I. INTRODUÇÃO AO ASSUNTO.
Nota Inicial importante:
Eu sei que este assunto é muito delicado e os Teólogos têm diferentes posições sobre o assunto.
Por isso, embora eu vou deixar os meus pontos de vista sobre o assunto respeito aqueles que em algumas áreas não concordam comigo.
Como por exemplo aqueles que acham que há casos em que as pessoas divorciadas têm todo o direito diante de Deus de casar outra vez.
Vou começar então a dar os meus pontos de vista:
É o casamento uma união dissolúvel
diante de Deus ou não?
Esta é a grande questão!
Será que aos olhos de Deus qualquer que contrair uma nova união enquanto o
seu cônjuge estiver vivo, está cometendo adultério?
Alguém que vem de um cultura polígamo pode ter muitas mulheres, mas
pertencerem somente a ele, enquanto que alguém de uma cultura monógamo que se
divorcia e casa outra vez, pode ter várias mulheres que aos olhos de Deus
pertencem a outros, se a morte for o único meio que a Biblia apresenta para a
dissolução do casamento.
Neste artigo eu defendo que o
conceito cristão do casamento é a união entre duas pessoas para toda a vida.
E
não aceito o conceito secular moderno que defende que casamento é somente um relacionamento, cujo o
ideal será os dois ficarem unidos para toda a vida, mas que pode ser terminado
se com tempo o relacionamento se tornar
perturbante e discordante.
Quando falamos em casamento temos que serparar IDEAIS de PADRÕES. Os IDEAIS
são para serem atingidos, os PADRÕES sao para serem cumpridos.
Eu penso que devemos ter cuidado quando defendemos o divórcio e um novo
casamento utilizando o ponto de vista da compaixão como base.
E o casamento de homosexuais e lésbicas, vamos defendê-lo utilizando o
argumento da compaixão? Não.
Porque não?
Este argumento da compaixão pode ser utilizado para outros dilemas de
natureza ética e doutrinal, e defendermos como por exemplo, o aborto e a
eutanásia e até rejeitarmos o conceito bíblico sobre o inferno, baseando-nos
também neste argumento da compaixão.
Ao começar esta introdução desta forma, eu reconheço no entanto que não é
muito fácil formarmos uma doutrina bíblica sobre esta questão do Divórcio e o
Novo casamento e, por essa razão, eruditos da Biblia, homens de Deus e honestos
tem diferentes posições.
Alguns acham que a Biblia permite a dissolução do casamento e a
possibilidade de alguém tornar a casar, pelo menos em alguns casos.
Ao saber disto, apesar de ter a minha opinião, eu respeito a opinião dos
outros e se alguém na minha Igreja divorciar-se e tornar a casar eu não lhe
retirarei a minha amizade e o meu apoio espiritual apesar da minha discordância
teológica sobre o assunto.
Por ser um assunto muito delicado com diferentes opiniãos, eu convido os
meus leitores a fazerem primeiramente uma leitura dos textos e depois então é
que passarei àm minha argumentação.
II. LEITURA E ANÁLISES
DOS TEXTOS BIBLICOS
A. Leitura dos textos.
Ler e observar os textos.
O que dizem sobre sobre dissolução e indissolução do casamento?
O que dizem sobre monogamia e poligamia?
O que dizem sobre divórcio?
O que dizem sobre a mulher repudiada e sobre o adultério?
1. Antigo Testamento
2. Evangelhos
3. Epístolas.
B. Sumário dos textos.
Fazer um pequeno sumário do texto.
O observar o que está a dizer o texto.
1. Antigo Testamento.
a) Gênesis 2:22-25
b) Êxodos 20:14, 22:16-17
Deuteronómio 22:13-20, 24:1-4
d) Levitico 18:6-30, 19:19-22, 20:10-21
e) Esdras 10
f) Malaquias 2:16
g) Oseias 3:1-5
2. Os Evangelhos
a) Mateus 5:27-332
b) Mateus 19:1-12
c) Marcos 10:1-12
d) Lucas 16:18
3. Epistolas.
a) Romanos 7:1-3
b) I Corintios 5:1
c) I Corintios 6:12-20
d) I Corintios 7:10-15, 39
e) Efésios 5:30-31
O nosso grande risco na observação e interpretação dos textos biblicos,
são os nossos preconceitos e tradições que herdamos da nossa educação e meio
ambiente e que nos influenciando bastante, podem-nos conduzir a uma Hermenêutica que me leva a interpretar o que eu acho e não que o escritor está
a dizer.
A Hermenêutica leva-me a interpretar o que o escritor está a dizer e não o que eu acho.
A Hermenêutica leva-me a interpretar o que o escritor está a dizer e não o que eu acho.
Claro que todos nós temos a tendência de deixar passar somente aquilo que
o nosso filtro psicológico filtra.
A questão do casamento e divórcio envolve níveis sociais, emocionais e
psicológicos, assim como influências profundas e complexas vinda do nosso meio
ambiente, que não nos permitem fazer uma análise completamente livre de
quaisquer compromissos.
É mesmo por esta razão que temos que descansar nos padrões dados por Deus na Sua Palavra. Se assim não for poderemos tomar decisões erradas a nosso respeito ou a respeito de pessoas a quem podemos estar a aconselhar.
É mesmo por esta razão que temos que descansar nos padrões dados por Deus na Sua Palavra. Se assim não for poderemos tomar decisões erradas a nosso respeito ou a respeito de pessoas a quem podemos estar a aconselhar.
Por isso temos que procurar ser o mais honestos possíveis seja connosco
próprios, seja com a Bíblia.
III. OS 6 GRANDES PONTOS
DE VISTA SOBRE ESTE TEMA:
depende do Ponto onde estás
1. Dos nossos primeiros
pais da Igreja
A maior parte deles aceitava:
Que houvesse separação dos cristãos dos seus cônjuges que cometessem
adultério, como algo permitido por Cristo, baseando-se em Mateus 19:9.
Mas, eles não acreditavam que a separação da vida conjugal pudesse de forma
alguma dissolver o laço do casamento.
Por isso, para eles, os cristãos que se apartassem dos seus cônjugues
deviam ficar sós, segundo I Coríntios 7:11. Se se casassem outra vez cometiam
adultério e quem casasse com a repudiada (o) também cometia adultério.
2. Ponto de vista
Erasmiano
O ponto de vista dos pais da Igreja durou até ao sexto século, até que
apareceu Erasmo qu sugeriu um ponto de vista diferente, que foi adoptado pelo
teólogos prostestantes.
Temos que salientar que Erasmo era um "humanista por exclência" e
que a sua teologia era muitas vezes mais baseada no humanismo do que nos textos
bíblicos.
Ele nunca foi um teólogo académico, mas sim um teólogo pragmático que era devotado ao seu mestre no serviço ao seu semelhante.
Erasmo escreveu que não
acreditava que Cristo tivesse deixado ao lado inocente a possibilidade de
separação, mas não a possibilidade de casar-se de novo. Ele achava que isto
seria muito cruel.
Acerca dos pontos vista modernos que aderem à doutrina Erasmiana, primeiramente temos o de J.Murray que defende que somente o adultério Mateus 19:9 ou a desertação I Coríntios 7:15 dá lugar para um divórcio total com direito a novo casamento.
A seguir temos muitos outros teólogos que defendem que o significado da palavra "porneia" é muito mais largo que adultério e que, portanto, Mateus 19:9 permite divórcio e novo casamento na base de um leque de pecados muito mais largo.
3. O Ponto de vista da
infedilidade durante o “desposamento”
Este ponto de vista concorda que Mateus 5:32 e 19:9 permite a dissolução de
um casamento não válido, mas não o divórcio com direito a casar de novo num
casamento válido.
Está ligado às leis do casamento judaico, em que havia um período antes das bodas, em que legalmente já eram considerados casados embora o casamento ainda não estivesse consumado, e a infedilidade neste momento já era considerada adultério e punida como tal.
Está ligado às leis do casamento judaico, em que havia um período antes das bodas, em que legalmente já eram considerados casados embora o casamento ainda não estivesse consumado, e a infedilidade neste momento já era considerada adultério e punida como tal.
