segunda-feira, 9 de julho de 2007

9 - O Livro de Jonas

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.



O livro de Jonas

I. Introdução

Jonas é o nome de um livro bíblico do Antigo Testamento. É um relato biográfico do profeta Jonas, na qual o Deus de Israel o terá mandado profetizar ao povo de Nínive, grande capital do Império Assírio, para persuadi-los a se arrependerem ou seriam destruídos dentro de 40 dias.

O Livro de Jonas fala foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que profetizou no Reino de Israel Setentrional, no 7.º Século a.C., no reinado de Jeroboão II. (Jonas 1:1; II Reis 14:25) Porêm, outros autores concluem que o livro tenha sido escrito no periodo pós-exílico.


I I O autor e a data

 A. O Autor: Jonas

Como está indicado em II Reis 14.25, Jonas era filho de Amitai e apanhou um navio de Gate-Hefer, uma vila situada a 5 Km ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom.

 B. Data: Por volta de 760 AC ou após 612 Ac

As questões da data e autoria de Jonas estão profundamente relacionadas. Se Jonas escreveu o Livro seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II. No início do séc. VIII, cerca de 793 a 753 aC.

Se foi um narrador a escrever o livro, poderia ter sido em qualquer altura depois do acontecimento descrito no livro.


I I I. Contexto histórico e conteúdo

A. O Contexto histórico do livro

1. Jonas o profeta

Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele era nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel. Jonas achou difícil aceitar o fato de Deus oferecer a sua misericórdia a Nínive da Assíria, uma vez que ele achava que os seus habitantes mereciam um julgamento severo.

Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá durante uma temporada (1Rs 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2Rs 8.7), mas somente a Jonas é que foi dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar directamente a uma cidade gentia.

Sua relutância em ir pregar estava baseada num desejo de ver o declínio de Nínive culminar numa completa perda de poder. Ele temia também que Deus pudesse mostrar a sua misericórdia a Nínive, oferecendo desta forma aos assírios a oportunidade de continuar a molestar Israel.

O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao carácter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e pelo seu hábito de viver somente com seu clã.

Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra.

A sua primeira desobediência intencional, e a sua posterior relutante obediência, e a sua ira sobre a extensão de misericórdia oferecida aos ninivitas revelam uma óbvia incoerência na aplicação da sua fé, ou na forma como ele entendia os juízes e os caminhos de Deus na Sua relação com o comportamento das nações.

Parece que Jonas só compreende que Deus deve julgar e castigar, mas nunca oferecer misericórdia aos inimigos, especialmente se forem inimigos do povo de Deus.

A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objectiva de Deus.

2. O povo assírio

Os assírios que eram pagãos, inimigos de Israel de longa data, foram a força dominante entre os povos antigos que existiam aproximadamente de 885 a 665 aC. Relatos do AT descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos.

O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas. Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direcção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas, II Reis 14.25

 B. O Conteúdo do livro

1. É uma história missionária quase sem mensagem profética

O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente dos outros livros proféticos, pois não contem nenhuma mensagem profética por assim dizer. No fundo, é uma história sem nenhuma mensagem do profeta, embora na sua pregação ele faz referência ao castigo que Deus fará cair sobre a cidade se os assírios não se arrependerem.

De facto contém mais uma mensagem missionária, pois vemos no livro uma ordem que Jonas deveria cumprir indo pregar o arrependimento a Nínive (aos pagãos).

A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos mais profundos encontrados em todo o Antigo Testamento:

“Deus ama todas as pessoas e povos, e quer oferecer-lhes o Seu perdão e a Sua misericórdia".

Israel foi encarregada por Deus para proclamar esta mensagem de amor e perdão a todos os povos, mas eles não compreenderam a importância dessa mensagem do amor de Deus, pois tornou-se um povo muito legalista que só seguia regras, honrando a Deus com os lábios e sacrifícios, mas o coração encontrava-se longe de Deus.

2. O povo e Jonas não compreende o amor de Deus pelos pagãos.

O povo de Israel, e Jonas, não compreende que Israel é uma Nação Sacerdotal, responsável por representar Deus na terra e ser mediadora entre Deus e os homens, indicando-lhes o caminho para ao perdão e a salvação.

a. Esta falta de comprensão leva-os a uma atitude legalista.

Essa falha, de não compreender o amor de Deus pelos pagãos, levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo legalista que vemos no Novo Testamento.

Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e viajar 1300 km para o oriente, indo a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. A mensagem que Deus lhe entregou para Nínive, incluía um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso os ninívitas respondessem positivamente, abandonando os seus pecados.

b. Jonas não quer o perdão de Nínive, com medo que continue a saquear Israel.

É uma aitutde nacionalista e legalista de Jonas. Ele quer o castigo de Nínive. Jonas sabe que se Deus poupar Nínive, a cidade continuará livre para continuar a saquear e roubar Israel. O patriotismo nacionalista e o desdém a pela misericórdia de Deus oferecida às pessoas que não fazem parte do concerto, levam Jonas a “fugir de diante da face do Senhor”.

c. Ele organiza uma outra viagem pensando que pode fugir da sua missão

Jonas está descontente e de algum modo, procura convencer-se de que uma viagem a Társis irá livra-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele. Mas Jonas era um profeta e não podia livrar-se sem mais nem menos da missão de profeta para a qual um dia foi chamado.

"De certa forma Jonas assume aqui o ofício de profeta missionário, pois é praticamente um dos únicos profetas que é chamado para pregar aos gentios!!!"

d. Deus envia obstáculo para impedir a fuga de Jonas

A viagem a Társis fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face à face com o seu chamado missionário.

e. Jonas é atirado ao mar e engolido pelo peixe

Os marinheiros, ao determinarem que Jonas e o seu Deus são responsáveis pela tempestade, atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, tanto Jonas, como os marinheiros pensaram que seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, depois de estar três dias e três noites dentro do ventre do peixe, e orar a Deus pedindo clemência, o peixe o jogou em terra firme.

f. O segundo mandato de Deus a Jonas

Novamente, Deus manda Jonas ir a Nínive entregar a Sua mensagem de misericórdia. Desta vez, o profeta concorda em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus, embora com uma certa relutância. Vemos esta relutância pela forma amargurada como reagiu quando Deus perdoou o povo.

g. Os ninivitas respondem ao apelo e arrependem-se

Com grande espanto, Jonas viu os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, arrependerem-se e mostrando isso através de um jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilhante de arrependimento.

h. Jonas fica ressentido com a misericórdia que Deus oferece a Nínive

O coração de Jonas ainda não está mudado, ele é um nacionalista, legalista, e reage com ira e confusão ao ver os pecadores a converterem-se. Por razão Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel?

A resposta é simples, é o que Jonas não compreende que “Deus é amor”.

Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá. E lá de cima ele continua a aguardar pelo dia do julgamento da cidade.

i. A lição dada por Deus a Jonas, com a aboboreira que morreu.

É então que Deus lhe dá uma lição, utilizando a aboboreira que fez crescer e que deu sombra a Jonas. Deus preparou a aboboreira que cresceu durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se alegrou da sua boa sorte. Então, Deus preparou também um bicho para comer o caule da aboboreira e a fazer secar.

Deus, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmo, vindo do oriente, para secar o corpo de Jonas, que morria de sede. Jonas lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus.

"Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus ama, como ama a todas as pessoas."

Nota: Mais tarde o povo de Ninive volta ao pecado e Deus envia-lhes o profeta Naum para pregar a destruição total da cidade de Ninive, o que aconteceu por volta dos 612 aC anos.


I I I. O Espírito Santo revelado

E o Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por Israel. "Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II, vemos em II Reis 14.25."

Quando o Espírito conduziu Jonas para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas e a induzi-lo a fazer a vontade de Deus.

Quando Jonas se arrependeu, o Espírito operou um arrependimento piedoso no coração do povo e eles responderam à mensagem de julgamento. Quando Jonas se recusou a aceitar esta obra divina, o Espírito Santo mostrou-lhe o contraste da sua atitude, entre sua preocupação com uma aboboreira e a preocupação de Deus com os habitantes da cidade.


I V. O esboço do livro

A. O 1º Chamado e a fuga de Jonas 1:1-3

1. Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive 1.1-2

2. Jonas foge para Tarsis 1.3

B. A intervenção divina e o regresso de Jonas 1:4-2:10

1. O Senhor manda uma tempestade 1.4-9

2. Os marinheiros o jogam no mar 1.10-16

3. O Senhor prepara uma grande peixe 1.17

4. Jonas ora 2.1-9

5. Ele é vomitado na terra 2.10

C. 2º Chamado de Deus e o arrependimento de Nínive 3.1-10

1. Uma segunda oportunidade de responder ao chamado 3.1-3

2. A pregação de Jonas 3.4

3. O arrependimento e conversão do povo 3.5-9

4. A piedade de Deus d 3.10

D. A reacção negativa de Jonas 4.1-11

1. O desgosto de Jonas 4.1-5

2. Deus ensina uma lição com a morte da aboboreira 4.6-11


V. Mensagem sobre o livro de Jonas

A. A história de Jonas confrimada por Jesus

Este livro tem sido muito atacado pela crítica moderna. Dizem que o livro é uma fábula ou uma simples alegoria. No entanto é o próprio Senhor Jesus que confirma a verdade do livro, comparando-se a Jonas.

Aliás, Jonas é o único personagem bíblico a quem o Senhor Jesus se compara. Vamos ver porquê:

Mateus 12:40 "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra."

Mateus 12:41 Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas.

B. O tema do livro de Jonas

O livro começa por narrar a chamada de Deus a Jonas para ir pregar a Ninive, pois era grande a maldade desta cidade. Mas vemos que Jonas em vez de obedecer a Deus, fugiu, apanhando um barco para Jope que ficava na direcção contrária.

No meio da viagem há uma tempestade, Jonas é lançado ao mar e engolido por um grande peixe.

No entanto, Jonas arrepende-se e ora na barriga do peixe, o peixe cuspiu-o para a terra e Deus chama-o pela segunda vez para ir a Ninive. Jonas obedece, entrega-lhes a mensagem de Deus, o Rei e o povo arrependem-se e terminamos o livro vendo Jonas desgostoso porque Deus não destruiu o povo e é então que Deus faz crescer a aboboreira, para Jonas ficar debaixo da sua sombra e depois envia um bicho para comer a aboboreira e Jonas ficou desapontado.

Deus então pergunta-lhe se ele teve compaixão da aboboreira, Deus não teria compaixão daquele povo, e a história termina sem sabermos qual foi a resposta de Jonas.

C. Versículo chave do livro de Jonas

Jonas 4:2 "E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal."

Vemos a razão neste versículo chave, que fez Jonas fugir de Deus, para não ir pregar a Ninive.

1. Jonas sabia que Deus era clemente …

"Pois sabia que és Deus piedoso".

O estado da cidade de Ninive: 1:2, 4:11

Não faz lembrar o estado das nossas cidades?

O estado da cidade de Ninive lembra algumas civilizações muito corrompidas e que foram destruídas: Noé, Sodoma, Gomorra, Babilónia, Tiro.

Na palestra: "Identificar sintomas e sinais de corrupção na nossa sodiedade."

2. Jonas motivado por sentimentos nacionalistas

por motivos nacionalistas e também pelo facto do povo de Ninive ser muito pecador, não queria que eles ouvissem a Palavra de Deus e se arrependessem, e ele também queria proteger israel.

D. A chamada de Jonas

1. O primeiro chamado seguido da desobediência de Jonas

a. O 1º chamado a Jonas para ir a Ninive 1:2

"Levanta-te, e vai à grande cidade de Ninive, e clama contra ela porque a sua
malícia subiu até mim".

b. A desobediência e a fuga de Jonas 1:3

"Jonas se levantou para fugir … achou um navio"

c. Deus intervém procurando travar a fuga de Jonas 1:4-16

"Mas o senhor mandou ao mar um grande vento" …1:4-14

"Jonas é lançado ao mar" … 1:15

"Jonas é engolido por um peixe e ora na barriga do peixe" … 1:16

d. Jonas orou na barriga do peixe 2:1-10

A oração de Jonas 2:1-9

O peixe vomitou Jonas na terra 2:10

Vemos na história as coisas que Deus colocou no caminho de Jonas, não para o matar ou julgar, mas para o trazer para o caminho da obediência.

Os crentes muitas vezes arranjam desculpas para não responder ao chamado de Deus de serem testemunhas, e podem mesmo fugir do chamado como fez Jonas. Mas Deus arranja sempre uma maneira de os fazer obedecer, colocando coisas no caminho que os obrigam a parar ou a rectifica o seu trajecto de vida de acordo com a vontade de Deus.

2. O segundo chamado seguida da obediência 3:1-10

a. O 2º chamado a Jonas para ir a Ninive 3:1-2

"Levanta-te, e vai à grande cidade de Ninive, e prega contra ela" …

b. A obediência de Jonas 3:3-4

"Jonas obedece e prega" 3:3-4

c. O arrependimento do Rei e do povo 3:4-9

Nota: Mais tarde eles voltam ao pecado e Deus envia-lhes o profeta Naum para pregar a destruição total da cidade de Ninive, o que aconteceu por volta dos 612 aC anos

E. A obediência relutante de Jonas

1. O desgosto de Jonas 4:1-5

a. Jonas fica desgostado ao ver o povo arrepender-se 4:1-1

Jonas ficou desgotado e ressentido ao ver que o povo respondeu ao seu apelo e arrependeu-se, pois o que ele queria era o castigo daquele povo.

b. Jonas revela os motivos que o levaram a fugir 

Jonas revela os motivos da sua fuga  também  que o levaram a obedecer mais tarde, mas com relutância ao 2º chamado. 4:2-3

c. Deus confronta Jonas 4:4

Deus pergunta a Jonas se ele está sendo razoável em ficando desapontado porque a cidade de Ninive respeondeu ao seu apelo e se arrependeu.

d. Jonas fica à espera que Deus mude de ideias 4:5

Jonas fica aborrecido por Deus ter perdoado o povo de Nínive e senta-se à espera que Deus mude de ideias e lance um julgamento contra a cidade.

e. Deus dá uma lição a Jonas com a aboreira 4:-6-11

Finalmente Deus utiliza a aboboreira para dar uma lição a Jonas. Pois Jonas ficou triste porque a aboboreira se secou e não estaria Deus mais triste ao ver a nação de Nínive a pecar e a ser destruída por isso?

Deus faz crescer a aboboreira onde Jonas pode ter sombra.

Deus enviou um bicho e fez a aboboreira morrer

Jonas desespera da vida e quer morrer

Deus confronta o rancor de Jonas contra Ninive

A história termina sem sabermos como Jonas reagiu


V I. Conclusão e aplicação:

"Deus ama as grandes cidades e quer que oiçam a sua mensagem e arrependam-se. As igrejas têm a responsabilidade de procurar encontrar formas de pregar o Evangelho às grandes cidades, embora haja muita corrupção".

A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos mais profundos encontrados em todo o Antigo Testamento: “Deus ama todas as pessoas e povos, e quer oferecer-lhes o Seu perdão e a Sua misericórdia. Israel foi encarregada por Deus para proclamar esta mensagem de amor e perdão a todos os povos, mas eles não compreenderam a importância dessa mensagem do amor de Deus, pois tornou-se um povo muito legalista que só seguia regras, honrando a Deus com os lábios e sacrifícios, mas o coração encontrava-se longe de Deus.

Essa falha, de não compreender o amor de Deus, levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo legalista que vemos no Novo Testamento.

Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e viajar 1300 km para o oriente, indo a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. A mensagem que Deus lhe entregou para Nínive, incluía um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso os ninívitas respondessem positivamente, abandonando os seus pecados.

Jonas sabe que se Deus poupar Nínive, aquela cidade continuará livre para continuar a saquear e roubar Israel. O patriotismo nacionalista e o desdém a pela misericórdia de Deus oferecida a pessoas que não fazem parte do concerto, levam Jonas a “fugir de diante da face do Senhor”.

Mais tarde Ninive volta de novo para o pecado e Deus envia o profeta Naúm para pronunciar a sua destruição.


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:

8 - O Livro de Obadias

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Obadias

I. Introdução

Obadias ou Abdias (em hebraico, Obadjah: "Servo de Javé") é um dos "Profetas Menores" (o quarto na ordem do cânone hebreu e na Vulgata; quinto na Septuaginta). O seu livro, constituído apenas por vinte e um versículos, é o menor do Antigo Testamento e trata do tema da falta de solidariedade do povo de Edom (descendentes de Esaú - Génesis 36:1) para com Israel, considerado como seu povo irmão.

O livro divide-se em duas partes: Oráculo contra Edom e a Proclamação do Dia de Javé.

Na primeira parte, Obadias (vers 1-14) profetiza a queda de Edom (ver Iduméia), tradicional inimigo de Judá.

Na segunda parte, Obadias (vers 15-21) proclama o dia de Javé.


I I. Autor e data do livro

A. O Autor:

Obadias significa: "Mensagem do Servo de Deus"

Obadias é o livro mais curto do A.T. Tem apenas 21 versos. Pouco sabemos sobre o autor, apesar de termos 11 pessoas com este nome no A. T.- mas aparentemente não existe conexão directa de nenhuma desses 11 "Obadias" com o livro.

B. A Data:

Provavelmente escrito em 587 AC - Na Invasão e destruição de Jerusalém por Nabucodonozor.


I I I. Conteúdo do livro

A. A mensagem principal:

O Povo de Deus deve ter Coragem e Esperança mesmo quando os seus inimigos investem contra eles de uma forma vingativa, que era o caso do povo de Edom que odiou sempre o povo de Israel, isto por causa do ódio existente entre Esaú e Jacó logo desde o início, devido aos enganos feitos por Jacó a Esaú, quando lhe comprou o direito a primogênito por um prato de lentilhas e mais tarde enganou a Isaque, fazendo-se passar por Esaú e roubou a este a benção da promigenitura.

A nação de Edom, que saiu de Esaú procurou sempre vingar-se de Israel a nação que saiu de Jacó.

Obadias também revela que Deus se opõe à arrogância das nações, que era o caso da Nação de Edom que além de vingativa contra o seu irmão Israel, se tornou tão arrogante contra Deus, que Deus declarou a sua extinção para sempre. 

B. Mensagem foi dirigida numa época.

1. Reina o descontrole.

Reina a anarquia, mas Deus revela que é o Mestre e Justo Juiz do Universo

2. Reina a impunidade.

Reina a injustiça, mas Deus revela que as Maldades não ficarão impunes

3. Reina o desafio e a arrogância.

Reina o orgulho e a soberba, mas Deus revela que o orgulho não subsistirá

4. Reina a Insegurança.

Reina a instabilidade, mas Deus revela que o povo amado habitará em Segurança.


I V. O povo e o território de Edom

A. Entender o povo e o território de Edom

1. Leitura de Genesis.

Gênesis25:21-26 origens do povo de Edom que saiu de Esaú.

Gênesis 25:21 "Isaque orou ao SENHOR por sua mulher, porque ela era estéril; e o SENHOR lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. 22 Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao SENHOR. 23 Respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço. 24 Cumpridos os dias para que desse à luz, eis que se achavam gêmeos no seu ventre. 25 Saiu o primeiro, ruivo, todo revestido de pêlo; por isso, lhe chamaram Esaú 26 Depois, nasceu o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó. Era Isaque de sessenta anos, quando Rebeca lhos deu à luz".

2. Esaú e Jacó lutaram no ventre de Rebeca.

Aquela disputa começada no ventre continuou, era uma disputa pela primogenitura, finalmente Esaú vende o seu direito por um prato de comida e é daí que tirou o nome de Edom, ao ter pedido ao irmão para comer da sua comida.

Esta disputa prolongou-se e continuou entre as nações nascidas deles, Israel e Edom que foram sempre inimigas.

Gênesis 27 "Cresceram os meninos. Esaú saiu perito caçador, homem do campo; Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas. 28 Isaque amava a Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó. 29 Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do campo Esaú 30 e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom".

3. Vemos que Esaú já morava na terra de Seir-Edom.

Gênesis 32:1 "Jacó seguiu o seu caminho, e anjos de Deus lhe saíram a encontrá-lo. 2 Quando os viu, disse: Este é o acampamento de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim. 3 Então, Jacó enviou mensageiros adiante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, território de Edom".

4. Jacó configura a linhagem do Povo de Deus.

Uma linhagem que toma forma na nação de Israel que é a abençoada por Deus.

5. Esaú, configura a linhagem dos oponentes.

Que desprezam a Deus e as suas bênçãos.

6. Edom não deixou Israel passar.

Vemos que Edom opôs-se a Isarel, não o deixando passar pelas suas terras e por isso recebeu a ira de Deus.

Números 20:14 "Enviou Moisés, de Cades, mensageiros ao rei de Edom, a dizer-lhe: Assim diz teu irmão Israel: Bem sabes todo o trabalho que nos tem sobrevindo;15 como nossos pais desceram ao Egito, e nós no Egito habitamos muito tempo, e como os egípcios nos maltrataram, a nós e a nossos pais; 16 e clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e mandou o Anjo, e nos tirou do Egito. E eis que estamos em Cades, cidade nos confins do teu país. 17 Deixa-nos passar pela tua terra; não o faremos pelo campo, nem pelas vinhas, nem beberemos a água dos poços; iremos pela estrada real; não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até que passemos pelo teu país. 18 Porém Edom lhe disse: Não passarás por mim, para que não saia eu de espada ao teu encontro. 19 Então, os filhos de Israel lhe disseram: Subiremos pelo caminho trilhado, e, se eu e o meu gado bebermos das tuas águas, pagarei o preço delas; outra coisa não desejo senão passar a pé. 20 Porém ele disse: Não passarás. E saiu-lhe Edom ao encontro, com muita gente e com mão forte. 21 Assim recusou Edom deixar passar a Israel pelo seu país; pelo que Israel se desviou dele. 22 Então, partiram de Cades; e os filhos de Israel, toda a congregação, foram ao monte Hor".

7. Deus pronuncia a extinção para sempre do povo de Edom.

Malaquias fala na extinção de Edom.

Malaquias 1:1 "Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias. 2 Eu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? - disse o SENHOR; todavia, amei a Jacó, 3
porém aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos chacais do deserto".

8. Vemos a contradição entre o Povo de Deus e Edom.

Romanos Retrata a soberania e eleição de Deus mesmo antes do nascimento de Esaú e Jacó.

Romanos 9:10 "E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú".

9. Deus chama a Edom o povo que destinei à destruição.

Isaías 34.5. "Os seus mortos serão lançados fora, dos seus cadáveres subirá o mau cheiro, e do sangue deles os montes se inundarão. 4 Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira. 5 Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que, para exercer juízo, desce sobre Edom e sobre o povo que destinei para a destruição".

10. Vemos a vinda de um julgamento sobre Edom

Jeremias 49.7 "A respeito de Edom. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Acaso, já não há sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Desvaneceu-se-lhe a sabedoria? 8 Fugi, voltai, retirai-vos para as cavernas, ó moradores de Dedã, porque eu trarei sobre ele a ruína de Esaú, o tempo do seu castigo. 9 Se vindimadores viessem a ti, não deixariam alguns cachos? Se ladrões, de noite, não te danificariam só o que lhes bastasse? 10 Mas eu despi a Esaú, descobri os seus esconderijos, e não se poderá esconder; está destruída a sua descendência, como também seus irmãos e seus vizinhos, e ele já não é. 12 Porque assim diz o SENHOR: Eis que os que não estavam condenados a beber o cálice totalmente o beberão, e tu serias de todo inocentado? Não serás tido por inocente, mas certamente o beberás. 13 Porque por mim mesmo jurei, diz o SENHOR, que Bozra será objeto de espanto, de opróbrio, de assolação e de desprezo; e todas as suas cidades se tornarão em assolações perpétua 14 Ouvi novas da parte do SENHOR, e um mensageiro foi enviado às nações, para lhes dizer: Ajuntai-vos, e vinde contra ela, e levantai-vos para a guerra. 15 Porque eis que te fiz pequeno entre as nações, desprezado entre os homens. 16 o terror que inspiras e a soberba do teu coração te enganaram. Tu que habitas nas fendas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derribarei, diz o SENHOR".

11. Salmo de lamento - 137

Revela um entendimento completo das circunstâncias que motivaram a escrita do livro de Obadias.

Notar no verso 7 a participação cruel de Edom.

Os edomitas estavam no meio da zombaria, contra os seus irmãos de sangue. No calor do amargor e da sede de justiça, vem esta profecia.


V. Leitura, divisão e comentário

Desenvolvimento: vamos abordar a meditação em duas etapas. Primeiramente leremos o livro e comentar verso a verso. Depois, destacaremos três lições que o livro trás para as nossas vidas.

A. A predição do julgamento - verso 1.

A visão vem a Obadias, mas é do Senhor, por intermédio de Obadias. Preparem-se para a batalha contra os que ignoraram Deus e seus alertas!

B. A acção de Deus – versos 2 a 9

1. A acção da parte de Deus

Perante a impiedade e crueldade de Edom é detalhada . A raiz da queda é iminente. É o orgulho, a soberba, a falsa segurança, o desafio e arrogância contra Deus.

2. O julgamento será total.

A ruína excede a de uma visita de salteadores.

3. Os aliados deixam Edom

Da mesma forma que eles viraram as costas aos irmãos de sangue (Israel)

Haverá enganos, armadilhas, desentendimentos.

4. Temã-Neto é o nome de uma grande cidade.

Centro cultural e militar da elite. Deus não se impressiona e lidará com o poder e soberba dos habitantes dessa cidade.

C. A razão para a ira de Deus – versos 10 - 14.

A razão para tamanha ira e reacção da parte de Deus é evidente nesses versos. Quando alguém é vítima do orgulho, procura qualquer oportunidade que pode para se exaltar sobre os demais. Nações, adultos, crianças têm isso em comum, pois fora da graça de Deus temos todos a tendência de extrair prazer das falhas alheias. Isso apazigua nossas deficiências e enaltece nosso sucesso!

1. Mas o orgulho e insensibilidade levará à vergonha verso 10

2. Bajulou os próprios estrangeiros que os destruíram verso 11

3. Olhou com prazer a desgraça alheia verso 12

4. Apossou-se do que não era seu verso 13

5. Praticou a maldade e a violência verso 14

6. Mas em Deus não há apenas julgamento e condenação, versos 15-21

Mas vemos também, acima de tudo, que é anunciado a Salvação aos seus, e aos que a ele se achegam em contrição.


V I. O Dia do Senhor - 15-21

A. O Múltiplo sentido vrs 15-16

Tem um múltiplo sentido, pois fala do dia do Senhor imediato para a nação de Edom, e um dia do Senhor futuro, nos tempos finais, quando Deus fazer cair julgamentos sobre o mundo.

1. Julgamentos históricos imediatos

2. Salvação- fala do Dia do Livramento

3. Julgamento - fala do Dia do Julgamento final

4. As atitudes e as nossas acções presentes podem trazer resultados futuros e até eternos.

B. A esperança e segurança para o Povo de Deus - vrs 17-21

1. Os atormentadores não existirão mais

2. A herança da terra vai além dos detalhes geográficos aqui colocados.

3. Da nossa perspectiva do N.T. vemos o cumprimento pleno e muito mais abrangente dessa profecia.

4. O Reino será do Senhor Salmo 22.28-29

As profecia tem um sentido muito mais amplo do que o imediato, revelando que afinal são  os mansos herdarão a terra Mateus 5.5 e não os violentos e vingativos.

O povo de Deus não estava limitado somente àqueles sobreviventes Gálatas 3.28-29 mas compreende todos que confiam em Cristo.


V I I. Lições tiradas do livro

A. Não devemos fraquejar e desanimar diante dos inimigos.

Por piores que sejam os inimigos, um dia Deus os levará a julgamento. Ele é o nosso alicerce.

B. O orgulho é enganoso e mortal - vrs 2-4

Ver em Lucas 16.19-31, que frevela que sempre que o homem cai na soberba, opressão ou na na luxúria ele receberá o julgamento de Deus.

C. Deus providencia o escape de sua ira v 17

Deus anuncia que vai ser um refúgio para o seu povo, providenciando segurança.


V I I I. O esboço do livro

I. O decreto do Senhor Vs 1-14

1. A condenação de Edom vs, 1-4

2. O colapso de Edom Vs. 5-9

3. Os crimes de Edom Vs 10-14

I I. O Dia do Senhor Vs 15-21

1. O dia da retribuição divina v 16

2. O dia da restituição divina v 17-20

3. O dia do domínio divino v 21


O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria:

7 - O Livro de Amós

Grande parte do conteúdo dos comentários sobre os Livros dos profetas do Antigo Testamento não foram escritos por mim, é claro.

No entanto, eles representam muitos meses de investigação na Internet e um grande trabalho de coordenação para seleccionar e juntar o material que julguei ser de interesse para pastores e pregadores do Evangelho.

Além disso, eu tive que sistematizar os diversos comentários de forma estruturada e apresentável, para os pastores e pregadores poderem encontrar facilmente as suas mensagens, bastando adicionar uma pequena dose de inspiração pessoal à mensagem escolhida.

E a todo este trabalho de busca, selecção e sistematização dos comentários, eu adicionei ainda ideias pessoais que enriqueceram estas exposições dos livros dos profetas.


O livro de Amós

I. Introdução

O livro de Amós pertence ao Antigo Testamento da Bíblia. A profecia deste livro da Bíblia hebraica foi dirigida primariamente ao reino setentrional de Israel. Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente, durante os reinados de Jeroboão II e de Uzias, respectivamente reis de Israel e Judá, cujos reinados coincidiram entre 829 e cerca de 804 a.C. (Am 1:1)

Mas, por volta de 804 a.C. foi assentada por escrito, presumivelmente após o profeta voltar a Judá.


I I. Autor e data

A. Autor: Amós

Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, ou "burden" (peso).

Ele era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, a cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim chamados profetas escritores do séc. VIII aC. Os outros incluem Oséias a Israel e Miqueias e Isaias a Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele era um pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Apesar do seu histórico não-profissional, Amós foi chamado para entregar a mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel.

B. Data: entre 760 –750 aC

Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 aC), e Jeroboão II de Israel (793-753 aC). Seu ministério foi realizado entre 760 e 750 Ac e parece ter ocorrido em menos de dois anos.


I I I. Contexto histórico

A. Prosperidade económica mas Deus era esquecido

A metade do séc. VIII aC foi uma época de grande prosperidade tanto para Israel como para Judá. Sob o domínio de Jeroboão, Israel havia conquistado novamente o controle das rotas internacionais do comércio— a Rodovia do Rei, através da transjordânia, e o Caminho do Mar, através do vale de Jezreel e ao longo da planície da costa. De acordo com 2Rs 14.25, ele restaurou as fronteiras de Israel desde Lebo Hamate (ao norte) até o mar da Arabá (o mar Morto, ao sul).

Judá, sob o domínio de Uzias, reconquistou Elatae ( o porto marítimo de Ácaba) e expandiu-se para o sudeste às custas dos filisteus. Israel e Judá haviam atingido novos auges políticos e militares, mas a situação religiosa estava fraca o tempo todo.

B. A idolatria dominava exuberantemente

A idolatria estava exuberante; os ricos estavam vivendo na luxuria, enquanto os pobres estavam oprimidos; a imoralidade havia generalizado; e o sistema judicial estava corrompido. O povo interpretava sua prosperidade como um sinal da bênção de Deus sobre eles. A tarefa de Amós era entregar a mensagem de que Deus estava descontente com a nação.

B. O castigo tornou-se inevitável

A paciência de Deus esgotou-se e o castigo era inevitável. A nação seria destruída a menos que houvesse uma mudança no coração deles— uma mudança na qual acontecesse o que diz o texto:

“Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso” (5:24).

Infelizmente vemos que às vezes é em tempo de prosperidade que vem da benção de Deus, que o povo esquece-se de Deus e começa a viver uma vida pecaminosa e a sua religião passa a ser um ritual morto isento de contrição e piedade. Era o que estava a acontecer com o povo.


I V. O conteúdo do livro

A. Amós traz basicamente uma mensagem de julgamento.

"Um julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel".

O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado o seu concerto com Deus.

Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja contra Israel ou qualquer outra nação.

B. Deus governa o universo e as nações devem-lhe respeito

Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal.

Todas as nações estão sob seu controle.

Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus.

1. A 1ª secção 3.1-6.14

É uma série de três oráculos ou sermões direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio.

2. A 2ª secção 7.1-9.10

É uma série de cinco visões e julgamento, em duas das quais Deus se retira.

3. A 3ª secção 9:11-15

Amós promete restauração para Israel.


I V. O Espírito Santo em acção

A obra do Espírito S anto não é mencionada especificamente em Amós.

Mas, o processo da inspiração do profeta e a revelação da mensagem de Deus são geralmente atribuídos por outros profetas ao Espírito (Is 48.16; Ez 3.24; Mq 3.8).

"Como é o caso da maioria dos profetas, é quase impossível fazer uma distinção entre o Senhor Deus e o Seu Espírito Santo".

Amós não menciona o Espírito Santo em sua obra, mas aquelas acções atribuídas ao Espírito Santo por outros profetas, e no Novo Testamento estão presentes em Amós.


V. O esboço do livro de Amós

A. Introdução 1.1-2

B. Julgamento sobre as nações 1.3 –2.16

Damasco 1.3-5,

Gaza 1.6-8,

Tiro 1.9-10,

Edom 1.11-12,

Amom 1.13-15,

Moabe 2.1-3,

Judá 2.4-5,

Israel 2.6-16

C. Oráculos contra Israel 3.1– 6.14

Julgamento sobre o povo escolhido de Deus 3.1-15Julgamento de Deus sobre o povo insensíveis 4.1-13Julgamento sobre o impenitente povo de Deus 5.1-6.14

D. Visões de Julgamento 7.1-9.10

Visões de abrandamento 7.1-6,

Visões de rigidez 7.7-9.10

E. A restauração de Israel 9.11-15

A tenda de Davi levantada 9.11-12,

A terra e o povo restaurados e abençoados 9.13-15


V I. Mensagens sobre o livro de Amós pelo Viriato

Pode ver em baixo um esboço para uma mensagem.

A. A visão de Amós

O que viu e ouviu Amós? 1:1-2

1. Deus a clamar como um leão feroz contra o pecado das nações.

2. Luxuriantes pastagens secam, morrem, pastores lamentam-se

B. A profissão de Amós

O que fazia Amós? 7:14

Era apenas um pastor e trabalhador do campo.

C. O nome de Amós

O que significa o seu nome?

Significa “Burden” – peso que queima, que incomoda

D. A mensagem de Amós 

O que pregou Amós?

1. Denúncia do pecado  2:6, 3:10, 4:1

2. Pronuncia o julgamento de Deus sobre o pecado 1:3, 3:2-3, 4:12


Desenvolvimento de uma Mensagem desenvolvida pelo Viriato

A. A visão de Amós

O que viu e ouviu Amós? Amós 1:1-2

1. Amós vê Deus a bramar "como um leão" contra a sociedade

Amós 1:1 "Palavras que, em visão, vieram a Amós, que era entre os pastores de Tecoa, a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto"

Amós 1:2 "Ele disse: O SENHOR rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores estarão de luto, e secar-se-á o cimo do Carmelo"

Amos viu e ouviu Deus a clamar contra a sociedade, por estarem a viver no pecado – exploração da classe pobre, violência e em toda a corrupção social e religiosa O pecado era tão grande, que o clamor era tão forte “como o rugido de um leão feroz”

Deus dá esta visão a Amos, porque quer que Amos dê voz a este clamor. Amos é quem vai clamar como um leão feroz contra a nação de Israel e as outras nações.

Lição: Nós queremos ser a voz de Deus, que clama contra as injustiças que estão à nossa volta. Como Amos?

Amós podia ter dito a Deus que não se metia naquilo, que não era nada com ele … que não queria receber a retaliação do povo. que não se calou, clamou como um leão feroz.

E nós vamos ficar conformados, habituados, calados, mais, vamos coabitar, namorar como o pecado, com as injustiças … vamos dizer, afinal toda a gente faz, porquê que eu não faço também … ou toda a gente se cala, porquê que eu devo falar contra …

2. A profecia é seguida de devastação e destruição

Quando um profeta profetiza o julgamento de Deus sobre uma sociedade que vive em pecado, a sua profecia é seguida de devastação e destruição.

É isto que Amós vê na sua visão, que iria acontecer depois dele ir profetizar contra o pecado da Nação.

Amós 1:2 "O SENHOR rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores estarão de luto, e secar-se-á o cimo do Carmelo".

Algumas traduções dizem "As luxuriantes pastagens ..."

Mas a devastação não fica nos prados, atinge as casas, os palácios ganhos através da exploração de abuso dos pobres.

Já ouviram o leão a urrar, bramar? O quê que acontece à volta deles.

Quando Deus rugir como um leão … através do profeta, o que irá acontecer aos prados luxuriantes e às casas e aos palácios?

Exemplo na sociedade: Quando há um pecado, alguma coisa contra Deus … e Deus clama contra a sociedade, ou contra os homens que estão a fazer isto, o que irá acontecer a seguir?

"O seu rugido vai ser seguido de vão um julgamento de Deus" … alguma coisa irá acontecer da parte Deus à sua volta - figurada no livro de Amós por devastação e destruição.

Mas Deus clama, ruge através de quem? Da Igreja, dos seus servos, dos porfetas!

Se a Igreja clamasse da parte de Deus (profetizasse da parte de Deus), contra os homens que estão a cometer injustiças e a pecar contra Deus ou contra o seu semelhante, nós iríamos ver acontecer as mesmas coisas:

"devastação e destruição à nossa volta, julgamento de Deus contra os homens que estão a pecar voluntariamente contra ELE".

Os homens não se ficariam a rir como ficam tantas vezes! Nem Satanás!

B. A profissão de Amós

O que fazia Amós? Amós 7:14

1. Amós não vinha da família dos profetas, sacerdotes ou da da nobreza

Ele não vinha de famílias de profetas. Que eram boas famílias, alguns eram ricos ou da nobreza. Os profetas, normalmente eram filhos de sacerdotes ou de gente da classe alta, que podia estudar, conhecer as letras … não era uma pessoa qualquer …

Mas Amos, o que era? E em que se tornou ele?

"Será que para um crente, ser pastor, profeta, apóstolo, evangelista, ancião, diácono, pregador … precisa de vir de vir de famílias assim … ter grandes estudos … ter estudado numa Escola Bíblica?"

2. Qualquer crente, pode servir a Deus, não importa a profissão.

Pode ser uma pessoa que tenha uma profissão simples ou com mais nível académico?

E muitas vezes Deus chamar crentes para deixar a profissão, mesmo, deixa-os na sua profissão, mas chama-os para serem obreiro de Deus e terem uma função dentro dos ofícios dos 5 servos, que vemos em Efésios 4?

"A maior parte das pessoas que trabalham para Deus, num destes 5 ofícios da Igreja, são homens e mulheres que mantém a sua profissão …"

Podem ser boas profissões, académicas, ou simples, operários, camponeses, pescadores etc

O que é preciso é responder ao apelo de Deus, como fez Amós, um pastor e trabalhador de campo.

Não queremos responder o chamado de Deus … e dizer como Amós: … 7:14

Dar exemplos de pessoas que servem Deus, mantendo as suas profissões.

C. O nome de Amós

O que significa o nome de Amós?

Burden – peso "um peso que queima".

Ele sentia dentro dele um peso ao ver os mais ricos e mais fortes a explorarem os mais pobres e mais fracos – explorar, abusar e matar.

É por isso que ele está preparado para Deus chamá-lo … para Amós clamar como um leão feroz contra as injustiças …

D. A mensagem de Amós

O que pregou Amós?

1. Amós denuncia o pecado 2:1-16 - 3:9-10 - 4:1

Ele denuncia Perversão da justiça, suborno, escravidão, belas vivendas à custa do roubo e da pilhagem, esposas ricas incitam os maridos a roubar aos pobres,
e a esmagar os explorados.

2. Amós pronuncia o julgamento 1:1-15, 2:1-16, 3:2-3, 4:12

Há 4 expressões que representam o julgamento de Deus:

"Porei fogo, quebrarei, destruirei, matarei …"

Foi o que Amós viu na sua visão, e é o que irá acontecer quando ele começar a pregar, a dar voz ao clamor de Deus, Amós vai denunciar o pecado, pronunciar o julgamento e as pastagens vão secar-se, as pessoas vão lamentar-se.

Quando a voz do Senhor começar a clamar, através de Amos, como o bramido de um leão feroz desde o seu templo, Deus porá fogo, quebrará, destruirá e matará.


E. Conclusão e aplicação da mensagem

4:12 Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus

Prepara-te ó mundo!

Prepara-te ó Nação!

Prepara-te ó homem!

Prepara-te ó Igreja!


Prepara-te ó crente!



A mensagem do livro pode ser aplicada ao mundo, a uma Nação, a um homem, que viva longe de Deus e esteja a cometer os pecados denunciados neste livro. Por isso irão conhecer os castigos de Deus pronunciados na nesta mensagem, ou outros castigos, mais cedo ou mais tarde.

Mas pode também ser aplicada à Igreja ou a um crente, sempre que esta  esteja a viver no pecado, longe de Deus e cometendo os delitos que a nação de Israel estava a cometer, denunciados na mensagem de Amós.



Podemos fazer muitas aplicações a partir da mensagem deste livro e fazer um apelo ao arrependimento para que o castigo de Deus não caia, ou se já começou a cair, seja retirado.



O Site que eu mais utilizei para elaborar estas apresentações sobre os Profetas foi o seguinte:

Vivos! O Site da Fé Cristã  http://www.vivos.com.br/172.htm


Em baixo pode dar uma olhadela ao meu post sobre a Maçonaria: