado com a Obra de Jesus. Ele disse: "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Lucas 15.7

A figura de um alegre Redentor que espera receber os seus é, novamente, descrita em Hebreus 12.2.


V. O Espírito Santo em acção

Jesus disse que uma das obras do Espírito Saanto seria convencer o mundo do julgamento, porque já o príncipe deste mundo está julgado João 16.8-11. Desde a sua vinda, o Espírito Santo tem estado proclamando ao mundo, como Sofonias fez: “Congrega-te... Antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha; antes que venha sobre vós a ira do Senhor”. 2.1-2.

Mais uma obra do Espírito Santo é encontrada na promessa que Deus irá restaurar dando lábios puros, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito 3.9.



V I. O esboço de Sofonias

I. Introdução 1.1

1. A identificação do autor 1.1

2. O tempo do escrito 1.1

I I. O dia do julgamento contra Judá 1.2-13

1. O julgamento sobre toda a criação 1.2-3

2. Contra os líderes religiosos 1.4-7

3. Contra os líderes políticos 1.8-9

4. Contra os líderes do comércio 1.10-11

5. Contra os descrentes 1.12-13

I I I. O dia do Senhor 1.14-18

1. Próximo e se aproxima rapidamente 1.14

2. Um dia de indignação 1.15-16

3. A terra inteira para ser destruída 1.18

I V. Um chamado ao arrependimento 2.1-3

1. Um chamado para congregar 2.1-2

2. Um chamado para buscar o Senhor 2.3

V. O dia do julgamento contras as nações circunvizinhas 2.4-15

1. Aos da borda do Mar—filisteus 2.4-7

2. Aos do oriente—Moabe e Amom 2.8-11

3. Aos do sul—Etiópia 2.12

4. Aos do Norte—Assíria 2.13-15

V I. O dia do Julgamento contra Jerusalém 3.1-7

1. Contra os líderes 3.1-4

2. O Senhor é justo, no meio dela 3.5

3. Jerusalém não mudou 3.6-7

V I I. Um remanescente fiel 3.8-20

1. Falar com pureza e honestidade 3.8-13

2. Os juízos são afastados, e os inimigos são exterminados 3.4-15

3. O Senhor regozijando-se 3.16-17

4. O povo restaurado 3.18-20


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:

12 - O Livro de Habacuque

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para facilitar a leitura e assim os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Habacuque


I. Introdução

Habacuque ou Habacuc, assim é chamado o livro escrito pelo profeta do mesmo nome, que significa abraço, e está incluso, na subdivisão da Bíblia chamada de Profetas menores, sendo um livro de apenas três capítulos, provavelmente tenha sido escrito no século V a.C..

Habacuque sugere que o profeta observava a sociedade judaica a partir do templo, onde possivelmente servia como levita, isto é cantor. Podemos notar que o capítulo três deste livro é uma canção, sendo que os últimos três versos vs 17-19 são considerados uma das maiores expressões de fé do Antigo Testamento.

O livro de Habacuque é diferente dos demais livros dos profetas em seu estilo literário, pois não vemos profecias contra esta ou aquela nação ou pessoa em particular, porém o que se pode ver é um diálogo entre o profeta e Deus.

Vemos um versículo importante no capítulo dois: "O justo viverá da fé", que mais tarde inspiraria o Apóstolo Paulo as suas cartas epistolares, a de Romanos em especial, cheias de teologia baseada na questão da salvação, que o homem é justificado pela Fé, que posteriormente inspirou também Martinho Lutero na elaboração das "95 Teses" que foram o "gatilho" da Reforma e foram afixadas na Catedral de Wittemberg na Alemanha.


I I. O autor e data

A. Autor: Habacuque

O nome “Habacuque” significa “abraço” ou significando que ele foi “abraçado por Deus” e, desse modo, fortalecido por ele para sua difícil tarefa, ou “abraçando outros”, dessa maneira encorajando-os nos tempos de crise nacional.

"A notação musical encontrada em 3:19, pode indicar que Habacuque era qualificado para liderar a adoração no templo como um membro da família dos sacerdotes da tribo de Levi". O profeta está imbuído de um senso de justiça, o qual não o deixará ignorar a violenta injustiça existente em volta dele. Ele também aprendeu a necessidade de apresentar as questões mais importantes sobre a vida perante Aquele que criou e redime a vida.

B. Data: Cerca de 600 aC


I I I. Contexto histórico e conteúdo

A. Contexto Histórico

Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia caído do auge das reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento de seus cidadãos, medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema legal. O mundo localizado ao redor de Judá estava em guerra, com a Babilónia que se levantava em ascensão sobre a Assíria e Egipto.

A ameaça de invasão do Norte foi adicionado à desordem interna de Judá. Habacuque , provavelmente, tenha escrito durante o intercalo entre a queda de Nínive, em 612 aC e a queda de Jerusalém, em 586 aC.

B. O Conteúdo do livro


1. Jornada espiritual de Habacuque da dúvida à adoração

"O Livro de Habacuque relata uma jornada espiritual, a trajectória do profeta que foi da dúvida à adoração. A diferença entre o início do Livro 1.1-4 e o final do livro 3.17-19 é impressionante".

No final do livro ele expressa no final a maior declaração de fé do Antigo Testamento. Habacuque começa o livro a resmungar, confrontando Deus com muitas questões e dúvidas, e acaba o livro a adorar a Deus dizendo, ou cantando:

“ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas. Habacuque 3:17-19


2. Habacuque expressa dúvidas sobre a forma de Deus agir.

Nos primeiros quatro versículos, Habacuque é oprimido pelas circunstâncias existentes ao seu redor. Ele não consegue pensar em nada além da iniquidade e da violência que ele vê à sua volta, entre as nações, e entre o seu povo.

Embora Habacuque fale com Deus 1.2, ele está confuso pois pensa que Deus se retirou do cenário da terra: as palavras de Deus foram esquecidas; as Suas mãos já não se manifestam mais no mundo; Deus não pode ser encontrado em lugar algum.

Parece que são os homens a dirigir o mundo, homens vis, por isso mesmo, dirigem-no sem o temor de Deus. As palavras que Habacuque utliza descrevem a cena que está a passar na terra:

“iniquidade... vexação... destruição... violência... contenda... litígio... A lei se afrouxa... a sentença nunca sai... o ímpio cerca o justo... o juízo sai pervertido”.

3. Habacuque abandona as dúvidas e perguntas e adora a Deus

"Quão diferente é a cena nos três últimos versículos do livro 3.17-19!"

Tudo mudou! O profeta não se encontra mais zangado e ansioso por causa das circunstâncias, pois sua visão foi elevada. As questões temporais não ocupam mais os seus pensamentos, mas seus pensamentos estão nas coisas do alto.

Em vez de estar sendo regido por considerações mundanas, Habacuque fixou a sua esperança em Deus, pois ele percebe que Deus tem interesse em suas criaturas. Ele é a fonte da alegria e da força do profeta. Habacuque descobriu que Deus o criou para algo sublime, elevado: “E me fará andar sobre as minhas alturas” 3.19.

As palavras do último parágrafo contrastam muito com as do primeiro:

“e alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é a minha força... Pés como os das cervas... Andar sobre as minhas alturas” 3.18,19.

Assim, Habacuque foi da queixa à confiança, da dúvida à fé, do homem a Deus, dos vales aos montes altos.

Se o centro do evangelho é a mudança e a transformação, o Livro de Habacuque assume esta renovação, transformação. No centro da mudança e no centro da mensagem do profeta encontramos o credo da fé:

“O justo, pela sua fé, viverá" 2.4

Para o profeta, Deus promete protecção em tempos de grande sublevação. Quando a invasão, que foi predita, pelas forças estrangeiras se tornar uma realidade, aquele remanescente justo cujo Deus é o Senhor, cuja confiança e dependência estão nele, será liberto, e eles viverão.

Para os escritores do NT, tais como Paulo e o autor de Hebreus, essa afirmação de fé é a demonstração do poder do evangelho que dá a aquele que crê a salvação e a segurança da vida eterna.


I V. Cristo revelado no livro de Habacuque

Os termos usados em Habacuque 3.13 ligam a ideia da salvação com o ungido do Senhor. As raízes hebraicas dessas palavras reflectem os dois nomes do nosso Senhor: Jesus, que significa “salvação”, e Cristo que significa “o ungido”.

O contexto aqui é o grande poder de Deus manifestado em favor do seu povo, através de um Rei davídico, que lhes traria a libertação dos seus inimigos.

O Messias veio no tempo determinado 2.3; Gálatas 4.4, e foi dado a ele o nome de “Jesus” como a profecia pré-natal de seu ministério Mateus 1.21, e nasceu “na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor Lucas" 2.11.

Enquanto Habacuque espera pela resposta às suas perguntas, Deus lhe concede um presente, que é a revelação do Messias que trará salvação, que é uma verdade que satisfaz a sua ansiedade, bem como apresenta a solução para sua situação presente:

“O justo, pela sua fé, viverá” 2.4.

O Apóstolo Paulo vê nessa afirmação da Habacuque a pedra fundamental do evangelho de Cristo Romanos 1.16-17. Cristo é a resposta para as necessidades humanas, incluindo a purificação do pecado, o relacionamento com Deus e a esperança no futuro.


V. O Espírito Santo em acção

Nenhuma referência específica sobre o Espírito Santo ocorre no Livro de Habacuque, mas existem sugestões da vida do Espírito Santo operando na vida do profeta.

À medida que o profeta examina a destruição causada pelos exércitos invasores, ele, contudo, expressa uma alegria inabalável que nem mesmo um desastre de tão ampla escala pode roubar dele, nos lembrando que:

“o futuro do Espírito é... gozo, paz, amor …” Gálatas 5.22

Só o Espírito Santo poderia inspirar tais frutos no meio de tão grande calamidade, que suscitou tantas perguntas e dúvidas no coração de Habacuque, e suscitar a afirmação que ele faz: “o justo viverá pela fé” 2:4, assim como a oração de adoração no final desta jornada espiritual "que levou Habacuque da dúvida à fé", 3:17-19


V I. O esboço do livro de Habacuque

 A. As perguntas de Habacuque 1.1-17 a 2.1-20

1. A pergunta acerca da aparente passividade de Deus 1.1-11

A pergunta declarada: “Por que Deus não faz alguma coisa?" 1.1-5

A resposta dada: “Porque eis que suscito os caldeus” 1.6-11

2. A pergunta acerca dos métodos: 1.12-17, 2:1-20

“Por que Deus usa ímpios?”

Resposta dada por Deus A Habacuque 2.1-20

O alcance da resposta 2.2-3

A verdade central para os crentes 2.4

As consequências da verdade para os incrédulos 2.5-20

B. A oração final de Habacuque 3.1-19

1. O poder do Senhor 3.1-16

Um grito de misericórdia 3.1-2

O poder da natureza 3.3-11

O poder contra as nações 3.12-16

2. A fé do profeta 3.17-19

Confiança apesar das circunstâncias 3.17-18

Confiança por causa de Deus 3.19


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:

11 - O Livro de Naum

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.


Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.


E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


Devido a todo este trabalho feito por mim, pastores e pregadores do Evangelho, poderão encontrar centenas de mensagens sobre os livros dos profetas.