Uma carta de desquite já era
necessária em caso de quererem dissolver a união, que ainda não estava
consumada. José e maria viviam nesta situação na altura em que ela ficou
grávida.
Para este ponto de vista , a palavra "porneia" referia-se ao pecado específico cometido durante este período do casamento judaico.
Para este ponto de vista, Marcos 10:6-9, 11, 12 cita a proibição total de
Jesus ao divórcio e do direito a um novo casamento.
Mas em Mateus 19:9, devido
aos judeus que formavam a audiência, Jesus cita a única excepção: que era o
direito ao divórcio e a um novo casamento, em caso de fornicação, na altura em
que embora já considerados como marido e mulher ainda só estavam
"desposados".
Por outras palavras, como o casamento ainda não estava consumado, não era completamente válido, podendo ser interrompido em caso de fornicação de um dos pares.
Por outras palavras, como o casamento ainda não estava consumado, não era completamente válido, podendo ser interrompido em caso de fornicação de um dos pares.
4. O Ponto de vista dos
casamentos ilícitos
Neste ponto de vista, Jesus em Mateus 5:32 e 19:9 está unicamente a citar
impedimentos para que fazem que um casamento não seja válido e não a dar razões
para dissolver um verdadeiro casamento.
Este ponto de vista mantém como os
pontos de vistas anteriores, excepto o de Erasmo, uma total rejeição de
divórcio e novo casamento, num casamento que seja considerado válido.
Para alguns a palavra "porneia" refere-se a casamentos ilícitos
contraídos por pessoas dentro dos diversos graus de consanguinidade e afinidade
proibídos em Levitico 18:6-18.
Neste caso, os gentios não cristãos, que já tivessem contraído este tipo de casamento que era proibido pela lei, podiam dissolvê-lo, por não ser válido.
A palavra "porneia" aparece no decreto de Jerusalém declarado para a Igreja referido em Actos 15:20-29; 21:25 e I Crointios 8:1 referindo-se a um incesto entre filho e mãe.
Para outros, esta palavra "porneia" refere-se aos csamentos entre judeus e gentios, que era proibido pela Lei.
Estes utilizam Esdras 10:2, 10,11, 17-19, para defender que pode-se dissolver um casamento não válido perante a Lei Mosaica.
Para outros, esta palavra "porneia" refere-se aos csamentos entre judeus e gentios, que era proibido pela Lei.
Estes utilizam Esdras 10:2, 10,11, 17-19, para defender que pode-se dissolver um casamento não válido perante a Lei Mosaica.
5. O Ponto de vista
preteritivo ou “ou não comentado”
Este ponto de vista é bastante diferente dos outros que já vimos, sobre a
cláusula exceptiva de Cristo em Mateus 19:9.
O ponto de vista dos primeiros pais, considera a cláusula exceptiva como
dando direito à separação, mas não ao divórcio e a um novo casamento.
O ponto de vista de Erasmo considera que a cláusula exceptiva dá direito ao
divórcio e a um novo casamento em caso de adultério.
O ponto de vista do "desposamento" e dos "casamento
ilícitos", sustentam que Jesus está falando de casamento não válidos e que
por isso podem ser anulados, mas não apoiam a anulação de um csamento válido.
No ponto de vista preteritivo eles tomam a frase:
“não sendo por causa da prostituição", pela frase "pondo de parte
o caso da prostituição"
Referido em Deuteronomio 24:1.
Porquê?
Porque este ponto de vista acha que primeiramente os fariseus queriam
tentar a Jesus, perguntando se Jesus estava a favor de Shammai ou Hillel.
Shammai defendia um divórcio e eventualmente um novo casamento por qualquer
motivo, mas Hillel o casamento só podia ser dissolvido por um motivo, ou seja
no caso de "porneia" ou "fornicação".
De certo modo eles querem saber qual era a interpretação de Jesus sobre Deuteronomio 24, se se colocava ao lado de Shammai ou de Hillel.
De certo modo eles querem saber qual era a interpretação de Jesus sobre Deuteronomio 24, se se colocava ao lado de Shammai ou de Hillel.
Mas como Jesus não se colocou do lado de nenhum dos dois, mas antes afirmou
a indissolubilidade do csamento citando Gênesis 2:24 "no princípio, quando
o casamento foi estabelecido, não foi assim".
Logo a seguir os fariseus
fazem uma nova pergunta, desta vez sobre a lei: "Então porque Moisés
mandou dar carta de divórcio"?
Vemos claramente que eles não somente querem saber a opinão de jesus, mas
estão a tentar para Jesus para ver se ele peca contra a Lei de Moisés e terem
alguma coisa para o acusar.
"Então porque Moisés mandou dar carta de divórcio"?
A esta pergunta, Cristo responde, não forçosamente aos fariseus, comentando
Deuteronomio 24:1, dizendo que "aquele que deixasse a sua mulher e casasse
com outra, comete adultério, e quem casar com a repudiada comete adultério
também".
Ele não responde completamente aos fariseus dizendo de que lado ele se colocava, se ao lado de Shammai ou do lado de Hillel.
Ele não responde completamente aos fariseus dizendo de que lado ele se colocava, se ao lado de Shammai ou do lado de Hillel.
Mas é somente em Marcos 10:10-12 que compreendemos o que ele disse em Mateus 19:9, quando
sozinho com os discípulos ele disse-lhes clarmente que não há qualquer motivo
para divórcio e um novo casamento (num casamento válido é claro), nem a
infedilidade.
A infedilidade pode sim dar lugar à separação, mas não dissolve o casamento
dando lugar a um novo casamento.
É somente aqui sozinho com os discípulos que Jesus
esclarece completamente o seu ponto de vista que não alinha nem com Shammai,
que fala em muitos motivos, nem Hillel que fala num só motivo a
"fornicação".
Por essa razão chama-se de "não comentado" aos fariseus na sua
totalidade mas depois completamente elucidado aos seus discípulos. De facto Jesus falou muitas vezes em parábolas ou enigmaticamente com a multidão e os
fariseus, mas, a seguir, claramente aos discípulos.
6. O Ponto de vista
histórico-tradicional
Para este ponto de vista há uma certa contradição nos textos dos Evangelhos
sobre este assunto. Contradições entre Mateus e Marcos e contradição mesmo no
próprio texto de Mateus 19:1-11, e acreditam haver certas adições.
Mas, o que é certo é que o antigo ponto de vista histórico-tradicional tinha a tendência em interpretar Mateus 19:9 segundo o ponto de vista de Erasmo, que afinal acentua que Cristo está de facto a falar de uma cláusula exceptiva que pode conduzir ao divórcio e a um novo casamento.
Mas, o que é certo é que o antigo ponto de vista histórico-tradicional tinha a tendência em interpretar Mateus 19:9 segundo o ponto de vista de Erasmo, que afinal acentua que Cristo está de facto a falar de uma cláusula exceptiva que pode conduzir ao divórcio e a um novo casamento.
O que afinal é o adultério em que um dos cônjuges
cai na fornicação dissolvendo desta forma o casamento e deixando o lado
inocente livre para efectuar um novo casamento.
I V. CONCLUSÃO DO
ASSUNTO:
Irei tentar fazer um sumário e balanço o mais exacto possível dos textos
bíblicos acima referidos:
Parece que de facto no Antigo Testamento somente Deuteronómio 24:1 fala da
possibilidade de divórcio.
Mas, por sua vez, vemos no Antigo
Testamento uma clara afirmação daquilo que Deus pensa do divórcio, em
Malaquias 2:16 "Porque o Senhor
Deus de Israel diz que aborrece o repúdio".
No Novo Testamente Jesus afirma claramente em Mateus 19:8 "Moisés, por
causa da dureza dos vossos corações permitiu repudiar as vossa mulheres, mas no
príncipio não foi assim", ou seja Deus Instituiu um casamento que não pode
ser dissolvido.
Vamos ver Mateus 19:1-8:
Quando eles perguntaram v 1-3 "É lícito o homem repudiar a sua mulher,
por qualquer motivo", Jesus respondeu v4-6 "Não tendes lido o que
Deus disse "o que Deus ajuntou não o separe o homem".
Por outras
plavras Jesus disse "Não, não há nenhum motivo para que o homem repudie a
sua mulher".
Mas os fariseus contra atacaram v7 "Então porque mandou Moisés dar
carta de divórcio, citando Deuteronomio 24:1.
Jesus retorquiu v8 "Por causa da dureza dos vosso corações".
A. Textos Antigo Testamento que falam contra a
permissão de repúdio dada por Moisés:
1 Gênesis 2:22-25 que
revela que o casamento é uma união permanente e indissolúvel instituída por
Deus
2
Malaquias 2:16 "Que Deus odeia o repúdio".
Malaquias 2:16 "Que Deus odeia o repúdio".
3 Êxodos 20:14, no decágolo
Deus diz "Não adulterarás".
Deus proíbe o acto sexual ou matrimónio com alguém casado.
Este pecado era
punido com a morte, vemos em Deuteronómio 22:22.
B. Textos do Novo
Testamento que falam contra o repúdio dada por Moisés:
Somente um texto do Novo Testamento se tem prestado à confusão, que Mateus
19:1-12, mais particularmente o v 9, pois o resto do contexto parece ser
bastante claro.
v 1-6 Jesus diante da pergunta
dos fariseus não toma a posição, nem de Shammai, nem de Hillel.
Mas põe-se ao lado da posição de Deus, que é
o autor do casamento e da Indissolubilidade do casamento.
v 7-10 Respondendo ao novo
ataque, que desta vez utilizou a carta de repúdio dada por Moisés, a resposta
de Cristo suscita uma grande exclamação dos discípulos "Se é assim, não
convém casar".
Exclamação coerente com a primeira afirmação em que Cristo afirmou que "o que Deus ajuntou não separe o homem" e que foi certamente reforçada com a segunda afirmação de Cristo, senão os discípulos não teriam feito tal exclamação".
Exclamação coerente com a primeira afirmação em que Cristo afirmou que "o que Deus ajuntou não separe o homem" e que foi certamente reforçada com a segunda afirmação de Cristo, senão os discípulos não teriam feito tal exclamação".
v 11-12 Respondendo à exclamação
dos discípulos, depois de ele ter afirmado a indissolubilidade do casamento por
qualquer motivo que seja, Jesus afirma que é possível viver só, no caso de
ser-se solteiro, ou separado, pois há eunucos que vivem sozinhos e Jesus
salientou algumas razões que tornam as pessoas eunucos, ou solteiros.
Ele está a dizer que se um solteiro pode viver sozinho, um separado da sua mulher também pode viver sozinho.
Ele está a dizer que se um solteiro pode viver sozinho, um separado da sua mulher também pode viver sozinho.
Parece que os contextos de v 1-6; v 7-10; v 11-12 harmonizam-se
perfeitamente.
Se considerarmos que a posição correcta do v 9 (mas devemos tomar em conta que
há outras posições) é uma afirmação que o homem pode separar-se da sua mulher,
mas não pode divorciar-se.
Se ele decidir separar-se da sua mulher segundo I Corintios 7:10-11, que fique sem casar ou então que se reconcilie com a mulher.
Se ele decidir separar-se da sua mulher segundo I Corintios 7:10-11, que fique sem casar ou então que se reconcilie com a mulher.
Pois, se ele casar outra vez comete adultério e o que casar com a repudiada
também comete adultério.
Marcos 10:1-12 quando Jesus falou em casa a sós com os discipulos, que
queriam compreender bem o que Jesus disse aos fariseus e o interrogaram sobre o
assunto, vemos que:
Lucas 16:18, Jesus é muito claro:
"qualquer que deixar a sua
mulher, e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar o seu
marido, e casar com outro, adultera".
Mas como disse, devemos tomar em conta que há outras posições e devemos
estudar as mesmas, para procurarmos sermos honestos com a Bíblia e os outros
irmãos em Cristo.
Devo realçar que nos Evangelhos vem repetido 4 vezes "o que casar com
a repudiada comete adultério".
Em Marcos e Lucas:
Esta declaração é feita a
seguir à declaração de que "quem deixar a sua mulher e casar com outra comete adultério".
No caso de Mateus 19:9:
A declaração "o que casar com a repudiada
comete adultério" vem depois da chamada cláusula exceptiva tão discutida e
controversial "a não ser por causa da prostituição".
Em Mateus 5:32:
A declaração "o que casar com a repudiada
comete adultério" vem depois da declaração "quem repudiar a sua
mulher a não ser por causa da prostituição a expõe ao adultério".
Isto tudo nos leva a fazer uma pergunta:
Se Jesus está a abrir uma
excepção, a tal cláusula exceptiva, dando o direito ao divórcio e a um novo
casamento no caso de prostituição, porque razão vem citado 4 vezes, isto depois
de Jesus falar na tal cláusula exceptiva, "o que casar com a repudiada
comete adultério"?
Podem dizer que Jesus aqui está a falar de repudiadas (os) que cometeram
prostituição, logo o lado inocente que repudiou está livre para casar, mas o
lado culpado não e quem casar com o lado culpado comete adultério.
Mas, Jesus disse claramente que qualquer que repudie a sua mulher a expõe
ao adultério, portanto está subentendido que ele pode repudiar a sua mulher sem
ela ser adúltera, porque senão ele não teria dito "a expõe ao adultério se
ela já fosse adúltera e por isso o marido a repudiou?
Podem insistir, mas ele deixou uma cláusula exceptiva ou não?
Bem, temos que compreender o que Jesus que dizer em Mateus, vamos ver daqui a pouco, mas em Marcos falando a sós com os discípulos, Jesus não faz a declaração "a não ser por causa da prostituição" e em Lucas 16:18.
Bem, temos que compreender o que Jesus que dizer em Mateus, vamos ver daqui a pouco, mas em Marcos falando a sós com os discípulos, Jesus não faz a declaração "a não ser por causa da prostituição" e em Lucas 16:18.
Será então que a tal cláusula exceptiva não está simplesmente ligada ao direito
do marido separar-se da sua mulher no caso dela cometer prostituição. Neste
caso, ele ao repudiá-la já nã está a expô-la ao adultério, pois ela já é uma
adúltera.
Desta forma, a cláusula exceptiva, se é que existe uma, dá o direito do
marido separar-se, mas não de divorciar-se para poder casar de novo. Ele terá
que ficar sozinho como Paulo afirma em I Corintios 7: 10-11
Muitos daqueles que defendem o ponto vista histórico tradicional e que de
certo modo seguem Erasmo, concordam no entanto que a cláusula exceptiva formada
a partir de Mateus 19:9 entra muito em contradição com o próprio contexto e com
outros textos dos Evangelhos, das Epístolas e do Antigo Testamento.
Muitos tentam desculpar tal contradição, dizendo que em Mateus 19, Jesus
está a falar com o judeus e em Marcos ele está a falar com os gentios
enfraquecendo deste modo a exegése das Escrituras, abandonando os métodos
correctos da exegética do texto, seja gramática, léxico, teológico, contextual e
histórico-cultural.
O Ponto de vista Erasmiano também entra em contradição com textos do Novo
Testamento que afirmam que somente a morte pode dissolver o casamento, como é o
caso de Romanos 7:1-3 que Paulo utiliza para mostrar que assim como somente a
morte de Cristo liberta-nos da escravidão da lei, somente a morte do cônjuge
liberta o marido ou mulher do laço matrimonial.
I Corintios 7:39
Revela a verdade afirmada em Romanos 7:1-3.
E I Corintios
7:10-13
Revela que quem se separar que fique sem casar, ou então que se
reconcilie com a mulher.
Efésios 5:25-33
É uma repetição que o matrimónio é santo e que nunca pode
ser dissolvido, por qualquer razão que seja, a não ser a morte.
Nota Final importante já realçada no princípio:
Muito delicado e os Teólogos têm diferentes posições sobre o assunto.
E, por isso, embora eu tenha deixado os meus pontos de vista sobre o assunto respeito aqueles que em algumas áreas não concordam comigo.
Como por exemplo aqueles que acham que há casos em que as pessoas divorciadas têm todo o direito diante de Deus de casar outra vez.
FINAL