terça-feira, 15 de agosto de 2017

DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO





I.  INTRODUÇÃO AO ASSUNTO.

Nota Inicial importante:

Eu sei que este assunto é muito delicado e os Teólogos têm diferentes posições sobre o assunto.

Por isso, embora eu vou deixar os meus pontos de vista sobre o assunto respeito aqueles que em algumas áreas não concordam comigo.

Como por exemplo aqueles que acham que há casos em que as pessoas divorciadas têm todo o direito diante de Deus de casar outra vez.

Vou começar então a dar os meus pontos de vista:

É  o casamento uma união dissolúvel diante de Deus ou não?

Esta é a grande questão!

Será que aos olhos de Deus qualquer que contrair uma nova união enquanto o seu cônjuge estiver vivo, está cometendo adultério?

Alguém que vem de um cultura polígamo pode ter muitas mulheres, mas pertencerem somente a ele, enquanto que alguém de uma cultura monógamo que se divorcia e casa outra vez, pode ter várias mulheres que aos olhos de Deus pertencem a outros, se a morte for o único meio que a Biblia apresenta para a dissolução do casamento.

Neste artigo  eu defendo que o conceito cristão do casamento é a união entre duas pessoas para toda a vida. 

E não aceito o conceito secular moderno que defende que  casamento é somente um relacionamento, cujo o ideal será os dois ficarem unidos para toda a vida, mas que pode ser terminado se com tempo o relacionamento se tornar perturbante e discordante.

Quando falamos em casamento temos que serparar IDEAIS de PADRÕES. Os IDEAIS são para serem atingidos, os PADRÕES sao para serem cumpridos.

Eu penso que devemos ter cuidado quando defendemos o divórcio e um novo casamento utilizando o ponto de vista da compaixão como base.

E o casamento de homosexuais e lésbicas, vamos defendê-lo utilizando o argumento da compaixão? Não. 

Porque não?

Este argumento da compaixão pode ser utilizado para outros dilemas de natureza ética e doutrinal, e defendermos como por exemplo, o aborto e a eutanásia e até rejeitarmos o conceito bíblico sobre o inferno, baseando-nos também neste argumento da compaixão.

Ao começar esta introdução desta forma, eu reconheço no entanto que não é muito fácil formarmos uma doutrina bíblica sobre esta questão do Divórcio e o Novo casamento e, por essa razão, eruditos da Biblia, homens de Deus e honestos tem diferentes posições.

Alguns acham que a Biblia permite a dissolução do casamento e a possibilidade de alguém tornar a casar, pelo menos em alguns casos.

Ao saber disto, apesar de ter a minha opinião, eu respeito a opinião dos outros e se alguém na minha Igreja divorciar-se e tornar a casar eu não lhe retirarei a minha amizade e o meu apoio espiritual apesar da minha discordância teológica sobre o assunto.

Por ser um assunto muito delicado com diferentes opiniãos, eu convido os meus leitores a fazerem primeiramente uma leitura dos textos e depois então é que passarei àm minha argumentação.


II. LEITURA E ANÁLISES DOS TEXTOS BIBLICOS


                  O que diz a Bíblia


A. Leitura dos textos.

Ler e observar os textos.

O que dizem sobre sobre dissolução e indissolução do casamento?

O que dizem sobre monogamia e poligamia?

O que dizem sobre divórcio?

O que dizem sobre a mulher repudiada e sobre o adultério?

1. Antigo Testamento
2. Evangelhos
3. Epístolas.

B. Sumário dos textos.

Fazer um pequeno sumário do texto.
O observar o que está a dizer o texto.

1. Antigo Testamento.

a) Gênesis 2:22-25
b) Êxodos 20:14, 22:16-17
Deuteronómio 22:13-20, 24:1-4
d) Levitico 18:6-30, 19:19-22, 20:10-21
e) Esdras 10
f) Malaquias 2:16
g) Oseias 3:1-5

2. Os Evangelhos

a) Mateus 5:27-332
b) Mateus 19:1-12
c) Marcos 10:1-12
d) Lucas 16:18

3. Epistolas.

a) Romanos 7:1-3
b) I Corintios 5:1
c) I Corintios 6:12-20
d) I Corintios 7:10-15, 39
e) Efésios 5:30-31

O nosso grande risco na observação e interpretação dos textos biblicos, são os nossos preconceitos e tradições que herdamos da nossa educação e meio ambiente e que nos influenciando bastante, podem-nos conduzir a uma Hermenêutica que me leva a interpretar o que eu acho e não que o escritor está a dizer. 

A Hermenêutica leva-me a interpretar o que o escritor está a dizer e não o que eu acho.

Claro que todos nós temos a tendência de deixar passar somente aquilo que o nosso filtro psicológico filtra.

A questão do casamento e divórcio envolve níveis sociais, emocionais e psicológicos, assim como influências profundas e complexas vinda do nosso meio ambiente, que não nos permitem fazer uma análise completamente livre de quaisquer compromissos. 

É mesmo por esta razão que temos que descansar nos padrões dados por Deus na Sua Palavra. Se assim não for poderemos tomar decisões erradas a nosso respeito ou a respeito de pessoas a quem podemos estar a aconselhar.