O livro de Naum



I. Introdução

Naum foi o profeta enviado por Deus para predizer a ruína completa e destruição de Nínive. Este livro é uma profecia “contra Nínive”, capital do Império Assírio. Este livro bíblico foi escrito por Naum, o elcosita. (Na 1:1) O cumprimento histórico da profecia contra Nínive atesta a autenticidade do livro.


Algum tempo depois da cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma humilhante derrota no sétimo século AEC (3:8-10), escreveu-se o livro de Naum, completado antes da predita destruição de Nínive em 632 AEC. A agressividade militar dos assírios tornara Nínive uma “cidade de derramamento de sangue”. 3:1


O tratamento dos cativos de guerra era cruel e desumano. Alguns eram queimados ou esfolados vivos. Outros eram cegos ou se lhes cortavam o nariz, as orelhas ou os dedos. Frequentemente, os cativos eram conduzidos por cordões com ganchos que furavam o nariz ou os lábios.


Nínive merecia, deveras, ser destruída pela sua culpa de sangue. Jeová exige devoção exclusiva; embora seja vagaroso em irar-se, não deixa de punir quando isto é merecido. Jeová é um baluarte protector para os que confiam nele, mas exterminará os inimigos.



I I. O autor e a data


A. Autor: Naum


Naum cujo nome significa “confortador” ou “cheio de conforto”, é desconhecido, a não ser pelo breve título que inicia a sua profecia. Sua identificação como um “elcosita” não ajuda muito, visto que a localização da cidade de Elcose (Elcós) é incerta.


Carfanaum, uma cidade da Galiléia, tão proeminente no ministério de Jesus, significa “Aldeia de Naum”, e alguns têm especulado mas, sem prova concreta, que seu nome deriva do profeta.


Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.


B. Data: Pouco antes de 612 aC


Em Naum 3.8-10, o profeta narra o destino da cidade egípcia de Tebes, que foi destruída em 663 aC. A queda de Nínive, ao redor da qual todo o livro gira, aconteceu em 612 aC. A profecia de Naum deve ser datada entre esses dois acontecimento, visto que ele olha para trás para um e à frente para outro.


É mais provável que sua mensagem tenha sido entregue pouco antes da destruição de Nínive, talvez quando os inimigos da Assíria estavam colocando suas forças em ordem de batalha para o ataque final.



I I I. O contexto histórico e o conteúdo


A. Contexto histórico


O reino dos assírios havia sido uma nação próspera durante séculos, quando o profeta Naum entrou em cena. O seu território que mudou-se com o passar dos anos por causa das conquistas e derrotas dos seus governantes, localiza-se ao norte da Babilónia, entre e além dos rios Tigre e Eufrates. Documentos antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados.


A queda do império Assírio, cujo clímax foi a destruição da cidade de Nínive em 612 aC, é o assunto da profecia de Naum. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o pronunciamento do julgamento que Naum profetizou sobre a cidade.


Consequentemente, o profeta é judicial em seu estilo, incorporando antigos “oráculos de julgamento”. A linguagem é poética, vigorosa e figurada, sublinhando com intensidade este tema do julgamento com o qual Naum se identifica.


B. O Conteúdo do livro


O livro de Naum focaliza-se num único interesse: "na queda da cidade de Nínive".


As três secções principais, correspondentes aos três capítulos que abrangem a profecia:



1. A primeira secção

Descreve o grande poder de Deus e como aquele poder que opera em forma de protecção para o justo, mas de julgamento para o ímpio. Naum 1:1-15


Embora Deus não seja rápido em julgar pois é um Deus paciente e misericordioso, a sua paciência tem limites e vem o dia que Ele tem que julgar 1:2-3


A terra toda está sob o seu controle; e, quando ele se zanga e aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele 1:1-8.


Na condição aflitiva em que se encontrava, diante dos inimigos, Judá podia facilmente duvidar da bondade de Deus e até mesmo questionar os juízes de Deus em relação aos inimigos do Seu povo. Mas a predição do juízo sobre Nínive traz uma mensagem de consolação para Judá, Deus afinal julga os ímpios 1:12-15


2. A segunda secção:


Descreve principalmente a destruição de Nínive Naum 2:1-13.


Tentativas de defender a cidade contra seus atacantes serão em vão, porque o Senhor já decretou a queda de Nínive e a ascensão de Judá 2:1-7.


As portas do rio se abrirão, inundando a cidade e varrendo todos os poderosos, e o palácio se derreterá 2:6.


O povo de Nínive será levado cativo 2:7.


Outros fugirão com terror 2:8.


Os tesouros preciosos serão saqueados 2:9.


Toda a força e autoconfiança se consumirão 2:10.


O covil do leão poderoso será desolado, porque “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos” 2:11-13.


3. A terceira secção:


É o final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel, mas é um julgamento justificado pois Nínive era uma “cidade ensanguentada”, culpada por espalhar muito sangue inocente entre as nações que dominava. Naum 3:1-19


Era uma cidade conhecida pela mentira, falsidade, rapina e devassidão. Tudo isto era uma ofensa a Deus; portanto, seu veredicto de julgamento era inevitável 3:1-7.


O profeta faz uma comparação com Nô-Amom, uma cidade egípcia que sofreu a queda, apesar de numerosos aliados e fortes defesas. 3:8-10


Nínive, como Nô-Amom, não pode escapar ao julgamento divino. As tropas se espalharão, o povo serão como mulheres, o fogo consumirá tudo 3:11-15


Os negociantes e os líderes sucumbirão e o povo fugirá 3:16-18.


Não há cura para Nínive, todas as vítimas que foram impiedosamente abusadas baterão as palmas pelo seu julgamento 3:19.



I I I. O Espírito Santo em acção


Não há nenhuma referência específica sobre o Espírito Santo.


Todavia, a obra do Espírito age na produção da profecia e na direcção dos acontecimentos descritos no livro


O cabeçalho do livro descreve-o como a “visão de Naum" Naum 1:1


O Espírito Santo funciona aqui como o Revelador, Aquele que revela esta drama a Naum sobre a crueldade da cidade de Nínive, e comunica a mensagem do Senhor que ele está encarregado de pronunciar a título de julgamento..


O Espírito Santo também funciona como o grande instigador da queda de Nínive. Os inimigos, dentre eles os filhos da Babilónia, os medos e os citas, juntam suas forças contra os assírios e saqueiam a cidade. Deus usa agentes humanos para executar seu julgamento, mas atrás disso tudo está a obra do seu Espírito, instigando, impelindo e punindo de acordo com a vontade de Deus.


Pela obra do Espírito Santo, o Senhor convocou suas tropas e as levou para a batalha vitoriosa.




I V. A conclusão

A grande lição teológica de Naum é a "direcção de Deus na história". Os impérios humano podem ser cruéis, mas vem o dia em que Deus os julgará.


Apesar dos crentes saberem que não podemos construir uma sociedade cristã justa e perfeita neste mundo, isto não deve levar os crentes a desistirem de lutar pela justiça social, embora seja um facto que o mundo está nas mãos de ímpios. O mundo jaz no Maligno. I João 5.19.


"No entanto, apesar dos ímpios governarem o mundo, e apesar das suas declarações pomposas, e muitas vezes contra Deus, Ele retomará o que é Seu, aniquilando o poder do Mal".


Quando aprouve a Deus, muitas Nações antigas e modernas chegaram ao seu fim, por causa do excesso da sua maldade. E hoje é ainda a mesma coisa.


Daniel 2.20-21: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos”.


Deus é o Senhor da história. Ele nunca perdeu nem nunca perderá o domínio da história.


Tudo decorre segundo o seu tempo e plano redentor. Eventualmente ele pode demorar em seu juízo sobre alguns homens e nações impiedosas, "mas por fim, será a Sua vontade a prevalecer".


Esta profecia de Naum devia servir de advertência para os incrédulos. Mas para nós, é uma promessa que há um Deus que governa o mundo e pune o mal. Há um Deus que sabe quem são os adversários do Seu Reino e os pune no momento certo. Por isto, confiemos no poder de um Deus que conduz a história e que a faz caminhar para onde ele deseja.



V. O esboço de Naum


Título do livro: "O veredicto de Deus"


I. O veredicto de Deus sobre Nínive 1.1-15


1. O zelo de Deus 1.2-6


2. A bondade de Deus 1.7


3. O julgamento de Nínive 1.8-14


4. A alegria de Judá 1.15


I I. A profecia sobre a destruição de Nínive 2:1-13


1. A vingança de Deus 2.1-13


2. Destruição de Nínive 2.1-12


3. A declaração do Senhor 2.13


I I I. A vitória de Deus sobre Nínive 3.1-19

1. Os pecados de Nínive 3.1-4

2. O cerco de Nínive 3.5-18

3. A celebração sobre Nínive 3.19


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm
 

Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:


10 - O Livro de Miqueias

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para facilitar os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.



O livro de Miqueias


I. Introdução

Miquéias (em Portugal: Miqueias) é um nome que vem de uma palavra hebraica que significa "Quem é como Yahweh?". O nome do autor do livro de Miquéias aparece na septuaginta como Michaías. A Vulgata Latina diz Michaeas. Ele foi um profeta do século VIII a.C. morador de Morasti-Gat, na Shefelá em Judá, talvez tenha sido um líder (ancião, heb. zaqen) da comunidade. Atuou em Judá no período de Jotão, Acaz e Ezequias.

O livro, escrito em Hebraico, é de dificil leitura, pois o texto encontra-se corrompido, para tanto os tradutores da Bíblia utilizam-se de guias como as versões em língua grega, síria e copta.

 A. A macro-estrutura do livro é composta por quatro partes:

1 - Teofania e Acusação contra pecados concretos 1-3

2 - Salvação - O futuro Reino de Javé em Sião 4-5

3 - Julgamento de Javé contra o povo 6.1-7.7

4 - Liturgia Final 7.8-20


I I. O autor e a data

A. Autor: Miqueias

Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII aC. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações” no objectivo das sua profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi, também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte.

Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de 32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.

O Nome de Miquéias, pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”. Miquéias era tão sincero e completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi lembrada e citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).

B. Data: entre 704 e 696 aC

Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 aC), Acaz (731-716 aC), e Ezequias (716-686 aC). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 aC), uma data entre 704 e 696 aC parece ser provável.


I I I. O contexto histórico e o conteúdo

A. Contexto histórico

No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor 1.5.

Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá estava prestes a cair, a não ser que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.

B. O Conteúdo:


1. O Livro de Miqueias é uma profecia sobre Deus

Esta profecia não tem concorrente no que respeita ao perdão dos pecados e na compaixão de Deus pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém o concerto com Abraão e seus descendentes.

Vemos salientado no livro sobre Deus:

O louvor ao Senhor (2.9).

A face do Senhor (3.4).

Os caminhos do Senhor (4.2).

Os pensamentos do Senhor (4.12).

A força do Senhor (5.4).

A excelência do nome do Senhor caracterizada.(5.4)

O furor do Senhor contra todas as formas de rebelião moral (5.15;7.18).

A justiça do Senhor (6.5; 7.9).

A ira do Senhor (7.9)


2. O Senhor aparece como testemunha contra o povo

Na abertura do livro, o Senhor aparece desde o templo da sua Santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O factor mais notável na forma do Senhor manejar a sua causa é a profundidade com que Ele apresenta a sua contenda (6.2), ao ponto de querer sentar-se à mesa do réu e deixando o seu povo levar qualquer queixa que tenha quanto ao modo como o Senhor Deus os tenha tratado (6.3). Além disso, Deus se apresenta como advogado de defesa de todo aquele que verdadeiramente se arrepender (7.9)

Ainda a Babilônia não era um poder mundial que podia permanecer independente do poder da Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como um julgamento de Deus contra a rebelião do seu povo contra Ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13).

Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, Miqueias estende a esperança para um restante (um resto) que irá ser restaurado, seja desse cativeiro, seja um restante que será espiritualmente restaurado ( podia estar a referir-se à igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). Miqueias profetiza que o Senhor libertará um restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)


3. Miquéias censurou a liderança da nação

A liderança da nação é censurada por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de Deus revela que as suas atitudes e acções em relação ao seu povo, uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), compaixão, que, uma vez, já redimiu a Israel do Egito (6.4), irá também redimir Judá da Babilônia (4.10). A Sua fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada em cada nova geração.

Essa mensagem está focalizada num única pergunta central para toda a profecia:

“Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e que re esqueces da rebelião do restante da tua herança?” (7.18).

A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar. A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivos a Deus.

A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo a glória da sua graça a ser manifestada em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento que devia dar esperança ao seu povo.



I I I. Cristo encontra-se revelado

A. As profecias sobre Cristo fazem o Livro de Miquéias

Fazem luzir uma esperança e encorajamento para o povo de Deus. O livro se inicia com uma grandiosa exposição da vinda do Senhor (1.3-5). As profecias posteriores afirmarão o aspecto pessoal da sua chegada em tempo histórico. Mas a disposição de Deus para descer e agir no meio de tudo é estabelecida desde o princípio.

B. 1ª profecia messiânica ocorre numa cena de pastor de ovelhas.

1. Um restante seria reunido como ovelhas num curral

Depois da terra deles ter sido corrompida e destruída, um restante dos cativos seria reunidos como ovelhas num curral. Então, alguém quebraria o cercado e os levaria para fora da porta, em direcção à liberdade. (2.12-13). E esse alguém é o seu “rei e Senhor”.

O episódio completo harmoniza-se belamente com a proclamação de Jesus acerca da liberdade aos cativos (Lc 4.18), enquanto, na verdade, liberta os cativos espirituais e físicos.


2. Uma das profecias mais famosas sobre o Messias de Israel

Miqueias 5.2 é uma das mais famosas profecias de todo o AT sobre o nascimento e a vinda do Messias: "E tu, Belém Efrata, de ti me sairá o que será Senhor em Israel""

Ela autentica a profecia bíblica como “a Palavra do Senhor” (1.1; 2.7; 4.2). A expressão “a Palavra” do Senhor (4.2) é um título aplicável a Cristo (Jo 1.1; Ap 19.13). A profecia de Mq 5.2 é, explicitamente messiânica “Senhor em Israel” e especifica seu lugar de "nascimento em Belém", num tempo quando Belém era pouco conhecida. Suas palavras foram pronunciadas muitos séculos antes do acontecimento.

Outra característica dessa profecia é que ela não pode se referir a apenas qualquer líder que possa ter sua origem em Belém. Cristo é o único a quem ela pode se referir, porque ela iguala o Senhor com o Eterno: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Esta profecia confirma tanto a humanidade quanto a divindade do Messias de um modo sublime.


3. Miqueias profetiza a condição de Pastor do Messias

A profecia de Mq 5:4-5 afirma a condição de pastor de Messias “apascentará o povo”, sua unção “na força do Senhor”, sua divindade “na excelência do nome do Senhor” e sua humanidade “seu Deus”, seu domínio universal “porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra” e a sua posição como líder de um reino de paz “E este será a nossa paz”.


4. O climax da profecia de Miqueias é a expiação do Messias

O climax da profecia (7:18-19), mais o versículo final (7.:0), apesar de não incluir o nome do Messias, definitivamente refere-se a ele. Na expressão da misericórdia e compaixão divinas, ele é Aquele que “subjugará as nossas iniqüidade”, lançando-as nas profundezas do mar para que Deus possa perdoar os pecados e trocar o pecado pela verdade.



I V. O Espírito Santo encontra-se revelado

Uma referência singular ao Espirito Santo ocorre no contraste feito por Miqueias da autoridade que está por trás de seu ministério com aquela dos profetas falsos de seus dias. Enquanto outros homens eram feitos corajosos pelos tóxicos para fabricar contos na forma de profecias, o verdadeiro poder, a força e justiça que estão por trás da mensagem de Miqueias vieram da sua unção pela “força do Espírito do Senhor” (3.8).


V. O esboço do livro

Tema: Quem é como o Senhor?

I. A dramática vinda do Senhor em Julgamento 1.1-2.13

1. Sobre as cidades capitais de Samaria e Jerusalém 1.1-9

2. Sobre as cidades localizadas a sudoeste de Jerusalém 1.10-16

3. Sobre os crimes que trazem ocupação estrangeira 2.1-11

4. Sobre todos, exceto um restante liberto pelo Senhor 2.12-13

I I. A condenação dos líderes feita pelo Senhor 3.1-12

1. Sobre os líderes que consomem o povo 3.1-4

2. Sobre os profetas, exceto Miquéias 3.5-8

3. Sobre os oficiais: chefes, sacerdotes e profetas 3.9-12

I I I. A vinda do reino universal de Deus 4.1-5.15

1. Atracção de todas as nações pelo nome do Senhor 4.1-5

2. Compaixão sobre o povo dependente e rejeitado 4.6-13

3. O lugar de nascimento e a administração do Messias 5.1-6

4. A restauração de um restante num lugar sem ídolos 5.7-15

I V. Deus apresenta a sua defesa e a sua contenda 6.1-7.6

1. O Seu cuidado redentor na sua história 6.1-5

2. As Suas expectativas para uma reação apropriada 6.6-8

3. O Seu fundamento para o julgamento do ímpio 6.9-7.6

V. A salvação de Deus é a esperança do povo 7.7-20

1. Apesar do julgamento temporário 7.7-9

2. Apesar dos inimigos do povo 7.10—17

3. Por causa da sua incomparável compaixão 7.18-20


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:

9 - O Livro de Jonas

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.



O livro de Jonas

I. Introdução

Jonas é o nome de um livro bíblico do Antigo Testamento. É um relato biográfico do profeta Jonas, na qual o Deus de Israel o terá mandado profetizar ao povo de Nínive, grande capital do Império Assírio, para persuadi-los a se arrependerem ou seriam destruídos dentro de 40 dias.

O Livro de Jonas fala foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que profetizou no Reino de Israel Setentrional, no 7.º Século a.C., no reinado de Jeroboão II. (Jonas 1:1; II Reis 14:25) Porêm, outros autores concluem que o livro tenha sido escrito no periodo pós-exílico.


I I O autor e a data

 A. O Autor: Jonas

Como está indicado em II Reis 14.25, Jonas era filho de Amitai e apanhou um navio de Gate-Hefer, uma vila situada a 5 Km ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom.

 B. Data: Por volta de 760 AC ou após 612 Ac

As questões da data e autoria de Jonas estão profundamente relacionadas. Se Jonas escreveu o Livro seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II. No início do séc. VIII, cerca de 793 a 753 aC.

Se foi um narrador a escrever o livro, poderia ter sido em qualquer altura depois do acontecimento descrito no livro.


I I I. Contexto histórico e conteúdo

A. O Contexto histórico do livro

1. Jonas o profeta

Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele era nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel. Jonas achou difícil aceitar o fato de Deus oferecer a sua misericórdia a Nínive da Assíria, uma vez que ele achava que os seus habitantes mereciam um julgamento severo.

Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá durante uma temporada (1Rs 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2Rs 8.7), mas somente a Jonas é que foi dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar directamente a uma cidade gentia.

Sua relutância em ir pregar estava baseada num desejo de ver o declínio de Nínive culminar numa completa perda de poder. Ele temia também que Deus pudesse mostrar a sua misericórdia a Nínive, oferecendo desta forma aos assírios a oportunidade de continuar a molestar Israel.

O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao carácter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e pelo seu hábito de viver somente com seu clã.

Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra.

A sua primeira desobediência intencional, e a sua posterior relutante obediência, e a sua ira sobre a extensão de misericórdia oferecida aos ninivitas revelam uma óbvia incoerência na aplicação da sua fé, ou na forma como ele entendia os juízes e os caminhos de Deus na Sua relação com o comportamento das nações.

Parece que Jonas só compreende que Deus deve julgar e castigar, mas nunca oferecer misericórdia aos inimigos, especialmente se forem inimigos do povo de Deus.

A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objectiva de Deus.

2. O povo assírio

Os assírios que eram pagãos, inimigos de Israel de longa data, foram a força dominante entre os povos antigos que existiam aproximadamente de 885 a 665 aC. Relatos do AT descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos.

O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas. Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direcção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas, II Reis 14.25

 B. O Conteúdo do livro

1. É uma história missionária quase sem mensagem profética

O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente dos outros livros proféticos, pois não contem nenhuma mensagem profética por assim dizer. No fundo, é uma história sem nenhuma mensagem do profeta, embora na sua pregação ele faz referência ao castigo que Deus fará cair sobre a cidade se os assírios não se arrependerem.

De facto contém mais uma mensagem missionária, pois vemos no livro uma ordem que Jonas deveria cumprir indo pregar o arrependimento a Nínive (aos pagãos).

A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos mais profundos encontrados em todo o Antigo Testamento:

“Deus ama todas as pessoas e povos, e quer oferecer-lhes o Seu perdão e a Sua misericórdia".

Israel foi encarregada por Deus para proclamar esta mensagem de amor e perdão a todos os povos, mas eles não compreenderam a importância dessa mensagem do amor de Deus, pois tornou-se um povo muito legalista que só seguia regras, honrando a Deus com os lábios e sacrifícios, mas o coração encontrava-se longe de Deus.

2. O povo e Jonas não compreende o amor de Deus pelos pagãos.

O povo de Israel, e Jonas, não compreende que Israel é uma Nação Sacerdotal, responsável por representar Deus na terra e ser mediadora entre Deus e os homens, indicando-lhes o caminho para ao perdão e a salvação.

a. Esta falta de comprensão leva-os a uma atitude legalista.

Essa falha, de não compreender o amor de Deus pelos pagãos, levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo legalista que vemos no Novo Testamento.

Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e viajar 1300 km para o oriente, indo a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. A mensagem que Deus lhe entregou para Nínive, incluía um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso os ninívitas respondessem positivamente, abandonando os seus pecados.

b. Jonas não quer o perdão de Nínive, com medo que continue a saquear Israel.

É uma aitutde nacionalista e legalista de Jonas. Ele quer o castigo de Nínive. Jonas sabe que se Deus poupar Nínive, a cidade continuará livre para continuar a saquear e roubar Israel. O patriotismo nacionalista e o desdém a pela misericórdia de Deus oferecida às pessoas que não fazem parte do concerto, levam Jonas a “fugir de diante da face do Senhor”.

c. Ele organiza uma outra viagem pensando que pode fugir da sua missão

Jonas está descontente e de algum modo, procura convencer-se de que uma viagem a Társis irá livra-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele. Mas Jonas era um profeta e não podia livrar-se sem mais nem menos da missão de profeta para a qual um dia foi chamado.

"De certa forma Jonas assume aqui o ofício de profeta missionário, pois é praticamente um dos únicos profetas que é chamado para pregar aos gentios!!!"

d. Deus envia obstáculo para impedir a fuga de Jonas

A viagem a Társis fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face à face com o seu chamado missionário.

e. Jonas é atirado ao mar e engolido pelo peixe

Os marinheiros, ao determinarem que Jonas e o seu Deus são responsáveis pela tempestade, atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, tanto Jonas, como os marinheiros pensaram que seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, depois de estar três dias e três noites dentro do ventre do peixe, e orar a Deus pedindo clemência, o peixe o jogou em terra firme.

f. O segundo mandato de Deus a Jonas

Novamente, Deus manda Jonas ir a Nínive entregar a Sua mensagem de misericórdia. Desta vez, o profeta concorda em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus, embora com uma certa relutância. Vemos esta relutância pela forma amargurada como reagiu quando Deus perdoou o povo.

g. Os ninivitas respondem ao apelo e arrependem-se

Com grande espanto, Jonas viu os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, arrependerem-se e mostrando isso através de um jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilhante de arrependimento.

h. Jonas fica ressentido com a misericórdia que Deus oferece a Nínive

O coração de Jonas ainda não está mudado, ele é um nacionalista, legalista, e reage com ira e confusão ao ver os pecadores a converterem-se. Por razão Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel?

A resposta é simples, é o que Jonas não compreende que “Deus é amor”.

Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá. E lá de cima ele continua a aguardar pelo dia do julgamento da cidade.

i. A lição dada por Deus a Jonas, com a aboboreira que morreu.

É então que Deus lhe dá uma lição, utilizando a aboboreira que fez crescer e que deu sombra a Jonas. Deus preparou a aboboreira que cresceu durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se alegrou da sua boa sorte. Então, Deus preparou também um bicho para comer o caule da aboboreira e a fazer secar.

Deus, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmo, vindo do oriente, para secar o corpo de Jonas, que morria de sede. Jonas lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus.

"Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus ama, como ama a todas as pessoas."

Nota: Mais tarde o povo de Ninive volta ao pecado e Deus envia-lhes o profeta Naum para pregar a destruição total da cidade de Ninive, o que aconteceu por volta dos 612 aC anos.


I I I. O Espírito Santo revelado

E o Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por Israel. "Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II, vemos em II Reis 14.25."

Quando o Espírito conduziu Jonas para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas e a induzi-lo a fazer a vontade de Deus.

Quando Jonas se arrependeu, o Espírito operou um arrependimento piedoso no coração do povo e eles responderam à mensagem de julgamento. Quando Jonas se recusou a aceitar esta obra divina, o Espírito Santo mostrou-lhe o contraste da sua atitude, entre sua preocupação com uma aboboreira e a preocupação de Deus com os habitantes da cidade.


I V. O esboço do livro

A. O 1º Chamado e a fuga de Jonas 1:1-3

1. Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive 1.1-2

2. Jonas foge para Tarsis 1.3

B. A intervenção divina e o regresso de Jonas 1:4-2:10

1. O Senhor manda uma tempestade 1.4-9

2. Os marinheiros o jogam no mar 1.10-16

3. O Senhor prepara uma grande peixe 1.17

4. Jonas ora 2.1-9

5. Ele é vomitado na terra 2.10

C. 2º Chamado de Deus e o arrependimento de Nínive 3.1-10

1. Uma segunda oportunidade de responder ao chamado 3.1-3

2. A pregação de Jonas 3.4

3. O arrependimento e conversão do povo 3.5-9

4. A piedade de Deus d 3.10

D. A reacção negativa de Jonas 4.1-11

1. O desgosto de Jonas 4.1-5

2. Deus ensina uma lição com a morte da aboboreira 4.6-11


V. Mensagem sobre o livro de Jonas

A. A história de Jonas confrimada por Jesus

Este livro tem sido muito atacado pela crítica moderna. Dizem que o livro é uma fábula ou uma simples alegoria. No entanto é o próprio Senhor Jesus que confirma a verdade do livro, comparando-se a Jonas.

Aliás, Jonas é o único personagem bíblico a quem o Senhor Jesus se compara. Vamos ver porquê:

Mateus 12:40 "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra."

Mateus 12:41 Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas.

B. O tema do livro de Jonas

O livro começa por narrar a chamada de Deus a Jonas para ir pregar a Ninive, pois era grande a maldade desta cidade. Mas vemos que Jonas em vez de obedecer a Deus, fugiu, apanhando um barco para Jope que ficava na direcção contrária.

No meio da viagem há uma tempestade, Jonas é lançado ao mar e engolido por um grande peixe.

No entanto, Jonas arrepende-se e ora na barriga do peixe, o peixe cuspiu-o para a terra e Deus chama-o pela segunda vez para ir a Ninive. Jonas obedece, entrega-lhes a mensagem de Deus, o Rei e o povo arrependem-se e terminamos o livro vendo Jonas desgostoso porque Deus não destruiu o povo e é então que Deus faz crescer a aboboreira, para Jonas ficar debaixo da sua sombra e depois envia um bicho para comer a aboboreira e Jonas ficou desapontado.

Deus então pergunta-lhe se ele teve compaixão da aboboreira, Deus não teria compaixão daquele povo, e a história termina sem sabermos qual foi a resposta de Jonas.

C. Versículo chave do livro de Jonas

Jonas 4:2 "E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal."

Vemos a razão neste versículo chave, que fez Jonas fugir de Deus, para não ir pregar a Ninive.

1. Jonas sabia que Deus era clemente …

"Pois sabia que és Deus piedoso".

O estado da cidade de Ninive: 1:2, 4:11

Não faz lembrar o estado das nossas cidades?

O estado da cidade de Ninive lembra algumas civilizações muito corrompidas e que foram destruídas: Noé, Sodoma, Gomorra, Babilónia, Tiro.

Na palestra: "Identificar sintomas e sinais de corrupção na nossa sodiedade."

2. Jonas motivado por sentimentos nacionalistas

por motivos nacionalistas e também pelo facto do povo de Ninive ser muito pecador, não queria que eles ouvissem a Palavra de Deus e se arrependessem, e ele também queria proteger israel.

D. A chamada de Jonas

1. O primeiro chamado seguido da desobediência de Jonas

a. O 1º chamado a Jonas para ir a Ninive 1:2

"Levanta-te, e vai à grande cidade de Ninive, e clama contra ela porque a sua
malícia subiu até mim".

b. A desobediência e a fuga de Jonas 1:3

"Jonas se levantou para fugir … achou um navio"

c. Deus intervém procurando travar a fuga de Jonas 1:4-16

"Mas o senhor mandou ao mar um grande vento" …1:4-14

"Jonas é lançado ao mar" … 1:15

"Jonas é engolido por um peixe e ora na barriga do peixe" … 1:16

d. Jonas orou na barriga do peixe 2:1-10

A oração de Jonas 2:1-9

O peixe vomitou Jonas na terra 2:10

Vemos na história as coisas que Deus colocou no caminho de Jonas, não para o matar ou julgar, mas para o trazer para o caminho da obediência.

Os crentes muitas vezes arranjam desculpas para não responder ao chamado de Deus de serem testemunhas, e podem mesmo fugir do chamado como fez Jonas. Mas Deus arranja sempre uma maneira de os fazer obedecer, colocando coisas no caminho que os obrigam a parar ou a rectifica o seu trajecto de vida de acordo com a vontade de Deus.

2. O segundo chamado seguida da obediência 3:1-10

a. O 2º chamado a Jonas para ir a Ninive 3:1-2

"Levanta-te, e vai à grande cidade de Ninive, e prega contra ela" …

b. A obediência de Jonas 3:3-4

"Jonas obedece e prega" 3:3-4

c. O arrependimento do Rei e do povo 3:4-9

Nota: Mais tarde eles voltam ao pecado e Deus envia-lhes o profeta Naum para pregar a destruição total da cidade de Ninive, o que aconteceu por volta dos 612 aC anos

E. A obediência relutante de Jonas

1. O desgosto de Jonas 4:1-5

a. Jonas fica desgostado ao ver o povo arrepender-se 4:1-1

Jonas ficou desgotado e ressentido ao ver que o povo respondeu ao seu apelo e arrependeu-se, pois o que ele queria era o castigo daquele povo.

b. Jonas revela os motivos que o levaram a fugir 

Jonas revela os motivos da sua fuga  também  que o levaram a obedecer mais tarde, mas com relutância ao 2º chamado. 4:2-3

c. Deus confronta Jonas 4:4

Deus pergunta a Jonas se ele está sendo razoável em ficando desapontado porque a cidade de Ninive respeondeu ao seu apelo e se arrependeu.

d. Jonas fica à espera que Deus mude de ideias 4:5

Jonas fica aborrecido por Deus ter perdoado o povo de Nínive e senta-se à espera que Deus mude de ideias e lance um julgamento contra a cidade.

e. Deus dá uma lição a Jonas com a aboreira 4:-6-11

Finalmente Deus utiliza a aboboreira para dar uma lição a Jonas. Pois Jonas ficou triste porque a aboboreira se secou e não estaria Deus mais triste ao ver a nação de Nínive a pecar e a ser destruída por isso?

Deus faz crescer a aboboreira onde Jonas pode ter sombra.

Deus enviou um bicho e fez a aboboreira morrer

Jonas desespera da vida e quer morrer

Deus confronta o rancor de Jonas contra Ninive

A história termina sem sabermos como Jonas reagiu


V I. Conclusão e aplicação:

"Deus ama as grandes cidades e quer que oiçam a sua mensagem e arrependam-se. As igrejas têm a responsabilidade de procurar encontrar formas de pregar o Evangelho às grandes cidades, embora haja muita corrupção".

A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos mais profundos encontrados em todo o Antigo Testamento: “Deus ama todas as pessoas e povos, e quer oferecer-lhes o Seu perdão e a Sua misericórdia. Israel foi encarregada por Deus para proclamar esta mensagem de amor e perdão a todos os povos, mas eles não compreenderam a importância dessa mensagem do amor de Deus, pois tornou-se um povo muito legalista que só seguia regras, honrando a Deus com os lábios e sacrifícios, mas o coração encontrava-se longe de Deus.

Essa falha, de não compreender o amor de Deus, levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo legalista que vemos no Novo Testamento.

Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e viajar 1300 km para o oriente, indo a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. A mensagem que Deus lhe entregou para Nínive, incluía um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso os ninívitas respondessem positivamente, abandonando os seus pecados.

Jonas sabe que se Deus poupar Nínive, aquela cidade continuará livre para continuar a saquear e roubar Israel. O patriotismo nacionalista e o desdém a pela misericórdia de Deus oferecida a pessoas que não fazem parte do concerto, levam Jonas a “fugir de diante da face do Senhor”.

Mais tarde Ninive volta de novo para o pecado e Deus envia o profeta Naúm para pronunciar a sua destruição.


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: