quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Batalha Espiritual

Os crentes deviam estar mais conscientes da Batalha Espiritual que enfrentamos contra o Diabo e as suas hostes, que nos estão sempre a querer afastar diariamente das coisas de Deus.

Por estar consciente desta luta, decidi elaborar este post sobre a BATALHA ESPIRITUAL e nos alertar dos estratagemas utlizados pelo diabo nesta Batalha e tentar mostar a forma como o poderemos vencer.

Se quiser passar logo para o Batalha Espiritual salte o I  Capítulo e comece a ler o II Capítulo - Principados e Potestades.

No entanto, o I capítulo é um solene aviso sobre os perigos da ideologia da Terceira Vaga sobre Batalha Espiritual. Eu procuro neste I  Capítulo preparar o leitor para a leitura, advertindo-o de certos perigos.

I. Introdução ao assunto
A. Batalha Espiritual e Third Wave (Terceira Vaga)
B. Redefinindo a Batalha Espiritual
C. O perigo da paranoia
D. Manipulação e abuso espiritual 
E. Batalha Espiritual, louvor, exposição e pregação
E. Tendo dito isto vamos ao estudo

II. Principados e potestades
A. Principados e potestades
B. As artimanhas dos principados e potestades
C. As duas grandes seduções
D. Familiarização com os espíritos
E. Não brinque com o diabo

III. O processo da possessão ou escravização (opressão)
A. A atração
B. A sedução
C. A aquisição

IV. Laços pecaminosos e diabólicos
A. Laços com idolatria
B. Laços com crimes de sangue.
C. Laços com a mentira e a vigarice.
D. Laços com o prazer e o egoísmo.
E. Laços com música e artes profanas
F. Laços com a prostituição
G. Laços com adições e perversões
H. Laços com más companhias
I. Laços com os mortos
J. Laços pervertidos dentro da familia
K. Laços negativos dentro das igrejas
L. Laços com o ressentimento e a falta de perdão.

V . Exorcismo, oração e combate espiritual
A. Dois tipos de exorcismo
B. A oração biblica
C. Casos para a oração

VI . Luta contra os falsos profetas
A. Cuidado com os falsos mestres e profetas
B. Mascaram-se em apóstolos de cristo
C. Eles são conhecidos pelos seus frutos
D. Eles enganam a muitos
E. Podem utilizar falsos sinais
F. Eles ensinam doutrinas falsas
G. As doutrinas deles são omo o vento
H. Eles devem ser condenados
I. Eles soferão repentina destruição
J. Ai deles!


I. Introdução ao assunto

A. Batalha Espiritual e Third Wave

Para evitar confusões, terei que dizer em primeiro lugar, que este estudo não tem influências das doutrinas do Third Wave movement (Movimento da Terceira Vaga) ou movimentos com as mesmas posições acerca deste assunto sobre a Batalha Espiritual.

A minha compreensão sobre a Batalha Espiritual tem uma ideologia diferente da deles, no que diz respeito à nossa compreensão de Deus, do universo e da humanidade.

Eu penso que em nenhum lugar na Biblia vemos que Deus está em guerra com satanás ou que criou um mundo onde os homens vivem num estado contínuo de conflito e de tormento por causa da luta contra os demónios.

Por essa razão, embora a intenção do meu estudo seja esclarecer e envolver-nos mais na Batalha Espiritual contra as forças das trevas, não quero que deixemos a Batalha Espiritual dominar completamente a nossa vida ficando completamente obcecados por isso, vendo demónios em todo o lado e em toda a gente.

Há Igrejas que tornaram os cultos numa Batalha Espiritual, mas os nossos cultos devem ter sempre como centro a adoração a Deus, onde exaltamos a Sua Soberania e a obra redentora de  Cristo, e a pregação da Palavra de Deus para nosso alimento e fortalecimento.

Por isso não devíamos deixar os nossos cultos tornarem-se em cultos de libertação, onde a Batalha Espiritual toma todo o lugar no culto.

A Igreja deve organizar momentos próprios para nos dedicarmos à Batalha Espíritual, que poderão ser realizados nos lares das pessoas que estejam debaixo de um laço diabólico, ou em reuniões e momentos especiais dentro da Igreja ou nos lares.

Claro é que não sou contra o facto de Igrejas guardarem um momento no final do culto, depois do louvor e da pregação, para fazerem um apelo para pessoas que necessitem oração. Se for o caso de alguém que esteja oprimido pelo diabo ou mesmo possesso, é melhor levar a pessoa para uma outra sala ao lado.

Eu penso que quando tiramos o louvor e a pregação do centro do culto, colocando a Batalha Espiritual nesse lugar, acabamos afinal por deificar satanás e começaremos a perder a Batalha Espiritual.  

Nota importante: nos movimentos da Terceira Vaga, também chamados de neo-carismáticos há muitos líderes que são bons servos de Deus, mas encontramos muitos outros que infelizmente deram um passo em frente e seguem os falsos movimentos de fé e prosperidade.

B. Redefinindo a guerra espiritual

Eu acredito que o Novo Testamento fala de Batalha Espiritual na maior parte para referir às tensões, conflitos e às opções morais e escolhas neste mundo que as pessoas devem enfrentar, mas ao mesmo tempo revela que o diabo utiliza essas tensões, conflitos e opções morais contra os seres humanos.  

Mas usar a noção de 'Batalha' como o único paradigma para definir a experiência cristã,  em particular quando entra em questão a interação entre a nossa esfera da existência e o mundo demoníaco, pode ir além do que os autores das Escrituras pretenderam dizer.

O melhor é compreender a Batalha Espiritual como simplesmente um de muitos usos das Escrituras ao caracterizarem os aspectos diferentes da vida cristã.

Cada uma das metáforas bíblicas tem sua utilidade mas igualmente suas limitações. A metáfora da Batalha Espiritual pode ser útil, mas pode conduzir a uma distorção bruta da nossa percepção da vida, transformando-a  como na única representação absoluta da vida cristã, e a pessoa acabará por ficar obececada por isso.

C. O perigo da paranoia 

Os defensores da Terceira Vaga, talvez inconscientemente, acabaram por transformar grande parte dos comportamentos humanos como resultados de possessão, opressão ou perseguição diabólica. 

Há que termos muito cuidado em fazer o diagnóstico, pois se vemos o diabo em tudo, acabamos por cair numa cosmovisão do mundo igual às cosmologias pagãs, antigas e místicas que viam por detrás de tudo a acção dos deuses, espíritos, ancestrais ou forças antagónicos em luta umas contras as outras.

E desta forma acabamos por cair na paranóia do medo e da Batalha Espiritual em todos os âmbitos da vida do universo e da humanidade.

Há especialistas da Terceira Vaga que acham que as pessoas estão sendo sempre atacadas, possuídas, endemoninhadas ou influenciadas por espírito maus.  Criaram assim uma cosmologia em que de facto estamos a viver sempre debaixo da tirania de satanás, que juntamente com os seus sequazes estão constantemente ativos na vida das pessoas.

Esta cosmovisão da vida pode  em determinados casos, criar quadros de enfermidade mental. Os jovens que estão atravessando mudanças físicas e psicológicas profundas podem ser particularmente vulneráveis e serem conduzidos a pensar que a sua vida é uma constante Batalha Espiritual contra os demónios que os atormentam com aquelas mudanças. 

Até há quem confunda o ciclo menstrual que causa dores de cabeça e enjoo, com ataques diabólicos. Conheci alguém que quando evangelizava, se um cão ladrasse dizia que era o diabo. Ouvi outra pessoa dizer a uma mãe que o filho gaguejava porque estava possesso.

Enfim, estas igrejas vêm o diabo atrás de tudo, criando a ideia de um universo completamente cheio de demónios, um lugar de constante conflito e tormento, dessapossando assim o homem da sua humanidade e responsabilidade e dizendo que Deus e o diabo estão em constante guerra um contra o outro.

Até já ouvi pregadores dizerem que nesta guerra Deus é o "looser" -  é o que está a perder. Por exemplo, dizem que Deus perdeu a guerra no jardim do Éden quando Adão e Eva cairam no pecado debaixo da tentação de satanás. E dizem outras coisas sobre Deus ser o "looser" que nem me sinto bem em deixar aqui por escrito.

D. Manipulação e abuso espiritual

Um outro aspecto de interesse é que as ideologias da Terceira Vaga, dão uma grande importância aos líderes que reivindicam ter um especial do discernimento a respeito da presença de espírito maus na vida das pessoas ou em alguma sitaução neste mundo. 

Claro que não sou contra alguém ter o discernmento dos espíritos, mas acho que consciente ou inconsciente estes líderes colocam-se numa posição de grande autoridade sobre pessoas que possam estar a passar por problemas psicológicos, emocionais e outros de carácter meramente humano e que por isso se encontram vulneráveis. 

Desta forma, por causa do exagero destas cosmologias e do abuso da autoridade dada aos lideres, estas pessoas acabam por ser manipuladas, ficando confusas quanto aos seus problemas e as soluções a buscar, que podem não ter nada a haver com problemas de possessão, opressão ou perseguição diabólica.

E. Batalha Espiritual, louvor, exposição e pregação

Eu não sou uma pessoa muito rígida, dando muita importância ao formato dos cultos, pois prefiro dar mais importância ao conteúdo.  Mas, eu penso que independentemente do formato, os nossos cultos devem ter sempre no centro:

O louvor, onde exaltamos a Soberania de Deus e a obra redentora de  Cristo.

A Exposição da Palavra de Deus para nosso alimento e fortalecimento.

A Pregação do Evangelho para a salvação dos perdidos.

Os cultos não devem portanto tornarem-se em cultos de libertação, em que a Batalha Espiritual toma  o centro - ou seja, toma quase todo o lugar no culto.

A Igreja deve organizar momentos próprios para nos dedicarmos à Batalha Espíritual, que poderão ser realizados nos lares das pessoas que tenham necessidades ou em momentos especiais dentro da Igreja ou nos lares.Os crentes individualmente devem também tirar momentos para a Batalha Espiritual, mas não tornar toda a vida deles como se fosse uma constante Batalha Espíritual contra os espíritos e demónios. 

Claro que eu acho que é bom haver um momento no final do culto, depois do louvor e da exposição da Palavra ou da pregação deo Evangelho, para fazer um apelo às pessoas que necessitem de oração por uma razão qualquer e até alguém que queira entregar a sua vida a Cristo. Caso seja alguém que se sinta oprimido pelo diabo ou mesmo possesso que se chegue à frente, é melhor levar essa pessoa para uma outra sala ao lado e lidar com o problema a sós com a pessoa.

E acho que também é bom haver um tempo no culto para alguém dar um testemunho ou deixar uma exortação, e até haver um outro culto mais aberto, em que mais crentes poderão partilhar as suas experiências e deixar as suas exortações à congregação.

Tudo isto é bom e necessário, desde que seja feito de uma forma ordeira e que isto não tire o lugar central do louvor, exposição da Palavra e pregação do Evangelho. 

Eu penso que quando tiramos o louvor e a exposição da Palavra de Deus e a Pregação do Evangelho do centro do culto e das nossas vidas, e colocamos a Batalha Espiritual nesse lugar, ou outra coisa qualquer, começaremos a perder a Batalha Espiritual.

Digo isto com todo o respeito pelos irmãos em Cristo (e há muitos) que seguem algumas ideologias do Third Wave. Já tenho estado em cultos, onde ouvi 30 vezes a palavra satanás, 20 vezes a palavra Batalha Espiritual e somente 5 vezes a palavra Cristo ou Deus!? 

Estará isto certo, acho que não, há que manter o equilíbrio das Escrituras.

Nota importante:  as Igrejas não devem resumir a sua actividade ao culto, mas além do culto devem estar envolvidas pelo menos nas três seguintes áreas:

Evangelismo e acompanhamento dos evangelizados.

Integração dos convertidos na Igreja, batismo e discipulado.

Acção social e missões.

F. Tendo dito isto passo para o meu estudo

Tendo dito isto sinto-me agora à vontade para falar sobre este assunto, acreditando que o leitor perceberá as diferenças entre a minha posição e a posição dos movimentos da terceira vaga.

Mas começo por dizer que apesar desta introdução nós não devemos ignorar que há uma Batalha Espiritual para combater e que para termos a vitória temos que vigiar e orar.                                 

“Alguém disse que a Igreja é a Ilha da Vida de Cristo rodeada pelo Mar de Morte de Satanás”. Isto é só uma imagem.

Aqueles que vivem na Ilha da Vida de Cristo, devem ter cuidado para não tocarem, nem que seja só com um dedo no Mar de Morte de Satanás”, pois se o fizerem, acabarão por sofrer sérias consequências, mais cedo ou mais tarde!

Há crentes que andam a brincar com as “coisas” do diabo, mesmo sem saberem, outros não gostam nada de ouvir falar do diabo. Dizem que o diabo foi vencido na cruz e, por isso, já não pode fazer nada contra os crentes.

Mas, embora a Bíblia revele que o Diabo foi completamente derrotado na cruz, a Bíblia também revela que a sua actividade continua, ele ainda pode tentar-nos, mas sempre debaixo do controle de Deus

Não brinquemos com o Diabo, nem o ignoremos, empurremos antes o Mar de Morte de Satanás para fora, para a Ilha da Vida de Cristo crescer cada vez mais neste mundo.

Mas como podemos fazer isto? É isto que vamos ver neste estudo?


II. Principados e potestades

A. Principados e potestades

Em Gálatas 5:16 a Bíblia exorta os crentes a “andar no Espírito e não satisfazer a cobiça da carne", mas em Efésios 6:12 a Bíblia revela que a grande luta do crente “não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

Neste trabalho irei falar destas forças espirituais do mal que estão sob as ordens do diabo, designando-as de “espíritos”. Salientarei a actividade das mesmas, os cuidados que devemos ter e a maneira de as combater de uma forma eficiente.

Os crentes ocidentais manifestam uma grande ignorância acerca da actividade destas identidades maléficas e, por isso, estão sofrendo pela sua ignorância. As familias, as Igrejas e a sociedade ocidental em geral, está sofrendo resultados terríveis devido a uma grande penetração dos “espíritos” em todas as esferas da sociedade.

E, segundo a profecia, a situação vai tornar-se pior!

Apocalipse 18:2 ”Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável”

A Profecia está muito ligado ao aviso (advertência). No texto em cima, a palavra profética adverte-nos para os finais dos tempos.

Mas devemos perguntar: “Esta sociedade babilónica, morada de demónios, é um produto de que sociedades? Das sociedades orientais, africanas, árabes ou das sociedades ocidentais?”

Em que sociedades a Grande Prostituta e as Bestas do Apocalipse vão ter o seu berço e actuar da forma que nos é revelada no Apocalipse?

Deixo por agora estas perguntas para a reflexão de cada um!

B. As artimanhas dos principados e potestades

A maior artimanha do diabo é fazer tudo para manter as pessoas na ignorância, pois pessoas ignorantes não sabem que estão a ser enganadas (seduzidas). Por isso, este trabalho tem o alvo de nos avisar e de nos ajudar a sair da nossa ignorância e envolver-nos na batalha espiritual em favor dos nossos filhos, Igrejas e sociedade em geral.

A vitória nesta batalha espiritual contra os “espíritos” só é conseguida através do “está escrito” Mateus 4:1-11, ou seja da Palavra de Deus que é a espada do Espírito.

Efésios 6:17 “Tomai a Palavra de Deus que é a espada do Espírito”.

Mas não devemos ignorar que o diabo também utiliza a Palavra de Deus. Não foi só o Senhor Jesus que utilizou o “está escrito”, o diabo, que é um sedutor, também o fez.

Mateus 4:5 “Então, o diabo o levou à Cidade Santa e colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”.

O Diabo, através dos “espíritos” não só utiliza a Palavra de Deus para enganar, mas no que diz respeito aos crentes e às Igrejas ele é mestre em cegar os entendimentos e fazer com que os crentes e Igrejas “torçam a Palavra”, ou “interpretem mal a Palavra”, ou “aumentem palavras ” e cheguem mesmo ao ponto de “tirarem palavras”. Ap 22:19

C. As duas grandes seduções

Neste estudo iremos falar das duas grandes seduções, as seduções da carne e as seduções religiosas. Sobre as religiosas, as Igrejas cristãs, incluindo as evangélicas, são hoje o palco mais utilizado pelo diabo para levar a cabo as tais “seduções religiosas”, através dos métodos acima citados “torcendo, interpretando mal, aumentando e tirando palavras à Palavra de Deus”

Na nossa sociedade pré-apocalíptica (babilónica) em que o ministério da iniquidade está atingindo o seu auge, os “espíritos não se manifestam somente nos quartos escuros dos médiuns, através do horóscopo e de livros espiritualistas, mas manifestam-se em cultos e conferências reavivalistas e outras transmissões e eventos evangélicos.

Vemos então que em ambientes e palcos chamados cristãos, os “espíritos” podem utilizar a Palavra de Deus, e outros meios, para atrair, seduzir e adquirir as pessoas.

D. Familiarização com os espíritos

Alguns teólogos estão utilizando a designação “espirito familiar”, para falar de um tipo específico de “espírito” que procura “familiarizar-se” gradualmente com uma pessoa, até torná-la possessa, como era o caso daquela jovem que possuía um espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Atos 16:1.

Vemos outros casos de endemonhinhadas em Atos 8:7, 19:12-13

O que quero salientar nesta exposição é, que, embora não saiba se estou de acordo com a designação “espírito familiar”, concordo contudo que o processo da possessão inicia-se de uma forma gradual e subtil em que a pessoa começa a familiarizar-se aos poucos com uma identidade espiritual, e, senão quebrar este relacionamento, a pessoa sem estar consciente do facto, pode acabar por ficar possessa (endemoninhada), escravizada ou no mínimo influenciada e oprimida. 

E. Não brinque com o diabo

O ditado popular antigo“com o diabo não se brinca” tanto serve para descrentes como para crentes!!!

Se quiser saber como pode ser mais efectivo no domínio da luta contra os espíritos, protegendo a família, a Igreja e a sociedade em geral da actividade dos mesmos, utilizando a oração e a Palavra de Deus, que é a espada do Espírito, de uma forma mais eficiente nesta luta espiritual, continue a ler o artigo.

No entanto se sentir que Deus não o está a chamar para este combate espiritual directo contra os “espíritos”, visto cada um de nós ser equipado por Deus com diferentes * dons e ministérios, e o irmão (ã) sente que este não é o seu ministério, é melhor abandonar a leitura aqui. A não ser que queira ficar na posse desta informação.

Efésios 4:7-16, I Coríntios 12:27-31, Romanos 12:3-8 fala nos dons e ministéiros diferentes dentro do corpo, tendo cada um dos membros recebido a sua porção de Cristo.


III. Processo gradual da possessão ou escravização

Ao falar da forma que os “espíritos” utilizam para se familializarem gradualmente com os humanos, irei utilizar o termo “possessão” para os descrentes e o termo “opressão” para os crentes.

Isto para dizer que a “familiarização” de um descrente e de um crente com um “espírito”, atinge diferentes níveis de intimidade. Por isso, é muito possível que os teólogos que defendem que um crente não pode ficar possesso tenham razões bíblicas para defenter esta tese. Esta é a minha posição também.

Mas lá porque acreditamos que os crentes não podem ficar possessos, não vamos fazer nada?

Vamos deixar que os crentes, ou os seus filhos, ou os membros da sua Igreja sejam oprimidos pelos espíritos?

E nós ficamos impávidos e serenos a ver o “ladrão a matar e a destruir, a escravizar e a oprimir” S.João 10:10, e não fazemos nada?

A. Atracção

O processo de possessão ou de escravização tem três etapas: a atracção, a sedução e a aquisição.

O primeiro passo é a atracção. Aquilo que atrai a pessoa para o mundo do oculto ou sobrenatural e consciente ou inconscientemente entra em contacto com “o mundo dos espíritos”.

O que leva a pessoa a ficar atraída pelos “espíritos”?

O apelo pelo mundo oculto cria uma certa curiosidade, pois as pessoas gostam de conhecer aquilo que está escondido, que lhes é desconhecido.

O mesmo podemos dizer do fascíneo pelo mundo sobrenatural, pelo poder místico, que atrai as pessoas, às vezes mesmo crentes, mas que, infelizmente, às vezes não sabem diferenciar entre a esfera espiritual de Deus e a de Satanás.

Há ainda o facto das pessoas quererem conhecer o futuro, o que vai acontecer, e, por isso, é fácil familiarizarem-se com esquemas que reclamam ter o conhecimento do futuro. Pode ser a astrologia, o horóscopo e outras formas e até mesmo a profecia e as visualizações.

Há outros que querem comunicar com os familiares que morreram. E muitos dizem que receberam visitas de familiares já defuntos e conversam com eles, sem saber que estão a falar com um “espírito”.

Depois temos as pessoas que sofrem de problemas de rejeição, inferioridade, insegurança, depressão, doenças psicológicas e psiquiátricas, ou vivem escravas de certas adições (droga, álcool, sexo, jogo, etc) ou têm familiares nesta situação, e procuram uma resposta ou uma saída no contacto com o oculto.

Poderia falar de muitas pessoas que procuraram alívio, soluções ou cura através de meios ou pessoas duvidosas! Alguns levaram muito tempo a reconhecerem o seu erro e a libertarem-se da familiaridade com o “espírito”, mas outros ficaram mesmo pelo caminho e chegaram ao ponto da “possessão ou da opressão”.

Há muitos lares destruídos, casos de depressão e suicídio, por causa do envolvimento com os “espíritos”, na esperança de solucionarem determinados problemas.

Nas Igrejas cristãs existe fome pelo sobrenatural, os crentes buscam o reavivamento, a cura, a libertação, a restauração e os sinais e maravilhas!

Se os lideres forem ignorantes acerca da actividade dos “espíritos”, ou houver falsos obreiros no seio da Igreja, a busca pelo sobrenatural pode abrir uma porta ao “diabo que anda em derredor, bramando como um leão, buscando a quem possa tragar”. I Ped 5:8.

Satanás é apresentado como o “tentador”, mas também como o “sedutor”. Quando procuramos entrar na esfera espiritual, com más intenções, ou, mesmo, tendo boas intenções, devemos ter cuidado, vigiar, pois o diabo pode estar na próxima esquina à nossa espera, e, ao mínimo descuido pode ser a morte ... como diz o ditado ... do artista.

Devemos ter muito cuidado com a atracção pelo mundo desconhecido ou sobrenatural.

O ponto que estou a defender, é que a atracção é gradual e subtil e começa com uma familiarização muito leve com um “espírito ou espíritos”. Normalmente falando, ninguém fica logo possesso ou oprimido ao primeiro contacto com o espírito.

Primeiro o “espírito” cria um ambiente de atracção, depois, para aqueles que picarem o “isco”, ele cria um cenário propício à sedução.

A pessoa estabelece “familiaridade” com o espírito por causa das situações mencionadas em cima, utilizando um meio, método, doutrina ou pessoa errada, e, aos poucos, a atracção vai crescendo, a “familiaridade” com o espírito vai-se tornando mais íntima, a sedução começa a tomar lugar, e pode levar a pessoa ao ponto da possessão ou da escravização (opressão).

É muito mais fácil quebrar a familiaridade quando o processo só está no ponto da atracção. Depois, quando a pessoa já está seduzida e mais tarde endemonhinada ou oprimida, é muito difícil, às vezes, quase impossível de quebrar o laço.

Por essa razãoa o Senhor Jesus disse “Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.” Mateus 17:21 Nós não adulteraríamos a Palavra de Deus se dissessemos “de muita oração, muito Jejum, e muito esclarecimento e perseverança também”.

B. A sedução

O segundo passo é a sedução. A sedução está logo presente no início da atracção, quando a pessoa começa a estabelecer a familiaridade com o espírito, ou espíritos.

É importante saber que especialmente no início, no casos de muitas pessoas que estão a familiarizar-se com um espírito, elas pensam que o “espírito” é um bom companheiro, e que algum benefício sairá deste companheirismo.

A pessoa, pensa erradamente, que o “espírito” providenciará uma boa informação e uma grande ajuda na resolução de um problema, ou na investigação ou estudo da esfera sobrenatural.

Além disso, muitas das pessoas nesta situação de “familiarização”, não sabem que estão em contacto com uma identidade espiritual. Eles pensam que são experiências que estão unicamente ligadas á esfera das suas fantasias, imaginações e desejos. Há crentes que envolvidos em determindadas experiências, podem pensar que estão fazendo experiências na esfera sobrenatural de Deus. E, destas experiências só pode sair alguma coisa de bom. Mas não são experiências de Deus.

E, assim, aos poucos, vão ficando debaixo da sedução do espírito. A sedução funciona como a “adição”, quanto maior, mais a pessoa fica agarrada, escrava. Mais cega!

C. A aquisição

Em primeiro lugar vimos as causas que levam as pessoas a serem “atraídas” pelo mundo oculto e sobrenatural, em segundo lugar vimos que mal a atracção começa, as pessoas vão ficando gradualmente “seduzidas”, em terceiro lugar irei falar dos “meios” através dos quais as pessoas começam a seu relacionamento com os “espíritos”.

O terceiro passo é a aquisição. Desta forma a pessoa “adquire” gradualmente (sem notar, podendo até ter ** boas intenções) um “espírito” que tem o alvo de se instalar definitivamente em sua vida. No fundo não é a pessoa que adquire, a pessoa não adquire nada, é o “espírito” que adquire a pessoa.

Se for um descrente – o alvo do “espírito” é possuir, se for um crente – o alvo do “espírito” é oprimir.

** Estou a falar de pessoas inocentes ou que por influência de outros entram em contacto com os espíritos, por exemplo, o filho ficou doente e procuram a cura para ele em lugares duvidosos.

Mas, é claro, há o caso de pessoas que entram voluntariamente em contacto com o mundo dos espíritos para ganharem dinheiro.

Continuando, vejamos os meios que podem ligar as pessoas “ao mundo dos espíritos”.

1. A adivinhação

a) Definição

A adivinhação é o ato de predizer coisas distantes no tempo e no espaço. A adivinhação busca determinar o significado ou as causas ocultas dos acontecimentos, predizendo às vezes o futuro, por meio de práticas variadas.

A Bíblia fala contra a adivinhação e os adivinhos. Vamos colocar só 3 textos. Mas pela internet pode fazer um estudo profundo sobre estas matéria.

Lv 19, 31: Não vos dirijais aos espíritas nem adivinhos: não os consulteis,...

Lv 20, 6: Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos adivinhos para fornicar com eles,...

Lv 20, 27: Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer adivinhações, será morto....

A adivinhação é vaga, confusa, mentirosa e tem o lucro como principal objectivo.

Vimos no início que a jovem de Atos 16 tinha um espiritto adivinhador e dava muitos lucros aos seus senhores. Balaão que era um falso profeta (um adivinho) que vivia para o lucro.

Ver a história de Balaão em Números 22, e ver que a epístola de Judas exorta a não deixar a sã doutrina e seguir o caminho de Balaão que se deixou seduzir pela ganância do dinheiro

b) Diferença entre a adivinhação e a profecia

Há muitas diferenças entre a divinhação e a profecia bíblica, mas a principal é que a adivinhação não é baseada na Bíblia e não tem o objectivo de glorificar a Deus, pois o principal objectivo é o lucro ou o orgulho.

A profecia é baseada na Bíblia e serve os propósitos do Reino de Deus. Eu falo disso no meu blogue no tema sobre o Espírito Santo.

No entanto, os lideres das Igrejas cristãs deviam fazer um estudo mais profundo do dom de profecia, e o ofício do profeta, e não deixarem que o exercício da profecia seja praticado dentro das suas Igrejas de uma forma superficial, leviana e fantasiosa.

Isto abrirá certamente a porta a problemas, conflitos e aos “espíritos”, e, por isso, cuidado com as profecias dentro das Igrejas, que não estão baseadas na Palavra de Deus, nem são dirigidas pelo Espírito Santo?

Se o que se ouve, muitas vezes, dentro das Igrejas não são profecias, pois não estão baseadas na Palavra de Deus, nem são dirigidas pelo Espírito Santo, o que são?

São prognósticos, adivinhações, imaginações ou invenções e pensamentos carnais?

2. A visualização

A visualização não é uma ferramenta bíblica válida. Não a encontramos nas escrituras.

As pessoas criam uma imagem na sua mente, de alguma coisa que querem atingir e depois utlizam a Fé como a força para tornar esta imagem numa realidade. A ideia é dar nascimento a uma imagem na esfera espiritual (um desejo, uma coisa, uma pessoa, um plano etc) e depois torná-la realidade na esfera natural.

A visualização é uma das principais ferramentas utilizadas pelos movimentos de fé, a cientologia cristã, o movimento da Nova Idade (New Age), e está directamente ligada ao pensamento positivo.
Infelizmente, a visualização, que é uma forma de relacionamento com o oculto, está sendo muito praticado por muitas Igrejas cristãs em todo o mundo.

E de que forma?

Há Igrejas cristãs que começam a permitir uma prática em que os crentes pretendem ter visto imagens, figuras que lhes foram comunicadas pelo Espírito Santo. Desta forma, os crentes, podem visualizar e decretar e adquirir conhecimento directo e revelações de Deus através destas imagens e figuras criadas em suas mentes, no fundo, da mesma forma que fazem os praticantes das religiões e ideologias espiritualistas e “new agers”.

E através destas formas de “visualização”, que não sendo tão bizarras/esquisitas/excêntricas como as práticas espiritualistas, a familiarização com mundo oculto dos espíritos pode ser iniciada mesmo dentro das Igrejas.

O que é triste é que os crentes e os pastores não sabem que esta prática é uma prática muito antiga do ocultismo e outras religiões e é praticada de uma forma muito comum no movimento da Nova Idade (New Age)

Os lideres deviam rever este assunto, e estudar a Bíblia para ver se encontram algum base bíblica para esta espécie de “visualização” (imagens, figuras) mesmo que não envolvam o pensamento positivo e seja feita com boas intenções.

Romanos 13:12 “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz”.

Efésios 5:11 “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, reprovai-as”.
Contudo, não estou a afirmar que nunca ninguém pode receber de Deus um nome, convição, conhecimento, sabedoria, profecia, visão ou sonho ou mesmo uma imagem ou figura de alguma coisa que por qualquer razão

Deus colocou na mente/coração da pessoa com o intuito de lhe revelar algo, ou para a pessoa revelar algo da parte Deus à Igreja. É claro que isto pode acontecer.

Eu estou somente a alertar para que, seja que revelação for, não pode contradizer a Palavra de Deus e, em minha opinião, não é algo que acontece de uma forma tão regular e superficial como vemos nas Igreja aonde as pessoas estão constantemente pretendendo que Deus lhes revelou alguma coisas, muitas vezes imagens e figuras.

Infelizmente, em muitas Igrejas, estas constantes revelações compartilhadas por crentes durante os cultos, substituiram completamente o ensinamento da Palavra de Deus.

Acho muito mais proveitoso quando alguém pede aos lideres para dar um curto testemunho da fidelidade de Deus numa determinada situação da sua vida, para encorajar os crentes desanimados, ou deixar uma palavra uma exortação aos crentes para serem mais santos na sua vida e fiéis no trabalho de Deus.

3. Ideologias espiritualistas e espirítistas

Isaías 8:19 Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?

Levítico 19:31 “Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles.”

Espiritualismo é um nome moderno para a feitiçaria, espiritismo, astrologia, tarologia, racionalismo cristão, necromancia, embora possa haver diferenças nestas diferentes práticas do ocultismo. Um espiritualista/espiritista é um místico que se torna num canal, agente receptor, para receber comunicações que veêm do mundo dos espíritos.

Através dos médiuns, bruxos, feiticeiros etc (os receptores), os “espíritos” tem acesso ao nosso mundo e procuram familiarizarem-se com as pessoas que entram em contacto com esses receptores até ao ponto de conseguirem mais um receptor.

Alguém que por qualquer razão entrou em contacto com o mundo dos “espíritos” através do relacionamento directo ou indrecto com estes receptores (médiuns) devia procurar logo a purificação pelo sangue de Jesus, junto de uma Igreja, porque o “espírito” nunca permitirá a quebra daquela familiarização por pequena que seja.

Esta pessoa vai ficar logo no bloco de apontamentos do “espírito”, e este continuará a atrai-la mais e mais até seduzi-la e mais tarde adquiri-la.

Não é assim que actuam os predadores!? Há alguém que escapa se entrar no sua área de acção? Isto tanto serve para os animais, como para os homens e os “espíritos”. Os predadores não perdoam mal alguém caia no seu campo visual, do olfacto ou do tacto. No caso dos “espíritos”, mal alguém caia no seu campo espiritual.

Às vezes, até a leitura de um livro, do horóscopo, uma consulta ao bruxo é suficiente para o “espírito”, predador, agarrar a pessoa para sempre.

4. Conversar com os espíritos

Este é um aviso solene para quem está envolvido na batalha espiritual directa com os espíritos. Ore a Deus e em nome de Jesus se for necessário e tiver o apoio suficiente de pessoas que estejam consigo, ordene ao “espírito” que se retire, mas não converse com um espírito durante a libertação de uma pessoa.

Não devemos esquecer que o espírito normalmente só deixará a pessoa se esta tiver vontade que isto aconteça e isto na maior parte dos casos precisa de tempo, esclarecimento e oração.

Por esta razão, da mesma forma gradual que a pessoa foi familiarizando-se com o espírito até ao ponto de levá-la à possessão, e, no caso de um crente à escravização e opressão, devemos gradualmente doutrinar a pessoa no conhecimento da verdade e elucidando-a acerca dos ardis do diabo.

Efésios 6:11 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”

Este processo de libertação (exorcismo) é um processo gradual, é necessário tempo, estudo, perseverança e muita oração até a pessoa ficar esclarecida e tenha vontade de libertar-se da identidade que a andou a enganá-la sem ela saber.

Esta forma de “exorcismo” gradual é o melhor “exorcismo” , o mais seguro e mais sólido que podemos praticar.

É claro que não devemos ser contra uma forma de “exorcismo” mais directo, confrontativo, em que não tivemos tempo para esclarecer a pessoa, talvez por ser um caso severo de possessão ou escarvização, e ordenamos a expulsão do espírito sem preparação prévia.

Mas isto deve ser feito debaixo da orientação e poder total de Deus e por homens e mulheres experimentados e com dons nesta área do combate espiritual.

Deixo o conselho: não converse com o espírito, nunca, em nenhum tipo de “exorcismo”, pois corre o risco de passar a acreditar, sem dar por ela, “na doutrina dos demónios”.

O que sai da boca dos espíritos não é nada mais, nem menos que “doutrina de demónios”. E desta nós não queremos saber nada.

I Timóteo 4:1 “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”.

O irmão ao conversar com os espíritos pode não ligar nada para o que ele disser, mas poderá ficar perturbado e abrir uma porta para o espírito manifestar-se. É o que eles querem fazer, entrar pelas brechas que se vão abrindo e perturbar o ambiente e as pessoas à volta.

5. Expulsar publicamente os espíritos

Não devemos praticar a libertação durante os cultos de louvor e estudo da Palavra de Deus, para não a oportunidade aos os “espíritos” de se manifestarem publicamente

Se durante um culto um “espírito” se manifestar, devemos levar logo a pessoa para um lugar isolado dentro ou fora da Igreja com três ou quatro irmãos (ãs) corajosos e habituados à batalha espiritual e lidemos com a libertação fora da presença dos demais membros e pessoas da Igreja.

A pessoa em questão devia ser seguida em sua casa, estudando a Bíblia e procurando esclarecer-se gradualmente sobre a verdade e a mentira até estar preparada e desejar a libertação. O ideal, é a pessoa não voltar aos cultos durante alguma temporada até dar-se a libertação total.

Não esqueçamos que se o “espírito” manifestar-se publicamente dentro da Igreja, no meio das pessoas, nós estaremos a expô-las à actividade demoníaca destes espíritos. Especialmente os mais vulneráveis e nesta categoria podemos colocar as crianças e os jovens.

Os espíritos querem habitar ou relacionar-se com os humanos e mesmo com os animais. Eles querem viver num corpo e não no abismo.

Mateus 8:28 “Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? 30 Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos. 31 Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos. 32 Pois ide, ordenou-lhes Jesus. E eles, saindo, passaram para os porcos; e eis que toda a manada se precipitou, despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram.

Pode haver pessoas, até jovens e crianças, que tenham problemas morais, pessoais, emocionais, físicos e psicológicos, e sejam mais vulneráveis à actividade dos espíritos. Podem até ser os nossos próprios familiares. Temos que os proteger.

O culto é para louvar a Deus e estudar a Bíblia. Há cultos de evangelização em que podemos fazer um apelo para a conversão. Nos cultos de consagração podemos fazer um apelo para a consagração. Mas a libertação devia ser praticada pelos líderes das igrejas àparte e se possível nos lares das pessoas que estejam a sofrer problemas de possessão ou escravização.

Ou então fazer reuniões para este fim, em que estejam presentes os crentes preparados para o combate espiritual e as pessoas que queremos libertar. De preferência é melhor estas reuniões serem feitas no lar das pessoas enão dentro das Igrejas.

6. Orar e invocar os anjos

Todd Bentley e muitos pastores dos movimentos de fé incitam as pessoas a buscarem conhecimento perto dos anjos. Dizem ter visualizações de anjos que os visitam, e, Todd disse que foi visitado pelo anjo “Emma”, uma mulher! Um anjo de prosperidade! Que levou a Igreja a dar donativos fabulosos para a sua organização.
(tirado da Net) God himself told Todd Bentley, in effect, 'Lay Jesus aside! Don't preach Jesus right now... preach about the angel (Emma) and the supernatural because that's what the church needs.'

Muitas igrejas de todas as partes do mundo estão indo visitar a Igreja do Todd nos E.U.A, para trazerem a benção ou o reavimento para as suas próprias Igrejas.

A busca do místico, recorrer à ajuda dos anjos está a tornar-se cada vez mais evidente em muitas Igrejas cristãs

Mas devemos perguntar, encontramos na Bíblia um servo de Deus orar ou invocar a um anjo? Podemos encontrar um anjo a dirigir-se e falar com um servo de Deus. Mas nunca um servo de Deus a pedir a ajuda de um anjo!

Não estou a falar mal dos anjos, nem dizer que eles não se manifestam. A Bíblia está repleta da maifestação de anjos para servirem ou ajudar servos de Deus. E eu acredito que os anjos ainda se manifestam hoje.

Acredito também que é diferente invocar a Deus, pedindo a protecção do Seu Espírito e dos anjos, do que invocar directamente os anjos ou procurá-los visualizá-los. Deus pode enviar os anjos para ajudarem em resposta às orações.

Hebreus 1:143 “não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?

Neste ponto, eu estou somente a prevenir para a prática não bíblica de orar e invocar os anjos, estar sempre a procurar “visualizá-los”.

É claro que a prática de Todd Bentley, não só toca no invocar os anjos, é uma aberração, porque ensina que temos que pregar os anjos.

Ele prega sobre “Emma”. Ele prega que a igreja já conhece Jesus, mas não conhece muito sobre o mundo sobrenatural. A Igreja precisa de conhecer os anjos.

II Coríntios 11:13 “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo 14 E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”

Quem será Emma? O anjo mulher que fala da prosperidade? E, os anjos, que muitos dizem que aparecem nas suas Igrejas ou quartos? Serão mesmo anjos de Deus ou “espíritos”?

I João 4:1 “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”.

7. Adição, vícios, comprimidos e fantasias.

Poderíamos dizer muita coisa sobre isto! Mas não quero ser exaustivo.

Se houver pessoas com quem estamos em contacto, podem até ser familiares, ou membros e visitantes das nossas Igrejas, que tenham um predisposição para uma adição, vicio ou uma perversão e fantasia sexual qualquer, procurem quebrar isto pelo poder da oração e do ensinamento da Palavra de Deus.

Pode ser a droga, o álcool, jogo, pornografia, homosexualismo etc

Todo o tipo de corrupação, perversão, enfermidade está directamente ligado à questão do pecado original.
Jesus levou sobre Ele todos os nossos pecados e, por isso, pela sua morte, sepultamento e ressureição ele tem poder sobre satanás, a morte e o pecado.

Ele pode quebrar qualquer adição, curar qualquer doença, perdoar qualquer pecado!
Isaías 53:4-5 “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

Se notarmos que a adição ou o vício está directamente ligada à actividade de um “espírito”, procuremos a sua libertação através da confrontação espiritual com o “espírito”.

Outra questão importante é salientar que, mesmo que uma adição/vício não tenha como causa directa a actividade de um “espírito”, qualquer adição abrirá gradualmente a porta aos “espíritos” se a pessoa não abandonar essa adição ou vício a tempo. E, nessa altura, “os espíritos” poderão acabar por possuir, escravizar e perturbrar as pessoas que vivem à volta dela.

Os espíritos nunca perdoarão uma pessoa, ou os familiares e amigos mais chegados, se esta pessoa deixar-se envolver por adições, paixões e perversões pecaminosas ou envolverem-se com o mundo oculto através de qualquer que seja o meio.

Há crentes e pode haver líderes que estejam lutando com uma área pecaminosa na sua vida que acabará por abrir a porta aos “espíritos” se não forem libertos e as pessoas mais chegadas poderão também ser afectadas. Quantos líderes não entreteram certas pecados e fantasias e acabaram por cair na corrupção e em certas perversões sexuais (roubo, adultério, prostituição e até homosexualismo).

Os espíritos não perdoam!

8. Meios tecnológicos

Há muitos anos atrás ouvi ensinamentos radicais que diziam que a televisão é a “janela do diabo”. Hoje, diriam o mesmo de outros meios tecnológicos!!!

Bem, podemos concordar ou não com esta afirmação, mas com certeza que estamos todos de acordo que os espíritos podem utilizar os meios tecnológicos: televisão, computador, internet, jogos, vídeos, filmes para se manifestarem nos lares, nas escola, nas Igrejas e fazer publicidade a falsas doutrinas, seduções e perversões.

Não devemos esquecer que os espíritos servem-se de homens e mulheres a quem poderíamos chamar “filhos do diabo”, que utilizam os meios tecnológicos para servirem os propósito do seu pai que é o diabo.

Atos 13:5 Havendo atravessado toda a ilha até Pafos, encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus, 7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, que era homem inteligente. Este, tendo chamado Barnabé e Saulo, diligenciava para ouvir a palavra de Deus. 8 Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico (porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul.9 Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: 10 Ó FILHO DO DIABO, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor? 11 Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo. No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão 12 Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.

Elimas, o mágico um “filho do diabo”, não queria perder um cliente, e fazia tudo para Sérgio Paulo não crer na Palavra de Deus. Devo acrescentar que a magia e a bruxaria dominava aquela região.

E hoje, não vemos que a televisão e outras tecnologias que dominam o mundo, está nas mãos de muitas pessoas que são completamente contra Deus, “filhos do diabo”!?

Por exemplo, quantas pessoas não estão a ser enganadas pelos astrólgos e bruxos que propagam as suas heresias através de programas na Televisão, em revistas e na Internet? E a leitura do Tarote e o horóscopo que esta sendo cada vez mais propagados pelos meios tecnológicos!? E, quantas perversões de natureza sexual e religiosa propagadas pelos meios tecnológicos não estão a enganar tantas pessoas?

O próprio Satanismo está muito activo na Internet, onde encontramos muitos sites e grupos satânicos.

Nós devemos orar para a protecção dos nossos jovens e crianças, que lidam diariamente com a comunicação e informação vinda através dos meios tecnológicos.

Esses meios, podem ser utilizadas pelos “espíritos” como janelas entre as duas dimensões (sobrenatural e natural) pela qual fazem passar informação para o nosso mundo.

Tudo começa com uma familiarização subtil e aparentemente inocente com as pessoas que recebem a informação, até que a familiarização chegue ao ponto, que já não é só a informação que passa, mas os próprios “espíritos” penetram “corporalmente” pelas janelas, seduzindo e adquirindo ou oprimindo as pessoas.

9. Música, arte, ciência e filosofia.

Ninguém gosta mais do que eu destas quatro áreas, pois eu gosto muito de música e mesmo da música um pouco “roqueira”, gosto da arte, da ciência e tenho uma paixão muito grande pela filosofia. Quem der uma olhadela ao meu blogue notará isto.

Mas, acredito também que deveríamos ter cuidado com estas áreas, começando com o uso que damos à música dentro das Igrejas. A música tem de ser sempre um veículo para mensagem bíblica e não um fim em si mesmo. A música dentro da Igreja não deve ser em primeiro lugar para despertar a alma/emoção das pessoas, mas para despertar o espírito das pessoas, conduzindo-as a Deus.

É verdade que as pessoas também são seres emocionais, mas as suas emoções devem ficar sempre debaixo do controle do seu espírito, e isto só é possível se a pessoa tiver um encontro com o Espírito de Deus.

Uma emoção, sentimento ou pensamento exarcebado (exagerado, de grande volume) levará a pessoa a um desiquilibrio de personalidade, que poderá conduzi-la a comportamentos excêntricos e mesmo à possessão e escravização por um “espírito”.

É dificil compartimentar a alma e o espírito, dizer onde começam e acabam e perceber a sua interligação.

Mas uma música que não permita ouvir a voz do Espírito Santo a falar ao seu espírito, mas só enche a alma de emoções, por causa das batidelas, melodia, barulho, em nque ão existe mensagem, ou não se percebe a mensagem por causa do barulho, isto pode causar desiquilibrios e gradualmente abrir a porta aos espíritos. E como se dá isto na verdade?

É fácil. A alma da pessoa por causa da música fica emocionada e começa a buscar a esfera espiritual. Mas como o espírito não está esclarecido pela mensagem, nem está envolvido, a pessoa fica como que debaixo de uma “transe espiritual” causada pela música, como no fundo acontece nas religiões orientais e nas pessoas que estão em concertos musicais de “heavy metal” (toda a proporção guardada, a sensação e emoção é quase igual, não duvide) e pode facilmente ser seduzida pela actividade demoníaca dos espíritos.

Cuidado com todo o conhecimento que não envolva o espírito humano e o Espírito Santo, mas envolva somente a alma humana, seja conhecimento intelectual, científico, filosófico, literário, artístico, musical, tecnológico e religioso.

Este conhecimento, qualquer que seja o tipo, produzido e governado somente pela alma humana e para satisfazer a alma humana, desprovido de sentido espiritual, e da orientação do Espírito de Deus, pode ser fatal, e abrir a porta a identidades espirituais que estão a procurar todas as avenidas para relacionarem-se com as pessoas, com o objectivo de penetrar dentro do nosso mundo e possuir as pessoas, e se estas forem crentes, escravizá-las com alguma coisa, afastando-as de Deus e tornando-as infrutíferas para o engrandecimento do Reino de Deus.

Outra questão é que as bandas modernas que tocam nas Igreja, tomaram conta de todo o protagonismo e em nome da adoração a Deus, tomaram o lugar central dentro do culto, a pregação e o uso da Palavra de Deus passou a ter um lugar muito secundário.

A banda musical, juntamente com as profecias, as línguas e os sinais e as maravilhas, que em si mesmo podem não ter mal nenhum, são hoje o que atraem mais as pessoas às Igrejas, e não forçosamente um verdadeiro amor pela palavra de Deus que na ordem das prioridades já tomou talvez o 3º ou o 4º lugar. Cuidado, pois isto pode ser perigoso!!!

10. A idolatria e o culto aos santos

Idolatria, cultos aos santos, ancestrais, astros, à natureza, aos homens e o culto aos animais é muito parecido. Por isso eu vou colocar tudo dentro da Idolatria.

A Bíblia faz alguma ligação entre a Idolatria e o culto dos “espíritos” (demónios). Neste caso vamos apelar esta ligação também para o culto aos santos, ancestrais, astros, natureza, aos homens e o culto aos animais.

Podemos ver esta ligação nos textos em baixo, que fala dos sacrifícios antigos oferecidos aos ídolos, onde diz que ao oferecer sacrifícios aos ídolos, estamos a oferecer aos demónios que estão por detrás deles.

O ídolo então pode ser: estátua (ídolo), sol, lua, animal, rio, montanha, objecto, ancestre, santo, pessoa, animal ou outra coisa que o homem colocar no lugar de Deus.

Acho que poderemos também aqui incluir o dinheiro ou um outro bem material. Pode ser um Ídolo também que o homem adora.

Deuteronómio 32:17 “Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos quais não se estremeceram seus pais”.

Salmos 106:37 “pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios”

No Novo Testamento perguntaram a Paulo, se os cristãos deviam comer a carne sacrificado aos ídolos, Paulo foi cuidadoso com a sua resposta, mas, a certa altura ele diz:

I Coríntios 10:19 “ Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? 20 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios.

A Idolatria associa as pessoas aos demónios “aos espíritos”. Porquê que é tão difícil fazer penetrar a Palavra de Deus numa região muito idólatra? Porque é uma região que vive associada ao culto dos demónios e estes reagem ao Evangelho.

Deve haver boa percentagem de pessoas que se encontram possuídas ou escravizadas por demónios em regiões muito idólatras. Isto é bíblico. Talvez não se note claramente esta associação. Mas se nos dermos ao trabalho de estudar alguns comportamentos e atitudes das pessoas dessa região iremos ver que alguns destes comportamentos podem nascer da familiarização que “os espíritos” têm com as pessoas da região.

É claro, não estou a dizer que são todos possessos ou escravos. Se calhar até há uma percentagem mínima de pessoas que deixaram a familiarização com “os espíritos” através da idolatria e do cultos aos Santos chegar ao ponto da “possessão”.

Mas o que podemos afirmar é que os praticam a idolatria, o culto aos santos, ancestrais, astros, à natureza, homens, animais, dinheiro ou outra coisa quaalquer que se adora no lugar de Deus, estão a cultuar os demónios e a exporem-se à sua actividade, e quanto mais forte for a idolatria e o culto a essas coisas numa determindada região maior será a percentagem de pessoas possessas e escravos e maior será a influência dos “espíritos” nessa região.

Desta prespectiva poderíamos perguntar: em que região os “espíritos” estão mais activos? Em Àfrica, no Oriente ou no mundo ocidental?

Eu estaria inclinado a dizer, baseando-me em tudo o que tenho vindo a escrever e na base da idolatria, que actualmente acho que é no mundo ocidental onde há mais “espíritos” a agir.

Por essa razão nota-se cada vez mais um grande desprezo pelo Evangelho e vemos que os crentes dentro das Igrejas perderam quase totalmente a consciência da sua missão no mundo e o verdadeiro sentido de santidade.

Qual é a missão do crente? O que é a verdadeira santidade?

Os crentes vão à Igreja, colocam ao louvor no centro do culto (como um ritual), gozam da comunhão com os outros, podem até viver a moral cristã, mais ou menos, mas não têm sentido de missão e de santidade, não fazem do cristianismo o seu verdadeiro estilo de vida, nem colocam Deus em primeiro lugar naquilo que fazem.

Hoje, vemos muitas Igrejas no Ocidente que não evangelizam os perdidos, não enviam missionários e não praticam a caridade. E as igrejas que estão crescendo, crescem na base das igrejas que vão morrendo.

Porquê? Porque os crentes no Ocidente seguem muitas coisas que podem não ser forçosamente estátuas, mas são um “idolo”, são idoltaria também, mas mais subtis.

Precisamos de despertamento espiritual.

Exôdo 20:3 “Não terás outros deuses diante de mim 4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”.

11. O legalismo e espírito de julgamento

Quando pensamos que Deus só pode ter um bom relacionamento com alguém que segue na íntegra as regras e doutrinas da nossa Igreja, e que nós só podemos ter bom relacionamento com os irmãos que seguem as regras e doutrinas da nossa Igreja, estamos a medir Deus e o nossos irmãos pelas nossas regras e caimos fatalmento no legalismo.

Aonde existe legalismo, impera o espírito de julgamento. Aonde impera o espírito de julgamento impera a morte. A lei de Deus, sem graça, sem o Espírito Santo é letra morta.

II Coríntios 3:6 “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.

Não da letra (da lei, do legalismo, do espírito de julgamento)

I Coríntios 8:1 diz que “a ciência incha, mas o amor edifica”

A Bíblia é infalível, mas tem que ser utlizada com humildade. Quando pensamos que temos um conhecimento da Bíblia mais alto do que os outros irmãos, então pode acontecer-nos o que aconteceu a alguém que disse:

“Como eu fiz da Bíblia o meu Deus, eu deixei de ouvir o Deus da Bíblia”.

A Bíblia é a espada do Espírito e não uma bala de canhão para atirar contra os outros, muitas vezes contra os nossos irmãos em Cristo.

Quando os crentes começam a querer ser mestres da Bíblia (mais do que os outros) correm o perigo de entrar no caminho do legalismo que os conduzirá faltamente a um ritualismo religioso.

O conhecimento da Bíblia (ciência) conduze ao orgulho, se não estiver misturado com a humildade, o amor e a graça de Deus, e, como consequência conduzirá inevitavelmente ao espírito de julgamento.

E onde impera um espírito de julgamento abre-se as portas para a actividade dos “espíritos”.

Quando as Igrejas não vivem na unidade do Espírito, e não existe amor e tolerância, estamos a ouvir a voz de quem?

De Deus ou do diabo?

Efésios 4: 1 “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; 4 há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; 5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”.

Uma Igreja legalista aberta à actividade dos “espíritos”, por causa do espírito de julgamento, por muito sincera que seja, e não ponho em questão a sinceridade de nenhum irmão, extinguir-se-á mais cedo ou mais tarde.

Vemos nos versículos em baixo como o Diabo é o acusador e é quem divide o Corpo de Cristo com confusões e facciosismo.

Apocalipse 12:10 “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”.

Tiago 3:16 “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”.

12. As emoções e as experiências

Eu não gosto de um culto frio e legalista, onde as pessoas não expressam nenhuma emoção, nem têm a liberdade para dar um testemunho ou falar de uma experiência pessoal. Já falei no ponto 11, sobre o perigo do legalismo e espírito de julgamento. As Igrejas frias que não permitem a expressão das emoções e a liberdade para os crentes falarem das suas experiências, são normalmente Igrejas onde impera o legalismo, o espírito de julgamento. Já vimos que este ambiente também abre a porta aos “espíritos”.

Acho que as pessoas devem ter a liberdade para expressar com respeito e reverência as suas emoções, levantando as mãos ao céu, se quiserem, cantando com alegria ou dar um curto testemunho sobre uma experiência que tiveram.

Mas, não sou a favor da manifestação de emoções e experiências que não estão baseadas na palavra de Deus ou que substituiram a pregação e o ensino da Palavra de Deus dentro da Igreja.

Há igrejas aonde os cultos são constituídos por um longo tempo de louvor, às vezes com barulho emoções e excitação a mais, testemunhos e profecias que às vezes não têm nada a haver com a Palavra de Deus, e não se ouve nunca uma sólida pregação da Bíblia.

A ênfase é dada ao louvor, à profecia, aos sinais e milagres, ao barulho, às emoções e às experiências, e não se dá à pregação e ao ensino da Palavra a prioridade que deve ter.

Como é que os crentes podem combater o diabo, conhecendo o que “está escrito” e utilizando o “está escrito”, como Jesus, que conhecia a Palavra de Deus e citou-a diante de Satanás Mateus 4:1-11.

Em não conhecendo o que está “está escrito”, os crentes ficam meninos inconstantes, e deixam-se levar por todo o vento de doutrina.

Efésios 4:14 “para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”.

Muitas Igrejas estão cegas, e não compreendem que a missão da Igreja não é dentro do Templo.

É verdade que aprendemos muita coisa dentro do Templo, através do louvor e do ensino da Palavra, mas a missão é vivida fora do Templo, pregando e testemunhando aos perdidos em primeiro lugar, e ajudando os órfãos e as viúvas, os pobres e os que passam pela tribulação, expandindo desta forma o Reino de Deus na terra.

Aliás, os crentes crescem mais a evangelizar do que propriamente no culto dentro do templo.

Um crente que não evangeliza “enferruga”, um crente enferrugado, fica bloqueado, não pode crescer!

Um crente que evangeliza vai ao culto encher-se mais, porque esvaziou o que tinha, e agrada a Deus.

Um crente que não esvazia o que tem – que não evangeliza - além de não agradar a Deus quando está no culto, como não esvazia, não tem nada para encher.

A sua vida torna-se numa fachada, num ritual religioso, num domingueiro.

Para piorar este cenário, os crentes não aprendem a viver em santidade segundo os ensinamentos da Palavra de Deus

As emoções e as experiências descontroladas e que muitas vezes não estão de acordo com a Palavra e o Espírito de Deus, são um dos melhores meios (janelas) que os “espíritos” utilizam hoje para familiarizarem-se com as pessoas e crentes dentros da Igrejas e enganá-los. E, quantos não vivem enganados!?


IV. Laços pecaminosos e diabólicos

Eu não vou desenvolver este tema em separado porque de certa forma já vem implícito nos capítulos precedentes. Eu vou simplesmente alistar 12 laços em baixo, mas há mais, que são utlizados pelos “espíritos” para enlaçar pessoas, crentes, e até familias, Igrejas e nações inteiras durante as etapas da “Atracção e Sedução”. No caso de descrentes os laços podem levar à última etapa - a “Aquisição” ou possessão da pessoa pelos espíritos.

Em qualquer das 3 etapas do processo – atracção, sedução e aquisição – os laços têm que ser quebrados pela oração e em caso de possessão pelo exorcismo directo ou gradual. Quando existe numa familia um destes laços, ou numa Igreja ou numa nação, quanto mais gerações se tiverem passado dentro do “laço”, mais difícil são de quebrar.

Nós não devemos esquecer que estes laços só podem ser quebrados se houver reconhecimento e confissão do pecados das pessoas enlaçadas. O problema é que se já tiverem passado 3 gerações, há pessoas que já morreram e que nunca reconheceram e confessaram o pecado. Logo, deixam às gerações posteriores uma herança mais pesada e mais dificil para estas quebrarem o laço, seja ele quel for.

Quando há somente uma geração, ou duas no máximo, geralmente as pessoas ainda estão vivas e podem reconhecer e confessar o pecado.

Contudo, mesmo nestes casos, se as gerações mais novas reconhecem um laço na família, ou na sua Nação ou Igreja, e fazem a confissão, mas a geração mais velha não quer reconhecer, isto dificultará também a quebra dos laços.

No entanto, Deus é poderoso, se um individuo, ou uma familia, ou uma Nação, reconhece um pecado que os envolveu num laço diabólico e confessam e deixam, Deus irá intervir certamente na sua misericórida, em favor desta pessoa, familia ou Nação e quebrar o laço de forma que as gerações futuras possam viver livres do mesmo. Em baixo seguem 12 dos laços mais comuns, mas há mais.

A. Laços com a Idolatria.

B. Laços com “crimes de sangue”

C. Laços com a mentira e vigarice.

D. Laços com a busca do prazer e o egoismo.

E. Laços com a música, e artes profanas.

F. Laços com prostituição.

G. Laços com adições e perversões.

H. Laços com companhias más

I. Laços com os mortos.

J. Laços pervertidos dentro da família.

K. Laços negativos dentro das igrejas.

L. Laços com ressentimento e falta de perdão.



VI. Exorcismo, oração e combate espiritual

 A. Dois tipos de exorcismo

1. O exorcismo directo

Já dissemos que acreditamos no exorcismo directo, mais confrontativo, espontâneo, que é praticado nos casos mais severos, em que as pessoas estão de tal maneira tomadas pelos “espíritos” que dificilmente terão capacidade para serem esclarecidas.

Estas pessoas perderam a consciência, estão doentes e debilitadas do ponto vista espiritual, psicológico e físico e precisam de um exorcismo directo.

No caso do exorcismo directo, temos que pura e simplesmente rebentar a “ligação da pessoa com o espírito” expulsando-o da pessoa, o que pode acontecer logo na primeira, segunda ou terceira visita.

Se não conseguir-se expulsar o “espírito” através desta confrontação mais directa, teremos que dar iniciar ao processo gradual de exorcismo.

2. O exorcismo gradual

A libertação mais certa e duradoura é aquela que se efectua gradualmente, visitando a pessoas em casa, estudando a Bíblia, orando, e procurando esclarecer sobre questões ligadas com a salvação e a ligação ao mundo dos “espíritos” até a pessoa compreender que “caiu numa cilada num laço”, mas Jesus pode libertá-la e desta forma a pessoa passar a desejar a cura.

Ao esclarecermos a pessoa sobre a verdade, a mentira vai vindo ao de cima, e no momento da libertação a pessoa fica firme pois foi colocada na rocha que é a Palavra de Deus.

Este exorcismo gradual deve ser operado por crentes que têm um chamado para este fim e estejam devidamente equipados.

Normalmente não deviam actuar sozinhos, deviam ter pelo menos uma ou duas pessoas a ajudá-los. Os “espíritos” são muito fortes e são muito manhosos.

B. A oração bíblica

1. Definição

A oração biblica refere-se à declaração da Bíblia. Declarar, pronunciar, proclamar versículos em voz alta durante as secções com as pessoas possessas ou escravizadas, ou nas orações que fazemos mesmo em privado com o objectivo de rebentar certas correntes, ligações espirituais e confrontar e expulsar os “espíritos”.

Não é a Bíblia uma profecia, acima de tudo!!! Quando oramos e citamos versículos da Bíblia na nossa batalha espiritual contra o diabo, estamos a fazer uma oração de certo modo profética, pois através dos versículos declaramos (ou a profetizamos se preferir) que o diabo vai ser vencido nesta ou naquela situação.

É por isso que podíamos chamar oração profética. Pois é uma oração firmada em promessas ou declarações bíblicas sobre a vitória de Cristo e a derrota de satanás. Estamos a profetizar a derrota de satanás na nossa vida e dos nossos.

Mas, não faz mal se o irmão e a irmã prefere chamar oração biblica e não profética. O importante é que oremos baseados nas promessas e nas declarações bíblicas.

Não há nada mais eficiente e poderoso do que citar a Palavra de Deus ao diabo: “Está escrito”.

Devemos proclamar em voz alta versículos ligado com a situação em questão, versículos que nos revelam a vitória de Cristo e a derrota de satanás, ou a vitória dos crentes sobre satanás em nome de Cristo.

Vemos que Jesus utilizou este processo durante a tentação, a Palavra profética de Deus.

Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram

Ao ouvir a Palavra está escrito duas vezes e à terceira vez com uma ordem para retirar-se, o diabo foi embora.

Se confrontarmos os “espíritos” com a Palavra de Deus nunca correremos o risco de ser enganados, cair nas suas ciladas e a percentagem de sucesso será muito maior.

A oração biblica devia ser feita todos os dias, em nosso momento a sós com Deus, em que citando as escrituras em voz alta confrontamos situações em que sabemos que há envolvimento de “espíritos” a criar ou a piorar uma situação, seja na família, na nossa Igreja ou no nosso mundo.

Podemos citar também os versículos procurando quebrar situações que já vêm de gerações atrás. Se consultarmos mais uma vez os meios ou os laços que os “espíritos” utilizam para se familiarizarem, seduzir, adqurir ou oprimir, poderemos concluir que há laços ou situações provocados pelo contacto com os “espíritos” através de um desses meios ou laços, que já duram a algumas gerações.

A pessoa em questão, que cometeu o pecado, criando familiaridade com um “espírito” através de um dos meios ou laços citados, deverá reconhecer o pecado, confessá-lo e depois juntos com outros irmãos confrontarmos os “espíritos” pela Palavra de Deus e através da oração profética, declarando a vitória de Cristo e a derrota do diabo.

Mas além destes há muitos outros versículos que poderá utilizar.

2. Textos bíblicos

Em baixo seguem alguns textos bíblicos que são autênticas ferramentas que poderemos utilizar no combate espiritual, pronunciando e proclamando estas verdades durante a nossa oração profética, ou como queira chamar.

Levitico 19:31 “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.”

Salmos 91:1-12 “O que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará 2 direi do SENHOR: Ele é o meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.3 Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.4 Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é um escudo. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; 5 Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia, 6 nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia. 10 Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. 11 Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 12 Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés o leãozinho e a serpente”.

Isaías 8:19 “ Quando vos disserem: consultai os necromantes e os adivinhos, que childreiam e mumuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão os mortos?”

Isaías 53:4-5 “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

Mateus 4:11 “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.

Mateus 25:41 “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos”.

Lucas 6:18 “Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados. Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demónio imundo, bradou em alta voz”.

João 8:44 “Vós sois do diabo, que é o vosso pai, ele foi homicida desde o princípio e nele não ha verdade, ele é mentiroso e pai da mentira”

João 10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Atos 8:7 “Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados

Atos 16:18“Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu”

Atos 19: 12 “a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, e os espíritos malignos se retiravam”.

I Coríntios 12:10 “e a outro o discernimento de espíritos”.

II Coríntios 2:11 “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”

Efésios 1:19-22 “a suprema grandeza do seu poder, segundo a eficácia da força do seu poder o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés”

Efésios 4.27 “nem deis lugar ao diabo”

Efésios 6:11 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”.

Colossences 2:14 “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” 15 “e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.

I Timóteo 3:7 “tenha bom testemunho a fim de não cair no opóbrio e no laço do diabo”

Hebreus 2:14 “”ele participou (da carne e sangue) para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”

Tiago 4:7 “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

I João 3:8 “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”.

I João 4:4 “Porque maior é aquele que está em vós do aquele que está no mundo”.

Apocalipse 18:2 ”Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável”

Apocalipse 20:10 “O diabo foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre e será atormentado de dia e de noite pelos séculos dos séculos”.

C. Casos para a oração

Todos nós conhecemos casos entre irmãos em Cristo, homens e mulheres fiéis à obra de Deus, mas que, por qualquer razão, têm filhos ou familiares envolvidos com pecados grosseiros que poderão ter como causa a familiaração com “espíritos”, através de um dos 12 meios ou 12 laços citados em cima, ou outros não citados.

Apesar da fidelidade desses crentes e das suas orações intensas e diárias, isto não impediu que o filho, ou a filha, ou um familiar se tornasse familiar com um “espírito” que acabou por possuí-lo, escravizá-lo ou simplesmente influenciar.

Quantos filhos de crentes não estão hoje desviados e envolvidos na prostituição, homossexualismo, lesbianismo, droga, álcool, espiritualismo, espiritismo, ateismo e até envolvidos com grupos extremistas esotéricos e satânicos.

Porquê? Qual foi a causa? Porquê que as orações dos crentes e pais não funcionam? Será por serem mais infiéis do que crentes que não têm familiares nessa situações?

Claro que não podemos pôr em questão a fidelidades desses crentes, dentro dos quais qualqer de nós pode estar incluído!

Segundo a minha opinião, eu acho que uma das razões, além daquelas que são misteriosas e desconhecidas, é o que temos vindo a salientar,”não podemos brincar com o diabo nem ignorá-lo”, pois, ao mínimo descuido, abertura de uma pequena brecha, uma pequena ligação com uma coisa duvidosa, os “espíritos” aproveitam e dão início ao processo de familiarização que se desenvolve com as três etapas:

1. Atracção 2. Sedução 3. Aquisição até a pessoa estar possessa e escrava.

Se tocou numa coisa duvidosa, peça perdão, se o filho, filha ou familiar em questão, ou uma pessoa amiga, tocou numa coisa duvidosa, funcione como um sacerdote, vá e coloque-se entre Deus e a pessoa em questão, como um mediador e faça a confissão dos pecados da pessoa, não esquecendo-se dos seus próprios pecados. Estude o livro de Joel no meu blogue.

Leia sobre a atitude de Esdras que assumiu o pecado da Nação, como se fosse o seu próprio pecado.

Foi isto que Jesus fez na cruz. Substituiu para restituir!!!

Leve consigo diante de Deus o seu pecado e o pecado da pessoa em questão, assumindo a sua co-responsabilidade pelos mesmos, e lute junte de Deus, contra Satanás, proclamando as verdades do Evangelho e a vitória de Cristo sobre as “potestades”, na base de versículos da Bíblia.

E acredite nas promessas de Deus, como podemos ler nos textos em baixo:

Mateus 17:20 “ “se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte (problema, espírito): Passa daqui para acolá, e ele passará, e nada vos será impossível”.

Esta verdade foi citada por Cristo durante um caso de possessão, em que os discipulos não conseguiram expulsar o demónio que atormentava o menino lunático. Jesus disse que uma fé mesmo pequena pode expulsar um demónio (mover um monte). Basta uma fé do tamanho de um grão de mostarda!

Marcos 10:27 “para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é poissível”

Colossences 2:14 “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” 15 “e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.

Ordenemos pela Palavra sem receio, mesmo que a nossa fé não seja grande como a dos grande servos de Deus, para que os montes (demónios e problemas) se retirem.

Se já fez tudo isto, e ainda não viu resultado, continue ... persevere ... ore cem cessar.

 
V I. Luta contra os falsos profetas

Um laço muito forte é a sedução vinda dos falsos profetas e mestres que entram nas Igrejas, vestido de ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores, cujo o alvo é enriquecerem-se à custa das pessoas e muitos são crentes que os ouvem e caem nas suas seduções.

É por esta razão que a Bíblia está cheia de avisos acerca dos mesmos e diz claramente que além de não os seguirmos, nem aos seus ensinamentos, devemos condená-los e denunciar os seus ensinamentos.

Os falsos profetas têm muito um grande poder de mentira e engano, às vezes é simplemente um poder comercial, voltado para o lucro enganoso, mas, muitas vezes, este poder lhes é atribuido directamente dos espíritos que os utilizam para enganar e levar as pessoas para a perdição

A. Cuidado com os falsos profetas e mestres.

Mateus 7:14 “Acautelai-vos dos falsos profetas …”

Actos 20:28-29 “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho, porque eu sei que ... entrarão no meio de vós lobos cruéis”

Romans 16:17-19 I urge you, brothers, to watch out for those who cause divisions and put obstacles in your way that are contrary to the teaching you have learned.Ver Romanos 16:17-19

B. Mascaram-se em apóstolos de Cristo.

Mateus 7:14 “… que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente são lobos

II Corintios 11:13 “... transfigurando-se em apóstolos de Cristo ...”

II Timoteo 4:5 “... tendo a aparência de piedade ...”

C. Eles são conhecidos pelos seus frutos.

Mateus 7:16 “Pelos seus frutos os conhecereis.”

D. Eles enganam a muitos.

Mateus 24:11 “ ... e surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”

E. Podem utilizar sinais falsos.

Mateus 24:24 “... e farão tão grandes sinais e prodigios”

F. Eles ensinam doutrinas falsas.

I Timoteo 4:2 “... dando ouvidos a espiritos enganadores e a doutrina de demónios”

II Timoteo 4:3 “... porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina ... mas amontoarão para si doutores ... voltando as fábulas”

Ver ainda Colossences 2:18

G. As doutrinas deles são como o vento.

Efésios 4:14 “... levados em roda por todo o vento de doutrina”.

H. Eles devem ser condenados.

Galatas 1:7-9 “... se alguém vos anuncie outro Evangelho ... seja anátema”.

I. Eles sofrerão repentina destruição.

II Pedro 2:1 “... trazendo sobre si mesmos repentina destruição ”

J. Ai deles!

Mateus 23:1-34 “Ai de vós”

Judas 11 “Ai deles”

Blog do viriato: http://www.religiao-filosofia.blogspot.com/

FINAL

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Porque não sou ateu

I. Introdução

Se tiver uma moeda de 1 euro consigo, atire ao ar, para provarmos o seguinte:

Se atirar a moeda ao ar 2 vezes, qual é a probabilidade de sair “coroa” 2 vezes?


1 euro num homem?

Você dirá com certeza 50% e está certo.

Se atirar 100 vezes, qual é a probabilidade de sair “coroa” 100 vezes?

Voçê dirá "muito pouca", mas concorda comigo que não é impossível!?

Mesmo se atirar a moeda ao ar 1000 vezes, a probabilidade de sair “coroa” 1000 vezes é quase nula, mas não é impossível.

Mas se atirar a moeda ao ar 1000 vezes qual é a probabilidade da moeda se tornar num homem?


Super Mário não custa 1 euro

É nula, e mesmo que atire a moeda ao ar 1.000.000 de vezes, nunca a “moeda” vai tornar-se num
homem!

Assim como de 1 euro não pode sair um homem, ainda que atiremos a moeda ao ar 1.000.000 de vezes, a vida inteligente nunca pode ter saído da "matéria".

Esta ilustração serve simplesmente para dizer que o universo não surgiu "por acaso" do "nada" e que o homem não pode ter surgido de uma evolução "não inteligente" da matéria.


I I. As duas regras principais do Ateu

Há duas regras principais, muito duras, que devem ser seguidas por alguém que não quer acreditar em Deus, mas antes quer ser “ateu”.

A. A primeira regra

Para seguir a primeira regra voçê terá que ignorar totalmente o projeto da natureza que vê em todo o lugar para onde olha: voçê terá que ignorar os astros, as estações do ano, as árvores, as flores, o mar e os rios, os animais, os insectos, os seres humanos e até mesmo os organismos mais pequenos que consegue ver.


Tudo apareceu  “por acaso” do “nada”!

E, naturalmente, voçê terá que ignorar o extraordinário olho humano que vê tudo isto. Para si nada do que vê foi criado, tudo apareceu  “por acaso” do “nada”!

Agora, repare na parte dura desta regra: voçê decidiu ignorar o seu senso comum, pois voçê admite que tudo o que voçê vê feito pelo homem à sua volta, foi feito pelo homem. Mas mantém-se intransigente e inflexível admitindo que a natureza que voçê vê, veio  “por acaso” do “nada”, não precisou de um desenhador, nem de um arquitecto.

Se eu for a passear consigo e cavar um buraco no chão e encontrar um relógio e lhe disser "este relógio não foi feito por ninguém, apareceu aqui "por acaso" do "nada".

Como é que voçê vai reagir? Vai chamar-me de cego e sei lá mais o quê. E com razão.

Mas, pronto, uma vez que você tomou a posição de seguir esta primeira regra, irá receber o louvor de outros ateus que confirmarão que você é de facto uma pessoa inteligente, pois não tem medo de seguir esta regra dura, porque é dura, de olhar à sua volta para a natureza e dizer que esta veio  “por acaso” do “nada”, não veio de um Deus inteligente criador.

B. A segunda regra

A segunda regra é “acredite.” Isto é muito importante, porque se você deixa entrar uma dúvida pequena que seja na sua crença ateia, o medo entrará junto com a dúvida, e isto pode tornar-se numa coisa assustadora quando aquilo que pode estar em jogo é um lugar chamado “inferno” que a Bíblia revela estar destinado para os incrédulos.

Nota importante sobre o "inferno":

Para alguns Teólogos o "inferno" fala de um Sofrimento Eterno.

Para outros Teólogos, eles acreditam que ao serem lançados no "inferno" as pessoas perdidas serão Aniquiladas para Todo o Sempre.

Isto quer dizer "deixarão de existir para todo o sempre. É o castigo delas, em vez de irem para o Céu, um lugar Maravilhoso, deixam de existir.


Acredite...

Acredite que está completamente certo em sua opinião. Acredite que a evolução é certamente verdadeira. Acredite que é científica. Acredite que só falta um ou outro elo, embora faltem milhões de elos que ainda não foram  encontrados.

Acredite que Richard Dawkins sabe do que está a falar. 

Acredite que você está relacionado a um macaco, e consequentemente você não é ser com moral absoluta, responsável pelos seus actos, porque os macacos não têm moral nenhuma.

Acredite que sua consciência lhe foi dada pelos seus pais e pela sociedade, e não por Deus.

Acredite no argumento do "Monstro de Esparguete Voador" de Bobby Henderson.

Para ser um ateu, você terá que estar cheio de convição como os crentes que dizem : 

“Deus existe” e“a criação é um fato”.

Voçê em vez disso dirá cheio de convição: 

“não há nenhum Deus, nem criação” e “evolução é um fato provado,”

Aprenda a bela arte de rodear os argumentos importantes dos seus oponentes e de dar respostas de “palha!”, pois isto significa que você não terá que pensar em coisas que lhe possam ser desafiadoras. 

Tudo  isto lhe dará uma percepção de inteligência.

Nunca questione a evolução, e nem pense para si mesmo nem que seja por um instante que pode estar errado. 

Faça estas coisas, e você poderá chamar-se um "ateu", ou melhor um "ateu novo” pois os "ateus antigos" até admitiam que tinham algumas dúvidas.

Bem, desculpe-me, mas eu devo dizer e penso que voçê concorda comigo, que ninguém é um “ateu” verdadeiro porque você precisa de ter “um conhecimento absoluto” para dizer com toda a certeza que não há nenhum Deus.

Desta forma, até voçê tornar-se num ser omnisciente com conhecimento absoluto, como nós pensamos que Deus é, você só poderá apenas fingir que é um ateu.

É duro manter estas duas regras: 

"ignorar o projeto da natureza e ter que acreditar que não há Deus sem nunca ter passado uma dúvida pela nossa cabeça".


I I I. Crente ou Incrédulo?

Muitas vezes pensamos que ser incrédulo é não acreditar naquilo que não vemos.

Mas não é bem assim. Um incrédulo é alguém que não acredita naquilo que vê. Isto é incredulidade!


Incredulidade também é NÃO CRER
naquilo que vejo...

Deixem-me dar rapidamente um exemplo:

O Senhor Jesus quando veio ao mundo afirmou ser o “messias” prometido no Antigo Testamento cuja a vinda seria acompanhado de sinais, milagres e maravilhas.

O povo judeu conhecia estas profecias e os sacerdotes e os fariseus também. Todos eles estavam à espera deste “messias” prometido.

No entanto quando Jesus afirmou ser o “messias”, o Filho de Deus, eles não acreditaram e, foi por isso, que Jesus lhes disse:

João 10:38 Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus? Se eu não realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. Mas se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai.

Jesus não os acusou de incredulidade por não crerem Nele, mas acusou-os porque Ele revelou as suas credenciais divinas através de milagres que estavam preditos que o “messias” iria fazer, e eles não  creram nesses milagres.

É por essa razão que a Bíblia diz em Romanos que as pessoas que vêm a “criação” e não acreditam no “criador”, serão indesculpáveis – porque viram, mas não creram.

É isto que é incredulidade! Deus se revela pela criação e pelo seu Filho Jesus Cristo e nós rejeitamos esta revelação divina.

Romanos 1:19-20 pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.

Eu lembro no entanto que houve um fariseu que creu que Jesus era o “messias” por causa dos milagres que Jesus fez - este fariseu era Nicodemos. José de Arimateia também creu!

O soldado romano depois de ter participado na cruxificação de Cristo, vendo o que se tinha passado durante aqueles momentos e na cruz, deu glória a Deus e disse "na verdade, este homem era justo" Lucas 23:47

Será que o leitor compreendeu que Deus se revela claramente pela criação e também através de Jesus que na sua passagem pela terra mostrou as suas credenciais divinas através dos milagres que fez? 

Se sim, faça comigo a oração que se segue em baixo:


I V. Oração de entrega da vida a Deus

Ore assim...

Senhor Deus

Eu reconheço a partir de agora que tu existes e que enviaste o teu Filho, o Senhor Jesus, para morrer na cruz do calvário por mim. 

Eu creio que Jesus derramou o seu precioso sangue para purificar-me de todos os meus pecados.

Eu reconheço que sou um grande pecador e desejo muito receber o perdão que me ofereces através da sua morte, e peço que o Senhor Jesus entre agora na minha vida e me dê a Vida Eterna.

Peço que Jesus faça morada no meu coração agora e que seja meu Rei, meu Senhor e meu Salvador. 

De hoje em diante eu não quero ser mais controlado pelo pecado, mas quero seguir-te a Ti todos os dias da minha vida.

Por isso eu oro assim, no nome precioso e santo de Jesus.

Amém.

Se tomou esta decisão para Cristo por causa do que leu nest post e fez esta oração, envie-me um email se faz favor para eu orar por si e passe esta mensagem para outros.

Memorize o versiculo em baixo e cite-o na sua oração esta noite, antes de se deitar:

João 3:16 Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna.

Parte deste post foi inspirado pelo "The way of the Master"

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Cura da Alma

I. A Introdução ao assunto

A cura da alma é uma das áreas da vida cristã muito negligenciada e as Igrejas não estão a providenciar programas adequados ligados com a “cura da alma”, que ajudem os membros e pastores a lidarem com conflitos da alma e a serem libertos de problemas de personalidade ligados ao carácter, emoções,  temperamento e a inclinações complexas e diversas, algumas mesmo de natureza sexual e fraudulenta.

Infelizmente, há líderes cristãos que sofrem de uma inclinação muito forte ligada a pecados sexuais, outros têm temperamentos fortes que os tornam muito agressivos e há alguns mesmo que sofrem de uma grande tendência ligada a actos de fraudulência e vigarice.

Há muitos crentes que sofrem toda a vida pela calada de diversos distúrbios a nível da sua "alma", não buscam ajuda, porque também ninguém lhes oferece esta ajuda e não conseguem uma cura completa ou libertação de certos conflitos e pecados e acabam por enganar a si mesmo e aos outros.

Mas é bom saber que afinal todos nós precisamos de "cura da alma", pois sofremos de distúrbios, conflitos e comportamentos que "precisam de ser endireitados".

Procure na Net o corinho de crianças: "havia um homenzinho torto, que morava numa casa torta, andava num caminho "torto" e tudo o que fazia era "torto" ...

Eu e voçê somos o homenzinho "torto" ... que um dia a Bíblia encontrou, e tudo o que era "torto" Jesus endireitou.
 
É deste assunto que iremos tratar – a cura da alma, deixar Jesus restaurar, endireitar a nossa alma.


I I. As doenças - emocional, psíquica, personalidade e espiritual

A. As igrejas deviam estar mais preparadas para a cura da alma

Há muitas doenças com sintomas físicos cujas causas estão na desarmonia da alma. Estão na alma, ou no psíquico como dizem os psicólogos, não são doenças orgânicas (físicas).

Normalmente quem deve lidar com este tipo de doenças são os psicólogos ou então a Igreja e os pastores, através  do aconselhamento pastoral e da confissão desses distúrbios e pecados da alma.

"Os Pastores deviam ter mais preparação na esfera psíquica, porque o trabalho pastoral está ligado directamente à esfera da alma da pessoa".

Ou deviam utilizar membros que têm cursos e experiência na área da psicologia, psiquiatria e clínica geral, para desenvolverem um ministério de cura da alma dentro da Igreja.

O problema é que, muitas vezes, são os próprios pastores que precisam da cura da alma, por sofrerem de conflitos emocionais, problema de personalidade, distúrbios psicológicos ou mesmo de uma tendência pecaminosa muito forte.

Se os pastores tivessem passado por uma  "cura da alma" maior, quando estivessem a preparar-se para o ministério, debruçando-se sobre este assunto como deve ser, talvez não precisassem tanto de ir a "restauro espiritual para pastores".

É claro que "os ministérios de restauro" não são só para ajudar os pastores a resolverem problemas emocionais, personalidade e pecaminosidade, mas estão também ligados ao trabalho pastoral que por ser um muito árduo, pode ultrapassar a capacidade física e emocional do pastor, levando-o a precisar de um tempo de descanso e restauro emocional, psicológico, físico e espiritual.

O trabalho da Igreja e dos pastores é lidar com pessoas que, muitas vezes, podem ser portadoras de conflitos, inclinações e tendências muito complexas. Um médico por muito treinado pode não estar preparado para o trabalho de cura da alma, por não saber lidar com o pecado das pessoas, levando-as à confissão e à restauração.

A não ser que seja um médico, psicólogo ou um psiquiatra cristão, que do meu ponto de vista são aqueles que estão mais preparados para lidar com a "cura da alma".  

B. O transtorno e a desarmonia da alma.

As causas que podem criar desarmonia na alma e criar atitudes pecaminosas são:

Um ressentimento contra alguém que nunca conseguimos perdoar; uma injúria que fizeram contra nós, que nunca mais esquecemos; maus tratos de familiares ou vindo de terceiros que deixaram marcas profundas no fundo do nosso íntimo; abusos físicos e sexuais; problemas de personalidade ligados com o carácter e o temperamento da pessoa; distúribos emocionais de diversa natureza; inclinações para actos sexuais contre nature e até de grande perversão; um pecado qualquer que nunca deixamos e aos poucos vai envenenando o nosso corpo e a nosssa alma; e a tendência inata ou adquirida para a depressão e doenças bipolares.

É claro que não podemos ignorar que alguns destes problemas podem estar associados a doenças físicas, e precisam de um tratamento profissional adequado.

Neste trabalho eu vou fazer referência aos problemas da alma que estejam mais associadas a problemas de personalidade e temperamento, problemas de natureza emocional e psicológica, ou a outras inclinações e tendências em que o "pecado" pode ser a causa principal.

O pecado, qualquer que seja, existente e alimentado dentro do coração, pode criar problemas sérios à alma humana, levando-a ao desregramento (desordem), confusão, culpa, desespero, desesperança e mesmo à depressão e ao suicídio.

Mas, para falar um pouco mais sobre este assunto tão pertinente que é a "cura da alma", terei que primeiro dar alguns esclarecimentos sobre a questão da dor e a doença.


I I I. Diversos aspectos sobre os conflitos da alma 

A. Sobre a dor e a doença

A dor natural foi criada por Deus para proteger-nos no nosso contacto com o meio ambiente. A dor é normal. Só quando a dor atinge certos limites, é que se torna indesejável.

A doença, no entanto, não é da vontade ideal e original de Deus. A vontade ideal e original de Deus é que todos os homens e mulheres pudessem gozar de uma boa saúde.

No entanto, embora a doença não seja da vontade ideal e original de Deus, ela existe por causa da entrada do pecado original no mundo e Deus no seu processo redentor pode utilizar a doença para chamar uma pessoa para si e mesmo para a santificação dos crentes e outros aspectos mesmo um pouco misteriosos.

Vemos por exemplo o caso misterioso de Job, que era um homem recto, mas que Deus chegou mesmo a permitir que o diabo infligisse a doença nele, e o fizesse perder os seus filhos e bens.  Mas vemos no final do livro, que depois daquela grande prova Job foi muito abençoado.

Jó 42: 12 Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 13 Também teve outros sete filhos e três filhas.

B. Como surgiu a doença

Deus não nos criou como bonecos mecânicos, como aquela boneca que quando abraçamos e carregamos no botão ela fala e diz: “I love you”. Mas, afinal ela não ama nada, pois não tem sentimentos.

Deus criou-nos como “agentes morais” com sentimentos, vontade própria e com uma consciência do bem e do mal.

Deus criou o homem livre, e o homem por sua própria vontade decidiu pecar voluntariamente, escolhendo o mal em vez do bem. É daí que veio o pecado original e como consequência o comportamento pecaminoso do homem e a doença.

Todas as doenças tem como causa primária o pecado original

C. A doença divide-se em 2 classes: físicas e psíquicas

Nas doenças físicas, a raiz da doença está numa mal função, ou dano no organismo – "mais propriamente dito, no corpo".

Nas doenças psíquicas a raiz da doença está numa mal função da mente “psíquico” – "disfunção na alma da pessoa".

É de notar que esta doença não está no cérebro - senão seria uma doença física; mas sim no pensamento, psíquico, ou alma, como queiramos chamar.

Pode aparentar ser uma doença física, por causa dos sintomas, mas a causa pode ser, por exemplo: "excesso de preocupação, choque emocional, stress, diversos abusos, problemas de personalidade de natureza temperamental ou de carácter que dificultam o relacionamento com a vida e com as outras pessoas, ou um outro comportamento, tendência e relacionamento qualquer que causa desarmonia em nossa alma".

As doenças físicas não fazem parte da esfera dos pastores ou da Igreja. As doenças físicas devem ser tratadas pelos hospitais e médicos.

Dizer a uma pessoa que herdou ou contraiu uma doença puramente física que não deve ir a um hospital, ou a um médico, é um atentado contra a sua vida e uma atitude de grande ignorância e de irresponsabilidade.

Não estou a dizer que a Igreja, ou pastores não devem orar por pessoas que estão doentes fisicamente.

Claro que podem e devem acreditar que Deus no seu amor e imensa graça pode intervir e efectuar a cura divina.

D. Doenças complexas que podem ter muitas causas

Há "doenças complexas", por não se saber completamente ao certo, do ponto vista científico, a percentagem que a mente e o corpo têm na causa dessas doenças.

É o exemplo de certos comportamentos ligados com a sexualidade, o álcool, a droga, o jogo, o tabaco, e a tendência para a fraudulência, vigarice, violência e para o crime.

No entanto qualquer que sejam as causas destas inclinações ou doenças, há que distinguir bem as causas e os efeitos.

Ou seja, não podemos desculpar os efeitos, se forem maus ou perniciosos, atestando que a pessoa não é responsável pela causa da sua doença ou inclinação.

Se os efeitos, ou os sintomas são maus, devemos em primeiro lugar colocar a etiqueta certa no comportamento - “comportamento mau”; no caso pastoral e bíblico, a etiqueta seria - “pecado”, ou seja "comportamento pecaminoso" .

Depois da etiqueta posta, e o comportamento da pessoa ter sido etiquetado como "comportamento mau ou pecaminoso", passamos ao diagnóstico.

Reparem bem que estou a dizer que o comportamento da pessoa é mau, é pecaminoso. É o comportamento dela que estamos a condenar. Não é a pessoa! A pessoa precisa de ser ajudada e restaurada.

Ao passarmos para o diagnóstico, procuram-se as causas da doença que está a levar a pessoa a esse "comportamento mau". Lida-se com as causas, tentando identificá-las e procurando ajudar as pessoas através dos meios terapêuticos e pastorais à nossa disposição.

Portanto, não vamos dizer a um prostituto, prostituta, alcoólico, drogado, vigarista, violento e homicida ou alguém que tem um "mau comportamento", que não faz mal, que ele pode continuar, que ninguém tem nada a haver com o seu comportamento e que, por final, ele nem é culpado das causas que o levaram a isso.

Não vamos atacar a pessoa, mas vamos identificar o seu comportamento como "mau ou pecaminoso " e vamos atacar as causas e procurar providenciar a cura para as pessoas.

O ano passado, um pastor, dos mais conhecidos na América, que tanto atacou o homossexualismo, foi descoberto e afinal ele mesmo tinha um amante a alguns anos.

De certeza absoluta que este pastor evangélico sabia que esta prática é pecaminosa. Mas, o problema dele, é que havia causas físicas, mentais, ou provenientes unicamente do seu passado, ou uma mistura disso, que o levaram a essa prática e como ele nunca recebeu tratamento, continuou às escondidas a praticar o homossexualismo.

Pode haver problemas iguais ligados com o álcool, jogo, adultério, problemas de temperamento e carácter, que atormentam as pessoas, até crentes e mesmo pastores evangélicos, que nunca tiveram o cuidado ou a coragem para lidar de frente com esses problemas e procurar a libertação e cura, que forçosamente terá que que passar pela confissão, o arrependimento e a Fé em Cristo.

Desta forma, há pessoas que sofrem toda a vida de um problema, mas vão "ventilando" o problema, ou "negando" o problema, ou "racionalizando o problema", ou buscando "bodes expiatórios" culpando outras pessoas e situações como sendo os principais responsáveis por esses maus comportamentos, em vez de os confrontar de frente e procurar o perdão, a libertação e a cura!

Se for o caso de um pastor evangélico que sofre de uma problema assim, os familiares e os membros das suas Igrejas terão que o aturar e sofrer as consequências desse problema.

A cura da alma é uma das áreas da vida cristã que tem sido mais negligenciada e as Igrejas não estão fazendo muita coisas, para poderem providenciar programas e terapias adequadas ligadas com a “cura da alma”, que ajudem os seus membros e pastores a lidarem com problemas de natureza emocional, a moderarem os seus temperamentos, a purificarem aspectos pecaminosos do seu carácter e a serem curados e libertos de doenças complexas de todo o tipo, como já vimos em cima, que possam estar a sofrer pela calada, sem nunca ter conseguido uma completa cura e libertação, enganando-se a si mesmo e aos outros.


I V. As doenças espirituais

Além dessas doenças complexas que podem ter uma causa física ou psicológica, ou uma combinação das duas, nós temos ainda as doenças espirituais que podem vir de possessão, opressão ou perseguição diabólica.

Os pastores quando estão a lidar com as pessoas não sabem muitas vezes qual é a causa que está por detrás de determinados sintomas e comportamentos, se é puramente emocional, psíquica, doença da personalidade e mesmo física, ou se é espiritual, causada por um demónio.

"Acerca disso, a própria Bíblia revela que os demónios até podem também infligir doenças físicas, vemos o caso de Job que o diabo infligiu-lhe a doença, e vemos o caso daquela mulher corcunda."

Lucas 13:11 "E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se".

A Bíblia fala aqui de um espírito de enfermidade que mantinha aquela mulher doente durante dezoito anos.

Poranto se os demónios podem causar doenças físicas, quanto mais doenças de natureza emocional e psicologica.


V. A cura para as doenças psíquicas ou espirituais

A. Confissão, perdão e cura da alma.

Romanos 10:9 "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo".

1 João 1:9 "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça".

1. Vejamos um exemplo simples, para começar:

Uma senhora ouviu uma palestra de um doutor cristão formado em psicologia e psicoterapia cristão e pediu-lhe para ir visitar um amigo que estava doente e tinha deixado o trabalho. Ele foi. Este homem tinha trabalhado cerca de 30 anos no mesmo lugar sem problemas. Mas de um dia para o outro começou a sentir-se mal, dores no peito etc e caiu de cama.

Fez vários exames e testes e não foi encontrado qualquer anomalia.

Quando o doutor, o viu pela primeira vez ele pouco dizia. Passado alguns dias o doutor cristão, sentiu que o que aquele homem precisava era de Deus. Fechou os olhos e orou por ele.

Quando acabou a oração e pediu-lhe que ele lhe dissesse o que ia na sua mente, qual era o seu problema.

O homem abriu-se e contou uma história ligada com determinado pecado que ele fez. Ao acabar o doutor, falou-lhe do perdão de Deus. Da necessidade de ele confessar o seu pecado

O homem confessou o pecado, e pediu perdão a Deus. A seguir o doutor orou por ele. No outro dia, o homem acordou, sem dores, e foi trabalhar.

Confissão, perdão e cura da alma, estão ligados.

2. A Bíblia revela que Jesus tem poder para curar

Nós vemos na Bíblia que grande parte das curas de Cristo foram curas físicas. Ele, como filho de Deus, tinha o poder para curar o corpo das pessoas, a cegueira, paralisia, surdez e outras doenças.

"Mas há também curas de Cristo que eram de origem emocional, psíquica e espiritual.

Marcos 1:34 "E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demónios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era."

Repararam nas frases: "toda sorte de enfermidades" e "expeliu muitos demónios".

Em cima, já vimos que o Senhor Jesus curou aquela mulher, corcunda, que há dezoito anos era atormentada por um espírito de enfermidade, e vemos que ele expulsou muitos demónios e curou as pessoas endemoninhadas.

Mas ele também curou a mulher que foi apanhada em adultério - uma doença moral - e que por isso a queriam apedrejar:

João 8: 10 "Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.] "

E vemos ainda que o Senhor Jesus curou muitas outras pessoas dos seus pecados morais e de personalidade, como Zaqueu, Mateus etc

ELE até curou Tomé cujo pecado era a falta de fé - a dúvida - e Pedro, cujo pecado era a impulsividade e curou prostitutas como Maria Madalena e a mulher que lavou-lhe os pés e enxugou-os com os seus cabelos.

Nós não temos a mesma autoridade de Cristo, nem dos Apóstolos, para fazer milagres, prodígios e maravilhas como eles fizeram, mas podemos no entanto fazer um seguimento às pessoas que estão sofrendo de diversas doenças e moléstias, estudando a Bíblia com elas, fazendo o aconselhamento pastoral, levando-os a retiros espirituais e a fazerem estudos específicos ligados ao problema que estão a sofer.

No entanto, eu creio que ao mesmo tempo é importante orar para Deus intervir com unção, cura, libertação e restauro divino em algumas áreas aonde houver necessidade de uma intervenção divina mais directa.

O processo da cura da alma envolve um acompanhamento gradual perseverante, juntamente com a oração da fé constante pedindo por intervenções divinas na vida da pessoa em questão. 

Vou dar um exemplo:

Os aditos da droga e do álcool estão dependentes de uma substância e precisam de tempo para gradualmente libertarem-se da dependência dessas substâncias. Para isto, eles devem receber acompanhamento médico, juntamente com acompanhamento pastoral para haver resultados duradouros e profundos. Há portanto todo um lado físico e psicológico que precisa de restauração através do apoio médico e pastoral indicado e isto leva tempo.

Mas, paralelamento a este processo gradual de restauro físico e psicológico, a pessoa tem vontade, raciocínio, emoções, instintos, subconsciente etc, que precisam de receber "unção divina" e em alguns casos mesmo "cura divina". 

Desde o primeiro contacto com a pessoa, que nós devemos orar sempre pela "unção e cura divina" na vida da pessoa, pois a pessoa ao receber estas "provisões espirituais" de Deus será preparada para aceitar ir para um centro de reabilitação e também para reagir positivamente ao tratemento físico e psicológico durante este tempo de reabilitação.

Com a cura da alma é a mesma coisa. Há um processo de restauro gradual feito na alma da pessoa e isto leva tempo, que deve ser acompanhado com "unção e cura divina" a ser providenciada por Deus à pessoa durante este processo que irei chamar também de "reabilitação".

Claro que há casos em que Deus pode agir de tal maneira e curar mesmo a área física e psicológica da pessoa, e devemos orar por isto, mas esta não é a regra geral, é a excepção.

Portanto devemos orar sempre pela "unção e cura divina" das pessoas com Fé e na autoridade que nos foi confiada por Cristo.


V I. Erros que devemos evitar

É um erro não fazermos distinção entre as doenças físicas e as doenças da alma e espirituais. Se a doença tem a sua origem na alma, terá que se tratada através de uma terapia psicológica e espiritual.

Mas se a doença for de origem física, apesar da terapia psicológica e espiritual poder ajudar, terá que haver a intervenção daqueles que foram treinados: os médicos, cirurgiões, psiquiatras etc.

Se ignorarmos este erro mostramos que somos ignorantes e a nossa ignorância poderá ter consequências graves para as pessoas com quem estamos a lidar.

Podemos pôr em risco a vida de uma pessoa se não permitimos que seja tratada do pelos médicos, quando a sua doença é física.

A. Acusam as pessoas de falta de Fé.

Há muitas Igrejas e pastores que acusam as pessoas que não foram curadas, de terem tido falta de fé,.

A forças mentais que ainda não totalmente conhecidas. Há pessoas que são curadas de uma doença, sem terem fé nenhuma para serem curadas. São precisamente curadas pela acção de técnicas mentais que poderão ter efeito no seu corpo (coisas ainda não conhecidas pela ciência).

Há curas feitas através de métodos espiritualistas e espiritistas ou através do poder da sugestão, que não têm qualquer origem em Deus.

O problema está em saber se estas curas são de longa duração ou não. Eu me lembro de alguém que parecia curada ao receber em casa um pastor curandeiro que era acompanhada de uma mulher que era medíum.

Eu adverti a senhora em casa dela e numa reunião feita na casa de um crente, pois eu sabia que ela não tinha sido curada por Deus. A pessoa não quis ouvir, mas ficou aparentemente curada: deixou de coxear e de ter a cara caída, pois a perna estava presa e a cara caída por causa de uma trombose que teve, e não precisou mais de fazer o tratamento que estava a fazer.

Mais tarde, ela apercebeu-se que foi enganada e roubada em muito dinheiro, e soube do caso de outras pessoas que também foram enganadas na sua vila. Ela decidiu então voltar à Igreja, chamou-me a casa, oramos juntos, ela confessou o seu pecado, passado uns dias voltou a estar doente e ainda está doente até hoje, coxeia a perna, tem a cara caída e precisa de fazer o tratamento, senão morre.

É um senhora de fé, a prova é que teve coragem para reconhecer o seu pecado, mas Deus não a curou.  Claro que não podemos negar que há curas divinas, nuitas pessoas testemunham disso, e esta senhora poderia testemunhar do mesmo, mas Deus tem outros planos para ela.


B. Acusam as pessoas de falta de fidelidade com a Igreja

Dizem que as pessoas são infiéis e não querem nenhuma compromisso financeiro com a Igreja e os pastores. Se eles derem, e quanto mais derem, Deus lhes dará em troca, saúde e riquezas.

Normalmente quem utiliza estas tácticas e técnicas são os chamados “movimentos de Fé” ou "movimentos do Evangelho da Prosperidade", que tem o alvo de enriquecerem à custa da ignorância dos crentes.

C. Igrejas que associam doenças físicas e psiquicas ao pecado

Há Igrejas extremistas e excêntricas que associam todas as doenças, perdas e calamidades na vida de uma pessoa a um pecado que estamos a cometer. Ou seja se uma pessoa fica doente, ou perde alguma coisa ou pessoa, ou passa por um problema trágico é porque anda a pecar.

Pode ser verdade em alguns casos, mas não é sempre verdade em todos os casos.

No caso de Job, os amigos o acusaram que ele estava a sofrer e a perder por culpa do seu pecado. E estavam enganados e foram repreeendidos por Deus, pois Job era um homem recto.

Além disso estas Igrejas dizem que se uma pessoas tiver Fé em Cristo, nunca fica doente, nem pobre, pois Cristo veio libertar-nos de todas as maldições.

É verdade que Cristo veio pagar e libertar-nos de todos os pecados, enfermidades e maldições, mas é so na ressureição final que receberemos um corpo e uma vida gloriosa.

Em Romanos 8:18-39 vemos que nesta terra, gememos, sofremos, somos perseguidos, condenados, passamos fome, nudez, somos entregues à morte todos os dias por a mor de Jesus, mas em tudo seremos vencedores, pois nada nos afastará do amor de Cristo e um contemplaremos a redenção completa do nosso ser incluindo a alma e o corpo e não seremos mais servos da corrupção.


V I I. A conclusão

Vemos então que a cura passa pelo Senhor Jesus, que tem poder para curar todas as doenças, incluindo as de natureza física, psíquica, emocional, moral, personalidade e de natureza espiritual.

As cura das doenças de natureza psíquica, personalidade, moral e espiritual, passam pelo reconhecimento do pecado, qualquer que seja, seguido da confissão do pecado e do perdão oferecido por Deus.

Se houver reconhecimento, confissão, haverá perdão. Quando há perdão, há libertação do pecado, ou dos seus efeitos e há purificação da culpa.

Se, num caso especial, houver uma doença física, mas causada por um pecado ou demónio, a cura também passa pela confisão, arrependimento, fé seguida do perdão de Deus.

 Às vezes, neste caso, a pessoa é perdoada, restaurada, mas do ponto vista físico podem ficar sequelas causadas pelo pecado, que podem nunca ser curadas.

Havendo, reconhecimento, confissão, perdão, libertação, purificação da culpa, há sempre restauração e cura da alma.

Leia ano meu blog sobre a cura divina

FIM

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cristão e a Política











I. O que é a Política - sua acção e limites.

A. A política refere-se às acções do governo.
B. Uma ideia errada de política.
C. Análise política vista do ponto vista bíblico.

II. A ordem política no mundo foi criada por Deus. 

A. A História de Caim e Abel.
B. Deus estabelece e institui a ordem política.

III. A acção cristã no mundo.
 
A. O Mandato Cultural é para o homem governar a terra.
B. Gênesis é o prológo da história humana que vem a seguir.
C. A redenção deu força e valorizou o mandato cultural.
D. A Lei - etapa intermediária entre o mandato culural e a redenção de Cristo.

IV. Estatização do Estado.

A. O Socialismo e o pós. modernismo são hostis à Bíblia.
B. A Moral da história é quererem amordaçar os crentes.

V. A Globalização e o governo da Besta.

A. A Globalização é uma questão bem antiga.
B. Três perguntas impertinentes acerca da Globalização.

VI. Análise às ideologias políticas que governam o mundo.

A. As correntes políticas mais proeminentes no mundo.
B. A relação das ideologias políticas com o cristianismo.


I. O que é a Política – sua acção e limites.

A. A política refere-se às acções do governo

Há muitas questões discussões sobre acção social, mordomia social, solidariedade, mas, embora, todas estas questões interessem aos políticos, nenhuma delas é em si mesma uma questão política.

Quando estamos a falar de política, estamos falando das acções de um governo, daquilo em que os governos estabelecem, regulamentam e fazem e daquilo que o povo faz em relações às tomadas de posição de um governo.

Às vezes ouvimos dizer que tudo o que fazemos é política:

"política de trabalho, política sexual, política familiar", enfim, pode ser verdade que no sentido trivial da vida, tudo o que fazemos é política, mas não podemos perder o sentido mais importante do significado desta palavra – Política.

Tudo o que fazemos, livros, sermões, máquinas, jornalismo, futebol, envolve poder, e até pode ter uma grande influência sobre a política de um país, mas isto não quer dizer que estas coisas têm um verdadeiro poder político.

A política envolve um outro tipo de poder, mais específico, que é aquilo que aos poucos irá ser salientado neste trabalho.

Podíamos resumir o significado da palavra política da seguinte maneira:

“É um assunto dos governos e dos Estados, o que são, o que fazem e o que deviam fazer”

Embora todos nós devemos ter um estilo de vida solidário, comunitário, isto não entra na política, ao menos que afecte directamente as acções dos governos ou as nossas próprias acções na confrontação com as acções do governo.

Portanto a actividade política não é resolver aquilo que é bom, ou que tem valor, como por exemplo decidir que ir à Igreja é bom, e impor isto ao povo, ou que aquela religião é má e proibi-la ao povo. 

Estes assuntos não são para serem resolvidos pelo governo através de uma acção social, legislativa e parlamentar ou devam fazer parte da Constituição de um país.

B. Uma ideia errada de política.

Infelizmente há políticos que têm uma ideia errada daquilo que é fazer política.

Para eles, a política tem que ter uma dupla acção ao lidar com as coisas, para ser considerada uma actividade política. 

Deste ponto de vista a política tem que envolver a mentira, esconder a verdade, e saber tirar partido das situações.

Para tais políticos, a política passa a ser uma “conduta pública que tem o fim de atingir interesses particulares ou de um grupo social, não importando os meios utilizados para atingir os seus fins”.

Desta forma a política utiliza o seu poder de uma forma corrupta.

Por isso dizem, que se alguém não for capaz de ter uma tal conduta, mas quiser antes ser transparente, verdadeiro, honesto, não pode fazer política, nunca será um bom político.

Nós vemos em I Samuel 8:11-18 um exemplo desses, em que Samuel advertiu ao povo qual seria o costume dos reis. 

Eles iriam explorá-los e roubar as suas terras, em vez de governá-los com justiça.

C. Análise política vista do ponto vista bíblico.

1. Análise do ponto vista cristão.

Como a minha análise está a ser feita do prisma cristão, há questões importantes que os cristãos devem saber para envolverem-se na política, como por exemplo as questões em baixo mencionadas:

Qual é o propósito dos “servos de Deus” na política?

Qual é a função da Lei?

Qual é a função de um Estado e do Governo, o que deve fazer?

Qual é a natureza da autoridade e do poder político?

Quais são os limites da autoridade e do poder político?

Iremos aos pouco e de uma maneira geral falar sobre estas questões nos capítulos que se seguem. 

Uma resposta correcta, tanto secular como bíblica, a estas cinco perguntas, servirá de uma boa base ao envolvimento dos cristãos na política.

Os cristãos precisam de conhecer as respostas a estas questões para poderem ter um conhecimento daquilo que é política e assim poderem exercer acções políticas concretas que possam ser úteis à sociedade.

Antes de continuar deixem-me delinear de uma maneira simples a diferença entre o Estado e o Governo. O Estado detem o poder soberano sobre o espaço aério, marítimo e de solo de uma Nação. E o Governo detém o poder administrativo de um estado.

No caso de Portugal, temos um chefe do Estado - o Presidente, e um chefe do Governo - o 1º ministro, tendo ambos diferentes poderes.

No caso da Inglaterra o chefe do Estado é a Rainha e o chefe do Governo é o 1º ministro.

Tanto o Estado como o Governo exercem um poder político dentro de uma Nação, regulamentado e limitado pela Constituição e demais legislação em vigor determinada em reuniões parlamentares.

2. A necessidade de compreender o que é Política.

Só depois de compreendermos bem o que é a Política, poderemos falar um pouco sobre as acções concretas que os cristãos podem ter no seu envolvimento político.

Vivemos num mundo onde gastamos milhões em armas de guerra e onde a utilização do instrumento de tortura e a morte de pessoas em acções militares aumenta de ano para ano.

Surgem no mundo uma proliferação de toda a espécie de ideologias políticas, mas que são incapazes de manter a estabilidade e a prosperidade social.

Há um número incrível de pessoas que estão a morrer esfomeadas e vítimas da guerra todos os minutos que passam.

Vemos também valores tradicionais de carácter social e moral em total decadência.

A indisciplina e a brutalidade aumentam nas escolas, nas famílias e mesmo nas ruas das nossas cidades.

"As nossas sociedades dizendo-se democráticas e respeitadores dos direitos humanos, caíram num desrespeito total pelas autoridades, e sem o devido respeito pelas autoridades se torna cada vez mais difícil implantar a democracia nas sociedades e o respeito pelos direitos humanos".

Como é que os cristãos podem envolver-se e ajudar a mudar o rumo das coisas.

a. Conhecer bem a natureza e o propósito da política

Os cristãos devem conhecer bem a natureza e o propósito da política, antes de envolverem-se na mesma.

Lord Shaftesbury e William Wilberforce, são homens que deixaram grandes exemplos do envolvimento dos cristãos na política. 

Grande parte dos grandes pensadores políticos no mundo ocidental, nestes 2000 anos de história foram cristãos fiéis como Origenes, Augustine e Tomas Aquinas.

Mas, apesar destes e de outros grandes exemplos, a compreensão dos cristãos acerca da Política tem sido muito deficiente.

Tem havido algumas divergências entre os cristãos acerca dos critérios políticos.

Há ainda uma grande tendência entre os cristãos para utilizarem aspectos do ensinamento cristão em questões políticas, como por exemplo o perdão ao próximo, princípios de igualdade e moralidade, que não podem ser utilizados em política, ou melhor não podem ser pregados num comício, ou durante uma palestra política, da mesma forma como se pregam numa Igreja.

É por essa razão que é necessário haver uma grande reflexão, muito conhecimento dos fundamentos bíblicos, um grande espírito de oração para os crentes envolverem-se no mundo da política e um grande conhecimento sobre a natureza da actividade política.

b. Não se deve misturar moralismo com política e vice-versa.

Devemos evitar cair no moralismo ao tratar deste assunto tão complexo. Se é verdade que ao exercer-se politica, isto envolve escolhas entre o bem e o mal, justiça e injustiça, não podemos cair no “moralismo” pois a actividade política envolve outros aspectos, muito delicados, que devem ser tomados em consideração.

A política não existe forçosamente para lidar com factos como “a esposa que foi espancada”, ou “a pornografia sem fronteiras na Internet”. 

Em política não se pode tratar em absoluto assuntos como a “utilização de drogas” e eu direi mesmo matérias sobre o “aborto” ou “homossexualismo”.

Pode haver uma área destas esferas em que a política tem que envolver-se e até decidir, mas não são assuntos para serem tratados em absoluto pela política.

Temos que fazer sempre duas perguntas, quando queremos tratar de assuntos que sejam matéria exclusiva e absoluta da política:

Primeira pergunta: 

Este determinado assunto é para ser tratado politicamente - isto quer dizer, pelo governo?

Segunda pergunta:

Este assunto deve ser tratado por outros órgãos: “judiciais”, “legislativos" ou através de modalidades e instituições científicas, sociais, desportistas, religiosas, éticas, morais e judiciais?

Por exemplo, os políticos não têm nada que envolver-se no caso de “Madie”, pois é uma questão judicial que envolve os órgãos policiais e da justiça.

Nem devem também opor-se à postura que uma "religião toma diante de determinados comportamentos sociais", desde que ao defender a sua posição religiosa, não transgridam o código civil e penal em vigor.

Não cabe aos políticos forçar uma determinada Fé, por exemplo, a aceitar um sacerdote homossexual, dizendo que esta Fé ou Igreja está a descriminar a pessoa, se não aceitar que o sacerdote seja homossexual.

É claro que sabemos que os políticos querem envolver-se nestas coisas, mas será que é esta a tarefa deles?

De querer controlar todas as coisas?

Os órgãos políticos não devem envolver-se directamente, nem legislar sobre questões que envolvam consciência, sentido humano de justiça, sensibilidade religiosa, ética cultural e científica.

Cito alguns exemplos: 

O “aborto, adopção de crianças por casais heterossexuais, casamento entre homossexuais, manipulação genética, regras religiosas e certos interesses económicos, comunitários e culturais”.

A questão sobre o aborto e a manipulação genética pode supostamente envolver crime, pelo menos do ponto de vista de uma parte da sociedade. 

É claro que se ouver assuntos de carácter religioso, moral, cultural científico e outras áreas não políticas que possam envolver crime, isto pode fazer que a política tenha que se envolver directamente nesses assuntos.

Mas de uma maneira geral, em todas estas questões não políticas,  os governos não deviam legislar e quando sentirem que deva haver alguma legislação a respeito de uma delas,  normalmente falando deveriam deixao o povo votar num referendo, pois são questões de ciência, consciência, moral e até religiosa.

Se um assunto não político como os acima citados, começar a criar uma grande tensão dentro de uma sociedade, e caso não venha referido na Constituição do país, ou não haja Legislação em vigor a este respeito, e sentindo-se a necessidade de legislar sobre o mesmo, o máximo que os órgãos politicos deviam decidir em Parlamento é se o assunto deve ser levado a referendo ou não, com o voto, ou o veto, da Presidência da República, no caso de Portugal.

Se o tal assunto for levado a referendo, por uma maioria parlamentar e o voto do Presidente da República, cabe ao povo, com todas as suas representações politicas, civis e religiosas decidir. 

Mas, os governantes ou os membros da presidência da República, não deviam envolver-se enquanto órgãos de Soberania.

Mas podem e deviam envolver-se como cidadãos.

E, mesmo assim, isto não quer dizer que o povo irá fazer a boa escolha do ponto vista social e moral sempre que houver um referendo sobre um assunto não politico. 

Mas, uma coisa é certa e boa, se houver referendo, o assunto foi pelo menos decidido pelo povo e não pelos governantes!

3. Não cabe aos políticos legislar sobre questões de moral, fé e Cultura.                                                
Portanto, não cabe aos políticos legislar ou decidir sobre matérias que envolvam moral, consciência, fé, ciência, cultura, desporto, a não ser nas áreas que estejam estritamente ligadas à esfera da acção política.

Como da mesma forma, não cabe à comunidade religiosa, científica, social, económica, cultural, desportiva etc determinar o que os políticos devem fazer na sua esfera de acção.

"A comunidade deve ser livre, é claro, para falar, dar voz às suas opiniões e até protestar pacificamente contra a acção dos governos, mas não pode tomar o lugar do mesmo, nem pela violência, nem por qualquer outra forma".

A moralidade familiar, moralidade dos costumes, moralidade religiosa, moralidade científica e desportista, não tem nada a haver com a Política, a não ser nas áreas ligadas directamente à mesma.

Terei que repetir para ficar bem claro: 

Que os políticos não podem decidir e muito menos legislar, sobre as crenças que as pessoas devem ter, sobre os seus valores morais, questões ligadas com a consciência e o comportamento, sobre as suas convições políticas ou envolvimento com ideias e associações culturais e mesmo científicas, desde que estas não atentem contra o código civil e penal em vigor.


II. A ordem política no mundo foi criada por Deus.

A. A História de Caim e Abel

Na história de Caim encontramos o estabelecimento de uma autoridade justiceira, que aos poucos vai dar lugar à Instituição a que podemos chamar de Governo devidamente dirigida por majestrados  e autoridades escolhidas para este fim.

Este princípio revelado em Gênesis na história de Caim, foi desenvolvendo passando de Governo tribal para os actuais governos das Nações. 

O Governo é portanto uma instituição estabelecida por Deus:

Vemos isto em Romanos 13:1:

”toda a alma esteja sujeita às autoridades, pois as autoridades que há foram estabelecidas por Deus”.

Leia o capítulo 13:1-7

Vemos que Caim matou Abel e logo a seguir Deus lhe disse em

Gênesis 4:10

“o sangue do teu irmão clama a mim deste a terra”.

A palavra utilizada aqui para “clamar” significa “gritar”. 

E através do Antigo Testamento, esta palavra refere-se ao grito daqueles que estão sofrendo a opressão e a injustiça.

É o grito dos pobres e dos necessecitados, que resultou na destruição de Sodoma e Gomorra Gênesis 18:20 e
Ezequiel 16:49. 

É o grito de Israel na escravidão. Êxodos 2:23-24

Esta palavra é técnica também. 

Fala de um apelo à autoridade no sentido desta intervir numa situação de opressão e injustiça.

Quando há autoridades que preenchem com retidão as funções para o qual foram estabelecidas, este apelo chega a Deus, o guardião de toda a justiça, e Deus vai utilizar estas autoridades para fazer justiça na terra.

Deus apareceu e falou a Caim com autoridade política:

Gênesis 4:11 “E que agora, maldito és desde a terra ... fugitivo e vagabundo serás na terra”

Caim queixa-se que tem medo, pois Deus lhe retirou a Sua proteção judicial: 

Gênesis 4:14“e que hoje da tua face me esconderei e será que todo aquele que me achar me matará”.

Sempre que a Bíblia refere que Deus esconde a sua face de alguém ou de uma Nação, isto quer dizer que Deus não virá mais em sua defesa e, por isso, não vão prevalecer.

Mas quando Deus esconde a sua face de alguém ou de uma Nação, então o injusto irá prevalecer sobre esta pessoa ou Nação.

Vemos estas ideias:

Salmos 101:11; 13:2; 22:25; 27:2, 9; 30:8; 44:25; 69:18; 88:15; 102:3; 143:7

Jó 13:2 

Deuteronómio 31:17-18; 32:20, 35, 36, 41 

Isaías 8:17

Jeremias 16:17

O medo de Caim não era andar escondido de Deus, mas é que Deus escondrsse a sua face dele, pois assim ele ficará à mercê daqueles que o irão matar ou fazer justiça por ele ser um criminoso.

Mas Caim, apesar do criminoso, ainda está debaixo da ordem política de Deus e é Deus o único que tem direito a fazer justiça.

B. Deus estabelece uma ordem política divina

Desta forma Deus disse “porque qualquer que matar Caim, sete vezes será castigado”. 

Ou seja, qualquer que fizer justiça pelas suas próprias mãos será castigado por mim. E para mostar que Deus é quem estabelece uma ordem política na sua criação:

“E pôs o Senhor um sinal em Caím, para que o não ferisse quem o achasse”.

Na ordem política divina estabelecida por Deus, não há lugar para os homens fazerem justiça pelas suas próprias mãos. 

A Justiça terá que ser feita por uma autoridade humana estabelecida na sociedade.

Nessa altura ainda só havia tribos e grupos, mas Deus já estava a ensinar que eles deviam estabelecer governos e tribunais aonde os homens pudessem ser julgados com justiça.

Aparece então Lameque que distorcendo a ordem de Deus:

“qualquer que matar Caim fazendo justiça pelas suas próprias mãos, sete vezes será castigado”, diz:

Gênesis 4:23-24

“Eu matei um varão po me ferir; Porque sete vezes Caim será vingado, mas Lameque setenta vezes sete”.

Com Lameque, não há ordem, não há justiça feita por uma Instituição estabelecida por Deus, mas há sim vingança, barbarismo e desta forma a ordem estabelecida por Deus é pervertida dando lugar à violência e à anarquia na terra em que cada um faz justiça pelas suas próprias leis ou mãos, e passa a prevalecer a lei do mais forte.


III. A Acção do cristão no mundo.









A. O Mandato Cultural é para o homem dominar e governar a terra.


Genesis 1:28 “criai-vos e multiplicai-vos e enhei a terra, e submetei-a”

Este é o mandato cultural de Deus, para o homem desenvolver a cultura, a ciência e as sociedades sobre a Terra.

Este mandato é visto pela Igreja com pouca importância, porque foi uma ordem dada antes da queda, e com a queda a situação mudou pois vindo Cristo a ordem mais proeminente é o mandato de ir pregar a morte e a ressureição de Cristo para a remissão dos pecados e a salvação de todo aquele que Nele crer.

O problema é que comparado com este mandato, o mandato cultural perdeu a sua importância e até infelizmente tornou-se para a Igreja quase optional.

No entanto o mandato cultural e o de pregar a salvação da alma não se substituem um ao outro. 

Nós não temos que escolher entre um e o outro. Nem devíamos dizer que estes mandatos precisam um do outro.

Estes dois mandatos são essencialmente dois aspectos da mesma coisa: 

"que nós somos servos de Deus, através de Jesus Cristo em qualquer coisa que nós pensamos, sentimos ou fazemos em qualquer que seja a área da criação de Deus."

O mandato cultural é o culminar da criação de Deus. 

Depois de Deus ter criado e a Bíblia dizer “e viu Deus que era bom”, mandou o homem encher e governar a Terra.

B. Deus deu o mandato para o homem governar a terra com justiça

Dominar e governar é a tarefa do homem incumbida por Deus. O trabalho do homem é moldar a terra, é dar continuação à obra criadora de Deus.

Mas deve ser um gorverno justo. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. 

O homem tem a imagem de Deus dentro dele e isto lhe confere atributos e virtudes de Deus, claro que num nível inferior, por isso

Deus o criou com a capacidade para amar e ser justo com os seus semelhantes.

Se nós vemos que o homem hoje não consegue levar isto a cabo, é porque o pecado entrou no mundo e estragou todos os relacionamentos do homem, seja com Deus, seja com os seus semelhante.

Precisamente, a obra redentora, além da salvação da sua alma, vem restituir de novo ao homem esta capacidade de amar e ser justo que Deus lhe conferiu na criação ao atribuir-lhe a sua imagem.

C. Gênesis é o prológo da história humana que vem a seguir.

Gênesis é como o alicerce daquilo que vem a seguir. Primeiro a luz. Depois se desenrola do o cenário.

Depois os personagens e os principais actores entram em cena. Finalmente é anunciado o que se pode desenrolar a seguir e finalmente o drama pode então começar.

O drama é a história humana. O padrão do drama é mostrado nos primeiros 11 capitulos de Genesis, que nos mostra o nascimento da cultura, afectado pela entrada do pecado original no mundo.

Enquanto a história se vai desenrolando Deus abençoa ou amaldiçoa, Deus recompensa ou castiga as acções dos homens. O Dilúvio aparece como um grande castigo de Deus, pois a humanidade estava completamente corrompida.

Há uma mensagem progressiva na Bíblia. O Novo Testamento revela mais coisas do que o Velho Testamento. Mas o mandtao cultural não termina ou deve ser rejeitado ou trocado pela Ordem da Grande
Comissão, assim que a Redenção toma lugar.

D. A redenção deu força e valorizou o mandato cultural.

De facto o mandato cultural é integrado no todo da História humana afectada pela queda e redimida pela Redenção, e adaquire mais força e valor com a redenção.

A entrada do pecado no mundo complicou o mandato cultural, tirou-lhe a força e o valor e este já não pode ser efectuado em condições normais. 

A redenção prometida por Deus logo a seguir à queda, a Adão e Eva, iria tornar a criar as condições para o mandato cultural ser cumprido.

Sobre a promessa da redenção: vemos Deus conversando com Adão e Eva e a serpente sobre a redenção futura em Gênesis 3 e Deus diz à serpente, falando do filho da mulher, que havia de vir:

Gênesis 3:15

“esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” 

O Ser humano irá ser resgatado do pecado e das garras da serpente, pois Jesus Cristo veio para ferir a cabeça da serpente na cruz do calvário. 

A redenção toma lugar com a vinda de Cristo e a derrota de Satanás.

Desta forma o ser humano redimido pelo Salvador, pela libertação do pecado e de satanáz, torna-se um indivíduo muito mais capaz para levar a cabo o mandato cultural. 

Pois passou a valorizar o homem inteiro – corpo, alma e espírito.

Os crentes passaram a sentir a necessidade de obedecer à Ordem da Grande Comissão de Cristo anunciando a salvação e perdão dos pecados em Cristo a todos os homens e culturas e ao mesmo tempo obedecer ao mandato cultural e desenvolver as sociedadas humanas, conferindo-as justiça, igualdade, dignidade e continuidade, como Deus ordenou logo de início.

E. A Lei - etapa intermediária entre o mandato culural e a redenção de Cristo.

Mas entre o mandato cultural e a redenção, há uma grande etapa. A etapa da Lei.

Quando Deus deu a Lei, não era só para atingir resultados espirituais. 

A lei devia cobrir todas as dimensões do Relacionamento entre Deus e o homem, e entre o homem e os seus semelhantes. Os 10 mandamentos e toda a lei mosaica procura cobrir todos estes relacionamentos.

Vemos nos 10 mandamentos e em toda a Lei mosaica instruções detalhadas sobre trabalho, economia, política, justiça, familia e até sobre saúde Lev 25:1-7 como tratar os animais Deut 22:6, sobre higiene Det 23:12-13 e contribuir para Deus.

É verdade que o Antigo Testamento lidam muito com as questões externas (a sociedade) e o Novo Testamento com as questões internas (a Fé e a espiritualidade).

É verdade que a redenção tem a sua raíz na graça de Deus e não nas actividades ou obras humanas. 

O homem é salvo exclusivamente pela graça de Deus, e não pelas suas obras. Mas de outro lado, também é verdade que o serviço, como um acto de obediência a Deus, surge como uma resposta de gratidão do homem e se manifesta em todas as áreas e relacionamentos da actividade humana, tanto de carácter cultural (Sociedade) como espiritual (Igreja).

Esta prespectiva junta do mandato cultural e a grande comissão, foram um dos baluartes da Reforma. 

Os reformadores, ao contrário da Igreja Católica, enfatizavam bem que o Sacerdócio dos crentes, incluia todos os crentes, e era um serviço feito para Deus que incluia todos os aspectos sociais e espirituais da actividade humana.


IV. Estatização do Estado e o globalismo

A. O Socialismo e o pós modernismo são hostis à Bíblia

O socialismo e o pós-modernismo são claramente hostis à ideia de uma verdade única, exclusiva, objectiva, externa ou transcendente, pois a verdade para estas ideologias é meramente relativa e subjectiva!

No entanto, apesar de não acreditarem numa verdade absoluta e numa moral normativa, pretendem estar a lutar por uma sociedade mais justa, procurando abolir todo o tipo de descriminação baseada em raça, cor, etnia, sexo, idade, orientação sexual, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza.

Sobre esta questão da verdade absoluta Rawls disse: 

“Se não podemos apelar para Deus, nem para os «factos morais», restará alguma coisa sobre a qual a moralidade se possa fundar?” 

É a esta forma absoluta de encarar os princípios da justiça que Rawls designou de “teoria da justiça”, na base da qual formou a sua teoria política.

Mas o que tem o socialismo e o pós-modernismo, ou Rawls a haver com esta questão da “estatização das ideias”? O que quer isto dizer?

Esta teoria fala da tentativa do Estado legalizar de tal forma as ideias do Estado em questões morais (e justiça!?), que quem não seguir estas ideias - tornadas leis - sofrerá nem que seja “perseguição na praça pública”, não podendo expressar livremente as suas opiniões e convicções em matéria moral e religiosa.

O Socialismo desenvolveu logo à partida a ideia da estatização dos bens, procurando estabelecer uma teoria da igualdade que acabou por se mostrar utópica. 

Veio o Socialismo reformista que tendo-se tornado mais Liberal do ponto vista económico (neo-liberal diria eu) continuou a manter a ideia de nacionalizar ou estatizar as coisas, passando da estatização dos bens para as ideias.

O Estado deixa de estatizar os bens e passa a estatizar as ideias que estejam directamente ligadas com comportamentos, moralidade, vida e justiça.

Não podemos esquecer que mal surgiram as ideias de esquerda, que deram nascimento ao socialismo, quiseram logo fazer crer ao mundo que o cristianismo e o capitalismo liberal foram e são os grandes culpados de quase todas as formas de descriminação e injustiças que existem no mundo.

Ao mesmo tempo, pretenderam logo desde a sua concepção, serem os únicos caminhos para trazer liberdade e justiça social ao mundo.


B. A Moral da história é quererem amordaçar a Igreja de Cristo

Mas a moral desta história, no final de tudo, é que estas ideologias têm o objectivo de amordaçar as Igrejas cristãs, impedindo-as de defender os seus princípios bíblicos dentro da sociedade.

Como é que este objectivo de fazer calar a Bíblia e as Igrejas vai ser atingido? Precisamente através da tal “estatização das ideias” cujo o objectivo é de legalizar a lei (desculpem o pleonasmo, é só para enfatizar a ideia), a lei de que “a Igreja não pode envolver-se na política”, a lei de que “a Igreja tem que seguir à risca as leis do Estado (e não da Bíblia)”.

É claro que não vamos ver assim escrito em nenhum decreto “que a Igreja deve obedecer ao Estado”, mas ao legalizar rigidamente leis que vão totalmente contra o ensino da Igreja, o Estado irá fazer tudo para limitar legalmente a manobra (e a mensagem) das Igrejas cristãs.

Quem não reparou nesta tendência do “Estado querer estatizar as ideias” quando os políticos da esquerda criticavam a posição da Igreja católica na campanha do referendo sobre o aborto, é porque não está muito dentro da matéria. 

Claro que a esquerda fez tudo para a Igreja calar a boca !!!

Eu não quero encobrir o facto de que houve momentos na história em que as Igrejas cristãs comportaram-se muito mal. 

Mas, não podemos também ignorar que as Igrejas cristãs têm deixado ao mundo um património de valores morais e espirituais que estão na base do nosso conceito de justiça social e da declaração universal dos direitos humanos.

Mas, pelos vistos, o socialismo (e o pós-modernismo) pretendem ser mais virtuosos do que o cristianismo, mesmo não acreditando em Deus, nem numa moral absoluta como nós os cristãos acreditamos!

“Se não podemos apelar para Deus, nem para os «factos morais», como é possível uma sociedade ser justa?” 

Foi desta fórmula que Rawles extraiu a sua “teoria da justiça”, donde enfatizou conceitos de igualdade e equidade (justiça distributiva) que tem feito pensar muitos políticos e filósofos dos nossos tempos!

Como é que uma ideologia cuja moral é “utilitária” e que diz que “só existe a mãe natureza”, pretende ser tão Redentora para o mundo!

Quando o “Estado tiver estatizado rigidamente as suas leis em certos assuntos” as liberdades cristãs terminarão, ou no mínimo as Igrejas cristãs perderão muito - seja na rua, seja no púlpito - a sua liberdade de expressão!

Os cristãos já não poderão dizer a boca cheia que discordam do aborto. Aliás, já fomos chamados “cruéis” só porque numa campanha defendemos o direito à vida das crianças que se encontram no útero materno!

Os cristãos já não poderão dizer que o homosexualismo é um desvio do comportamento e que querem proteger os seus filhos deste desvio de comportamento, pois estarão a descriminar.

Em certos países protestantes as Igrejas já não podem negar-se a fazer o casamento de um casal de homosexuais ou lésbicas. 

Daqui a pouco será o casamento múltiplo, em que não importa o género sexual, o número de parceiros ou a afinidade familiar!

Um Lar cristão que tome conta de crianças já não poderá negar as suas crianças para a adopção a um casal homosexual ou lésbico (ou ao cuidado de um casamento múltiplo no futuro). Estas leis já estão em vigor em alguns países e a entrar noutros!

No natal, os cristãos terão que enviar postais com Happy Winter, pois postais com Happy Christmas são discriminatórios e ofendem as pessoas das outras religiões.

Aliás, isto já acontece na Inglaterra, onde o parlamento socialista está a querer fazer passar uma lei muito rígida para penalizar aqueles que “ofendem” ao divulgar a sua mensagem “os outros que não têm as mesmas ideias ou crenças”. 

Os programas radiofónicos ou televisivos bíblicos estão a ter cada vez mais dificuldade em conseguir um tempo de antena!

As Igrejas cristãs já não terão mais liberdade para defender o conceito cristão de família, pois ao fazerem isto estão a descriminar! 

Já não poderão defender ou pregar que o género sexual é feminino e masculino “macho e fêmea os criou” (Génesis 1 e 2), pois estarão a ofender o direito à diferença e a ideia da diversidade sexual!

Não poderão dizer nada sobre a eutanásia, a manipulação dos genes etc Muito menos fazer uma campanha!

E, assim, pouco a pouco, a Bíblia como regra de fé dos crentes, deixará de ser ensinada na íntegra, ficando as Igrejas sujeitas a retaliação dos Estados europeus. 

Mas os outros podem pregar as suas crenças, terem os seus locais de cultos na Europa e proibirem-nos de pregar as nossas crenças e de termos os nossos locais de culto em seus países!

E pessoas de outros comportamentos poderão proclamar a sua liberdade na TV e assediar os nossos filhos nos Shoppings! E nós teremos que ficar de boa calada, senão estamos a descriminar!

Será que estamos tão cegos que não conseguimos ver qual é a moral desta pretensão socialista/modernista de lutar por uma sociedade justa?

Para o socialismo e o pós-modernismo (pelo menos o radical), uma sociedade justa é uma sociedade “não cristã”, em que se podem matar os nascituros, os velhos, em que as mulheres podem casar com as mulheres, os homens com homens, os jovens são aconselhados a ter relações pré matrimoniais, o conceito de género sexual deixa de existir, assim como o conceito de Moral e de Deus!

Não só! O Estado vai Estatizar (legalizar) as suas ideias sobre estes assuntos e daqui a pouco e já agora ai de quem abrir o bico!

E muitos já estão a sonhar com uma sociedade “pós-cristã”, mas estão redondamente enganados, ou Deus não é Deus!

Mas passemos para outro ponto. O socialismo diz que não acredita no diabo, mas está a ver diabos em todos os lados. Em todas as pessoas. Em todos os cristãos.

No fundo estão a dizer que o trabalho das Igrejas nestes dois mil anos, só serviu para criar diabos. 

E o Socialismo apresenta-se redentor; o outro redentor, dos cristãos, só serviu para deturpar o homem com as suas doutrinas.

A verdade está nos manuais socialistas e modernistas! Nos políticos socialistas e modernistas! Os outros são todos uns diabos!

Mas esperem lá! Eu, nunca vi um cristão maltratar um homosexual, prostituta, nem maltratar uma pessoa por causa da sua religião ou da sua cor e eu vivi no tempo do Marcelo Caetano! 

70% dos crentes na minha Igreja eram de cor e na minha equipe de futebol 50% eram de cor.

Vi casos de orgulho, em que pessoas por terem uma situação financeira melhor rebaixaram os outros. 

Vi um ou outro caso pontual, em que a questão da raça, da cor, religião ou opção sexual esteve na origem do abuso!

É claro que não estou a dizer que não há injustiça nos relacionamentos humanos. Claro que há, até dentro das famílias entre marido e mulher, pais e filhos! 

Não fosse o homem pecador por natureza. Mas, a ideia de ver diabos em todo o lado, de chamar “cruéis” aos cristãos, isto é demais e abusivo!

Eu acredito que chegaremos a uma altura em que os crentes vão ouvir dizer: “calem-se, ou levam, pois nós temos o direito de fazer o que bem nos apetece com o apoio do Estado!”

É verdade que Bíblia ensina a obediência às autoridades (Romanos 14), mas também está escrito: “Devemos obedecer mais a Deus do que aos homens” Atos 5:29


V. A Globalização e o governo da Besta

A. A Globalização é uma questão bem antiga

"lhes seja posto um sinal, para que ninguém possa comprar nem vender" Ap 13:16-18

A “Globalização” não é uma questão nova, é antiga, os seus contornos é que são novos, pois vivemos numa sociedade com a capacidade para criar um globalismo maior devido ao aparecimento da alta tecnologia.

Antigamente o globalismo existiu na forma de impérios, passando para impérios feudais e coloniais.

Grandes reinos e senhores, e mais tarde países procuraram dominar, governar e explorar os povos mais pobres e mais fracos.

Vemos esta forma de procurar dominar, governar e explorar os outros no decorrer de toda a História até aos nossos dias. 

A Bíblia fala muito deste sentimento do homem querer globalizar, e apresenta muitos casos de impérios mundiais no passado, e até profetiza acerca de uma Globalização no futuro, em que reinos se unirão uns aos outros, não só com o objectivo de tiranizar os mais fracos, pobres lou diferentes, mas com o objectivo primário de revoltarem-se contra os céus, contra Deus.

É o caso da Grande Babilónia descrita no livro do Apocalipse.

Em nossos dias, devido a alta tecnologia, esse sentimento de querer governar, dominar e explorar os mais pobres e mais fracos, tomou a forma e nome de “Globalização”, pois já é possível tornar o planeta numa “Aldeia Global”.

Mas o objectivo é sempre o mesmo, fazer com que a riqueza e o governo fique nas mãos de algumas pessoas, e nunca para diminuir a fome e a dor no mundo.

A ONU é quem praticamente deu inicio à “Globalização”. 

Para isto, iniciou um pacote de projectos e reformas em que visava dividir o mundo em algumas regiões mundiais, em que a Europa Unida seria uma delas.

Para isto, dentro da Europa, deu-se inicio a um comércio sem fronteiras, mais tarde a moeda única, e depois aos parlamentos e tribunais europeus com total soberania sobre a comunidade, a a ideia de religião única continua a ser mais do que falada, até se falou em criar uma língua única. 

Isto tudo, porque os líderes dizem que a única maneira de evitar os conflitos e o mundo viver em paz, é unir tudo, “Globalizar”, comércio, moeda, língua, políticas e leis.

B. Três perguntas impertinentes acerca da Globalização:

1. Quas são os motivos subjacentos a esta ideia da “Globalização”? 

É para lutar contra a pobreza ou tornar os ricos mais ricos?

2. O que lemos na Bíblia sobre a ideia da Globalização? Um parecer positivo ou negativo?

3. É um projecto divino para as sociedades ou meramente humano e até diabólico?

Alguns líderes já pensam até em uma moeda única, e até mesmo uma RELIGIÃO ÚNICA, como forma de pacificação do mundo e evitar conflitos futuros. 

Na Europa a moeda única já circula em cerca de 90% dos países.
.
Alguns líderes políticos e especialistas são categóricos em afirmar que a globalização em torno da ONU é inevitável. Pensam que esta seria a única salvaguarda para um mundo cheio de diferenças e conflitos. 

Um mundo como uma única nação e com um único líder. As nações seriam apenas como estados de uma grande nação mundial.

Será que a bíblia nos ensina algo assim para os dias finais? Será que podemos encontrar luz sobre uma globalização sem precedentes para nossos dias na palavra de Deus? 

Uma reforma de 10 ou 11 permanente se encaixaria com perfeição na descrição de Apocalipse 17:12 e 13.

Abaixo veja o que o mensageiro do Senhor para os nossos dias escreveu a respeito

“A ira de satanás aumenta à medida em que o tempo se abrevia, e sua obra de engano e destruição atingirá o auge no tempo de angústia. 

Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios. 

Os Espíritos diabólicos sairão aos reis da terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e força-los a se unirem a satanás em sua última grande luta contra o governo do céu.” Grande Conflito, 623,624.
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“Terrível é a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes da terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos (Apoc. 13:16), se conformem aos costumes do Estado e da falsa Igreja (a Babilónia), pela observância de falsas leis.”


VI. Análise às ideologias políticas que governam o mundo

A. As correntes políticas mais proeminentes no mundo

B. A relação das ideologias políticas com o cristianismo

Tratarei desta secção VI.  mais tarde

FIM