Por isso temos que procurar ser o mais honestos possíveis seja connosco próprios, seja com a Bíblia.


III. OS 6 GRANDES PONTOS DE VISTA SOBRE ESTE TEMA:


             O teu Ponto de Vista
      depende do Ponto onde estás


1. Dos nossos primeiros pais da Igreja

A maior parte deles aceitava:

Que houvesse separação dos cristãos dos seus cônjuges que cometessem adultério, como algo permitido por Cristo, baseando-se em Mateus 19:9.

Mas, eles não acreditavam que a separação da vida conjugal pudesse de forma alguma dissolver o laço do casamento.

Por isso, para eles, os cristãos que se apartassem dos seus cônjugues deviam ficar sós, segundo I Coríntios 7:11. Se se casassem outra vez cometiam adultério e quem casasse com a repudiada (o) também cometia adultério.

2. Ponto de vista Erasmiano

O ponto de vista dos pais da Igreja durou até ao sexto século, até que apareceu Erasmo qu sugeriu um ponto de vista diferente, que foi adoptado pelo teólogos prostestantes.

Temos que salientar que Erasmo era um "humanista por exclência" e que a sua teologia era muitas vezes mais baseada no humanismo do que nos textos bíblicos.

Ele nunca foi um teólogo académico, mas sim um teólogo pragmático que era devotado ao seu mestre no serviço ao seu semelhante. 

Erasmo escreveu que não acreditava que Cristo tivesse deixado ao lado inocente a possibilidade de separação, mas não a possibilidade de casar-se de novo. Ele achava que isto seria muito cruel.

Acerca dos pontos vista modernos que aderem à doutrina Erasmiana, primeiramente temos o de J.Murray que defende que somente o adultério Mateus 19:9 ou a desertação I Coríntios 7:15 dá lugar para um divórcio total com direito a novo casamento. 

A seguir temos muitos outros teólogos que defendem que o significado da palavra "porneia" é muito mais largo que adultério e que, portanto, Mateus 19:9 permite divórcio e novo casamento na base de um leque de pecados muito mais largo.

3. O Ponto de vista da infedilidade durante o “desposamento”

Este ponto de vista concorda que Mateus 5:32 e 19:9 permite a dissolução de um casamento não válido, mas não o divórcio com direito a casar de novo num casamento válido. 

Está ligado às leis do casamento judaico, em que havia um período antes das bodas, em que legalmente já eram considerados casados embora o casamento ainda não estivesse consumado, e a infedilidade neste momento já era considerada adultério e punida como tal. 

Uma carta de desquite já era necessária em caso de quererem dissolver a união, que ainda não estava consumada. José e maria viviam nesta situação na altura em que ela ficou grávida.

Para este ponto de vista , a palavra "porneia" referia-se ao pecado específico cometido durante este período do casamento judaico.

Para este ponto de vista, Marcos 10:6-9, 11, 12 cita a proibição total de Jesus ao divórcio e do direito a um novo casamento. 

Mas em Mateus 19:9, devido aos judeus que formavam a audiência, Jesus cita a única excepção: que era o direito ao divórcio e a um novo casamento, em caso de fornicação, na altura em que embora já considerados como marido e mulher ainda só estavam "desposados". 

Por outras palavras, como o casamento ainda não estava consumado, não era completamente válido, podendo ser interrompido em caso de fornicação de um dos pares.

4. O Ponto de vista dos casamentos ilícitos

Neste ponto de vista, Jesus em Mateus 5:32 e 19:9 está unicamente a citar impedimentos para que fazem que um casamento não seja válido e não a dar razões para dissolver um verdadeiro casamento. 

Este ponto de vista mantém como os pontos de vistas anteriores, excepto o de Erasmo, uma total rejeição de divórcio e novo casamento, num casamento que seja considerado válido.

Para alguns a palavra "porneia" refere-se a casamentos ilícitos contraídos por pessoas dentro dos diversos graus de consanguinidade e afinidade proibídos em Levitico 18:6-18.

Neste caso, os gentios não cristãos, que já tivessem contraído este tipo de casamento que era proibido pela lei, podiam dissolvê-lo, por não ser válido. 

A palavra "porneia" aparece no decreto de Jerusalém declarado para a Igreja referido em Actos 15:20-29; 21:25 e I Crointios 8:1 referindo-se a um incesto entre filho e mãe.

Para outros, esta palavra "porneia" refere-se aos csamentos entre judeus e gentios, que era proibido pela Lei.

Estes utilizam Esdras 10:2, 10,11, 17-19, para defender que pode-se dissolver um casamento não válido perante a Lei Mosaica.

5. O Ponto de vista preteritivo ou “ou não comentado”

Este ponto de vista é bastante diferente dos outros que já vimos, sobre a cláusula exceptiva de Cristo em Mateus 19:9.

O ponto de vista dos primeiros pais, considera a cláusula exceptiva como dando direito à separação, mas não ao divórcio e a um novo casamento.

O ponto de vista de Erasmo considera que a cláusula exceptiva dá direito ao divórcio e a um novo casamento em caso de adultério.

O ponto de vista do "desposamento" e dos "casamento ilícitos", sustentam que Jesus está falando de casamento não válidos e que por isso podem ser anulados, mas não apoiam a anulação de um csamento válido.

No ponto de vista preteritivo eles tomam a frase:

“não sendo por causa da prostituição", pela frase "pondo de parte o caso da prostituição" 

Referido em Deuteronomio 24:1.

Porquê?

Porque este ponto de vista acha que primeiramente os fariseus queriam tentar a Jesus, perguntando se Jesus estava a favor de Shammai ou Hillel. 

Shammai defendia um divórcio e eventualmente um novo casamento por qualquer motivo, mas Hillel o casamento só podia ser dissolvido por um motivo, ou seja no caso de "porneia" ou "fornicação". 

De certo modo eles querem saber qual era a interpretação de Jesus sobre Deuteronomio 24, se se colocava ao lado de Shammai ou de Hillel.

Mas como Jesus não se colocou do lado de nenhum dos dois, mas antes afirmou a indissolubilidade do csamento citando Gênesis 2:24 "no princípio, quando o casamento foi estabelecido, não foi assim".

Logo a seguir os fariseus fazem uma nova pergunta, desta vez sobre a lei: "Então porque Moisés mandou dar carta de divórcio"?

Vemos claramente que eles não somente querem saber a opinão de jesus, mas estão a tentar para Jesus para ver se ele peca contra a Lei de Moisés e terem alguma coisa para o acusar.

"Então porque Moisés mandou dar carta de divórcio"?

A esta pergunta, Cristo responde, não forçosamente aos fariseus, comentando Deuteronomio 24:1, dizendo que "aquele que deixasse a sua mulher e casasse com outra, comete adultério, e quem casar com a repudiada comete adultério também". 

Ele não responde completamente aos fariseus dizendo de que lado ele se colocava, se ao lado de Shammai ou do lado de Hillel.

Mas é somente em Marcos 10:10-12 que compreendemos o que ele disse em Mateus 19:9, quando sozinho com os discípulos ele disse-lhes clarmente que não há qualquer motivo para divórcio e um novo casamento (num casamento válido é claro), nem a infedilidade.

A infedilidade pode sim dar lugar à separação, mas não dissolve o casamento dando lugar a um novo casamento. 

É somente aqui sozinho com os discípulos que Jesus esclarece completamente o seu ponto de vista que não alinha nem com Shammai, que fala em muitos motivos, nem Hillel que fala num só motivo a "fornicação".

Por essa razão chama-se de "não comentado" aos fariseus na sua totalidade mas depois completamente elucidado aos seus discípulos. De facto Jesus falou muitas vezes em parábolas ou enigmaticamente com a multidão e os fariseus, mas, a seguir, claramente aos discípulos.

6. O Ponto de vista histórico-tradicional

Para este ponto de vista há uma certa contradição nos textos dos Evangelhos sobre este assunto. Contradições entre Mateus e Marcos e contradição mesmo no próprio texto de Mateus 19:1-11, e acreditam haver certas adições. 

Mas, o que é certo é que o antigo ponto de vista histórico-tradicional tinha a tendência em interpretar Mateus 19:9 segundo o ponto de vista de Erasmo, que afinal acentua que Cristo está de facto a falar de uma cláusula exceptiva que pode conduzir ao divórcio e a um novo casamento.

O que afinal é o adultério em que um dos cônjuges cai na fornicação dissolvendo desta forma o casamento e deixando o lado inocente livre para efectuar um novo casamento.

I V. CONCLUSÃO DO ASSUNTO:




Irei tentar fazer um sumário e balanço o mais exacto possível dos textos bíblicos acima referidos:

Parece que de facto no Antigo Testamento somente Deuteronómio 24:1 fala da possibilidade de divórcio.

Mas, por sua vez, vemos no Antigo  Testamento uma clara afirmação daquilo que Deus pensa do divórcio, em Malaquias 2:16  "Porque o Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio".

No Novo Testamente Jesus afirma claramente em Mateus 19:8 "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações permitiu repudiar as vossa mulheres, mas no príncipio não foi assim", ou seja Deus Instituiu um casamento que não pode ser dissolvido.

Vamos ver Mateus 19:1-8:

Quando eles perguntaram v 1-3 "É lícito o homem repudiar a sua mulher, por qualquer motivo", Jesus respondeu v4-6 "Não tendes lido o que Deus disse "o que Deus ajuntou não o separe o homem". 

Por outras plavras Jesus disse "Não, não há nenhum motivo para que o homem repudie a sua mulher".

Mas os fariseus contra atacaram v7 "Então porque mandou Moisés dar carta de divórcio, citando Deuteronomio 24:1.

Jesus retorquiu v8 "Por causa da dureza dos vosso corações".

     A. Textos  Antigo Testamento que falam contra a permissão de repúdio dada por Moisés:

1   Gênesis 2:22-25 que revela que o casamento é uma união permanente e indissolúvel instituída por Deus
2  
Malaquias 2:16 "Que Deus odeia o repúdio".


3  Êxodos 20:14, no decágolo Deus diz "Não adulterarás".

Deus proíbe o acto sexual ou matrimónio com alguém casado. 

Este pecado era punido com a morte, vemos em Deuteronómio 22:22.

B. Textos  do Novo Testamento que falam contra o repúdio dada por Moisés:

Somente um texto do Novo Testamento se tem prestado à confusão, que Mateus 19:1-12, mais particularmente o v 9, pois o resto do contexto parece ser bastante claro.

v 1-6 Jesus diante da pergunta dos fariseus não toma a posição, nem de Shammai, nem de Hillel.  

Mas põe-se ao lado da posição de Deus, que é o autor do casamento e da Indissolubilidade do casamento.

v 7-10 Respondendo ao novo ataque, que desta vez utilizou a carta de repúdio dada por Moisés, a resposta de Cristo suscita uma grande exclamação dos discípulos "Se é assim, não convém casar". 

Exclamação coerente com a primeira afirmação em que Cristo afirmou que "o que Deus ajuntou não separe o homem" e que foi certamente reforçada com a segunda afirmação de Cristo, senão os discípulos não teriam feito tal exclamação".

v 11-12 Respondendo à exclamação dos discípulos, depois de ele ter afirmado a indissolubilidade do casamento por qualquer motivo que seja, Jesus afirma que é possível viver só, no caso de ser-se solteiro, ou separado, pois há eunucos que vivem sozinhos e Jesus salientou algumas razões que tornam as pessoas eunucos, ou solteiros. 

Ele está a dizer que se um solteiro pode viver sozinho, um separado da sua mulher também pode viver sozinho.

Parece que os contextos de v 1-6; v 7-10; v 11-12 harmonizam-se perfeitamente.

Se considerarmos que a posição correcta do v 9 (mas devemos tomar em conta que há outras posições) é uma afirmação que o homem pode separar-se da sua mulher, mas não pode divorciar-se. 

Se ele decidir separar-se da sua mulher segundo I Corintios 7:10-11, que fique sem casar ou então que se reconcilie com a mulher. 

Pois, se ele casar outra vez comete adultério e o que casar com a repudiada também comete adultério.

Marcos 10:1-12 quando Jesus falou em casa a sós com os discipulos, que queriam compreender bem o que Jesus disse aos fariseus e o interrogaram sobre o assunto, vemos que:

Lucas 16:18, Jesus é muito claro:

"qualquer que deixar a sua mulher, e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar o seu marido, e casar com outro, adultera".

Mas como disse, devemos tomar em conta que há outras posições e devemos estudar as mesmas, para procurarmos sermos honestos com a Bíblia e os outros irmãos em Cristo.

Devo realçar que nos Evangelhos vem repetido 4 vezes "o que casar com a repudiada comete adultério". 

Em Marcos e Lucas:

Esta declaração é feita a seguir à declaração de que "quem deixar a sua mulher  e casar com outra comete adultério".

No caso de Mateus 19:9:

A declaração "o que casar com a repudiada comete adultério" vem depois da chamada cláusula exceptiva tão discutida e controversial "a não ser por causa da prostituição".

Em Mateus 5:32:

A declaração "o que casar com a repudiada comete adultério" vem depois da declaração "quem repudiar a sua mulher a não ser por causa da prostituição a expõe ao adultério".

Isto tudo nos leva a fazer uma pergunta: 

Se Jesus está a abrir uma excepção, a tal cláusula exceptiva, dando o direito ao divórcio e a um novo casamento no caso de prostituição, porque razão vem citado 4 vezes, isto depois de Jesus falar na tal cláusula exceptiva, "o que casar com a repudiada comete adultério"?

Podem dizer que Jesus aqui está a falar de repudiadas (os) que cometeram prostituição, logo o lado inocente que repudiou está livre para casar, mas o lado culpado não e quem casar com o lado culpado comete adultério.

Mas, Jesus disse claramente que qualquer que repudie a sua mulher a expõe ao adultério, portanto está subentendido que ele pode repudiar a sua mulher sem ela ser adúltera, porque senão ele não teria dito "a expõe ao adultério se ela já fosse adúltera e por isso o marido a repudiou?

Podem insistir, mas ele deixou uma cláusula exceptiva ou não?

Bem, temos que compreender o que Jesus que dizer em Mateus, vamos ver daqui a pouco, mas em Marcos falando a sós com os discípulos, Jesus não faz a declaração "a não ser por causa da prostituição" e em Lucas 16:18.

Será então que a tal cláusula exceptiva não está simplesmente ligada ao direito do marido separar-se da sua mulher no caso dela cometer prostituição. Neste caso, ele ao repudiá-la já nã está a expô-la ao adultério, pois ela já é uma adúltera.

Desta forma, a cláusula exceptiva, se é que existe uma, dá o direito do marido separar-se, mas não de divorciar-se para poder casar de novo. Ele terá que ficar sozinho como Paulo afirma em I Corintios 7:10-11

Muitos daqueles que defendem o ponto vista histórico tradicional e que de certo modo seguem Erasmo, concordam no entanto que a cláusula exceptiva formada a partir de Mateus 19:9 entra muito em contradição com o próprio contexto e com outros textos dos Evangelhos, das Epístolas e do Antigo Testamento.

Muitos tentam desculpar tal contradição, dizendo que em Mateus 19, Jesus está a falar com o judeus e em Marcos ele está a falar com os gentios enfraquecendo deste modo a exegése das Escrituras, abandonando os métodos correctos da exegética do texto, seja gramática, léxico, teológico, contextual e histórico-cultural.

O Ponto de vista Erasmiano também entra em contradição com textos do Novo Testamento que afirmam que somente a morte pode dissolver o casamento, como é o caso de Romanos 7:1-3 que Paulo utiliza para mostrar que assim como somente a morte de Cristo liberta-nos da escravidão da lei, somente a morte do cônjuge liberta o marido ou mulher do laço matrimonial.

I Corintios 7:39 

Revela a verdade afirmada em Romanos 7:1-3.

E I Corintios 7:10-13 

Revela que quem se separar que fique sem casar, ou então que se reconcilie com a mulher.

Efésios 5:25-33 

É uma repetição que o matrimónio é santo e que nunca pode ser dissolvido, por qualquer razão que seja, a não ser a morte.

Nota Final importante já realçada no princípio:

É claro que eu sei que este assunto é
Muito delicado e os Teólogos têm diferentes posições sobre o assunto.

E, por isso, embora eu tenha deixado os meus pontos de vista sobre o assunto respeito aqueles que em algumas áreas não concordam comigo.

Como por exemplo aqueles que acham que há casos em que as pessoas divorciadas têm todo o direito diante de Deus de casar outra vez.

FINAL

segunda-feira, 9 de março de 2015

Comentários de Bill Johnson feitos no twitter

Já ouviu falar de Bill Johnson e da sua Teologia do 'Reino Agora' (Kingdom Now Theology)?

Antes de dar a minha opinião sobre ele, eu gostaria de saber o que acha sobre estes 10 comentários de Bill Johnson feitos no twitter?


Comentário 1: Deus tem tem a responsabilidade das coisas, mas não tem o controle das coisas. Ele nos coloca a nós no controle das coisas - Bill Johnson.

Comentário 2: Deus nunca viola sua Palavra. Mas ele é livre para violar a nossa compreensão da sua palavra - Bill Johnson.

Comentário 3: Jesus não veio mostrar-nos o que Deus podia fazer (através dele). Ele veio mostrar-nos o que um homem que tinha um relacionamento certo com Deus podia fazer - Bill Johnson.

Comentário 4: Se Jesus fez as coisas que fez como sendo Deus então isto é impressionante. Mas se ele fez estas coisas como sendo um homem como eu, então eu não estou satisfeito com a minha vida.

Comentário 5: Jesus está regressando para uma noiva cujo o corpo está na proporção igual à cabeça.- Bill Johnson.

Comentário 6: Quando tu recebes o Espírito de Deus, tu perdes o 'privilégio' de dizer "Eu sou somente um humano" -Bill Johnson

Comentário 7: Se eu acredito que a doença é para o corpo, como o pecado é para a alma, então não ficarei intmidado por nenhuma doença - Bill Johnson.

Comentário 8: A excelência é reinar, o aperfeiçoamento é religioso e a pobreza é demoníaca - Bill Johnson.

Comentário 9: Se tu não estás a gozar a vida, então tens que parar e procurar saber aonde é que deixaste Jesus - Bill Johnson.

Comentário 10: A música dá uma plataforma para que as pessoas respondam à verdade ficando fora do seu intelecto - Bill Johnson.

Se quiser saber a minha opinião sobre a Teologia do 'Reino Agora' de Bill Johnson  - clique em baixo: (vale a pena ler, só precisa de 2 minutos)

terça-feira, 3 de março de 2015

Aspectos sobre a PROFECIA.

A. Introdução ao Assunto.

B. Comentário sobre I Coríntos 14.

C. Enchimento de poder e profecia.

D. O Espirito desce sobre o profeta com       poder.

E. O Profeta apresenta-se no concilio           celestial.

F. Perguntas para a reflexão.

G. Perguntas e Respostas.


Vamos ver então este assunto:

A. Introdução ao assunto.


Vamos supor que somos cessacionistas muito moderados e cremos que o dom de profecia ainda existe como um dom para avisar a Igreja mas somente através da pregação da Palavra de Deus, ou se formos continuacionistas moderados acreditamos que pode ser também através de um meio sobrenatural e que inclui uma certa predição do futuro de algo que vai acontecer na vida de uma pessoa, de numa igreja ou mesmo no mundo.

Por quem achamos deve ser feita essa profecia? E, como deve ser feita?

Em primeiro lugar eu penso que deve ser feita por alguém que tem o dom da profecia, e já vimos que nem todos os crentes têm o dom da profecia.

Em segundo lugar, normalmente como regra geral os profetas não deviam ultrapassar o seu nível de autoridade ou proporção da sua fé, ou medida do dom de Cristo que lhes foi dada.

Ou seja um profeta de uma pequena “igreja”, não devia estar a fazer profecias para uma “nação”.

E, um profeta que funciona num lar, não devia estar a fazer profecias a nivel da sua denominação.

Deus deu os 5 ofícios e devem ser aqueles que exercem estes ofícios a desempenharem estas funções, cada um, segundo a porporção da sua fé e a medida do dom de Cristo como vemos em Efésios 4:7-11.

É claro que é o mesmo com muitos pastores e doutores nunca chegarão a um ponto de pregar em grande conferência, ou terem ministérios a um nível nacional e internacional. O mesmo poderíamos dizer dos evangelistas, profetas e apóstolos.

Alguns desempenharão uma pequena função dentro de uma pequena Igreja, outros dentro de uma grande maior, outros serão úteis dentro da sua própria denominação e nação, e alguns poderão ter mesmo um ministério internacional.

Eles funcionarão segundo a proporção da sua fé, a medida do dom de Cristo que foi dada a cada uma.

Um dos grande erros cometidos por aqueles que acreditam que o dom da profecia é para todos os crentes, é que não controlam quem faz as profecias, e qualquer pessoa dentro da congregação pode levantar-se e a profetizar.

Depois se os lideres acharem que a profecia está errada, dizem “não se incomode irmão (ã), a profecia é assim mesmo, pode estar certa ou errada”!

A profecia tem que estar sempre certa, pois vem de Deus e se alguém não tem 100% a certeza que vai falar da parte de Deus deve ficar sentado. É isto que pelo menos devia ser ensinado nas Igrejas mais continuacionistas, para evitar a grande confusão que as profecias trazem para dentro destas Igrejas.

Além disso nunca deviam comparar o grau de inspiração e exatidão das profecias feitas pelos profetas e apóstolos que profetizaram debaixo de uma inspiração absoluta, com o grau de inspiração e exatidão de uma profecia feita hoje debaixo de uma inspiração relativa. 

Neste caso as profecias devem ser testadas, mas isto não quer dizer que devemos ensinar “não faz mal irmãos se errarem, pois a profecia é assim mesmo, pode estar certa ou errado”.

A profecia está sempre certa, pois vem de Deus, se alguém profetizar erradamente, temos que chamar no mínimo de profecia falsa e isto é grave aos olhos de Deus.

Deuteronómio 18:20-22 

Mas o profeta que ousa falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto. Mas voçês perguntem a si mesmos: “Como saberemos se uma mensagem não vem do Senhor?

Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele. 

A profecia tem que estar sempre certa, para podermos chamar de profecia. Eembora saibamos que o profeta do novo testamento, se de facto este ofício ainda existe, não profetiza debaixo de inspiração absoluta como os profetas antigos.

Ele  é um pregador que avisa o povo da parte de  Deus, mas baseando-se principalmente na Bíblia, sempre que o povo se está a desviar de Deus.

É possível que ele tenha um certo dom de revelação e predição, mas se assim for é claro que temos que admitir que a margem de erro é muito maior do que a margem de erro de um profeta que está a profetizar debaixo de inspiração total.

Mas deixo este tema que em aberto.

Há muitos pastores continuacionistas, estão a chegar à conclusão que devem controlar muito mais o exercicio da profecia e dos dons miraculosos dentro das suas igrejas, por causa da grande confusão que isto está a causar nas Igrejas.

Nenhuma Igreja irá pedir a um crente qualquer para subir ao púlpito para dar uma pregação ou um ensino, ou não é verdade? Porque razão então é que qualquer crente pode levantar-se dirigir-se à Igreja dando uma profecia. Será que a porpoção da sua fé, e a medida do dom de Cristo, lhe foi dada para este fim?

B. Comentário sobre I Coríntos 14

I Coríntos 14:29 

E falem dois ou três profetas e os “outros” julguem ... Porque os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

Quem são os “outros”?

“Os outros” dentro do contexto só pode estar a referir-se aos “outros profetas” e não aos outros membros da congregação. Por isso o texto continua e diz no v32 “Porque os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”.

Segundo o contexto são os profetas que fazem as profecias, não todos os membros. 

E, Paulo, está a alertar aos profetas para serem cuidadosos, pois as suas profecias serão julgadas pelos outros profetas, que podem não concordar que a profecia veio de Deus.

I Coríntios 14:31 

Porque “todos” podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados.

Quem são “todos”?

De novo, este verso está dentro do mesmo contexto, mas alguns utilizam o versículo, que tirado do contexto, parece estar a dirigir-se a todos os membros ao utilizar a palavra “todos”.

Mas dentro do contexto, a palavra “todos” não pode estar a referir-se “aos outro”, ous seja aos outros profetas. Por essa razão Paulo ja tínha dito antes, vemos no v29 “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem”.

Aliás do versiculo 29 ao versículo 33 Paulo está a falar dos profetas.

Portanto a expressão “todos podem profetizar” e “os outros julguem” diz respeito aos profetas.

I Coríntios 14:24-25 

Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou indouto, é ele por todos convencido e por todos julgado; tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós.

O texto em cima, se o tirarmos do contexto geral do caps 12 e 14, também parece dizer que “todos” podem profetizar.

Mas de novo tenho que dizer que não podemos esquecer, que o capítulo I Coríntios 14 é o seguimento do assunto que vem a ser tratado desde o capítulo 12 sobre os dons do Espírito Santo. 

O capítulo 14 trata dos dois dons que estão a trazer mais problemas dentro da Igreja, como também é o caso hoje, o dom de línguas e o dom de profecia.

A palavra “os outros”, “todos” analisado dentro do contexto refere-se aos profetas.

Aliás no capítulo 12, Paulo já tinha dito muito claramente que os dons do Espírito Santo são diferentes, são dados a cada um para a edificação, como o Espírito quer, e a um é dado o dom de línguas, e a outro é dado o dom de profecia.

Não há ninguém que tenha “todos” os dons, nem há nenhum dom que “todos” tenham, segundo o contexto dos capítulos 12-14 de Coríntios, Efésios 4 e Romanos 12.

A uns o Espírito deu um dom, a outros o Espírito deu um outro dom, tudo para a edificação da Igreja.

Portanto Paulo deixa bem claro que nem todos têm o dom de línguas, nem o dom de profecia, embora os Coríntios pensassem o contrário, ambicionando estes dons, devido à sua espectacularidade.

Por essa razão Paulo diz em:

I Corintios 12:28

“a uns pois Deus na Igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro doutores” etc etc e depois pergunta “Porventura são todos profetas?”.

Mas a corrida atrás dos dons, e o mau uso dos dons, era tão grande, que causou uma grande confusão na Igreja. Os dom de língua e o da profecia eram os dons que causavam mais confusão.

Daí Paulo sentir necessidade de dedicar o capítulo 14 a esses dois dons, onde ele aproveita para estabelecer mais alguns princípios, especialmente no que diz respeito à forma ordeira como estes dois dons, e os outros dons, deviam ser utilizados na Igreja.

Ainda hoje estamos a assitir ao mesmo problema e os dons miraculosos, e de uma forma especial o dom de profecia e de línguas está a causar muita confusão nas Igrejas, e a criar divisão no corpo de Cristo.

C. Enchimento de poder e profecia

Uma coisa é estar Cheio do Espirito Santo:

Efésios 5:18 “enchei-vos do Espírito Santo”

Isto fala de plenitude, em que o crente pode crescer na santidade, no conhecimento do seu dom (ou dons) e nos frutos do Espírito Santo. 

Este devia ser o estado normal do crente. O crente deve procurar contínuamente viver cheio do Espírito Santo.

Outra coisa é estar cheio do poder do Espírito Santo:

Miqueias 3:8 

Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.

Isto fala de uma plenitude maior que pode, muitas vezes, estar associada com o ministerio dos 5 servos, nomeado em Efésios 4:11.

Por exemplo no caso dos profetas antigos, vemos em Ezequiel, o Espirito descia sobre eles com poder para revelar-lhes algo da parte de Deus, isto através de uma visão, sonho, revelação, ou podiam mesmo ouvir a voz audível de Deus, como foi o caso de Samuel, Elias e Moisés.

No caso de Moisés ele não so ouviu a voz audível de Deus, mas ele teve um encontro face a face com Deus. Numeros 12:6-8

Aliás, tudo parece indicar que aqueles que exercem o dom de profecia - os profetas, tanto antigos, como os de hoje, devem entrar no concelho de Deus para ouvirem a mensagem ou revelação que Deus quer que eles declarem. Isto só é possível pelo Poder de Deus.

Leia com atenção as passagens:

Números 12:6-8
Juizes 14:6
Jeremias 23:18
Amós 3:7
I Reis 22:19-22
Salmos 82:1
Salmos 89:5


Cito em baixo dois exemplos de duas coisas que acontecem quando um profeta faz uma profecia, ou seja, quando ele fala em nome de Deus, directamente da parte de Deus:

D. O Espirito desce sobre o profeta com poder:

II Cronicas 20:14-16 Então, veio o Espírito do SENHOR no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe, e disse: 

Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Amanhã, descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz; encontrá-los-eis no fim do vale, defronte do deserto de Jeruel.

E. O profeta apresenta-se no concilio celestial

Os profetas antigos apresentavam-se no concilio celestial, e era lá que ele viam e ouviam o que deve comunicar ao povo da parte de Deus:

Jeremias 23:16-18 

Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do SENHOR. Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração dizem: Não virá mal sobre vós. Porque quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra e a ela atendeu?

Será que podemos atribuir este mesmo poder aos que supostamente dizem ser profetas nos tempos de Hoje?

Eu acho que não.

F. perguntas para a reflexão.

Qual é o ensinamento da Biblia, nestas coisas, por exemplo se um crente ou pastor estiver a pecar, deverá ser denunciado, disciplinado ou destituido publicamente por uma profecia?

Um exemplo: 

Como lidar com o pecado de um irmão ou presbitero Mateus 18:15-22, I Timoteo 5:19-20

Se os exemplos em cima forem exageros, será que como está a haver exageros no uso da profecia, isto prova que é um dom que já não existe hoje, e, por isso, ninguém deveria profetizar?

Será que não poderão haver exageros noutras àreas, como por exemplo, no uso da pregação, música, acção social ou outros ministérios dentro da Igreja?

Se acreditamos em todos os dons e oficios, incluindo os dons miraculosos, o que deveriamos fazer para haver uma utilização útil destes dons em serviço da Igreja e à sua expansão no mundo, dando cumprimento à Grande Comissão de Cristo? Como poderiam ser ensinados, cultivados e não permitir um uso abusivo dos mesmos dentro da Igreja.

Uma proposta: Ensinar sobre os dons e oficios aos membros que queiram crescer nesta àreas em reunuião destinadas para este fim. 

Os cultos normais da Igreja devem estar debaixo do controle dos presbiteros, anciaos (que são os pastores). Eles são os responsáveis pela congregação, por tudo o que se passa, tambem na questão do exercicio dos dons e oficios dentro da Igreja.

Não devemos nem impedir nem brincar com profecias, seja quais for a posição que tivermos sobre as mesmas, cessacionistas moderados ou continuacionistas moderados, pois as profecias não são pensamentos que vêm da nossa mente, mas sim da Mente Divina.

G. Perguntas e Respostas.

Gostaria de terminar com algumas perguntas e respostas bíblicas

Depois de ter lido o comentário em cima, pense nestas perguntas e respostas e veja qual é a posição bíblica mais correcta. 

A de um continuacionista ou de um cessacionista? Ou, então, a de um continuacionista moderado, ou cessacionista moderado!?

1º Pergunta 

Os dons miraculosos cessaram ou continuam a existir?

Resposta:

1. Alguns textos em que se baseiam os continuacionalistas:

I Coríntios caps 12 e 14, Romanos 12 e Efésios 4:7-16

2. Alguns textos em que se baseiam os cessacionistas:

Hebreus 2:3 

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade.

I Coríntios 13:8 

O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.

2ª Pergunta 

Devem todos os crentes ter o dom de línguas?

Resposta:

I Coríntios 12:30 

Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas?

3ª Pergunta  

É o dom de línguas um sinal do Baptismo do Espírito Santo?

Resposta:

I Coríntios 12:30 

Falam todos em outras línguas?

4ª Pergunta 

É o dom da profecia dado a todos os crentes?

Resposta:

I Coríntios 12:7-11 

A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dado ... os dons de curar e a outro a profecia. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.

I Coríntios 12:29 

Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres?

Romanos 12:4 

Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé.

5ª Pergunta  

Se aceitarmos que existem ainda profetas e apóstolos, mas não com o mesmo poder e autoridade e missão que os profetas e apóstolos da Bíblia ... ou acreditando que tenham o mesmo poder, autoridade e missão.

Quem tem no entanto o governo das Igrejas: os profetas e apóstolos ou os pastores?

Resposta:

Tito 1:5 

Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi:

I Pedro 5:2 

Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.

6ª Pergunta  

Acreditando ou não que os apóstolos e profetas de hoje, tenham o mesmo poder e autoridade e missão que os profetas e apóstolos da Bíblia.

Há uma continuação dos ofícios dos profetas e apóstolos nos tempos da Igreja?

Resposta:

Efésios 4:11 

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres

I Coríntios 12:29 

A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres?

7ª Pergunta 

Será que devíamos utilizar os termos: 

Batismo DO Espírito Santo e Batismo de Poder Espírito Santo, para definir duas experiências diferentes?

Resposta:

1. Alguns textos que parece falarem do Batismo DO Espirito Santo

Mateus 3:11 

Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Atos 2:38 

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

Atos 11:16 

Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis Batizados com o Espírito Santo

1 Corintios 12:13-14 

Pois, em um só Espírito, todos nós fomos Batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. porque todos quantos fostes Batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.

Efésios 1:13 

Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa

2. Alguns textos que parece falarem do Batismo de Poder do Espirito Santo?

Lucas 24:49 

Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

Atos 1:8 

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Atos 2:4 

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

Atos 4:29 -31 

Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus

Efésios 5:18 

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas Enchei-vos do Espírito

Conclusão:

Será que se obedece ao mandamento para manter a ordem na igreja, quando se fazem publicamente as seguintes profecias:

Profetizar o movimento da Bolsa para ajudar crentes a investir ou retirar investimento da bolsa?

Denunciar publicamente crentes que pensam estar a viver em pecado? (descrevendo o tipo de pecado que estão a cometer).

Profetizar sobre a prosperidade material de crentes? (dizendo por exemplo que um crente virá a possuir este ou possuir aquele bem)

Profetizar a destituição de pastores ou lideres dos seus cargos?

Profetizar sobre a pessoa que alguém deve casar? (dizendo o nome da pessoa que deve casar com este (a) ou aquele(a) crente).

E quem faz estas profecias, utilizar constantemente figuras, ou imagens, por exemplo, o suposto profeta levanta-se e diz: “eu vi um rio de agua limpida a correr ... etc” ou “eu vi uma lagarta ... a comer etc” e fazer uma aplicação desta imagens, ou outras, pretendendo que Deus está a dizer alguma coisa para a Igreja.

Será que devemos abonar este tipo de coisas, ou que chamam profecias, dentro das nossas Igrejas?


Final